História A filha do Coringa e da Arlequina - Sou igual a você, aceite!

-Trim, Triim... Caralho!

Acordo com o barulho do despertador, na maioria das vezes acabo caindo da cama, mas dessa vez agradeci a Deus por não ter que ir no primeiro dia de aula com o bumbum dolorido. Hoje é meu primeiro dia de aula e prometi para os meus pais que não deixaria de estudar e tentaria não ser como eles. Na verdade cruzei os dedos antes de prometer, mas eles nem sabem! Aliás...

Filho de peixe, peixinho é!

Meu nome é Corina, tenho 16 anos, daqui a 3 meses faço 17. Estou fazendo o 2° ano do ensino médio. Odeio estudar, não sou de muitos amigos, quer dizer... Não tenho amigos e... Puta merda! Acabei de quebrar uma unha. Mas voltando ao caso, ér isso ae, sou um pouco louca!                                                 Retiro o que eu disse! Na verdade eu sou eu muito, muito louca. 

- Corinaaa, Você vai se atrasar pro colégio, desce logo!

- Já vou mãe, que merda!

- Olha a boca mocinha.

- Olha quem fala!

Affs! Odeio quando minha mãe se faz de santinha, sendo que sei do seu passado e nunca min importei de saber que meus pais sempre tentaram capturar o Batman. Agora que se aposentaram e deixaram de lado as suas maldades vivem pegando no meu pé. As vezes ajudam o Batman a capturar alguns bandidos e malfeitores e só assim, quando eles saem tenho um pouco de paz.

Me assusto quando ouço meu pai:

- Corina, desce logo se não quiser que eu suba ai e te dê umas palmadas mocinha, você não ouviu sua mãe le chamar?!

- Acho que já estou grandinha pra essas coisas, né papai?

- Adoro quando me chama de papai, minha lindinha!

-Engraçado, por quê nunca me chama de mamãe, em filha?

- Se a Senhora não reclamasse de tudo que eu faço e não me julgasse sempre!

Meu pai riu vitorioso como se fosse o cara! - Eu Falei amor, pra você tratar nossa queridinha com mais compreensão...

- Sim pai, vamos parar com essa coisa melosa e me leva logo pro colégio antes que eu desista de estudar! Falei revirando os olhos.

Sim, vamos!

- Pera, esqueci o meu livro na porra do quarto!

- Eu falei pra você olhar essa boca mocinha! Falou minha mãe já nervosa

- Mãe,  quem será que eu puxei?

- Seu pai, com certeza!

- Então, reclama com ele!

Antes que ela abrisse a boca pra falar bosta, nem peguei o livro e fui direto para o carro do meu pai e pude ouvir os dois discutindo. Sobre quem? Sobre a bunitinha aqui! E o papai ficou do lado de quem? Da gatinha aqui! Meu pai só fica do meu lado porque no fundo, bem no fundo sou igualzinha a ele e ele gosta do meu jeito de ser. Acho que ele se vê em min.

Não que eu não pareça com minha mãe, sou ben atrevida e falo tudo que penso como ela, mas sou 100℅ maldosa como meu pai, só estou tentando me controlar.

Vamos filha? Perguntou papai

- Papai?

- Oi?                                                                             A filha não faz essa cara que eu sei o que voce esta querendo!

- Por favor pai, mamãe não vai saber! Vai ser um segredinho meu e seu... Por favor, por favor!

- Já disse que não!

Eu queria que ele corresse com aquele carro e sabia como deixar meu pai louco e sempre resolve! e ele acaba fazendo o que eu quero.

- Frouxo! Ta com medo da mamãe descobrir, isso prova que é ela quem manda.

- Corinaaa! Achei que meu pai ia me matar e que dessa vez eu ia com a bunda dolorida pro colegio com a forma que ele me falou, ele sempre fala meu nome no diminutivo, me chama sempe de Corininha e só chama meu nome normal quando ta com raiva.

- Corininha, Aperta os cintos!

- Yés! Hahaha        

Como eu disse, no fim...                                 ele sempre faz o que eu quero! 

Emfim Chegamos! Me despedi do papai com um beijo e desce do carro. Meu estilo era bem louco, eu usava uma calça preta com rasgos na frente, uma blusa azul minha cor predileta, estava com uma jaqueta de couro preta pra combinar com a calça e um sabato azul marinho pra combinar com a blusa. Maquiagem preta pra realçar meus olhos azuis e meus cabelos loiros com as pontas pintadas de  azul, não precisei de batom, minha boca era rosada, então me deixou mais natural e não tão louca quanto sou.

Respirei fundo antes de entrar no colégio. Ninguém sabe quem são meus pais, isso me deixa tranquila por saber que ninguém vai pegar no meu pé, pelo menos é o que espero.