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História A Filha do Coringa: a Origem - J


Escrita por: silvacomsifrao

Notas do Autor


Oi pessoas, desculpem a demora, é que eu estava focada em um capítulo grande e muito importante... na verdade ele será o próximo capítulo. Mas eu espero que este aumente a ansiedade de vocês :)

Capítulo 19 - J


- Jason... você pode me explicar... isso? – perguntei, receosa, atônita e espantada. Tinha certeza que meus olhos arregalaram sem querer.

            - Jura que quer que explique? Não está claro, ainda? – ele se virou para pegar algo dentro da maleta e a fechou em seguida. Parecia irritado. -  E enquanto estiver vestido desse jeito, não sou Jason, sou Robin – adicionou.

            Avancei rapidamente para seu lado, tirei suas mãos da maleta antes que ele pudesse me deter e a abri. O traje de morcego lá dentro prendeu meu olhar, juntamente com vários outros dispositivos que de tão bonitos e reluzentes, pareciam mortais.

            Jason estava bem próximo de mim, podia sentir sua respiração em minha nuca. Meus pelos todos se eriçaram. Porém, ele não fez nada para me deter de ver o conteúdo da maleta, parecia que queria que eu visse.

            E então, subitamente, tudo fez sentido...

            Olhei atônita para Jason... quer dizer,  Robin. Seu rosto estava à apenas alguns centímetros do meu, e mesmo usando a máscara, pude perceber seu olhar intenso sobre mim. Não falamos nada por alguns segundos. Meu raciocínio se fez tão rápido, que até perdi o fio da meada e demorou um tempinho para que minha lógica se refizesse.

            - Você é o Robin – sussurrei, sobre seu olhar.

            - Sim – respondeu, impassível.

            - Então isso significa que seu pai adotivo é o...

            - Sim.

            - Meu Deus do céu – me apoiei na mesa, desviando meu olhar do herói ao meu lado. Minhas mãos tremiam ao mesmo tempo em que estava tentando normalizar a respiração, mas não foi eficaz. A visão começou a ficar turva, mas eu lutei para não ceder à minha “outra eu”.

            - Cecy, controle-se! Cecy! – ele tentou me estabilizar com seus braços.

            - Há pílulas dentro dos... berloques – consegui falar, com dificuldade, e levantei a mão que estava com a pulseira de berloques.

            Para o meu alívio, ele entendeu imediatamente e começou a tentar abrir um dos pingentes. Logo de cara, ele encontrou uma e eu a peguei e engoli em seco. Gesticulei para que ele me desse mais uma, e não demorou muito para que ele a colocasse em minha mão.

            Não que as pílulas tivessem um efeito imediato, mas só de engoli-las, já sentia um certo alívio. Era tudo psicológico.

            Jason me conduziu para uma poltrona no meio do escritório e me sentou. Mantive os olhos fechados enquanto me acalmava. Como eu odiava passar mal na frente dos outros...

            - Eu sabia que você ia reagir de um modo parecido quando descobrisse – ouvi ele comentar, e então segurou minha mão, ajoelhado no chão. – Desculpa por você ficar sabendo desse jeito, queria ter te contado com mais tempo...

            - Você pode me explicar tudo depois – abri os olhos. – Há pessoas correndo perigo lá em baixo.

            - Não vou sair daqui enquanto não melhorar – percebi que ele estava um tanto hesitante ao declarar aquilo. Sabia que sua vontade era ir para o salão de festas o mais rápido possível, antes que uma catástrofe acontecesse.

            - Eu vou com você, já estou me sentindo melhor – impliquei.

            - Não, você vai ficar aqui, nem que eu tenha que te trancar nessa sala.  É perigoso demais.

            - E aqui também não é perigoso? E se me acharem?

            - Você se esconde e prende a respiração.

            - Jason...

            - É Robin – me corrigiu grossamente, então se levantou e deu as costas para mim, pegando algo em cima da mesa, parecia um bastão. Não sei o que ele fez que o bastão se expandiu em comprimento abruptamente. Percebi uma ponta afiada em uma das extremidades e logo abaixo dela, uma foice curva, que parecia um gancho.

            Não consegui imaginar as coisas que ele devia ter feito com aquele bastão.

            - Você estará mais segura aqui, escondida, do que comigo lá em baixo –continuou, guardando o bastão em suas costas. - Você será uma distração à mais para mim.

            Ele fechou a maleta novamente, trancou as fechos e a pegou com uma das mãos.

            - Tem certeza que está bem? – adicionou, agora me encarando.

            - Sim. O que vai fazer? – perguntei. Não adiantava teimar e ir junto com ele, eu já não estava sob o meu total controle mesmo. Tinha quase certeza de que poderia estragar tudo.

            - Vou tentar entregar essa maleta com o traje do Batman para meu pai adotivo, escondido, assim o Batman vai me ajudar à combater o Coringa. Eu prometo que quando tudo se acalmar, eu volto aqui para buscá-la e tirá-la daqui – ele já estava indo para a porta.

            - Vai me trancar aqui?

            Robin parou na soleira da porta, a mão já estava na maçaneta.

            - Não – falou sem olhar para mim. – Eu acho que você confia em mim o bastante para eu não precisar fazer isso. Cecy, você entende que se sair desta sala pode morrer, não é?

            - Sim, eu entendo.

            Silêncio.

            Ele ainda estava parado, hesitante, segurando e encarando a maçaneta, mas sem coragem girá-la. Olhou para mim uma última vez e disse:

            - Vejo você depois – então saiu, sem esperar pela minha resposta.

            - Eu também te amo – sussurrei, depois que ele fechou a porta.

            Então eu estava sozinha naquela sala escura, com o perigo praticamente batendo na porta. Fiquei sentada na poltrona por mais alguns momentos, até me estabilizar, pois para a minha felicidade, o remédio já estava fazendo efeito. Tentei prestar atenção nos barulhos que vinham lá de baixo, e ainda fiquei atenta à qualquer ruído vindo dos corredores.

            Parecia que o Coringa estava dando sua própria festa, pois agora estava escutando uma música, que me parecia ser jazz.

            Quem diria que um psicopata fosse gostar de jazz – pensei.

            Eu gosto de música clássica, qual é o problema? – minha outra eu comentou. Podia jurar que tinha ouvido uma risadinha depois desse comentário.

            Você devia estar enterrada no fundo de minha mente.

            Oh, mas eu estou. É só que senti saudades de ter um diálogo com você... faz tanto tempo que não colocamos as novidades em dia...

            Vá para o inferno!

            Já estou nele... então quer dizer que você se envolveu com o filhinho do Batman? Quem diria... Tantos desastres que podem acontecer hahahahahaha...

            Não respondi nada para não atiçá-la mais ainda, apenas à reprimi no fundo da minha mente com toda a força mental que consegui juntar. O problema entre eu e ela, era que ela tinha desenvolvido uma certa resistência à minha repressão, o que a permitia de “vigiar” minha vida enquanto eu estivesse no comando. Só que o contrário não acontecia, mal lembrava do que ela fazia enquanto estava no comando, eu sentia que ela literalmente me empurrava para o ponto mais profundo do nosso subconsciente.

            Decidi, então, me distrair com algo. Levantei da poltrona, quase totalmente revitalizada, e fui procurar um esconderijo, só por precaução. Depois de sondar o lugar, com o mínimo de barulho possível, constatei que haviam 3 lugares que podiam me esconder bem: um closet cheio de documentos, o vão embaixo da mesa do prefeito e a sacada.

            O problema, era que a sacada era um lugar muito visível - então à descartei; o vão embaixo da mesa era um lugar bom, só que não podia ver nada dali. Já o closet tinha venezianas em sua porta, assim não era possível que um observador do lado de fora do closet me visse escondida lá dentro, entretanto eu podia ver e ouvir quem estava do lado de fora.

            Verifiquei o armário, só por garantia, e tive que empurrar algumas caixas etiquetadas no chão para o fundo do closet, senão eu não caberia lá dentro.

            Paralisei.

            Foi eu apenas fechar uma das portas duplas do closet, depois de verificá-lo, para que escutasse uma pequena agitação se aproximando do escritório onde eu estava. Sem pensar duas vezes, entrei no closet tentando fazer o mínimo de barulho possível e fiquei atenta ao que via pelas venezianas.

            Eu conseguia ver quase a sala inteira, mas infelizmente não conseguia ver a porta de entrada, nem a sacada, para ver se alguém estava entrando no recinto. Se eu já me encontrava tensa, meu coração quase parou quando ouvi alguém entrar na sala apressado.

            Prendi a respiração com mão.

            Meus olhos nem piscavam.

            Sentia que podia ter um enfarto à qualquer momento, de tão rápido que meu coração batia.

            Ouvi um barulho do que pareciam chaves e logo em seguida de algo se arrastando, pensei ser um móvel. Também percebi que esse alguém estava ofegante... parecia que estava fugindo.

            Logo, um homem de terno apareceu em meu campo de visão, andando de costas e olhando fixamente para a parede onde estava a porta. Por um momento, a pessoa em questão me pareceu levemente familiar, mas nenhum nome me veio à cabeça e também era difícil identificar alguém no escuro e enxergando através de uma veneziana. Porém, conseguia enxergar claramente o desespero estampado em sua face e um certo brilho de suor.

            Se ele realmente estava fugindo, o quê ou quem estaria atrás dele?

            Já tinha aprendido a minha lição que em Gotham tudo podia acontecer.

            Engoli em seco.

            O homem, então, começou a procurar por algo na mesa onde o prefeito sentava, mas sempre voltando seu olhar para a porta. Abriu gavetas e tirou coisas do lugar, derrubando algumas no chão. Mesmo de longe podia perceber suas mãos descoordenadas, elas tremiam.

            POW!

            Meu coração acelerou novamente com o barulho repentino. Dei um pulo de susto e quase não pude abafar um grito.

            POW!!!

            O barulho veio mais forte. Alguém estava batendo contra a porta trancada. Escutei uma voz fina, abafada, mas não consegui entender o que ela disse. Entretanto tinha quase certeza que a dona da voz estava rindo.

            O homem já tinha achado o que procurava e agora estava escondido atrás de uma poltrona, empunhando o revólver recém-achado e apontando-o para a porta. O medo ainda claramente estampado em sua expressão.

            Seja lá quem estivesse atrás daquela porta, não era alguém bonzinho.

            POW!!!

            POW!!!

            POW!!!!!!

            Dei um pulo. Só agora tinha percebido que estava mordendo a mão, que envolvia minha boca e nariz, com força.

            Foi na quinta batida que conseguiram invadir, percebi isso quando um pedaço de madeira da porta voou para longe. A risada ficou mais clara, era de uma mulher com certeza, a voz aguda reverberou pelo prédio inteiro, o que provocou arrepios em toda a minha espinha. Congelei no lugar.

            Já tinha atingido meu nível máximo de susto e tensão.

            Nem a minha “outra eu” teve vontade de se manifestar.

            - Ah, aí está você, Sr. Prefeito! – a mulher disse, com prazer em sua voz. Ela ainda estava fora do meu campo de visão. – Por favor, abaixe essa arma, não vai conseguir acertar ninguém com as mãos tremendo, hahahahahaha!

            Era o Prefeito Jenkins. Por isso ele me parecia tão familiar, tinha visto ele na festa mais cedo.

            Olhei para ele, e realmente, suas mãos estavam tremendo demais. Não sabia como ele ainda segurava aquela arma. Mas ele era persistente, não a soltou. Na verdade, atirou, sem pensar.

            Bang!

            - Hahahahahahahaha! – a mulher riu, e o provocou. – Tente de novo!

            E de novo.

            Bang!

            - Hahahahahahahahahahahahahahaha! – mais risadas.

            Mais um tiro.

            Bang!

            Seguido de um urro de dor.

            - Hahahahaha, você finalmente acertou alguém! Hahahahaha! – a moça riu. – Agora é a nossa vez, rapazes.

            Escutei armas sendo carregadas, e em menos de um segundo o Prefeito se declarou:

            - Eu me rendo! Por favor, eu me rendo! – jogou o revólver no chão e em seguida se ajoelhou, saindo de trás da poltrona e posicionando as mãos na cabeça. – Eu faço qualquer coisa, mas por favor, não me matem!

            A mulher suspirou e começou a andar em direção ao Prefeito, miserável. Seus saltos faziam clac, clac, clac. Logo, ela entrou em meu campo de visão. Era uma mulher linda, com a pele e cabelos muito pálidos à luz da lua que entrava pelas janelas. Ela usava um vestido curto com um estilo vitoriano em preto e um tom de vermelho bem forte e brilhante, botas pretas de cano alto que iam quase até o joelho e vi ligas em cada uma das pernas, juntamente com meias arrastão. Também haviam jóias brilhantes e uma flor que adornava seu cabelo solto.

            Ela realmente estava vestida para a ocasião.

            Mas o que chamava a atenção, mais do que aquele look pomposo, era o taco de baseball que ela manejava ameaçadoramente em suas mãos. Juntamente com uma expressão de ex-namorada psicótica e louca.

            Espere um momento. Coringa. Taco de baseball. Sexy. Risada louca.

            Ah...

            De repente estava claro para mim quem ela era.

            - Oh, rapazes... ele se rendeu – ela deu um suspiro dramático, parecendo decepcionada. – Já perdeu toda a diversão.

            A Namorada do Coringa, parou muito perto do rosto do Prefeito, ainda parecendo extremamente desapontada – e muito sexy ao mesmo tempo. Seu taco apoiado nas costas, despercebidamente.

            - Mas infelizmente, não posso deixá-lo ver a luz do dia novamente. Eu sei que é estressante ser prefeito, mas você se tornou um monstro. Se afogou em dívidas com prostitutas e drogas, traiu sua família, assim como todos os seus amigos. Queria ficar mais feliz? Se livrar dos seus problemas? Torrar seu dinheiro corrompido?

            - Eu prometo que pago tudo! Prometo! – ele parecia desesperado. Acho que estava chorando.

            - Ah, então você vai roubar mais dinheiro do seu povo? Então você não é um prefeito, Sr. Prefeito – ela exibiu um sorriso maligno – é um ladrão. Um ladrão que desapontou o Rei de Gotham. Assim... você merece morrer. Hahahahaha!

            Os dois caras fantasiados que estavam com a Arlequina, se posicionaram atrás do Prefeito Jenkins. Um tinha um globo ocular gigante na cabeça e o outro estava todo arrumado de terno e com um capacete preto que exibia um sorriso macabro. Ambos tinham armas na mão e o cara do olho tinha uma mancha grande e suspeita no ombro – provavelmente do tiro que o Prefeito tinha “acertado”.

            O Prefeito percebeu o que estava prestes à acontecer e tentou correr, mas os rapazes o conteram no lugar, ajoelhado. Arlequina empunhou seu bastão e deu um passo para trás, preparando-se para fazer a tacada final.

            - Por favor! – implorou gritando. Seu grito rasgou meus ouvidos.

            - Tchauzinho – sorriu psicoticamente.

            Fechei meus olhos. Escutei o taco acertar sua cabeça. Uma... Duas... Três vezes. E mais algumas vezes que não consegui contar quantas mais. Abafei soluços a cada vez que ouvia aquele som asqueroso

            Eu nunca mais queria ouvir aquilo.

            Só então fui perceber que estava chorando.

            Abri meus olhos molhados, ao perceber que a sala estava meio silenciosa. Mas evitei ao máximo, encarar o cadáver que estava à poucos metros de mim. A Arlequina estava imóvel, olhando o ar ao seu redor. Parecia que estava procurando algo.

            - Vocês ouviram isso? – perguntou, já completamente alheia ao cadáver do Prefeito de Gotham aos seus pés.

            Os capangas, chacoalharam os ombros, confusos.

            Eu acho que deixei escapar um soluço ou mais. Pensei. E logo em seguida congelei. Meu coração acelerou à mil por hora.

            Ainda suspeitando de algo no escritório, começou à investigá-lo lenta e cuidadosamente, procurando detalhes. Ao chegar perto da sacada, percebeu que a cortina e a porta estavam semi-abertas.

            Um calafrio percorreu meu corpo inteiro.

            Esqueci de fechar a sacada.

            Era o meu fim.

            - Isso é estranho – comentou, confusa.

            - Não deve ser nada – um dos caras declarou.

            - Mr. Jay está esperando -  o outro, completou.

            Arlequina suspirou, cedendo. Então foi se juntar aos seus capangas que já estavam saindo da sala. Seus saltos fazendo clac, clac, clac. Mas parou de repente, e olhou na direção do armário onde eu estava.

            Prendi a respiração e engoli em seco. Nunca fiquei tão tensa em minha vida quanto tinha ficado nesses últimos momentos.

            Entretanto ela deu de ombros e desviou o olhar, indo em direção à porta novamente. Escutei a porta fechar e um certo alívio tomou conta de mim. Porém, ainda fiquei imóvel. Podia sentir que alguma coisa ainda não estava certa...

            E foi quando, em um piscar de olhos, a porta do closet se abriu e eu fui jogada no chão de bruços, bruscamente. Minha cabeça se chocou tão forte com o piso, que fiquei desorientada. Tudo girava. Escutei uma risada ao longe, bem longe de mim.

            - Ora, ora, ora... parece que alguém estava bisbilhotando – a mulher disse, rindo. – Mas que garotinha mal criada. Hahahahahaha!

            Tentei me mexer, mas meus braços tinham perdido a sustentação.

            Ela puxou meus cabelos para trás, erguendo minha cabeça. Gemi de dor.

            - O quê fazer com você? – suspirou, como se tivesse que tomar uma decisão difícil. Seu rosto estava bem próximo do meu ouvido. Então seus dedos começaram a traçar minhas costas, fazendo formigar a área em que os dedos passavam. – Devia começar, retirando sua pele, lentamente? Ou por um método mais drástico? Espera... o que é isso?

            Podia senti-la tocando minha cicatriz nas costas.

            - É uma cicatriz? – perguntou, com pressa. E me chacoalhou– Me responda!

            - Sim – minha voz quase não saiu.

            Soltou meu cabelo e minha cabeça bateu contra o chão novamente. Gemi.

            - Alguém ligue a porra das luzes! – ordenou, gritando. Depois de alguns segundos seu pedido foi atendido. Um clarão me cegou. Eu pensava que estava fora de mim, pois de repente tudo ficou em silêncio, mas Arlequina retornou a falar, seu tom de voz tinha mudado drasticamente para um mais ameno, a voz irritante se fora. – É um “J”... vocês acham que...?

            - O quê? – alguém perguntou.

            - Ela é jovem, provavelmente tem 17 ou 18 anos... e os olhos! – ela conseguiu me virar de barriga para cima e foi direto em meu rosto. – Abra os olhos! – não estava conseguindo abri-los, a luz me cegava. Ela, então, tentou abri-los á força com seus dedos, mas eu me debati e não demorou muito para que os seus capangas viessem me segurar. – Vamos!

            Eu, cansada e com dor, cedi ao aperto dos rapazes e Arlequina, finalmente conseguiu abrir meus olhos. Encarei aquele rosto pálido e os lábios vermelhos como sangue, com uma certa apreensão. O que ela queria com meus olhos?

            - Ah! – ficou surpresa, depois de examiná-los. – É ela. Tenho quase certeza. Esse olho azul se parece com o do Pudinzinho e o outro castanho-âmbar deve ter herdado da mãe dela. – Seu olhar estava petrificado, pude ver uma certa admiração pelos meus olhos. – Mas que fenômeno mais bonito a heterocromia é.

            - Me larguem! – consegui arranjar forças para me debater mais um pouco. O aperto deles aumentou tanto que lágrimas saíram dos meus olhos.

            - Seus pais são os Ainsley? – Arlequina segurou meu queixo com força. Não respondi, mas desviei meus olhos sem querer, dos dela. Seu olhar se tornou ainda mais perverso.

            - Ah, você não vai à lugar nenhum, mocinha – deu tapinhas em minha bochecha e então se levantou do chão, desamassando seu vestido. – Hora de conhecer o Mr. Jay.


Notas Finais


E aí? Ansiosos?

Twitter: @AMAQblog


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