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História A filha do Mestre Pokemon - 2 Temporada - Capítulo 01 - Saudades!


Escrita por: BVCamacho

Notas do Autor


Fala meus amigos leitores, tudo em ordem?

Finalmente a segunda temporada vai começar... Pelo que pretendo fazer, provavelmente o desenvolvimento dessa temporada seja um pouco mais lento que a primeira, mas espero que gostem.

Como devem ter percebido, desde os últimos capítulos da primeira temporada os capítulos ficaram maiores. Eu acho mais fácil escrever os capítulos longos (embora seja mais trabalhoso revisar), pois nos capítulos curtos acaba ficando muito acelerado e/ou faltando informações.

Agora chega de enrolação e vamos para a fic.

Capítulo 81 - 2 Temporada - Capítulo 01 - Saudades!


Era uma linda manhã na cidade de Pallet, o sol brilhava forte e não se via uma nuvem no céu. Pidgeys voavam por sobre a cidade e crianças brincavam na rua com os Pokémon. Bom, algumas não estavam muito felizes, pois já tinham dez anos e não poderiam sair em jornada devido à mudança nas regras para se tornar treinador Pokémon.

Mas mesmo com essa linda manhã, Mariene não conseguia se animar. Desde que Klauss, Lana e Mathew voltaram para Hoenn, há dois meses, ela não era mais a mesma. Nem mesmo Maya estava presente, já que foi morar com a Misty e aparecia poucas vezes na casa da jovem Ketchum. Mariene se sentia muito triste, mesmo com a companhia de Sara que estava hospedada em sua casa enquanto Vaporeon se recuperava. Na verdade, a única que conseguia animar um pouco Mariene era a própria Sara, já que nem mesmo seus pais conseguiam.

Mariene, embora já estivesse acordada, permanecia deitada em sua cama, e Sara, na outra cama que havia no quarto, estava sentada olhando para a amiga.

— Ô Mariene, quando você vai superar essa tristeza hein? Nem a Espeon e o Pikachu aguentam mais ver você assim.

— Me deixa…

— Eu até entenderia essa sua tristeza se você é o Klauss tivessem terminado, mas vocês estão juntos.

— Será? — Respondeu Mariene, tristemente.

— O que quer dizer?

— Já fazem dois meses que ele voltou para Hoenn, tenho medo que ele tenha deixado de me amar.

— Tá doida Mariene? Vocês se falam quase todo dia, o que te faz pensar isso?

— Sei lá… Eu conheci ele no segundo dia da minha jornada, e desde então viajamos sempre juntos. Agora que estamos afastados, tenho medo de perder ele. E se ele conhecer outra garota lá em Hoenn?

— Ele vai dispensar a garota, assim como seu pai fez com a May e com a Dawn.

— Mas meu pai acabou se apaixonando pela minha mãe.

— Sim, mas pelo que vocês contaram, isso só aconteceu porque a Misty estava morta. Ele sabia que a única chance de ver ela novamente seria se algum Pokémon com o poder de reviver a Misty decidisse ajudar. Talvez naquele momento ele já tivesse perdido as esperanças de ver a Misty de novo e abriu o coração dele novamente.

— Eu não sei o que pensar… Eu estou angustiada, morrendo de saudades dele e com medo de essa distância fazer ele se esquecer de mim.

— Se esquecer de você? Duvido. Eu sei como se sente, a primeira vez que tive que ficar longe do meu ex-namorado fiquei assim também, mas depois de 3 meses nos encontramos de novo e tudo voltou a ser como antes. Mas eu tive uma ideia para você.

— O que?

— Porque você não vai para Hoenn encontrar ele?

— Eu nem sei onde ele mora, e seria estranho eu simplesmente aparecer lá.

— Mas seu pai deve saber, não foi ele que trouxe a dona Jennifer para cá durante os problemas com a Equipe Shadow?

— VOCÊ É UMA GÊNIA SARA! — gritou mais animada — Mas… ainda assim, será que o Klauss não vai estranhar eu simplesmente aparecer por lá?

— Estranhar talvez sim, mas isso pode ser bom ou ruim, e você só vai descobrir se for.

— Acho que tem razão. Obrigada Sara. E desculpa, eu prometi te ajudar com o Vaporeon e não fiz quase nada nesses dois meses.

— Só te desculpo se você deixar de pensar em baboseiras e batalhar comigo.

— Tá… Vamos… — é interrompida pelo som do seu estômago roncando. — Mas primeiro, vamos comer.

Mariene e Sara trocaram de roupa e foram direto para a cozinha tomar o café da manhã. Sara já estava mais aliviada, pois seu Vaporeon já caminhava sozinho, mesmo com um pouco de dificuldade.

A recuperação dele estava indo muito bem graças aos cuidados do Brock e auxílio do professor Carvalho. Após comerem, as duas decidiram ir ao laboratório do professor Carvalho, pois queriam ver como os Pokémon que foram do Marcus estavam, mas Sara decidiu levar o Vaporeon no colo, já que o laboratório não era tão perto da casa da Mariene.

— Olá Mariene, como vai?

— Estou bem professor.

— E você Sara?

— Estou ótima. Mas essa fresca aqui do meu lado não está bem não.

— SARA!!!

— Se for considerar esse grito, ela está ótima — disse rindo. — E você Vaporeon, está cada vez mais forte hein? Logo vai conseguir correr e batalhar novamente.

Ao ouvir isso, os olhos do Vaporeon brilharam intensamente, além dele falar algo que só a Mariene entendeu, mas Sara podia imaginar o que era.

— Ei Vaporeon, quando você estiver recuperado vamos treinar muito e vencer aquele Magmar, o que me diz?

Vapooooreon!!! Va vaporeon!

— Ei professor, você viu o Pikachu e a Espeon por aí?

— Claro, estão no rancho brincando com os outros Pokémon desde cedo.

— Depois eu vou lá, antes fale pra gente, como o Mawile e os outros estão?

— Estão se recuperando aos poucos, mas ainda não achei uma forma de reverter as sequelas deles. O Tauros e o Incineroar por serem muito fortes fisicamente tiveram danos menores, não acredito que possam batalhar numa liga, mas talvez possam participar de outras competições. O Tauros pode participar de corridas por exemplo, e o Incineroar pode participar dos torneios, já que nos torneios a força não é tão importante.

— E o Mawile?

— Ele é mais afetado de todos. Por poder Mega Evoluir ele sofreu muitos abusos, então está muito frágil. Estamos tentando criar algum medicamento que consiga pelo menos amenizar as sequelas de todos eles, mas até agora não tivemos sucesso. Recomendo que ele fique com você por enquanto, assim que descobrirmos mais alguma coisa a gente avisa. Ele está no rancho com os outros.

— Obrigada professor Carvalho.

— Não se preocupe Mariene, eu vou continuar minhas pesquisas para tentar curar esses Pokémon. Agora vai lá se divertir que a parte chata das pesquisas é responsabilidade dos mais velhos.

Mariene assente e junto de Sara, corre para o rancho atrás do laboratório. Assim que veem sua treinadora, Pikachu e Espeon correm até ela e saltam em seu colo, felizes por perceberem que ela estava um pouco menos deprimida. Logo os outros Pokémon, tanto os dela quanto os do Ash e da Sara também vão cumprimentá-la e cumprimentar a Sara.

Mawile estava dormindo próximo a uma árvore, e Mariene decidiu não acordá-lo. Após brincarem um pouco com todos os Pokémon, Mariene e Sara decidem batalhar.

Enquanto as duas faziam sua batalha treino, do outro lado do oceano, mais especificamente em Littleroot, na região de Hoenn, Klauss havia acabado de terminar o treino com o Magmar e com o Latios, e agora conversava com sua mãe.

— Ei filho, já decidiu para onde vai na sua próxima jornada?

— Ainda não… Pensei em seguir os passos do Ash, então iria para Johto, mas…

— Mas o que? Não vai me dizer que está pensando em desistir do seu sonho de ser campeão de Kanto?!

— Não, claro que não… Mas depois de tudo que aconteceu com a Equipe Shadow pensei em tirar umas férias em Alola, e lá também tem a Liga Pokémon.

— E qual o outro motivo?

— Como assim?

— Acha que sou idiota meu filho? Você não escolheria Alola só por causa do que aconteceu com a Equipe Shadow.

— SÓ??? Eu quase morri, se não fosse pela Mariene…

— Você nem teria corrido riscos, certo?

— Talvez, mas não me arrependo nem um pouco. Desde que saí de casa, a melhor coisa que me aconteceu foi conhecer ela.

— E então, por que uma férias em Alola?

— Bom, a Mariene está com medo de voltar a ser treinadora, participar de competições e fazer jornada. O Paul ainda está por aí, e ela tem medo de colocar mais alguém em perigo. Como o Ash tem uma casa em Alola, e mesmo tendo a liga, lá são apenas ilhas e não precisa de uma jornada de verdade, achei que seria bom para ela decidir o que quer, e mesmo eu consigo relaxar um pouco. Perder a Liga Índigo fez eu perceber o quanto tenho que evoluir, e Alola pode ajudar.

— Além de passar muito tempo com a Mariene, né espertinho?

— É… Então… Se eu posso unir o útil ao agradável, por que não? Aliás, não era você que vivia me provocando que eu tinha que arranjar uma namorada?

— Sim, mas vê se vai devagar hein… Sou muito nova para ser avó.

— MÃE!!! EU ACABEI DE FAZER 14 ANOS!!!

— Hahaha, você precisava ver sua cara agora!

— Você não mudou nada… Deixa a Mariene ou o Ash ouvirem o que você falou.

— Espera a gente se reunir de novo e vai ver se eu não falo… Mas deixa pra depois, agora o importante é: o que vai querer de almoço?

— Qualquer coisa tá bom.

Klauss foi brincar com os Pokémon enquanto o almoço não ficava pronto, e assim que sua mãe chamou para comer, ele não pensou duas vezes. De certa forma até lembrava a Mariene quando ouvia falar em comida, embora o apetite dele fosse muito menor.

Após o almoço, Klauss ligou para o professor Carvalho para saber como o Incineroar estava. Como ele imaginava, não houve melhora em relação às sequelas, mas saber que o Incineroar talvez pudesse participar ao menos dos torneios animou o rapaz.

Ao final do dia, Klauss havia treinado bastante com seus Pokémon, porém em Pallet, Mariene apenas fez uma batalha treino contra a Sara, na verdade, foi apenas um treino para o Pikachu, que ainda estava fora de ritmo para as batalhas já que não treinava desde o incidente com a Equipe Flare devido aos ferimentos que sofreu, mas para a alegria do pequeno Pikachu, ele já estava liberado para batalhar novamente.

Como recomendado pelo professor Carvalho, Mariene levou Mawile para casa junto de Pikachu e Espeon, e ela logo entendeu que era para ele não se sentir abandonado.

Como de costume na casa dos Ketchum, todos jantavam juntos, e Dawn também estava presente. Na verdade, ela praticamente morava lá. Ela sempre gostou da companhia do Ash e também da Serena, além de gostar muito das mães deles, então quase sempre ficava lá. Porém, ela era muito mais esperta que o Ash, e logo percebeu que Mariene estava inquieta.

— Mari, o que você tem?

— N...Nada. Porque?

— Seu pai pode ser um tapado, sua mãe distraída e suas vós não quererem falar nada, mas eu não sou assim. Você está inquieta desde que chegou.

— Fala logo Mariene, ou vai me dizer que está com vergonha? — provocou Sara.

— É… Bom… Eu só estou com saudades do Klauss…

— Só? Não parece ser só isso.

— Já que ela não fala eu falo. Ela está com medo que o Klauss esqueça dela por ficar muito tempo longe, e eu dei a ideia de ela ir para Hoenn ver ele, isso se vocês deixarem, é claro.

— SARA!!!

— O quê? É verdade. Só que ela não sabe onde ele mora, mas pelo que vocês disseram, foi o Ash que foi buscar a mãe dele quando teve o problema com a Equipe Shadow, então ela queria perguntar isso pro Ash, mas pelo jeito a vergonha tomou conta.

— Não sei porque ter vergonha, ainda mais depois daquela foto no Platô Índigo. Daquilo não teve vergonha, não é mocinha? — provocou Ash.

— Cl...Claro que tive… Mas, não foi planejado a gente dormir daquele jeito.

— Sei...sei. Bom, mas se era só isso.

— Por que não perguntou antes filha? Você não achou que eu ou seu pai iriamos achar ruim, achou?

— Não… Isso não… Mas… E eu estava com vergonha, e também não sei se devo.

— E por que não? — perguntou Dawn.

— Ele pode não gostar de eu simplesmente aparecer lá.

— Por que ele não gostaria? — perguntou Grace, confusa.

— Sei lá… Nunca fui na casa dele, e mesmo nesses dois meses que estamos longe ele nunca me convidou para ir lá.

— E você convidou ele para vir aqui? — perguntou Delia.

— Ahn… Não…

— Filha, não seja idiota como eu fui — disse Ash mais sério. — Eu quase perdi a Serena por idiotice minha, minha obsessão pela Misty não deixou eu perceber o quanto eu estava sendo idiota.

— Finalmente admitiu hein Ashzinho.

— Desde quando chama meu pai dessa forma, Dawn?

— Desde quase sempre eu acho.

— Quando eu conheci seu pai ela já chamava ele dessa forma filha. É que ela é meio doida e cada hora chama ele de um jeito. Sem contar que sempre usava roupa de líder de torcida nas batalhas de ginásio dele.

— Líder de torcida?

— Claro, eu tinha que incentivar meu melhor amigo a vencer os ginásios, oras.

— Dawn, não minta para ela, até eu sei que você também gostava dele naquela época — disse Serena rindo.

— Ei, não vale contar sobre isso.

— Porque não? Temos que admitir, o Ash mesmo sem querer sempre deixava qualquer garota babando por ele. Lembra da Mallow e da Lillie?

— EI!!! EU NÃO FICAVA BABANDO!!! ISSO É VOCÊ QUE FAZIA!!!

— Dá para parar de falar como se eu não estivesse aqui? Isso é meio constrangedor.

— Desculpe amor.

— Foi mal Ashzinho. Foi a Sere que começou.

— Serena, você não fica com ciúmes do Ash, sabendo que ele amou a Misty, que a Dawn gostava dele, a May e todas as outras?

— Fico um pouco, claro. Mas eu confio no Ash e nas garotas também, Sara. E quem disse que o Ash amou a Misty? Ele ainda ama. E a Dawn ainda gosta dele que eu sei.

— Filha, vamos treinar? Eu não preciso ficar ouvindo isso — disse incomodado com o rumo da conversa.

— Tá bom, já paramos amor. Agora o importante… Quando você quer ir para Hoenn filha?

— Se vocês deixarem, essa semana. Mas antes vou ter que comprar um presente para ele. Não dei nada no aniversário dele e nem no natal.

— Tá… Bom, para falar a verdade, eu não sei o endereço dele hahaha… Mas é só falar com o Professor Birch que ele fala pra você. Eu já vou deixar ele avisado.

— Valeu pai!

— E você Sara, vai com ela? — perguntou Dawn.

— Não, não quero atrapalhar e ainda tenho que ir pro ginásio da Misty por causa do Vaporeon. Por mais que eu não saiba o que fazer, quero ajudar na recuperação dele.

Os dias passaram mais rápidos desde que Mariene decidiu que iria para Hoenn. Mesmo com receio por não saber qual seria a reação do Klauss ao vê-la, ela estava ansiosa para ir até a casa dele em Hoenn.

Durante esses dias, ela ia todos os dias procurar algum presente para o Klauss, e ainda arrastava a Sara com ela, mas não achou nada que ela considerasse um bom presente. Pensou em dar uma Master Ball personalizada, mas se lembrou que já tinha dado uma Master Ball para ele, e agora estava sem ideias de presentes.

— Ma, eu já sei o que você pode dar de presente para o Klauss.

— Sabe? O que? Me diz…

— Isso — respondeu entregando uma caixa para a Mariene.

Mariene abriu e ficou surpresa e também corada ao ver o que tinha dentro da caixa.

Era um quadro artesanal, mas dentro tinha um desenho estilo mangá da Mariene vestida de Eevee, numa pose um pouco sensual, nada exagerado, mas o suficiente para deixar Mariene envergonhada.

— E… Eu não posso dar isso.

— E por que não? Aposto que o Klauss um dia vai querer que você faça isso depois de ver o desenho.

— VOCÊ É DOIDA? Já foi um sacrifício me vestir de Eevee lá na liga, fazer isso é impossível.

— Mas veja o desenho que fiz, não acha que o Klauss vai gostar?

— É… Talvez… Mas de onde você tirou a ideia de me desenhar e vestida de Eevee?

— Bom, a ideia não foi exatamente minha, mas como sei desenhar acabei fazendo pra você.

— E de quem foi a ideia?

— Eu sei que vou morrer se contar, mas tudo bem. Foi do Ash e da Dawn.

— O QUÊ? MEU PAI? O QUE ELE TEM NA CABEÇA?

— Bom, eu vi o quanto você estava preocupada com isso e fui pedir ajuda pra ele, e na hora ele e a Dawn estavam conversando. O Ash deu a ideia de fazer um desenho de você vestida de Eevee, mas de uma forma mais fofa. A Dawn deu a ideia de colocar você numa pose um pouco mais sensual. Juntei a ideia dos dois e desenhei isso.

— Mas e se ele descobrir que não foi ideia minha?

— Simples, quando for entregar o presente fale que você estava sem ideias e que eu te ajudei, ele vai entender. Agora começa a arrumar suas coisas de jornada que amanhã você vai para Hoenn com esse presente, ou não me chamo Sara.

— Muito prazer Mirela, me chamo Mariene.

— Ei, isso não tem graça.

— Eu sei… Mas eu não vou ter coragem de entregar esse desenho para o Klaussito.

— Ou você vai lá e entrega, ou eu faço um desenho de mim vestida de Pikachu numa pose muito mais sensual e eu mesma vou lá e entrego para ele.

— Você não faria isso.

— Quer pagar para ver?

— Que legal, estou sendo expulsa da minha própria casa pela minha amiga — diz fazendo bico.

Sara ri da reação exagerada da Mariene, e ambas vão para o quarto para dormir. No dia seguinte, Sara acorda antes de Mariene, assim como Espeon, Pikachu e Mawile, além do Vaporeon da Sara. Ela faz carinho nos quatro Pokémon e decide ir tomar café da manhã, mas percebe o olhar travesso do Pikachu e da Espeon e decide ficar para ver o que eles iriam aprontar, e até mesmo Mawile olhava confuso para os dois.

Pikachu e Espeon se encaram e esboçam um sorriso, aproximam-se da cama da Mariene e então Espeon usa seu Psychic para fazer a Mariene flutuar para fora da cama, e então Pikachu usa seu Thunderbolt para acordar a Mariene, que dá um grito muito alto. Logo depois Espeon solta a Mariene que cai de costas no chão, e o Pikachu pula em sua barriga junto da Espeon.

— SEUS PESTINHAS!!! ISSO VAI TER TROCO!!! — gritou tentando fingir estar brava, mas não se conteve e começou a rir muito

— Pikachu, Espeon, porque fizeram isso?

— Não se preocupe Sara, é normal esses pestinhas fazerem isso. Não sei como não fizeram antes.

Você tava tão deprimida que não teria nem graça fazer isso.

O Pikachu tá certo, não tem graça se não deixar você irritada.

— Ah é? Espeon, você quer ver o Klauss de novo?

Claro!!! Ei, não me diga que ele vem pra cá?

— Não, nós vamos para Hoenn hoje. Isso se você se comportar, senão você fica.

— Agora que todos acordaram, vamos comer?

— SÓ SE FOR AGORA!!!

Mariene levantou do chão e foi para a cozinha numa velocidade surpreendente. Sara ficou estática, sem nem entender o que aconteceu, e então começou a rir quando finalmente percebeu.

Quando Serena viu o desenho que seria o presente do Klauss, ficou mais vermelha que a própria Mariene, pois achou um pouco sensual demais para a idade dela, embora não fosse nada exagerado o desenho.

— ASH KETCHUM!!! Você não tem vergonha de dar uma ideia dessa para a Sara desenhar como presente para o Klauss?

— Ei, não olhe para mim. Minha ideia foi só a Mariene vestida de Eevee numa pose fofa. A ideia de colocar essa pose mais sensual foi da Dawn.

— DAWN HIKARI!!!

— O que? Eu me vestia de forma mais provocativa quando ia torcer pelo Ash nos ginásios, e tinha a idade dela.

— Mas você é exibida.

— Eu sabia que não seria uma boa ideia esse presente…

— Claro que não filha… É uma ótima ideia, o Klauss vai adorar. Só acho meio exagerado pela sua idade.

— Que nada Sere… Você usou a roupa de Fennekin na Poké-vision e era muito mais provocativa que esse desenho… Só peço que não se deixe levar hein filha, sou muito novo para ser avô.

— PAI!!!!

— Hahaha, vocês acham que nós adultos não sabemos do que vocês falam? Já tivemos sua idade, e mesmo eu sendo tapado, às vezes conversava sobre isso com o Brock. Só não queira apressar as coisas.

— Eu ainda tenho 14 anos pai…

— Eu sei, e é por isso mesmo que falei para não apressar as coisas.

— Filha, depois me conta a reação do Klauss quando vir esse desenho, tá?

— Mãe, você não liga que ele veja esse desenho?

— Claro que não. É só um desenho. E você ficou bem fofa nele, mesmo nessa pose.

— Eu já falei com o professor Birch, ele está te esperando no laboratório dele. Se quiser meu Charizard pode te levar, ele sabe onde fica o laboratório.

— Valeu pai… Sara, tem certeza que não quer ir comigo?

— Claro Mariene. Além de não querer atrapalhar os pombinhos, acho que semana que vem vou para o ginásio da Misty.

— É… Errado Sara, você vai amanhã.

— Amanhã?

— Sim, a Misty me ligou ontem e falou que amanhã vem buscar você e o Vaporeon. E falou para você se preparar, pois vai ser bem puxado.

— Tá… Mariene, também me fale qual a reação do Klauss, ouviu? Estou tão curiosa quanto a sua mãe.

— E pra mim também. A ideia de sensualizar foi minha, então mereço saber.

— Caramba… Eu já estou morrendo de vergonha aqui, e ainda vão querer que eu faça isso?

— Claro… E eu como seu pai também quero saber, afinal já tive a idade dele e dependendo da reação dele vou precisar ter uma conversa séria.

— Tá bom, vocês venceram. Eu vou indo antes que tenham mais alguma ideia que me deixe em uma situação ainda pior.

— Tome — disse Ash jogando uma Pokébola — É o Charizard, ele vai te levar até o professor Birch. Chegando lá, é só pedir para o Birch transferir de volta para o professor Carvalho.

Mariene pega a Pokébola do Charizard e sai correndo de casa, se despedindo de todos aos gritos, já que estava ansiosa para ir à Hoenn, mesmo ainda estando com receio do Klauss não gostar da visita surpresa.

Sara, Dawn, Serena e Ash riem da forma que Mariene saía de casa, e dão mais risada ainda quando ela solta o Charizard, que a cumprimenta da mesma forma que ele cumprimentava o Ash, com um belo Flamethrower na cara. Mariene retornou Mawile para a Pokébola, subiu no Charizard e logo depois o Pikachu subiu em seu ombro e a Espeon pulou em seu colo.

O Charizard sorriu maleficamente para o Ash, que entendeu o recado e apenas concordou com seu leal Charizard. Após um forte rugido, Charizard levantou voo e partiu em grande velocidade rumo à Hoenn, e quando estava alto o suficiente começou a brincar com a Mariene, virando de ponta cabeça, dando loopings e em certo momento, até fingiu que dormiu durante o voo e começou a cair. Mariene se assustou com isso, mas quando ele voltou a voar ela começou a rir muito. Ele era tão brincalhão quanto o Charizard dela, mesmo tendo uma feição muito mais séria.

Após várias horas de voo, Mariene finalmente chega à Hoenn, mais especificamente, ao laboratório do professor Birch, em Littleroot.

Pronto Mariene, agora é com você. O Ash me falou que você veio para encontrar o Klauss, então não seja tão tímida quanto a Serena era. Se o Ash não tivesse ido atrás dela, por vergonha ela não falaria mais com ele depois que o Ash voltou de Kalos.

— Eu sei Charizard. Mas com o presente que vou dar pra ele, não tem como não sentir vergonha.

Como disse, agora depende de você. Sei que o Ash pediu para o professor Birch me mandar de volta, mas posso ficar com a minha Pokébola?

— Por que?

Bom, quero passar no Vale Charicífico para ver a Chala antes de voltar para Pallet. Sabe como é, desde o que aconteceu com a Equipe Shadow eu não voltei para vê-la.

— Tá… Leve, eu aviso meu pai. Boa sorte garanhão.

Nossa Mariene, isso soa tão velho… Eu ouvia pessoas falando isso quando seu pai ainda era criança.

— Hahaha, pare de frescura e vai logo.

Charizard pega a Pokébola dele e sai voando de lá, enquanto Mariene apenas se virava para a porta do laboratório. Quando ia entrar, a porta se abre e o professor aparece quase atropelando a Mariene.

— AAAHHHH me desculpe mocinha… Quase te derrubei. Você está bem?

— Não se preocupe, estou bem. Você sabe se o professor Birch está aí?

— Eu sou o professor Birch, estou meio com pressa agora, um dos iniciais fugiu e amanhã os novos treinadores vem para escolher seu parceiro.

— Eu te ajudo professor. Ah, sou Mariene Ketchum, muito prazer.

— Ketchum? Você é a filha do Ash?

— Sou sim. Mas depois a gente resolve o resto, vamos procurar esse pequeno fujão. Pikachu, Espeon, podem ajudar?

Claro.

— Ótimo. Para onde ele foi professor?

— Acho que para lá — disse apontando em uma direção. — Você também consegue falar com os Pokémon?

— Pikachu, você é mais rápido, procure do outro lado e se encontrar use seu Thunderbolt para avisar a gente. Espeon, sei que não treinamos faz tempo, mas você é muito forte em seus poderes psíquicos. Procure entre o local que o Pikachu foi e o local que o professor indicou. Se achar, tente me chamar com seus poderes. Professor, nós vamos na direção que você indicou.

— O Thunderbolt é visível, mas tem certeza sobre a Espeon?

— Sim. Confio nela mais que em mim mesma. Vamos logo.

Mariene sai correndo na direção apontada pelo professor Birch, e o professor corre atrás dela. Mesmo não tendo a mesma disposição de quando o Ash estava em jornada, ele corria bastante e conseguia acompanhar a Mariene.

Após algumas horas procurando pelo Pokémon fugitivo, Mariene vê um raio sendo lançado aos céus e logo entende que o Pikachu encontrou. Ela e o professor correm em direção ao raio e encontram Pikachu e Espeon tentando cercar um Pokémon azulado, que a Mariene não reconhece.

— Professor, é esse Pokémon que fugiu?

— Ele mesmo. É um Mudkip, do tipo água. Desde que falei que ele poderia ser escolhido por um treinador amanhã, ele tem fugido do laboratório.

— Pikachu, Espeon, não façam nada, vocês podem machucar ele sem querer. Mawile, saia.

Maaaa

— Mawile, você não pode batalhar, mas acho que segurar um inicial não vai te trazer problemas, mas a decisão é sua. Quer tentar?

Claro… Prefiro me machucar batalhando com você ao invés de não poder fazer nada.

— Mariene, esse não é o Mawile daquele tal de Marcus que o Mathew enfrentou no final da liga?

— Sim, ele mesmo. Eu sei que o professor Carvalho já deve ter te alertado, mas confio no Mawile. Não vamos usar os golpes mais fortes, tá Mawile?

Por que não?

— Primeiro, não quero que você se machuque, segundo, não quero machucar esse Mudkip. Então Fairy Wind.

Mawile lança seu Fairy Wind, mais fraco que o normal para um Pokémon como ele, mas graças à sua experiência em batalhas consegue prever o movimento do novato Mudkip e atinge o pequeno Pokémon de água.

— Ótimo, Fairy Wind de novo.

Mawile ataca novamente com o Fairy Wind, e o ataque sai um pouco mais fraco que o anterior, mas também consegue atingir o Mudkip, que não tinha experiência nenhuma em batalhas. Porém, logo após o golpe, Mawile cai de joelhos.

— Professor, aproveite para retornar o Mudkip!

Enquanto o professor pegava a Pokébola para retornar o Mudkip, Mariene correu até o Mawile e o pegou no colo. Ele estava com um olhar de decepção no rosto, mas Mariene sorria para o Pokémon, que ficou confuso.

— Mawile, nós dois sabemos que você não pode batalhar. Estou orgulhosa de você conseguir parar o Mudkip.

Eu fui rídiculo. Não consigo nem usar meu ataque mais fraco com eficiência.

— E daí? Você está machucado, e infelizmente não tem nada que possamos fazer para curar o que aquele maldito do Marcus te fez. Mas você escolheu me aceitar como treinadora, e mesmo não podendo batalhar, você vai seguir viagem comigo. Até porque eu não pretendo mais competir mesmo.

O que? Por quê?

— Bom, eu explico quando eu falar com o Klauss, ele também vai querer saber e aí falo para todos.

Tá bom…

— Mariene, obrigado pela ajuda. E a vocês também Pikachu, Espeon e principalmente Mawile. Vocês me lembram do Ash quando era mais novo. Saudades daquela época.

— É… todo mundo fala isso. Parece que nasci numa época não muito boa…

— Não pense assim, seu pai também enfrentou muitos desafios e perigos. Mas é que ele tinha, na verdade tem, uma personalidade única. Embora ele esteja mais maduro hoje, ainda tem aquela alma de criança querendo ser um Mestre Pokémon.

— Mas ele já é…

— Ele não está contente com isso. Por que acha que ele está criando a Super Liga?

— Para quem quer ser um Mestre Pokémon como ele poder disputar o título?

— Claro que não. Quer dizer, também é por isso, mas porque ele não se acha digno de ter esse título, e quer que apareça alguém muito mais forte que ele, para só depois poder disputar o título novamente.

— Eu nunca vou entender meu pai.

— Bom, chegamos de volta ao laboratório. Quer que eu veja como o Mawile está?

— Não precisa professor, ele vai ficar bem, só precisa descansar. Qualquer coisa eu trago ele para o senhor ver.

— Não precisa de tanta formalidade, pode me chamar só de Birch.

— Tudo bem Birch. Sem querer abusar da sua bondade, mas poderia me dizer onde o Klauss mora?

— Klauss… Klauss… Ah, o Klauss Humble?

— Isso, ele mesmo.

— Posso fazer melhor. Entre no carro, eu te levo lá. Mas aperte o cinto.

Mariene entrou no carro junto de Espeon, Pikachu e Mawile que ainda estava em seu colo, e antes que pudesse perguntar o porque de “apertar o cinto”, Birch acelerou fundo e saiu cantando pneu. Mariene se sentiu numa corrida ilegal, parecia que estavam fugindo da polícia, mas era só o Birch dirigindo como sempre dirigiu. A oficial Jenny da cidade nem ligava mais para os abusos do professor, já que mesmo correndo feito doido nunca causou nenhum acidente.

Em poucos minutos, eles chegaram à casa do Klauss. Era uma casa simples, com um pequeno jardim na frente. Mariene agradeceu ao professor pela carona e desceu do carro. O professor se despediu e saiu novamente cantando pneu.

Mariene respirou fundo, se aproximou da porta e após reunir coragem, bateu duas vezes. Pouco tempo depois a porta se abriu e ela foi atendida pela Jennifer.

— Mariene… Que surpresa agradável, entre. — disse praticamente empurrando a Mariene para dentro da casa.

— Bom dia Jennifer, como vai?

— Tudo bem Mariene. E você lindinha, como está?

— Estou bem também. Um pouco preocupada com o Mawile, mas ele vai ficar bem. Me desculpe vir sem avisar.

— Não tem problema Mariene… Mas o que houve com o Mawile? Ele piorou?

— Ah, nós meio que exageramos um pouco. Eu estava ajudando o professor Birch a recuperar um Mudkip que fugiu, e decidi deixar o Mawile batalhar um pouco. Como não precisaria usar golpes muito fortes achei que não teria problema, mas ele acabou se machucando um pouco.

— Mas porque batalhou com ele sabendo que ele não pode batalhar?

— Ele adora batalhas, e como era contra um inicial, achei que não teria problemas, ele só usou o movimento mais fraco dele, mas mesmo assim…

— Bom, deixe ele descansar um pouco, se quiser pode levar ele para o quarto do Klauss.

— Não precisa, não quero incomodar e nem atrapalhar ele.

— Bom, ele nem está em casa agora, e não vai ser incômodo nenhum. É a segunda porta da direita.

— Obrigada Jennifer.

— Imagina. Fique à vontade, logo ele volta do treino matinal dele.

Mariene segue para o caminho indicado pela Jennifer e entra no quarto do Klauss. Ela se surpreende ao ver que o quarto era bastante organizado, já que normalmente quartos de garotos são bem bagunçados. Ela colocou o Mawile deitado na cama do Klauss e começou a observar melhor o quarto. No quarto dele tinha uma TV, não era tão grande quanto as da casa da Mariene, mas também não era pequena, um vídeo-game, mas Mariene percebeu que era um modelo mais antigo, além de um computador e vários DVD’s e jogos.

Mas o que mais prendeu a atenção dela foi ver a Master Ball que ela havia dado de presente na cômoda, e ao lado estava uma foto dela e dele juntos, e não era uma foto qualquer, era a foto que a Maya tirou no Platô Índigo, em que eles dormiram abraçados. Ela corou ao ver a foto, mas ficou feliz pois percebeu que ele ainda pensava nela.

Vendo a foto, ela começou a relembrar coisas da jornada dela, e ficou perdida em seus pensamentos.

— MÃÃÃEEEEE!!! CHEGUEI!!!

Ao ouvir a voz do Klauss, Mariene despertou de seus pensamento e logo sentiu seu coração acelerar. Ela estava ansiosa para rever o Klauss, mas também tinha um pouco de receio de como seria a reação dele. E o fato de ela estar no quarto dele a deixava ainda mais nervosa.

— FILHO, DEIXE AS COISAS NO QUARTO, O ALMOÇO LOGO FICA PRONTO — Jennifer gritou da cozinha.

Mariene também ouviu o grito da Jennifer, aliás, essa foi a intenção dela, fazer com que Mariene ouvisse. Klauss começou a caminhar para o quarto, e Mariene podia ouvir os passos cada vez mais perto.

Ela gelou ao ouvir a maçaneta da porta girar, enquanto Pikachu, Espeon e até o Mawile olhavam incrédulos para ela, já que não entendiam o porquê de tanto nervosismo. Assim que a porta se abriu, ela pôde finalmente ver o Klauss, que ao vê-la ficou levemente assustado.

— Mariene? O que faz aqui?

— E… Eu vim te ver — respondeu receosa com a reação do Klauss.

— Mas… Não precisava vir, eu podia ir para Pallet te ver.

— Eu sei, mas estava com saudades e resolvi fazer uma surpresa… Não queria incomodar.

Klauss larga as coisas dele no chão e vai até a Mariene, que estava totalmente corada, como ela sempre ficava no início do relacionamento. Klauss senta-se ao lado dela e então sorri, para logo depois lhe roubar um beijo. Beijo esse que há muito ele desejava. Não só ele, Mariene também desejava muito esse beijo. Foi um longo e intenso beijo, para matar a saudades que ambos sentiam, e após vários minutos, finalmente interromperam o beijo.

— Eu estava morrendo de saudades de você Mazita.

— Eu também Klaussito… Do jeito que você tinha falado achei que não queria que eu tivesse vindo.

— Hehehe, eu sabia que você estava aqui, encontrei o professor Birch no caminho e ele me contou, daí decidi brincar um pouco com você.

— Seu tonto, eu já estava me sentindo mal por ter vindo sem avisar.

— Então deu certo minha brincadeira. Mas eu realmente preferia ir para Pallet.

— Porque?

— Bom, minha casa não é grande como a sua, nem tão confortável… E você sempre teve tudo de bom e do melhor…

— Não acredito que você está falando isso Klauss. Você sabe que não me importo com isso.

— Eu sei… Mas…

— Mas nada Klauss. Você não achou que eu iria achar ruim sua casa só por ser mais simples, achou?

— Não… Mas meio que tive vergonha. Comparado à sua casa…

— A sua é ótima. Você sabe que eu não ligo para essas coisas. Sua casa é linda, e é confortável sim.

— Valeu Mazita… Foi mal não te convidar para vir aqui antes…

— Tudo bem, mas pare de achar que só porque meus pais tem dinheiro eu vou ligar para isso.

— Tá, mas temos um problema…

— Concordo… Espeon, fique à vontade.

Espeon, que estava deitada ao lado da Mariene, rapidamente se levanta, pula a perna da sua treinadora e sobe no colo do Klauss, ficando em pé e começando a lamber seu rosto.

— Hahahaha… Calma Espeon… Eu também estava com saudades — dizia rindo.

— Quando falei que vinha para cá ela ficou muito animada. Às vezes acho que ela gosta mais de você que de mim.

— Tá com ciúmes é?

— Tô sim — disse fazendo bico.

Tá cada vez mais fresca essa minha treinadora, não acha Pikachu?

Também acho… Será que um Thunderbolt resolve?

— NÃÃÃOOOOO!!!

— O que foi isso Mazita?

— Esses dois querem me atacar…

— Hahaha, é bem a cara deles mesmo. E o Mawile, o que aconteceu?

— É… Promete não brigar comigo?

— Claro.

Antes que pudessem continuar a conversa, Jennifer grita chamando os dois para almoçarem. Mesmo sendo a primeira vez que vai na casa do Klauss, ao ouvir a Jennifer chamando para almoçar, Mariene sai correndo do quarto. Assim que chega na cozinha, Jennifer começa a rir e Mariene não entende o porque. Logo depois Klauss chega com a Espeon, o Pikachu e o Mawile, e ele também estava rindo.

— Ei, do que estão rindo?

— É que certas coisas nunca mudam… — respondeu Jennifer

— Do que está falando?

— Mazita, você não pode ouvir falar em comida que sai correndo e se esquece de tudo. Percebeu que você saiu do meu quarto e deixou o Mawile lá, mesmo ele estando fraco?

— AAAAA…. Me perdoa Mawile… É que tô morrendo de fome.

— Como eu disse, certas coisas nunca mudam. Mariene, por favor, sinta-se em casa.

— Obrigada Jennifer.

Os três conversam bastante durante o almoço, e Mariene avisa o Klauss que o Vaporeon já está bem melhor e logo iria para Cerulean para receber os cuidados que permitiriam ele voltar a batalhar sem riscos, e isso deixou Klauss muito aliviado.

Com tanta coisa para conversar, o dia acabou passando rápido para todos, e Jennifer estava feliz de Mariene ter ido visitá-los, já que o Klauss, mesmo tentando não demonstrar, também estava triste pela distância da Mariene, e esse reencontro alegrou o garoto mais que qualquer outra coisa.

— Klaussito, Jennifer, eu vou indo. Já está tarde e tenho que conseguir um quarto no centro Pokémon ainda.

— Tá doida Mazita?

— Ahn?!

— Você vai dormir aqui. Pode ficar no meu quarto e eu durmo na sala. Além do mais, são quase onze da noite, duvido que tenha algum quarto disponível.

— Não… Não é justo, a casa é sua Klauss. Eu vou ficar bem no centro Pokémon, não se preocupem.

— Os dois podem parar de frescura?

— MÃE!!! SEM IDEIAS TORTAS!!!

— Que foi? Eu só ia falar que vocês poderiam dormir juntos, ué? Já fizeram isso na liga mesmo, então qual o problema?

Mariene e Klauss coram com o que a Jennifer falou, mas o argumento dela era bom, embora nenhum dos dois tivesse coragem de admitir.

— Filho, Mariene, vocês já são bem grandinhos para saber o que é certo e errado, vocês já tem catorze anos. Eu já falei para o Klauss e vou rep…

— CHEGA MÃE!!!

— Vou repetir… Ainda sou muito nova para ser avó, então nada de aprontar, ouviram? Mas dormir juntos, não vejo problema.

Mariene estava muito vermelha com o que a Jennifer falou, e Klauss estava vermelho de vergonha e de raiva… Ela não precisava fazer isso, mas se tinha uma coisa que ela gostava de fazer, essa coisa era deixar seu filho envergonhado na frente dos outros.

— O… Obrigada Jennifer, mas não posso aceitar…

— Deixa disso Mariene, você e meu filho namoram tem mais de um ano, qual o problema de dormirem no mesmo quarto?

— O problema é que só tem uma cama no meu quarto, mãe.

— E daí? Por acaso estão pensando em coisas pervertidas?

— NÃO!!! — Mariene e Klauss gritaram ao mesmo tempo, muito corados.

— Bom, então está decidido, aliás, já tranquei a casa, então não tem como sair Mariene. Você dorme aqui hoje.

— Tá bom… Você venceu Jennifer, mas eu fico no sofá.

— Nada disso Mazita, você vai pra cama e eu fico aqui no sofá.

— Agora vocês que se entendam sobre quem dorme onde, embora minha ideia seja a melhor.

Jennifer sai da sala e deixa os dois sozinhos, que estavam muito vermelhos depois da ideia que a Jennifer deu, e principalmente por ela falar que era muito nova para ser avó. Antes que Mariene pudesse argumentar alguma coisa, Klauss se deitou no sofá, pronto para dormir.

— Klauss Humble, pode sair daí. A casa é sua e você dorme no seu quarto. Quem vai ficar no sofá sou eu.

— Já disse que hoje aquela cama é sua. Eu fico aqui.

— A é? Espeon, use seu Psychic para levar o Klauss para o quarto dele.

— Não é justo!!!

Espeon obedece de imediato sua treinadora e Klauss começa a flutuar. Sem conseguir se livrar do Psychic, ele é levado por Espeon até o quarto, e a Espeon solta ele na cama, enquanto Mariene ria da cara do namorado.

— Tá rindo do que Mazita? Esqueceu que sua Espeon também gosta de mim e me obedece?

Nesse momento, Mariene parou de rir, sentiu seu coração falhar uma ou duas batidas, além de ficar totalmente branca com medo do que Klauss poderia falar para a Espeon fazer.

— Eu tô indo para o sofá, boa noite Klaussito.

Mal se despediu e tentou correr para a sala, mas…

— Espeon, traga sua treinadora aqui. Ela vai dormir no meu quarto hoje e eu vou para o sofá.

Espeon assente para Klauss, mas dá um sorriso um tanto quanto maldoso, que passa despercebido pelo jovem treinador. Espeon segura sua treinadora com seu Psychic e a leva até a cama do Klauss, derrubando ela em cima do namorado. Os dois tentam se levantar mas não conseguem.

Mariene, já chega de palhaçada. Ou vocês decidem agora o que vão fazer, ou vou deixar vocês presos no meu Psychic a noite toda.

— Klaussito, temos um problema…

— É a Espeon que nos prendeu assim, não é?

— Sim, e ela só vai nos soltar se a gente decidir agora onde cada um vai dormir.

— Eu já falei, você dorme no meu quarto e eu fico na sala.

— E eu já disse que não.

Bom, acho que vou ter que deixar vocês presos nessa posição mesmo… Se a foto da liga já foi constrangedora pra vocês, imagino o que a mãe do Klauss vai falar amanhã de manhã quando encontrar vocês desse jeito.

— ESPEON!!! SOLTA A GENTE!

Não.

— Klauss, acho que não temos muita escolha…

— Por que?

— Bom, ela não vai soltar a gente…

— E nenhum de nós quer dormir no quarto para não deixar o outro no sofá.

— Sei que é meio constrangedor, mas acho que vamos ter que dormir na mesma cama, por bem ou por mal…

— Meio? Isso é muito constrangedor… Imagina se minha mãe acorda antes e vê a gente dormindo junto?

— A ideia foi dela… Espeon, pode soltar a gente? Já decidimos onde vamos dormir, mas tenho que me trocar e colocar meu pijama.

Tá… Mas nem pensem em começar a discussão de novo, senão vou prender vocês dois numa posição mais constrangedora que a Sara me ensinou.

Mariene corou muito forte ao ouvir o que a Espeon falou, o que deixou Klauss curioso. Espeon liberou os dois do Psychic e finalmente conseguiram se mexer, então Mariene rolou para o lado saindo de cima do Klauss.

Mariene pegou seu pijama e foi ao banheiro se trocar, enquanto Klauss se trocava no quarto. Vendo que Mariene estava demorando para voltar, ele suspeitou que ela tinha ido para a sala e foi verificar, e era isso mesmo que tinha acontecido, Mariene já havia colocado o pijama e estava deitada no sofá.

Klauss foi até ela, que já estava de olhos fechados, e a pegou no colo, assustando a namorada.

— O QUE ESTÁ FAZENDO?

— Mazita, eu já disse, você dorme na cama, se não vai por bem, eu mesmo te levo até lá.

Mesmo sendo um pouco mais novo, alguns meses na verdade, Klauss era forte o bastante para carregar a namorada, e a carregou até o quarto, deixando ela na cama. Mas antes que pudesse sair, Mariene agarrou seu braço.

— E eu já disse que você que vai ficar na cama!

Ela se encolheu num lado da cama e deu um puxão nele, derrubando ele na cama ao seu lado.

— Eu desisto, vamos nós dois dormir aqui e pronto — disse Mariene, levemente corada.

— Mas…

— Mas nada, eu não vou deixar você dormir no sofá na sua própria casa.

— Ei, exatamente, é minha casa, eu decido onde durmo, e não vou deixar minha namorada dormir no sofá.

— Então nós dois dormimos aqui — disse dando um selinho no Klauss. — Boa noite Klaussito — completou se virando de lado, ficando de costas para o Klauss, mas ainda segurando em sua mão.

— Acho que não tenho escolha — suspirou. — Boa noite Mazita.


Notas Finais


Espero que tenham gostado do capítulo.

Mudei um pouco a forma de escrita das falas dos personagens, digam se preferem assim ou a forma antiga.

Ah, sobre o piquenique da Mariene e do Klauss, tive que deixar para o segundo capítulo. Eu fiz três versões desse primeiro capítulo, e essa foi a que ficou melhor, e colocar o piquenique aqui não teria sentido. Para todos que estão esperando, eu não esqueci, mas tenho que colocar de uma forma que não fique sem sentido também.

Até o próximo capítulo.


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