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História A filha do Mestre Pokemon - 2 Temporada - Capítulo 10 - O Pedido dos Tapus


Escrita por: BVCamacho

Notas do Autor


E aí amigos, tudo beleza?

Devido a um pequeno imprevisto, na semana passada não teve capítulo, mas agora vai voltar ao normal, com capítulo novo todo final de semana.

Espero que gostem do capítulo :)

Capítulo 90 - 2 Temporada - Capítulo 10 - O Pedido dos Tapus


Após algumas horas desmaiada, Mariene finalmente estava despertando. Sua visão estava um pouco embaçada, então ela esfregou os olhos tentando melhorar o que enxergava.

Quando finalmente conseguiu focar sua visão, percebeu que em sua volta estava Pikachu, Espeon, Mawile, Magmar, Incineroar, Latios, Tapu Koko e Tapu Lele, além do seu namorado. O único que não estava presente era o Charizard, pelo único motivo de não caber dentro do quarto.

CHARIZARD!!! CADÊ O CHARIZARD?!

— Calma Mazita, ele está lá fora. Ele não cabia no quarto, mas se recusou a voltar para a Pokébola.

— COMO ELE ESTÁ? E AQUELAS CHAMAS…

Ele está bem, não se preocupe Mariene.

— Tem certeza Tapu Koko?

Claro que sim.

— Mazita, o Charizard está bem, afinal, estamos falando do seu Charizard. Mas nós estamos é preocupados com você. Você tá bem?

— Aham… Acho que sim. Mas aquelas chamas no Charizard…

— Eu sei, estavam parecidas com a da sua visão.

— Por que? Por que isso está acontecendo comigo?

Graças a sua batalha contra o Tapu Koko, eu descobri algumas coisas.

— Tapu Lele?

Dentre os Tapu, eu sou o único com poderes psíquicos e consegui invadir sua mente durante a batalha.

— O que ele está falando, Mazita?

— Que invadiu minha mente durante a batalha contra o Tapu Koko.

Continuando… Eu não queria fazer isso, mas o Tapu Koko… ou melhor, nós, os quatro Tapus guardiões de Alola, precisamos da sua ajuda para treinar e ficarmos mais fortes. O Koko me disse que vocês dois são os treinadores mais fortes da ilha atualmente, então decidimos confiar em vocês, mas ele sabia que tinha algo que te impedia de batalhar. Eu vi sua mente e sei porque você tem essas visões quando batalha.

— Mazita, poderia compartilhar comigo o que ele está falando… Você sabe, eu não falo Pokémonês.

— Ele disse que descobriu porque essas visões aparecem quando eu batalho.

— É sério Tapu Lele?

Sim. E é bem simples na verdade. O Arceus implantou as memórias que o Ash tinha dos futuros alternativos em sua mente, no mesmo local onde suas próprias memórias de como batalhar estão, e também com os sentimentos de ansiedade, medo, euforia e vários outros. E na batalha, além de precisar das memórias de como batalhar, todos esses sentimentos também se manifestam em você. Quanto mais intensa a batalha, pior é a visão que você tem.

Então sempre que eu sentir ansiedade ou medo…

Você teria uma dessas visões, mas não se preocupe… Eu consegui tirar todas essas memórias implantadas em você. Claro, as visões que você já teve você não vai esquecer, mas não terá mais nenhuma visão daqui para frente, a não ser que você mesma se lembre das visões que já teve.

Mariene suspirou um pouco aliviada ao ouvir isso, e vendo o alívio da namorada, Klauss também relaxou um pouco, mesmo sem saber o que o Tapu Lele falou.

— Tapu Lele, e você sabe alguma coisa sobre as chamas negras no Charizard? Elas estavam…

Parecidas com as chamas de um dos futuros que seu pai viu. Não descobri exatamente o porque, mas tem algo a ver com a Aura. Porém eu percebi que as chamas de hoje tinham uma diferença com a da sua visão.

— Uma diferença? Elas pareciam idênticas.

Sim, a aparência era igual… Mas não sua energia. Não tenho como afirmar nada, durou muito pouco tempo e eu estava mais preocupado em conseguir entrar na sua mente e descobrir o que te atrapalhava na batalha do que em saber o que eram aquelas chamas negras.

— Agora descanse, garota. Amanhã vou precisar de você e do Charizard para o meu treino. E também do garoto e seu Latios. Estejam preparados.

— Até breve. Vamos Koko.

Os dois Tapus saíram voando pela janela do quarto da Mariene e desapareceram.

Ao ver os guardiões saindo, Charizard levantou voo e ficou na frente da janela da Mariene, que assim que o viu correu para abraçá-lo.

— CHARIZARD!!!

Eu estou bem Mariene, mas porque você desmaiou? Eu não levei nenhum golpe durante o Battle Bond…

Mariene então revelou para o Charizard sobre a visão que teve, e também o que o Tapu Lele falou para ela sobre essas visões.

Eu não sei o que aconteceu no futuro que seu pai visitou, mas eu jamais atacaria o Klauss ou seu pai.

— Mas naquele dia… Eu mandei você atacar o Klauss… E ele…

Eu só ataquei porque ainda não sabia o poder da Aura do Arceus, quando você foi dominada, a Aura dele forçou minha Mega Evolução e aí conseguiu me controlar. Hoje eu posso garantir que isso não vai mais acontecer.

— Mazita, pare de pensar no que aconteceu e vamos pensar no que vai acontecer. O Paul ainda está solto, parece que as Ultra Beasts vão surgir de novo e você ainda não consegue batalhar.

— Acho que tem razão… Obrigada… por ficar comigo…

— Boba, é claro que vou ficar com você. A não ser que um dia você se canse de mim, a gente vai ficar sempre juntos.

Mariene foi até o Klauss e o beijou, mas o beijo foi interrompido por um som muito conhecido por ambos. O estômago dela e da Espeon roncaram ao mesmo tempo.

— Por que meu estômago tem que roncar justo agora?

— Hahaha acho que ficar mais de quatro horas sem comer é um bom motivo.

◼◼◼

Brock ficou extremamente preocupado com o que viu, porém como os Tapus estavam com a Mariene, ele preferiu não interferir e voltou para casa, levando Yudi com ele, pois sabia que o filho iria atrás da Mariene para saber o que houve.

Aiko também queria saber sobre a Mariene, mas vendo que Brock não deixou o Yudi ir e nem mesmo ele foi, a garota decidiu acompanhar Yudi.

Já estava anoitecendo e tanto Aiko quanto Yudi já estavam ficando impacientes, principalmente porque o Brock não falava nada. Até mesmo Mallow estava achando estranho o Brock estar tão calado.

— Pai, o que aconteceu com a Mariene?

— Ela desmaiou sem motivo e o senhor nem deixou a gente ir atrás dela, senhor Brock.

Brock fechou os olhos e suspirou. Ele não queria envolver o filho dele e muito menos a Aiko, melhor amiga do Yudi, nesses problemas.

— Eu espero que nada demais. Yudi, Aiko... É melhor deixar isso para a própria Mariene resolver.

— Mas ela é mais que nossa amiga, pai. Ela e o Klauss são auxiliares da professora Lillie na escola, então de certa forma eles são nossos professores também.

— Bro... Digo, senhor Brock, foi graças à ela que eu, o Yu e todo mundo da escola descobriu a verdade das batalhas, e os riscos que existem.

— Por favor Aiko, pode me chamar só de Brock. Eu me sinto velho se você me chamar de senhor.

— Brock, amorzinho... Queira ou não os dois já se envolveram com a Mariene. E eu também quero saber. Você se afastou da gente para nos proteger e sou grata por isso, mas o Ash também é meu amigo. Se for possível eu também quero ajudar.

Mallow tinha razão e o Brock sabia disso. Mesmo tudo até agora tendo acontecido de forma diferente que nos futuros alternativos, caso ainda existisse algum risco, seu filho é a Aiko já estariam envolvidos, já que se tornaram amigos da Mariene e do Klauss.

Depois de um longo suspiro, Brock começou a contar para os três sobre todos os seis futuros alternativos que ele visitou com o Ash, e principalmente sobre as chamas negras do Charizard, que sempre que surgiram, resultaram no assassinato do Ash, Klauss, Serena, Gary e todos que se opuseram à Mariene no futuro em questão.

Yudi, e principalmente Aiko, ficaram chocados ao saber que nesses futuros alternativos a Mariene havia matado o Klauss, já que eles pareciam não poder viver um sem o outro.

— E agora amorzinho? Você...

— Vou avisar ao Ash do que houve, mas não vou abandoná-los novamente. Só me prometam uma coisa, se eu mandar vocês para a casa do Ash em Pallet, vocês vão sem questionar. Aquela casa é o local mais seguro atualmente.

Mallow suspirou, aliviada e com um sorriso no rosto. Esse era o Brock que ela conheceu e se apaixonou. Um rapaz, agora homem, que independente dos riscos jamais abandonaria quem era importante para ele. E ouvir ele falar que iria continuar com ela e com o filho a deixou muito mais tranquila.

— Nossa... Como a Mariene ainda consegue se divertir com todos esses problemas?

— Acho que é graças ao Klauss, Aiko. Se não fosse por ele, acho que ela não teria forças para encarar tudo isso.

— Isso mostra o quanto o Ash é forte e porque merece ser o Mestre Pokémon. Yudi, Aiko, amanhã de manhã eu vou visitar a Mariene e aproveitar para examinar o Charizard e o Mawile dela. Se quiserem ir comigo, acordem cedo.

— Que horas o senhor vai, Brock?

— Você não tem jeito né Aiko? Já falei que não precisa de tanta formalidade. Eu pretendo sair daqui umas seis da manhã.

— Caramba pai, pra que tão cedo?

— Esqueceu que eu trabalho no Centro Pokémon? Eu tenho que chegar lá antes das sete da manhã para que a enfermeira Joy possa descansar.

— Então eu vou pra casa, vou precisar dormir cedo senão eu não acordo amanhã.

— Não quer dormir aqui hoje, Aiko?

— Não, não quero incomodar Mallow, e além do mais, meus pais não gostam muito que eu durma fora de casa.

— Não se preocupe com isso, eu e sua mãe somos amigas desde crianças, pode deixar que eu falo com ela.

Enquanto Mallow foi ligar para a amiga de infância para avisar que a Aiko iria dormir na casa dela, Brock aproveitou para ir até a cozinha e preparar o jantar.

Embora a personalidade do Brock tenha mudado um pouco com o passar do tempo, algumas coisas nunca mudaram, e uma delas é a paixão dele por cozinhar. Quando ele está em casa, não deixa ninguém chegar perto da cozinha, pois gosta de fazer tudo sozinho. As únicas exceções são quando ele decide ensinar o filho, já pensando na jornada dele daqui alguns anos.

Depois de uma longa e boa noite de sono, Brock e seu filho estavam prontos para ir até a casa da Mariene, porém Aiko ainda dormia profundamente e já eram quase seis horas da manhã.

Yudi decidiu ir acordá-la, porém, antes de entrar no quarto de hóspedes, bateu na porta para ter certeza que a amiga não estava acordada, já que não queria correr o risco de entrar enquanto a garota se trocava.

Como não obteve resposta, ele abriu um pouco a porta e chamou pela amiga, e novamente não teve resposta. Só então ele decidiu abrir a porta completamente e entrar no quarto.

Aiko estava totalmente relaxada na cama, com o braço esquerdo caindo para fora da cama e metade do corpo descoberto. Seu pijama consistia num shorts que ia quase até o joelho e uma blusinha branca simples.

Sério que eu tenho que acordar a Aiko?”

Ele apenas sentiu seu rosto esquentar e sabia que estava levemente corado. Ele ficou um tempo parado pensando em como acordar a garota, pensou até em usar o Squirtle que ganhou do Ash ou o Rowlet que a escola deu, mas acabou ficando com dó da amiga e decidiu acordá-la da forma convencional.

Ele caminhou até a cama e então mexeu no ombro da amiga.

— Aiko, acorde, eu e o meu pai estamos quase saindo.

A Aiko resmungou alguma coisa que o Yudi não entendeu, então ele mexeu na garota de novo e a chamou um pouco mais alto.

— Ei Aiko, acorda!

Novamente, a Aiko apenas resmungou alguma coisa, mas dessa vez pegou na mão do Yudi e colocou embaixo de sua cabeça, usando como travesseiro e quase derrubando o Yudi em cima dela.

— VAMOS AIKO, ACORDE!

— Hmmmm… Só… mais um… pouquinho… fofinho…

Fofinho? Com quem será que ela tá sonhando?”

Yudi tentou retirar sua mão debaixo da cabeça da Aiko da forma mais cuidadosa possível, mas assim que sentiu que o Yudi estava saindo, de forma quase inconsciente, Aiko sussurrou.

— Fica… mais um pouco… Yu…

Será? Será que ela sabia o tempo todo que eu estava aqui?”

Aos poucos, Aiko começou a acordar, e quando percebeu que estava deitada em cima da mão do Yudi, e que ele estava abaixado ao lado da cama olhando diretamente no rosto dela, a vergonha tomou conta e ela acabou gritando instintivamente.

— KYYYAAAAAHHHHH!!!

Yudi deu um pulo para trás de susto, enquanto Aiko se escondeu debaixo do lençol

— O que faz aqui, Yu? — perguntou com a voz trêmula.

— Eu vim te acordar, mas você segurou minha mão e decidiu usar de travesseiro.

— Espera, então isso não foi um sonho?

— Não…

— Então… eu te...chamei… — Aiko sentia seu rosto cada vez mais quente, totalmente envergonhada. — de...de...fo...fo…

— Fofinho? Sim… Mas, foi eu mesmo quem você chamou de fofinho? Achei que estava sonhando com alguém.

— Ain que vergonha… Eu… Eu…

— Eu vou te esperar lá na sala. Se troque rápido que meu pai tá com pressa, ele ainda precisa ir trabalhar.

Assim que Aiko se trocou ela correu para a sala, também ansiosa para ir ver a Mariene, então os três saíram para ir vê-la.

Mesmo querendo ir correndo, Yudi foi impedido por seu pai e teve que ir andando calmamente. Por mais que reclamasse e quisesse correr, Brock não ligava e fez ele ir devagar, até porque, pelo que o Brock conhecia da Mariene, ela provavelmente estaria dormindo.

Para a sorte deles, o Brock ainda tinha a cópia da chave da casa do Ash de quando ele morou lá. Quando entrou, viu que nem a Mariene e nem o Klauss estavam acordados. Yudi queria correr para acordar a Mariene, mas Brock o impediu e disse que ele mesmo iria acordá-la, e mandou o filho e a Aiko aguardarem na sala.

Como ele suspeitava, Mariene não estava no quarto dela, então ele foi para o único quarto que ela poderia estar, que era o quarto do Klauss.

Como não teve resposta de nenhum dos dois após bater na porta, ele simplesmente entrou e viu Mariene e Klauss dormindo juntos, na mesma cama e com a Mariene usando o Klauss de travesseiro, com a Espeon e o Pikachu deitados com eles.

“Esses dois são bem apressadinhos. Espero que não tenham feito besteira.”

Mesmo assim, Brock sorriu com a cena. Uma coisa ele teve certeza, não que ele já não soubesse. A Mariene não era tão insegura quanto o Ash e nem tímida quanto a mãe.

Quando o Brock foi mexer na Mariene para acordá-la, acabou esbarrando no Pikachu que se assustou e soltou um Thunderbolt que acertou todo mundo no quarto, até mesmo a Espeon foi atingida.

— AAAAAAARRRRGH!!!

— O QUE ACONTECEU?

— Desculpa crianças… Eu vim acordar vocês mas acabei esbarrando no Pikachu e ele se assustou.

— T… Tio Brock?! O que faz aqui? — perguntou Mariene se enfiando embaixo do lençol.

— Mariene, não precisa ficar com vergonha, todo mundo já sabe que vocês têm dormido juntos. Eu vim examinar o Mawile e também seu Charizard. A Aiko e o Yudi estão lá embaixo te esperando também, eles ficaram preocupados.

— Hm… Tá… Eu vou no meu quarto me trocar e já desço.

Mariene passou correndo pelo Brock, com seu Pikachu no ombro e Espeon a acompanhando.

— Klauss, espero que…

— Não se preocupe Brock, não fizemos nada demais. Isso é culpa da minha mãe.

— Eu sei, ela já falou para o Ash e para a Serena o que aprontou com vocês dois quando a Mariene foi para a sua casa.

— Aff… Ela é muito linguaruda.

— Não se preocupe com isso, só não apresse as coisas.

— Claro que não Brock. A gente só dorme na mesma cama…

— E ela te usa de travesseiro.

— É…

— Avise a Mariene que vou esperar ela no campo de batalha. É o único lugar que dá para examinar o Charizard. Vou aproveitar e dar uma olhada no seu Incineroar também.

Brock então vai até o campo de batalha da casa do Ash, levando Aiko e Yudi com ele.

Quando Mariene se apronta, vai direto para a sala, e vendo que não havia ninguém, a próxima parada dela é na cozinha. Ela começar a preparar alguns sanduíches para ela e para o Klauss, enquanto Espeon e Pikachu já comiam a comida Pokémon deles.

Só então a Mariene se dá conta de que horas eram e fica chateada por ter acordado tão cedo, já que preferia dormir até mais tarde um pouco. Mesmo tendo aula na Escola Pokémon de Alola, a aula só começava às 09:00 então ela normalmente acordava… às 09:00.

Pouco tempo depois o Klauss chega e avisa a Mariene que o Brock estaria esperando no campo de batalha, porém Mariene convence seu namorado a comer antes de irem e acabam perdendo algum tempo na cozinha.

Brock já estava ficando impaciente de esperar, e mais ainda estavam Yudi e Aiko, que não paravam de perguntar pela Mariene, mas logo essa ansiedade acabou. Mariene e Klauss finalmente chegaram no campo de batalha junto de seus Pokémon.

Aiko e Yudi correram abraçar a Mariene, e depois cumprimentaram o Klauss da mesma forma. Mesmo com Mariene e Klauss sendo apenas um pouco mais velhos que Aiko e Yudi, os dois admiravam ambos, principalmente depois da batalha entre eles, que era de um nível totalmente diferente de tudo que já viram.

— Finalmente chegou Mariene.

— É que eu tava com fome, tio Brock.

— Tal pai, tal filha… Eu queria dar uma olhada no seu Mawile e no Charizard, tudo bem?

— Claro. Charizard, Mawile, saiam!

Enquanto Brock examinava os Pokémon da Mariene, Aiko e Yudi não paravam de fazer perguntas para ela e para o Klauss, mas como foram orientados pelo Brock, não perguntaram nada sobre a cor diferente nas chamas do Charizard.

Porém, o que o Yudi realmente queria era batalhar com o Squirtle que ganhou do Ash. Por ser apenas um aluno, era proibido batalhar fora da escola, mesmo que fosse com algum amigo para treinar.

— Yu, pare de reclamar. Tenho certeza que vamos ter mais aulas práticas.

— Hihihi, eu entendo ele… Eu não pude sair em jornada antes dos meus treze anos, mas pelo menos podia treinar com os poucos Pokémon do meu pai que ficaram em Pallet. Era horrível não poder sair para batalhar de verdade.

— Ainda bem né Mazita… Se tivesse saído antes você teria destruído o mundo hahaha.

— Não precisava me lembrar… — respondeu fazendo bico.

— Precisava sim — respondeu dando um selinho na namorada. — Foi graças a isso que a gente acabou se conhecendo e ficando juntos.

— Olhando por esse lado, foi ótimo eu não ter saído antes em jornada. Mas para falar a verdade, nem eu entendo o porque de aumentar a idade mínima para ser treinador.

— Nem eu Mazita.

— Se vocês não entendem, imaginem a gente.

— E eu pensando que ia ser treinador esse ano.

— Se eu soubesse que a regra ia mudar, não tinha te esperado, Yu.

— Qual é, eu também ia esperar se eu fosse mais velho, Aiko.

— Vocês conseguem ficar um dia sem discutir? — Perguntou Brock, sem parar de examinar o Charizard.

— Acho que não, pai.

— Bom, dependendo do desempenho de vocês na Escola, posso tentar ajudar, mas não prometo nada.

— Sério Brock?

— Como disse, não posso prometer, mas posso tentar, afinal a regra foi criada a pedido do Ash.

— YEAAAHHHH!!! — Aiko e Yudi gritaram, animados.

— Klaussito, sabe o que isso significa?

— Claro que sim… Sobrou pra mim ensinar os dois.

— Espera, temos aquele outro compromisso também.

— Caramba, eu esqueci completamente.

— O que vão aprontar?

— Nada tio Brock. É que…

— Os Tapus vieram pedir para a gente ajudar eles no treinamento deles.

— SÉRIO? VOCÊS VÃO TREINAR COM OS TAPUS?

— PODEMOS VER? — perguntou Aiko animada, com os olhos brilhando, praticamente implorando por isso.

— Seria bom para o Yudi… Não vejo problemas

— Valeu pai!

Klauss e Mariene suspiraram, derrotados. A verdade que nenhum deles queria alguém vendo o treino, pois sendo com os Tapus, era certeza que seria no mínimo violento.

— Mariene, seu Charizard está ótimo e a asa dele está totalmente curada, só está fraca por ele ter voado pouco devido ao último machucado dele. Não deixe ele se esforçar muito.

— E o Mawile?

— Nenhuma mudança, mas ele também não piorou, se continuar assim não terá problemas. Mas eu estava falando com o professor Carvalho e com o seu pai, e depois a gente precisa conversar.

— Depois da aula eu vou levar meu Incineroar no Centro Pokémon, você pode dar uma olhada nele, Brock?

— Claro. Se quiser eu levo ele agora e depois da aula você passa lá pegar.

— Tudo bem. Obrigado Brock.

Assim que recebe a Pokébola do Incineroar, Brock se despede dos quatro e parte em direção ao Centro Pokémon.

Embora Mariene ainda não estivesse preparada para voltar a batalhar, ela sabia que os Tapus estavam confiando nela para o treino, e se o que o Tapu Lele falou foi verdade, ela não teria mais novas visões durante uma batalha, mas o fato dela saber que poderia se recordar das visões que já teve a deixava preocupada, e tanto Aiko quanto Yudi perceberam que ela estava incomodada com alguma coisa.

— Mariene, aconteceu alguma coisa?

— Hm… Não, nada. Vamos, se eu vou ter que ajudar os Tapus e ainda dar aula para o Yudi e para a Aiko, melhor termos reforços.

— Tem razão Mazita. Depois de você falar com o professor Carvalho, vou ligar falar com o professor Birch.

— Que inveja de vocês… Tem uma máquina de transporte Pokémon na própria casa, enquanto os outros treinadores tem que ir até um Centro Pokémon para conseguir.

— Bom, essa casa é do Ash e não minha, só estou aproveitando.

— Eu sendo filha dele, é minha também, e já que estamos basicamente morando juntos, de certa forma virou sua também, Klaussito.

Como Yudi e Aiko ainda não tinham tomado café da manhã, enquanto Mariene ligava para o professor Carvalho para pedir alguns Pokémon, o Klauss fez um café da manhã para as crianças.

Depois de ligar para o professor, Mariene foi até a cozinha e decidiu acompanhar Yudi e Aiko no café da manhã, enquanto Klauss saiu fazendo sinal de negativo com a cabeça e sorrindo vendo a namorada comendo de novo.

Já era quase sete e meia da manhã e Mariene decidiu ir procurar por Tapu Koko para treinarem antes da aula, mesmo estando insegura. Klauss por outro lado estava confiante e ansioso para batalhar contra o Tapu, deixando tanto Yudi quanto Aiko surpresos e assustados com tamanha confiança que Klauss tinha.

Para a sorte deles, nem precisaram procurar por Tapu Koko. Assim que saíram de casa, deram de cara com o guardião de Melemele, que já estava esperando.

Mariene, vocês demoraram. Se esses pivetes forem assistir, peça para ficarem longe, pois pode ficar perigoso. Me sigam.

— Klaussito, vamos. Ah, o Tapu Koko pediu para avisar que pode ficar perigoso, então acho melhor vocês não irem.

— E perder uma batalha contra o Tapu Koko? Nem em sonho.

Embora a única que entendesse o Tapu Koko fosse a Mariene, o inverso não era bem assim, já que o Tapu Koko entendia o que qualquer pessoa falasse, assim como a maioria dos Pokémon.

Vendo a coragem dos futuros treinadores, Tapu Koko ficou curioso, já que em todo lugar era falado sobre a batalha contra a Equipe Shadow e mesmo assim aquelas crianças não pareciam ter medo.

Tapu Koko levou o grupo até a praia, uma parte que quase sempre estava vazia e hoje não estava diferente. Assim que Yudi e Aiko se afastaram, Tapu Koko informou como seria o treino.

Mariene, você e o Klauss irão batalhar juntos. Mesmo reconhecendo sua força, individualmente vocês não tem chances contra mim. Eu preciso treinar principalmente contra os tipos Psychic, Fire e Grass.

— Mas eu achei que sua fraqueza eram os tipos Poison e Ground.

E são, mas eu já treinei muito com esses tipos. O Klauss eu sei que tem o Magmar com ele, então peça para ele usar. Você pode ir com a Espeon.

— Tudo bem, vamos tentar. Klauss, o Tapu Koko quer que você batalhe com o Magmar. Espeon, querida, hora de detonar!

— Magmar, conto com você!

Aiko e Yudi se afastam ao ver que será uma batalha de dois contra um, e se perguntam o porquê da Mariene ter escolhido a Espeon, pois eles não viram ela batalhando a sério ainda e acharam que ela seria fraca contra um Tapu.

Mesmo na presença do Guardião de Melemele, Tapu Koko, a Espeon senta tranquilamente em frente de sua treinadora e encara o adversário, com uma confiança acima do normal. Magmar reage quase da mesma forma, se colocando na frente do seu treinador e encarando Tapu Koko.

Do outro lado, Tapu Koko esboça um sorriso ao ver a confiança dos Pokémon e de seus treinadores, mesmo percebendo que Mariene ainda estava insegura, ele também se lembrava da batalha contra o Magmar e esperava que o Magmar estivesse mais forte agora.


Notas Finais


Hoje não tenho perguntas para deixar no final, então apenas peço para deixarem suas opiniões sobre o capítulo.

Ah, sobre a Web Novel que venho escrevendo, como já disse em outros capítulos, estou postando ela no meu blog (http://cavini.tk). Os capítulos novos sempre sairão primeiramente lá, mas coloquei o prólogo da Web Novel aqui no Spirit também. Se puderem dar uma olhada e deixar a opinião de vocês, agradeço: https://spiritfanfics.com/historia/mundo-reverso--memorias-esquecidas-10411720


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