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História A Filha do Meu Padrasto - Jenlisa (G!P) - Capítulo 17


Escrita por: iCloe

Capítulo 17 - Capítulo 17


Jennie

Eu não estava diferente de ontem, estava desanimada, muito até, mas pelo menos, consegui sair da cama. Estava sentada na grama da frente de casa com Jisoo ao meu lado, ouvindo suas novidades e o quão feliz estava. Eu queria estar como ela.

Estava apoiada nos cotovelos, sentindo uma gota em meu rosto que caía do céu a cada dois minutos. Olhava para aquele céu nublado pensando no meu coração, que estava exatamente como este clima agora.

— Como foi ontem? — Perguntou, depois de perceber meu desânimo. Neguei com a cabeça, suspirando.

— Eu não sei o que há comigo. — Deitei-me. — Eu acho que gosto de Lalisa... tá sendo tão confuso tudo isso. O problema é que eu não consigo entender ela

— Você acha que gosta mais dela? — Assenti.

— Mas com Kai, as coisas parecem ser mais fáceis, só que... não é a mesma coisa. Apesar de Lalisa ser do jeito que é, ela tem algo que faz com que o que eu sinto por ela, seja mais forte — Bufei. — Se eu pudesse, esquecia dos dois agora mesmo e sairia pra algum lugar, pra ocupar a minha cabeça com outra coisa — Coloquei minhas mãos sobre meu rosto.

— É... talvez conhecer os dois, fosse uma péssima ideia pra você

— Você tem razão. A SUA ideia foi péssima! Se não fosse por isso, talvez eu não estaria assim agora. — Pousei as mãos na altura da cabeça.

— Tá dizendo que a culpa é minha por estar confusa?!

— Eu estou muito mais que apenas confusa! Mas é, talvez sim, Jisoo.

— Olha, Jennie, você sabe que eu nunca gostei do Kai e que nunca apoiei vocês dois juntos, mas você faz o que quiser da sua vida, eu não mando em você. Quem escolheu isso foi você, Jennie, não me culpe por algo que VOCÊ fez! — Apontava para o meu rosto.

— Só... me deixa em paz. — Fechei meus olhos, suspirando.

Tudo o que ouvi, foi Jisoo levantar e seus passos, que a cada vez soavam mais longes, e murmurar um simples "idiota" de longe.

Realmente, eu fui idiota.

As gotas começaram a se multiplicar, caíam mais e mais em meu rosto e eu apenas permanecia deitada, com os olhos fechados. Eu não me importava se me molharia, não me importava se estava deitada no meio do quintal, não me importava, no momento, se minha melhor amiga foi embora sem dizer mais nada. Sinceramente, eu não me importava com mais nada.

A chuva fina e calma me molhou até parar, eu entrei em casa sem olhar ao meu redor e acho que se alguém falasse comigo, eu mandaria longe. Eu estava sentindo raiva, não sabia exatamente pelo quê, muitas coisas se passavam na minha cabeça. Talvez um dos motivos seja por eu ter acabado de discutir com a minha melhor amiga, a única pessoa que me ouvia, e o pior de tudo, é que ela estava certa.

A porta do quarto de Lalisa estava aberta, a garota estava sentada na cama entretida com um tablet. Eu entrei sem pedir permissão, juro que depois me arrependi de ter entrado lá de cabeça quente. Bati a porta com tanta força, que ela chegou a dar um pequeno pulo de susto. Ela me olhava confusa. Eu estava tão ofegante, com os olhos marejados, com o sangue fervendo, eu queria socar a parede. Mas o que eu mais tinha vontade, era de chorar, chorar muito.

Não estava pensando direito naquele momento, não sabia o que estava fazendo, parece que meu corpo e minha mente agiam por conta própria. Quando percebi, havia empurrado Lalisa contra a cama, eu estava em cima dela, a imobilizando pelos ombros. Seus olhos surpresos me encaravam profundamente.

— Você... — Eu já não enxergava mais o seu rosto, minha visão estava embaçada, apenas sentia algumas lágrimas caírem, provavelmente em seu rosto. — É tudo culpa sua... — Minha voz embargada às vezes pausava pelos meus soluços. — Por que você teve que aparecer na minha vida?!

A empurrava mais contra a cama, pressionando seus ombros, eu a chacoalhava, praticamente, ela me olhava um pouco assustada. Mas eu não sabia o que estava fazendo, no fundo, não quis fazer aquilo. Era eu quem estava confusa, era eu quem estava causando problemas a mim mesma. Oh, agora me arrependo de ter feito aquilo tudo, e como.

Saí de cima dela depois que percebi ter exagerado, eu sabia que me arrependeria um tempo depois. Respirei profundamente, fechando olhos. Estava agora de costas para ela. Permanecemos em silêncio por alguns minutos, ninguém dizia absolutamente nada antes de uma nova pergunta ser feita por mim.

— Você gosta de mim? — Perguntei, com a voz embargada. — Me responda, Lisa... — O tom da minha voz aumentou e me virei de frente para ela, minhas lágrimas não paravam de escorrer pelo meu rosto e pingar pela mandíbula.

Lalisa me olhava apreensiva, mas ela sabia que não iria desistir de sua resposta. Ela negou com a cabeça, e desviou o olhar para a sacada. 

— Eu não sei o que é amar. Eu não amo você. Eu não amo ninguém.

Eu só queria ser enterrada viva naquele momento. Meu coração se despedaçou de uma maneira tão dolorosa que acho difícil sentir aquilo outra vez. Ver Lalisa dizer o que disse tão calmamente, me fez sentir ódio, me senti inferior de alguma forma.

Caminhava para o meu quarto, desengonçada e com a respiração falha. Eu precisava esfriar a cabeça, precisava de um tempo sozinha. Quando pensei nisso, resolvi sair daquela casa imediatamente, sem dar satisfação alguma para quem quer que seja.

A chuva continuou fininha e eu não me importava de estar me molhando. Eu não tinha que me preocupar com nada naquele momento. Andei tanto que já estava muito distante de casa. A chuva parava com calma, enquanto caminhava sem rumo. Parei apenas para olhar as tartarugas que viviam no pequeno lago que havia em uma praça. Uma senhora sentada na grama, não muito longe de mim, as alimentava com pipocas e eu a assistia distraidamente.

— Elas ficam felizes quando comem pipoca. Você gostaria de comer pipoca? — Perguntou, me olhando sorridente. Recusei e agradeci. — Aposto que sua tristeza iria embora

— Por que acha que estou triste? — Fingi não entender.

— Eu posso ser velha, mas não sou boba. Querida, me conte, o que te abala? — Ela alimentava as tartarugas, enquanto eu chegava mais perto.

— Eu acho que amo uma pessoa.

— E isto é ruim?

— Muito ruim! — Coloquei as mãos no rosto, suspirando. — Eu também estava gostando de outra pessoa, mas percebi que por essa, é algo diferente, só que... ela não sente o mesmo por mim, ela diz não saber amar. — Suspirei. — E por esses problemas, discuti com a minha melhor amiga, acabando por arrumar mais um problema. — Ela parou de jogar as pipocas, olhando para mim.

— Você precisa ensiná-la, criança. Nós, seres humanos, precisamos do amor, e essa pessoa precisa sentí-lo. Tenho quase certeza de que você é a única que pode fazer isto. — Voltou a jogar as pipocas. — Comece dando pipoca a ela, aposto que ela adora pipoca! — Ri com a sua expressão. — Ouça, criança, a única maneira de fazê-la sentir amor, é a ensinando a amar.


Notas Finais


já podem ir se despedindo da Lili :/






bye 💝


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