1. Spirit Fanfics >
  2. A filha de Satã >
  3. Chegada em Assiah

História A filha de Satã - Chegada em Assiah


Escrita por: deku_ackerman

Notas do Autor


boa leitura e espero que gostem :D

Capítulo 2 - Chegada em Assiah


A noite em Assiah brilhava mais que qualquer vestígio de luz em Gehenna, seja pelas luzes dos grandes postes nas calçadas ou pela própria Lua no céu.

Akuma caminhava para onde o mapa que lhe deram em Gehenna junto às instruções a levava. Ela ainda não havia escondido totalmente seu lado demônio mesmo com seu poder de assumir um corpo humano, suas orelhas, seus dentes e seu fino rabo negro ainda eram visíveis.

A garota carregava apenas uma pequena mochila velha consigo com alguns livros de feitiços e as anotações que lhe haviam lhe entregado. Ela usava suas velhas roupas despojadas de sempre: a mesma calças pretas gastadas e esbranquiçadas nos joelhos pelas lutas que já se envolveu, o mesmo tênis verde rasgado e arranhado e a mesma blusa de manga curta branca, acompanhada de uma gravata vermelha que havia encontrado perdida por Gehenna. Ela gostava de ser diferente dos demais já que havia se acostumado com o fardo há anos. Akuma decidiu não se importar quando colocou seu piercing na sobrancelha, que na verdade era uma peça pequena e curvada de ferro enferrujado que colocara dentro de si.

A garota havia chegado à Academia pelo o que dizia o mapa. Ela parou em frente e observou. “Todas as escolas de Assiah são glamurosas dessa forma?”, pensava.

Ela encarou a porta por alguns segundos, que em sua cabeça foram horas e horas. Aquele era seu destino, se tornar uma exorcista para recuperar e filho meio humano de Satã.

Akuma fechou os olhos e se concentrou em esconder seu rabo. Já havia passado dias que Rin estava ali mas provavelmente eles não sabiam da verdadeira identidade do garoto.

A garota contava vantagens em batalhas, graças a toda teoria e prática aprendida por seu pai que a treinava para ser a melhor desde que nasceu. Ela honraria toda a expectativa posta em sua vida desde seu nascimento.

Assim que percebeu que sua longa causa havia desaparecido, a garota entrou na enorme academia e notou o quão deslumbrante era por dentro, mais que por fora. Seus olhos brilhavam, ela nunca havia visto tanta luz antes.

— Akuma, minha queria — disse uma voz vinda de algum lugar que não soube identificar. Não havia ninguém ali. — Você só pode tá brincando, não é? Eu estou aqui embaixo.

Akuma abaixou os olhos e se deparou com adorável cãozinho branco aos seus pés, com uma leve expressão de deboche em seus olhos.

— Mephisto? — perguntou a garota, tirando a carta de Satã da mochila e estendendo o braço — Aqui.

De repente, o cão se transformou num chamativo homem, cheio de acessórios e um chapéu, que estendeu a mão e pegou o envelope abrindo-o no mesmo instante. Mephisto correu os olhos por cada linha da carta com suas pupilas intensamente retraídas e sobrancelhas arqueadas.

— Eu poderia colocá-la no mesmo quarto que Rin, mas ele já está dividindo com o irmão mais novo — disse ele — Mas, fique em um quarto sozinha para fazer suas invocações e feitiços. Vamos conhecer seus colegas. — disse em meio a um sorriso malicioso.

Minutos haviam se passado e Akuma continuava esperando a volta de Mephisto com os demais estudantes, especialmente Rin. A garota estava ansiosa para descobrir o que havia de tão especial no garoto para Satã querê-lo tanto.

Akuma observava a sala em que estava, tão brilhante quanto qualquer outro lugar dessa Academia. Akuma repousou seu olhar em seus braços plálidos e observou a pulseira de couro animal que estava em seu braço, que foi dada por Satã em sua primeira vitória no torneio anual de luta dos demônios em Gehenna. Não aparentava ter se passado dez anos desde seu primeiro torneio, com seis anos de idade, contra demônios enormes e muito mais velhos. Foi neste dia que ela se sentiu a princesa de Gehenna pela primeira vez.

Akuma ouviu vozes abafadas ao longe conversarem e se aproximarem.

— Será que ela é bonita? — perguntava um rapaz, ao longe

— Você não consegue se comportar como um monge uma vez na vida? — indagava outro, com uma voz mais forte

— Se você disser que não liga pra garotas você tá mentindo, Suguro. — disse outro, de voz mais grave

— Dá pra calar a boca, Rin?! — gritou o que foi chamado de Suguro.

Rin. Era este nome que Akuma querua ouvir. Ele estava se aproximando.

Um homem que utilizava um tapa olho entrou na sala, seguido por duas garotas e quatro garotos. O homem a encarou por breves segundos e se dirigiu até a porta.

— Dêem boas-vindas à Akuma. — e se retirou.

Akuma se levantou e pousou os olhos em um por um, que a encaravam de volta. Ela notou que um dos garotos possuía orelhas e dentes pontudos, além denalgo em suas costas semelhante a uma espada. Era ele.

Ela sorriu para seus novos companheiros e estendeu a mão.

— Eu sou a Akuma, é um prazer! — disse ela com uma falsa felicidade.

Eles ficaram em silêncio observando a garota, os meninos mais ainda.

— Você é... tão linda — disse uma pequena garota loira com os olhos verdes brilhando como estrelas.

Akuma fingiu estar agradecida e envergonhada com o elogio, agradecendo timidamente.

— Muito obrigada.

Akuma encarou Rin, sorriu e estendeu a mão mais uma vez.

— Eu sou a Akuma, prazer — disse — Você é o Rin?

O garoto corou e segurou a mão de Akuma, para cumprimentá-la de volta.

— S-sim, so-sou eu — disse Rin enquanto gagueijava de timidez.

— Mephisto pediu para você me levar até meu quarto — disse ela, fazendo o garoto corar ainda mais — Me mostrar aonde fica, entende?

Rin sentiu duas buchechas queimarem pelo rubor e abriu levemente a boca pela surpresa, mostrando de relance seus belos dentes pontudos. O garoto assentiu.

— Vo-você provavelmente recebeu um papel com o número de seu quarto, certo? — perguntou ele timidamente.

— Sim, aqui está — disse a garota, entregando-o o pequeno pedaço de papel rasgado para o jovem demônio.

O garoto recolheu o papel por dentre os dedos da garota e percorreu os olhos pelo conteúdo, arqueando levemente as sobrancelhas ao notar o número escrito com uma cabeta preta falhada.

— É-é ao lado do meu - gagueijou, sentindo suas bochechas queimarem mais uma vez

Akuma observou. Ele não parecia um demônio devido forma de falar e de agir. Ele aparentava mais um garoto tímido e estressadinho que o filho perdido de Satã.

— Certo, vamos então? — disse ela, sorrindo levemente.

— Cla-claro — disse ele escondendo o rosto e se virando de costas para ela, caminhando em direção à escadas ao lado de fora da sala.

A garota dirigiu o olhar aos demais presentes na sala e sorriu como se fosse um “até logo!” e seguiu Rin pelas escadas.

O garoto subia as escadas com passos apertados e com as mãos nos bolsos.

— Rin, certo? — perguntou ela de repente — Você é do curso de exorcistas?

— Sim, eu sou — disse ele timidamente — E então você provavelmente é uma nova aluna do curso. Vai frequentar o ensino médio?

— Não — disse ela — Eu nunca frequentei essa merda de escola. Tô aqui pelo curso. — ela sorriu maliciosamente, aproveitando que o garoto não via seu rosto.

Eles pararam de andar quando se depararam com uma porta branca de madeira com três números dourados na porta, indicando o número do quarto.

— E-eu também nunca me importei com escola — disse ele se virando para Akuma e sorrindo, enquanto suas bochechas queimavam de novo. Ele realmente tinha muita vergonha em conversar com garotas, mesmo que sem segundas intenções.

— Escola é perda de tempo, eu já sei ler muito bem e não preciso aprender mais nenhum cálculo que não envolva mais e menos — disse ela rindo suavemente.

Ele riu também, acompanhando seu sorriso. Ela era bem simpática e atraente, além de ter ideias comuns as dele.

— Bem, este é seu quarto — disse ele — Provavelmente a chave está com você, certo?

— Sim, está comigo — respondeu enquanto assentia com a cabeça em concordância.

— Certo — disse ele sorrindo mais uma vez — Nos vemos nas aulas amanhã? — perguntou.

— Claro. Será um prazer — respondeu ela abrindo um enorme sorriso — Boa noite, Rin-san — disse, oferecendo a mão para cumprimentar o colega.

O garoto corou fortemente, estendendo a mão de volta para cumprimentar a garota.

— Bo-boa noite, Akume-san — disse ele soltando um sorriso bobo.

Suas mãos se soltaram e ele se virou, indo para o quarto ao lado. Ela destrancou a porta de seu novo quarto e adentrou, jogando a bolsa na cama para tirar e guardar os vários livros enormes e pesados que carregava. Depois de empilhar todos em sua escrivaninha de madeira, a garota retirou um entitulado por “Como Sobreviver Em Assiah Sendo Um Demônio”. A noite definitivamente seria longa até o amanhacer.


Notas Finais


estão gostando até aqui? tenho dúvidas se devo continuar escrevendo ou abandoná-la caso não esteja ficando boa.
bem, caso estejam gostando ou tenham alguma crítica e sugestão, todos os comentários são muito bem-vindos! até a próxima 💕


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...