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História A Filha do Meu Padrasto - Jenlisa (G!P) - Capítulo 6


Escrita por: iCloe

Capítulo 6 - Capítulo 6


Jennie

— U-um... beijo? — Ela assentiu.

Eu estava confusa, não sabia o que fazer, mas tentei acabar logo com aquilo e me aproximei dela, encostando meus lábios em sua bochecha. Era como na danceteria quando a beijei na bochecha, ela tinha o mesmo olhar, mas agora, juntamente a um decepcionado. Ela balançou cabeça em reprovação.

— Eu quero a sua boca... eu quero beijá-la. — Ouvir aquilo me deixou assustada, eu nunca havia beijado uma garota e... eu gostava do Kai... Eu não soube como reagir. — Eu também quero um beijo seu. — "Também"? Ela só podia ter visto Kai me beijar, tenho quase certeza de que é isso, e tenho quase certeza de que era por causa dele que ela se afastava da gente, agora tudo está fazendo sentido. Ela me olhava como se implorasse por aquilo.

— E-eu não posso... E-eu... — Senti um leve frio na barriga ao sentir sua mão cobrir a minha.

— Por favor, me deixe provar a sua boca — Eu não a respondi, mas isso não a impediu de se aproximar mais de mim, eu recuava.

— Lisa... Lalisa, não... — Ela não me ouvia, por mais que eu dissesse "não". Eu recuava sempre, mas chegou um momento em que ela segurou os meus braços e não me deixou mais me afastar, e ficou em cima de mim ao me deixar deitada com os braços presos naquela cama. Ela era forte, muito forte, eu não conseguia me soltar e tudo o que eu podia fazer era ver seu olhar intenso, feroz. Já não tentava mais me soltar, mesmo sabendo do que estava prestes a acontecer. Conseguia sentir a sua respiração bater em meu rosto e ver que minha boca estava sendo encarada por ela, tudo que fiz foi apenas fechar os olhos. Lisa selou os seus lábios nos meus e eu apenas cedi, abrindo mais minha boca para deixar sentir sua língua, que dançava e explorava cada canto da minha boca. Seus lábios eram ainda mais macios que de Kai, sua língua era mais ágil, ela me beijava como uma criança comendo um doce depois de muito tempo sem comê-lo.

Eu sentia sua mão direita apertar a minha cintura, enquanto a esquerda prendia e apertava as minhas no topo da minha cabeça. Seu hidratante labial de cereja... aquilo parecia deixar sua boca ainda mais gostosa. As suas mãos, elas passeavam pelo meu corpo, eu não podia fazer nada, ela me prendia, mas eu não me importava, aqueles toques, eu estava gostando, mas por que eu estava gostando?

Lisa passou a beijar minha mandíbula para me deixar recuperar todo o ar perdido, ela me deixava totalmente sem fôlego. Sua mão puxava minha cintura para cima, fazendo meu corpo ficar ainda mais próximo do seu, aquilo me fez soltar um alto suspiro, cada vez mais apertava minha cintura com mais força. Eu nunca havia sentido essa sensação antes, aqueles toques, eles me deixavam com um certo desconforto entre minhas pernas, eu queria acabar com aquilo. A sua boca voltou de encontro com a minha, era um beijo mais feroz desta vez, ela parecia querer muito aquilo. Mas por que diabos eu estava deixando? Era uma garota, era a filha do meu padrasto, era Lalisa.

Eu estava confusa, eu estava apaixonada por Kai, mas acabei deixando que Lisa me beijasse, e o seu beijo... era o melhor que eu já havia provado. Aqueles lábios macios com um sabor de cereja, a sua língua que dançava lentamente dentro da minha boca, acabo de formar um nó dentro da minha cabeça, eu não queria beijá-la, mas deixei que me beijasse e foi tão bom.

Ela me deixou completamente sem ar e afastou sua boca da minha, me deixou ofegante, mas eu queria mais, nada me importava mais, queria apenas sentir aqueles lábios macios e carnudos de novo. Lisa olhava em meus olhos e eu só soube encarar a sua boca, seus lábios inchados, provavelmente os meus também estavam.

Lalisa soltou meus braços e saiu de cima de mim, eu não queria que aquilo acabasse, queria sentir aquela sensação por horas, pois foi o melhor beijo que já havia dado. Mas eu não podia, eu não podia fazer aquilo se quisesse algo sério com o Kai, seria a mesma coisa que se eu estivesse com ele, o sentimento não mudaria, e eu não queria me relacionar com outra pessoa, ainda não sei se um dia teremos um relacionamento, mas se esse dia chegar, não quero ter que magoar alguém por isso.

— Você gostou? — O que eu iria responder? "Sim"? É lógico que não, mesmo que isso fosse verdade. Eu nem conseguia olhar para ela de tanta vergonha que estava sentindo naquele momento. — Eu sei que você gostou... Foi melhor que seu outro beijo. — Melhor que o meu outro beijo?! Foi melhor que todos os outros!! Mas é lógico que eu não admiti isso.

Fiquei ali, deitada naquela cama e olhando para teto por um tempo, os braços esticados, sentindo Lalisa me olhar, ela também estava deitada, mas de lado e olhando para mim. Eu apenas levantei e me retirei em silêncio, não conseguiria explicar o que estava sentindo, era uma mistura de vergonha e decepção, eu estava decepcionada comigo mesma por ter permitido aquilo e por estar confusa agora, eu gostei do seu beijo, eu gostei, eu sabia disso e acho que Lalisa também.

Foram horas olhando para o nada sentada naquela cama ou olhando para o jardim, sentada no estofado da sacada do meu quarto. Eu queria beijá-la de novo, eu queria ter aquele beijo mais uma vez, mas e agora? O que eu iria fazer, se nem ao menos sei como olhá-la agora? Eu só pensava no que aconteceu, era apenas aquilo na minha mente até eu adormecer e foi a mesma coisa pela manhã, era apenas aquilo que eu pensava. Acordei tão cedo, mas só saí daquele quarto quase na hora do almoço. Eu havia ligado para Jisoo vir aqui, precisava conversar com ela, mesmo eu achando que ela não saberia o que dizer, ou talvez ela saiba. Eu almocei sozinha, Lisa não havia saído do quarto ainda pelo que disse Jina, o que achei estranho. Jisoo chegou mais cedo do que havíamos combinado, mas eu não me importei nenhum pouco, pelo contrário, queria muito conversar. e sair daquela casa. Nós saímos de casa e fomos para algum lugar caminhando, eu não sabia onde iríamos, apenas segui Jisoo.

— Você não parece nada bem...

— Eu não dormi muito essa noite

— E por que, Ruby Jane?! — Me repreendia com o olhar, mas sabia que também estava preocupada, eu sempre tive o sono muito bem regulado. — Desembucha!

— Sabe... quando você está prestes a conseguir o que quer, mas acontece algo totalmente inesperado e você acaba ficando confusa...?!

— Okay, você me deixou confusa, o que-

— É a Lalisa! — Disse um pouco mais alto, vi Jisoo dar um pequeno pulo de susto antes de levar sua mão ao peito. — É a Lisa, Jisoo! É a Lisa...

— O que aconteceu? — Ela parou de andar no mesmo segundo em que perguntou, se sentando em um banco que havia por perto e me fez sentar também. Eu me sentei, comecei a ficar ansiosa, eu não sabia por onde começar até então.

— Ontem... ontem eu beijei o Kai na praia, a gente ficou junto

— Eu sei, eu vi!

— Viu?!

— Diga, o que tem a Lisa?

— Cada vez que ele se aproximava, ela se afastava e eu não entendia por quê. Quando chegamos em casa, ela ainda estava fechada, mal falava com a gente, então eu perguntei se ela precisava de alguma coisa e ela me pediu um beijo! — Jisoo cuspiu a água que estava tomando e me olhou surpresa, levando sua mão até a boca. — Ela disse que também queria me beijar, eu tenho quase certeza de que se referiu ao Kai

Jisoo ainda surpresa passou a rir também e eu não entendi por que, era como se já esperasse por aquilo, mas não sabia se realmente aconteceria. Ela sabia de alguma coisa! E se não soubesse, ela desconfia e eu preciso saber.

— Eu já esperava por isso, você não vê como ela te olha?! Nesses últimos dois dias que a conheci já peguei diversas vezes ela olhando pra sua bunda, para os seus seios ou até mesmo mordendo os lábios discretamente quando você passava, imagine nos outros dias que eu não estava. É sério mesmo que você nunca percebeu essas coisas?

Eu realmente nunca percebi nada disso e o que acabo de ouvir me fez ficar um pouco assustada, não consigo mais enxergar Lalisa com os mesmos olhos. Ela não era mais aquela garota quieta e tímida que acabou de entrar em nossas vidas, mas era uma garota quieta e discretamente pervertida, é imprevisível.

— E o que aconteceu depois? Vocês... vocês se beijaram? — Soltei os meus ombros e a coluna, e fiz uma cara de choro, eu queria mesmo chorar naquele momento. Eu assenti. — SÉRIO?! — Assenti novamente. — Uau, Jennie! E como foi isso?

— Foi... F-foi... tão bom... E-eu não queria, eu não queria beijá-la! Mas ela me prendeu na cama e ficou em cima de mim, eu poderia ter feito qualquer coisa, até mesmo gritar para me soltar, mas eu deixei, eu deixei que ela me beijasse e Jisoo... foi tão gostoso, eu queria sentir aquilo de novo, mas eu estou confusa! — Ela suspirou balançando a cabeça em reprovação.

— Olha, Jennie, eu não conheço Lalisa, mas sei que esse Kai não é um cara legal, eu não gosto dele e você sabe disso, mas eu não mando em você e nem nos seus sentimentos, quer ficar com ele, fique, já disse a você sobre o que eu acho dele, mas se você também acha que a Lisa é bacana, então comece a tentar saber mais sobre ela. Você precisa conhecê-la para entender as intenções dela, às vezes é só um fogo que ela tem ou até pode ser que esteja gostando de você

— Mas e o Kai?

— Jennie, se você também acha Lisa interessante, converse com os dois, só assim você vai saber qual tem mais a ver com você, apenas tente conhecê-los melhor, não há nada de errado nisso, você é livre.

Jisoo poderia ter razão em relação a isso, eu tenho que conhecê-los melhor. Estou me sentindo estranha, eu não sei se ainda gosto de Kai como antes ou se ainda gosto, mas ao mesmo tempo de Lisa também, quer dizer, do beijo e dos toques dela, eu não sei. Eu sinto falta do que tive ontem, eu quero aquilo de novo, mas era Lalisa, era a enteada da minha mãe. Por que caralhos Kai não era assim também? Os toques de Lalisa, eles eram quentes, eles me esquentavam, o seu beijo intenso que me deixava sem fôlego me viciou. Talvez Kai quisesse algo mais calmo e romântico, entretanto, foi só a primeira vez.

Nós continuamos a caminhar, e pra falar a verdade, caminhamos muito e nem nos demos conta. Chegamos perto da danceteria onde fomos outro dia e Jisoo abriu um enorme sorriso, eu não entendi por quê. Ela me puxou para atravessarmos a rua e ao estarmos em frente ao local fechado, bateu na porta de vidro, eu pude ver uma pequena placa escrito "fechado". Uma garota de roupas largas e cabelos cor-de-rosa correu com um imenso sorriso até a porta para nos atender, a primeira coisa que fez ao abrir aquela porta de vidro foi agarrar a minha melhor amiga.

— Jichu! — Era Roseanne, ela deixava diversos beijos no rosto de Jisoo. Mas o que ela está fazendo aqui?

— Oi, Rosie! — Jisoo ria com o desespero da garota recebendo todos os seus beijos. — Eu tava caminhando com a Jennie por aqui e resolvi dar um oi

— Olá, Jennie! Querem entrar e beber alguma coisa?

— Eu adoraria, mas a gente não trouxe dinheiro

— Ah! Deixe disso! Vocês não têm que pagar nada, são minhas convidadas. E se meu pai cobrar, eu peço pra que desconte do meu dinheiro, mas não se preocupem! — Falando daquele jeito, ela só podia ser filha do dono. — Entrem! Meu pai deu uma saída e me deixou tomando conta daqui, eu aproveitei e dei uma limpada no balcão de bebidas

Chegamos no bar e nos sentamos na bancada, enquanto Roseanne preparava o que havíamos pedido, estava até melhor que quando o barman fazia. Ela havia feito algo simples, mas muito gostoso. Roseanne era o oposto do que imaginava, eu achava que era ignorante e antissocial, mas na verdade era muito simpática e gentil, o que eu havia visto naquela noite de festa era apenas uma garota sozinha e entediada. O único problema que tive que aguentar era os amassos das duas.

As convidei para ir na minha casa, Jisoo teve que convencer o pai da garota de ir conosco, pois às vezes ele precisa da ajuda de sua filha, porém, acredito que não foi tão difícil. Nós fomos caminhando, o caminho todo as duas se beijavam e se abraçavam, admito que foi fofo, principalmente ver Jisoo feliz, fazia muito tempo que eu não a via desse jeito por causa de alguém.

— Bem-vindas, principalmente você, Rosé, Jisoo já é de casa!

— Obrigada, Jennie! — A garota agradeceu com uma pequena risada.

— Sintam-se à vontade. Jisoo, podem servir alguma coisa pra vocês, eu vou lá pra cima trocar de roupa — Eu queria mesmo era tomar um banho, mas não podia demorar e deixá-las sozinhas. Pude ler os lábios de Jisoo que dizia "boa sorte", e eu ia precisar.

Subi as escadas devagar, sem pressa alguma, em todos os lugares da casa, o mais provável que Lalisa poderia estar era em seu quarto, o qual eu torcia para que ela estivesse lá e com a porta fechada. No último degrau, vi que a sua porta estava fechada e caminhei rapidamente até o fim do corredor, entrando em meu quarto. Eu fui me despindo e em questão de segundos já estava debaixo do chuveiro, acabei optando por tomar banho e tentei ao máximo possível não demorar. Foi um banho rápido, apenas para tirar o suor do meu corpo, e como sempre, me enrolei na toalha saindo do banheiro. Eu nunca me arrependi tanto de não ter levado roupa para o banheiro desde o momento que vi Lalisa deitada na minha cama com a cabeça para baixo na beirada e suas pernas flexionadas. Obviamente levei um susto, mas o mais intenso foi o meu medo, o meu nervosismo, eu não sabia o que fazer naquele momento. Não era a primeira vez que aquilo havia acontecido, mas dessa vez, eu não conseguia enxergar a Lalisa quieta de dias atrás e não me preocupar tanto se estivesse me olhando, mas agora era diferente, eu não sabia quem era ela e quais suas intenções.

— O... q-que tá fazendo aqui? — Ela me viu e rapidamente se levantou, caminhando até mim.

— Eu estou triste... — Ela disse e eu franzi o cenho, cruzando os braços. — Não vai perguntar por quê? — Fechei os olhos suspirando.

— Por que, Lalisa?

— Você me deixou sozinha a tarde inteira, apenas com a cozinheira e a outra moça

— Você estava dormindo quando saí, não quis acordar você — Ela me olhou incrédula. — Agora, se me permite, eu quero me vestir, temos visitas à espera — Ela sorriu ironicamente.

— Eu não vou sair daqui sem que você se desculpe

— O que quer que eu diga? "Me desculpe, Lalisa, por deixá-la sozinha dormindo enquanto eu saía a sós com a minha melhor amiga"?

— Por que está me tratando assim? Acha isso justo? — Bufei e ela se aproximou mais de mim, colocando alguns fios de cabelo atrás de minha orelha, logo sua mão foi até minha cintura.

— Me desculpa...? — Pedi ironicamente.

— Jennie... você poderia compensar isso.



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