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História A filha de Kakashi-Hatake's Family (Naruto) - A verdade


Escrita por: breehferreira

Notas do Autor


Trouxe mais um capítulo pra vcs!
Espero que gostem <3

Capítulo 24 - A verdade


Fanfic / Fanfiction A filha de Kakashi-Hatake's Family (Naruto) - A verdade

Hiromi passou pela sala com a intensidade e rapidez de um furacão. Os homens que se encontravam conversando se assustaram com a presença tão irritadiça e repentina da jovem. E antes que Kakashi dissesse alguma coisa, a porta do quarto se fechou de maneira forte e barulhenta. Guy quis rir da careta de seu rival e amigo que estava a sua frente, ele parecia cansado, ser pai deveria ser uma tarefa que exigia muito mais do que qualquer treino.

Kakashi se levantou, seja lá o que tinha acontecido conversariam depois sobre aquilo, mas ele não deixaria que a falta de educação e rispidez passassem naquele momento. Por isso abriu a porta e encontrou a filha com uma cara de zanga que assustaria qualquer um, com a cabeça dentro do quarto da menina pigarreou e Hiro levantou o olhar aborrecido de imediato.

 

-Estamos com visita. -Disse de modo autoritário e ela fez um bico enorme, não tinha notado ninguém na sala, muito menos uma visita.

-E daí? -Respondeu grossa e cruzou os braços. Kakashi suspirou. Naquele momento ela lembrava muito de quando tinha por volta dos sete anos e fazia birra por qualquer coisa.

-E daí que eu te dei educação o suficiente para que saia daqui, tire essa carranca e seja cordial com a visita que não tem nada a ver com seus problemas. -Foi tão grosso quanto ela e Hiromi quis chorar, mas se contentou em bufar e revirar os olhos. -Conversamos sobre isso depois. Anda. -Kakashi estava mais mandão do que normalmente naquela semana e tudo o que ganhou como resposta fora as bochechas coradas de tanta raiva da garota.

 

Ao chegar na sala, por um instante Hiromi se esqueceu do que a tinha deixado tão brava. Era seu Ojisan-Guy-sensei que estava lá, e vendo a jovem moça a sua frente não pode deixar de sorrir abertamente enquanto sentia seus olhos lacrimejarem. Ela estava tão crescida e diferente, se orgulhou da aluna e a recebeu de braços abertos quando a mesma se aproximou sorridente para abraça-lo. Sentiu tanta falta de seu tio e professor naquele tempo em que esteve fora, ele sempre a ajudou a ser uma pessoa e kunoichi melhor em vários sentidos.

 -Guy-sensei. Sinto muito por não ter ido te visitar ainda. –Anunciou se sentando a frente do mais velho, só então ela percebeu a cadeira de rodas próxima a eles. –Eu queria vê-lo antes, mas parece que o tempo tem voado e quando vejo, já está tarde demais para ir incomodá-lo.

-Não precisa se desculpar, vocês jovens tem que aproveitar as coisas entre si e sozinhos. –Ele fez um positivo e sorriu. –E você nunca me incomoda, Hiromi. Então, quero saber da viagem. Chutou muitas bundas enquanto esteve fora?

-Guy. –Kakashi repreendeu enquanto os dois davam risadas.

 

A conversa se seguiu leve e descontraída entre os três, embora Kakashi falasse bem menos que os outros dois. Hiromi estava tão feliz e entretida com o homem que lhe ensinara tantas coisas que se quer se lembrou de como estava irritada e incomodada com um certo alguém. O tempo passou voando e quando menos perceberam já era quase manhã. O Hokage já havia se retirado para dormir fazia horas, e embora os barulhos dá risada e conversa eram altos, ele parecia estar habituado com a situação, e conseguiu dormir com facilidade. Quando os primeiros raios de sol surgiram, Guy anunciou que iria embora.

 

-Tem certeza que não precisa de ajuda Ojisan? –Hiromi perguntou hesitante enquanto empurrava a cadeira de rodas até a porta. –Eu posso leva-lo até em casa tranquilamente.

-Ah não se preocupe. Eu estou acostumado a fazer isso sozinho mesmo que Tenten e Lee vivam me ajudando para cima e para baixo, e também é um ótimo tipo de treino para meus braços! –Gargalhou e viu a sobrinha fazer uma careta. –Então, não conheceu a Mitashi ainda?

-Conheci. –Saiu mais como um resmungo do que como resposta.

-HIROMI NÃO FIQUE ASSIM! –Bradou animador. –Embora ela não tenha sido minha aluna e nem tenhamos convivido tanto tempo, eu posso ver que ela é uma pessoa muito boa. Acredite, você vai gostar dela com o tempo.

-Não é que eu não goste Guy-sensei. –Fez um biquinho. –Ela é uma graça. Mas... –Foi interrompida pela gargalhada alta do homem.

-Já entendi. Não se preocupe, você sempre será minha sobrinha preferida!

-Isso é fácil, eu sou a sua única sobrinha. –As bochechas ganharam um tom rosado e então se despediram, Guy seguiu seu caminho animado, como se não tivesse passado a noite toda acordado, ao passo que Hiromi bocejou sentindo como se um caminhão tivesse passado por cima de si. Assim que entrou viu o pai sentado tomando café da manhã.

-Passaram a noite acordados é? –A garota concordou coçando os olhos e sentou-se ao lado do pai para comer, estava faminta. –Então filha, quando entrou ontem parecia prestes a matar alguém. –Hiro se lembrou da noite passada, e como um raio atinge o alvo em um piscar de olhos sentiu toda aquela raiva e incômodo voltarem de uma única vez.

-Uh! –Resmungou irritadiça, as bochechas ganhando cor. –Por que teve que me lembrar disso?

-Por que quero saber o que aconteceu. –Houve um breve silêncio, Hiromi estava pensando, sua cabeça trabalhava rápida e intensa.

-Otousan. –Começou baixo, hesitante. –Acha que é evidente meu receio e medo perto de homens desconhecidos? –Kakashi parou de comer e analisou a pergunta e depois tentou se lembrar de cada detalhe do comportamento da filha. O que havia acontecido na noite anterior afinal?

-Bom, talvez quando fosse mais nova. Mas agora, sinceramente, não vejo nada que denuncie. –Ele analisou a filha, os punhos se fecharam junto com feição da garota e as bochechas começaram a ganhar um vermelho mais intenso.

-Você comentou alguma coisa com o Shikamaru? –A pergunta pegou o mais velho de surpresa.

-Não, Hiro. É seu passado e seus problemas, você decide a quem contar ou não. –Se sentiu levemente ofendido, afinal ele não era um fofoqueiro.

-Acha que o Naruto ou a Hina contariam para alguém?

-Hinata não é esse tipo de pessoa. E por mais que Naruto tenha a boca grande as vezes, ele não faria isso. –Não conseguiu acreditar que ela estava mesmo duvidando de que alguém havia contado, ainda mais dos dois.

-Neji aquele...

-Hiromi. Preste atenção no que está dizendo. –Repreendeu. –Acha mesmo que algum deles trairia sua confiança assim?

-Neji é um babaca. –Bufou e o pai apenas negou.

-É melhor ter provas antes de acusar. Ele pode ter mudado e mesmo que não, ele não seria tão idiota de contar isso para alguém. –Viu a filha suspirar frustrada e irritada. –Então o Shikamaru disse alguma coisa ou...

-Não diretamente. Aquele... –Bateu com os punhos na mesa e se levantou. –Observador inteligente idiota intrometido! –Esbravejou e foi para o quarto, dessa vez a porta não se bateu.

 

Kakashi observou a filha sair, tão irritada quanto quando passou pela porta na noite anterior. Suspirou e apoiou a cabeça na mão. Queria ajudar a filha mais do que qualquer um, queria apagar o passado dela ou apenas aquelas memórias ruins. Desejava mais que tudo que Hiromi fosse sua filha de sangue, ou que a tivesse encontrado bem antes de qualquer coisa acontecer. Se sentia impotente e frustrado.

No quarto, Hiromi esquecera a fome e se ajeitou para dormir, aquela era a meta do dia: dormir o máximo que conseguisse, até esquecer de quão insensível e invasivo Shikamaru tivesse sido. Enquanto a Hatake caía em um sono profundo, o Nara despertava, se sentindo mais culpado do que antes e com uma terrível dor de cabeça por passar todas aquelas horas da madrugada em claro, pensando no que faria para limpar a bagunça que fez. Suspirou prendendo o cabelo, havia perdido tanto tempo se acovardando e quando tivera chance de começar algo, estragou as coisas.

Ele só queria entender como Hiromi se sentia, por que todo aquele medo, queria saber para poder ajudar. Não queria ter a deixado tão irritada ou magoada, ou sabe-se lá o que ela estava sentindo naquele momento. Esperava que não fosse ódio, ou nada perto disso. Mas daria um jeito, ele sempre achava soluções para seus problemas.

~~~~

O moreno bufou irritado. Aquilo o incomodava e nem sabia porque tinha tomado aquela decisão estúpida de aceitar a proposta, era difícil e incômodo. Na verdade sabia muito bem o porquê. Era por causa de Sakura, ele tinha de ser sincero com seus sentimentos, ou a perderia, e bom, ele faria literalmente qualquer coisa por ela agora. Vendo ela falar tão animada da prótese e de todas as vantagens para ele, simplesmente não conseguiu dizer não para aqueles olhinhos verdes pidões que o atraíam tanto. E também tinha o idiota do Naruto, que não parava de atormentá-lo dizendo que em uma disputa ele com certeza ganharia já que tinha vantagem de um braço a mais, tsc. O pior era que a competividade de Sasuke não o permitia simplesmente ignorar as provocações, as vezes tudo o queria era derrotar o rival/irmão, não de um jeito ruim, apenas para provar que ele era melhor em todos os sentidos da vida. E pensar que não estaria vivendo nem metade daquilo se Hiromi não tivesse o convencido de voltar, teria de agradece-la de alguma forma e algum dia, era grato a garota afinal, quase tão grato quanto era a Naruto e Sakura.

Naruto estava pensativo enquanto ajudava Kakashi com as papeladas, ele nunca se sentira tão feliz quanto estava naqueles últimos dias. Estava num relacionamento incrível com Hinata que era a melhor namorada do mundo e ele amava mais que tudo, Kami, como amava aquela mulher! Se sentia um idiota por ter demorado uma infinidade de tempo para notar aquilo. Agora Sasuke finalmente tinha voltado para casa, ele conseguira trazer ele de volta no final, valeu a pena todo aquele tempo “perdido” e toda a dor de cabeça que o Uchiha causara, ele cumpriu a promessa que tinha feito a Sakura. E Hiromi, sua irmãzinha parecia tão bem depois do tempo fora, ele sentia orgulho e admiração pela garotinha de olhos cinzas que sempre esteve ao seu lado, ela era tão forte! Sorriu, ela não tinha crescido nada, provavelmente tinha mesma altura desde seus quinze anos, mas ela tinha amadurecido TANTO, com certeza agora ela era uma mulher completamente formada, e mesmo sabendo disso tudo o queria era protege-la de tudo e todos.

~~~~

Shikamaru estava parado frente a porta da casa dos Hatake, hesitante. Não queria incomoda-la e antes que tomasse alguma atitude, um certo alguém apareceu. A cara de ambos se tornou uma carranca ao se encararem.

-Nara.

-Hyuga. –Houve um silêncio e ambos brigavam com o olhar. –O que faz aqui?

-Posso perguntar o mesmo a você. –O sorriso presunçoso de Neji fez Shikamaru fazer sua melhor cara de tédio.

-Ah não! –A voz de Hiromi se fez presente assustando ambos. –Eu não quero saber de nada de nenhum dos dois. Não quero falar e nem ver a cara de vocês. Estou num péssimo dia e sem paciência.

-Hiro –Disseram juntos.

-Não! –Esbravejou e começou a andar, os dois se encararam rapidamente e então apressaram o passo para a seguirem. Suspirou, cansada e irritada. Iria acabar com aquilo de uma vez. –O que querem?

-Falar com você –Neji tomou a frente. –A sós. –Viu a garota cruzar os braços e então direcionou o olhar para Shikamaru. E então, teve uma ideia. Se eles queriam a atenção dela, teriam que brigar para isso.

-Faremos assim, estou com fome. Então decidam entre vocês quem vai pagar meu almoço. E depois penso se estarei com um humor melhor para conversarmos.

-Na verdade, Hiromi. Eu tinha ido até lá justamente para te oferecer um almoço. –Shikamaru não mentiu e sorriu, vitorioso.

 

Seguiram caminho em silêncio, Nara e Hyuga travando uma batalha silenciosa de olhares. Neji já a teve uma vez, foi um escroto, sabia e entendia isso agora, mas não desistiria da mulher incrível que Hiromi era, não iria perder pro preguiçoso e metido a espertalhão. E Shikamaru, bom, havia cansado de fugir e sentir medo, a conquistaria nem que tivesse que matar alguém para isso, ele estava disposto a tudo e qualquer coisa agora, até mesmo aguentar aquele arrogante e presunçoso que era Neji. Hiromi, bom, ela sentia que a competividade dos dois era quase palpável no ar, e na verdade não tinha a mínima ideia do por que daquilo, mas com certeza se aproveitaria disso. Escolheu um restaurante novo e aparentemente caro e pediu a coisa que mais lhe chamou atenção sem nem olhar o preço, não era ela que pagaria mesmo.

O almoço, com direito a sobremesa, seguiu tão silencioso e tenso quanto o caminho, as pessoas a volta sentiam-se levemente incomodadas com o que poderia estar acontecendo. E agora de barriga cheia e menos estressada, sentiu-se culpada por usar os meninos daquele jeito, por isso decidiu que daria a devida atenção a cada um deles, como mereciam. Suspirou não se sentindo preparada para o quer que seja que viria, cheirava a dor de cabeça e estresse atoa para Hiromi. De qualquer forma, começaria por Neji, já que com certeza Shikamaru pediria desculpas ou tentaria se intrometer de novo.

 

-Shikamaru-kun, pode me esperar aqui por favor? –Anunciou quando estavam próximos de um banco no parque que era pouco movimentado. Seguiu caminho e Neji a acompanhou, e quando consideravam que estavam longe o suficiente para que o Nara não escutasse nada se virou para o Hyuga que tinha um sorrisinho. –Tire esse sorriso ridículo da cara Neji. –Ralhou vendo o mesmo obedecer. –Seja direto, o que quer.

-Me desculpar –Suspirou. –Por favor, só me escuta. –Suplicou e ela concordou. –Eu reconheço que fui um perfeito babaca com você. Eu não deveria tê-la pressionado daquele jeito, você tem seus traumas e problemas, eu deveria ter sido mais paciente e entendido você melhor. –Parecia ser difícil admitir a si mesmo que havia errado tanto. –Mas eu mudei. Juro que sim e Kami é testemunha disso e do quanto eu me arrependo das coisas que fiz e disse. Eu sou um homem agora, éramos tão novos Hiro. –Suspirou e um longo silêncio constrangedor, pelo menos para Neji, se fez presente. –Não vai dizer nada? –Hiromi riu com a pergunta.

-O que quer que eu diga Neji? –Cruzou os braços. –Parabéns por admitir seus erros? –Deu de ombros. –Aquela vez eu disse que tinha te perdoado, não disse? –Concordou com a cabeça. –Então era isso?

-Qual é Hiromi? –Tentou se aproximar mas a garota de um passo atrás. –Pense em tudo o que vivemos juntos e em todas nossas boas memórias. –Hiro não podia acreditar. –Nós podemos fazer novas dessas, ter um futuro juntos e...

-Neji. –O interrompeu. –Você pode admitir um milhão de vezes. Pode pedir meu perdão, e eu já o perdoei, de verdade. Mas isso não muda nada o nosso passado e o quanto me machucou e me magoou.

-Mas eu, ainda te amo Hiromi.

-E eu te amei, amei mais do que a mim mesma. –O coração apertou. –E você não tem nem um pingo de noção do quanto isso me machucou e do tempo que precisei para me curar, praticamente sozinha. –Finas lágrimas escorriam por suas bochechas quando ela sorriu. –Falando essas coisas e agindo assim, Neji, só me machuca. Me magoa. Por favor, o que havia entre nós acabou e não tem mais volta, precisa superar de uma vez por todas okay? –Ela fungou e secou as lágrimas. Neji parecia atônito e simplesmente se virou e saiu. Ela voltou calmamente para onde Shikamaru estava e se sentou ao seu lado.

-Tudo bem? –Ele perguntou. Sentia suas mãos suarem. A menina concordou com a cabeça, em silêncio.

-Então. O que queria? –Foi direta, não via hora de acabar com aquilo de uma vez.

-Bom, acho que pedir desculpas.

-E? –Ela sabia que tinha mais.

-Tentar entender por que ficou tão brava ontem?

-Shikamaru. Imagine só. –O encarou. –Você ainda sofre todos os dias com a morte de seus pais. E bom, falar disso o faz lembrar e sentir na pele aquela dor como se tivesse acontecido um minuto antes. –Ele não estava entendendo muito bem onde Hiromi queria chegar. –Como ficaria se alguém, uma amiga próxima, ficasse insistindo para que falasse daquilo, o fazendo reviver aquele momento tão, ruim? –Finalmente pegou a linha de raciocínio dela e sentiu estúpido. –Como se sentiria? –Refez a pergunta.

-Chateado e bravo. –Admitiu num fio de voz.

-Fico feliz que tenha entendido. Posso ir agora?

-Não está mais brava comigo então? –Uma ponta de esperança surgiu em seu coração com o sorriso dela.

-Não Shikamaru-kun. Fique em paz. –Ah ele não poderia, não enquanto não soubesse da verdade.

-Eu não consigo, ficar em paz Hiromi. –Admitiu hesitante. –Eu sei que algo aconteceu, sei que tem algo que te atormenta e sei que te machuca ainda, mas..

-Se sabe, por que está tão determinado a me ouvir dizer algo? –Disse baixo.

-Eu quero ajudar de alguma forma. Quero saber e, entender.

-Você me ajuda não insistindo tanto. Sim aconteceu coisas ruins comigo. –Se sentia esgotada daquele assunto.

-O que Hiro? O que te perturba tanto? –Aquilo fora a gota d’água para a garota. Cansada de ser questionada e de ter que ficar falando e relembrando as aquelas coisas.

-Mas que inferno! –Esbravejou. –Quer me ouvir dizer que fui sequestrada quando tinha três anos? Que fui estuprada e vendida como um objeto sexual por um ano? Que me furaram e injetaram tantas coisas em mim inúmeras vezes para descobrir mais sobre minha regeneração? –As palavras saíam com ódio e dor, e ela chorava tanto que Shikamaru quis simplesmente deixar de existir. –Que não importasse o quanto eu implorava para que parassem e que Orochimaru viesse me salvar, nada acontecia? Que uma criança de quatro anos foi obrigada a matar para sobreviver? E que eu carrego tantos traumas, dores, cicatrizes e medos ao ponto de afetar minha vida no dia a dia? –Ela soluçou e o rapaz quis se matar por ter insistido naquilo. –Quer me ouvir dizer o que mais? Quer que eu admita que sim eu fico apavorada com homens estranhos por perto por que eu simplesmente não sei qual a intenção deles? E que eu me sinto uma menininha fraca e assustada que precisa ser protegida no meio de uma multidão? Ao simples toque de alguém estranho e simplesmente é como se tudo aquilo que vivi fosse acontecer outra vez. –Shikamaru engoliu em seco, sentia o nojo repulsivo com ódio se formar por aqueles que se quer um dia pensaram em machucar e realmente machucaram a garota a sua frente. –Satisfeito? Era isso que queria?

-Hiromi eu... –Sua voz falhada saiu em um sussurro, queria chorar. –Me desculpe eu não deveria...

-É não deveria mesmo. Mas fez. –Se levantou.

-Espera. Eu, eu sinto muito.

-Claro que sente. –Sorriu em escárnio. –E agora? O que vai fazer? Vai mudar meu passado? Ou quem sabe apague a porra da minha memória? Oh não melhor ainda! Com certeza isso vai mudar sua vida! –O tom era de ironia e Shikamaru não disse ou fez absolutamente nada quando a viu sumir de sua vista.

 

No fim teve o que queria, a verdade. E sentia-se um lixo por isso.


Notas Finais


Perdoem os erros, e comentem por favor!
beijinhos e até logo <3


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