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História A Filha do Presidente - Capítulo 07


Escrita por: Lutteo

Notas do Autor


Todos os créditos a diva Monick <3

Capítulo 7 - Capítulo 07


Ámbar fixou o olhar em Matteo ela torcia para que o moreno fosse o tal Sr. Navarro, mas estava enganada. Simón e Matteo mantinham a atenção em Luna, fixaram o olhar nos olhos vazios da moça e ela nem sonhava que estava sendo observada pelos dois rapazes.

— Senhor Rodríguez esta é dona Sharon, trabalhará para ela. — conta Miguel virando-se para o rapaz de cabelos castanho-claros. — Você, senhor Navarro trabalhará para a senhorita Ámbar. — apontou para o outro rapaz de cabelos loiros com um topete e olhos verdes. — Ámbar logo saiu de seus pensamentos, se decepcionou por seu segurança não ser o moreno por quem estava se interessando. Sharon saiu da sala assim que soube quem trabalharia para ela. — Bom, vocês dois, senhores Álvarez e Balsano trabalharão para a senhorita Luna. — completou Miguel. Os dois rapazes tiram o foco da morena e prestam atenção ao que o homem dizia. — Vocês irão se dividir em turnos. Manhã, tarde e noite, revezem entre si. — explicou. — Já os de mais farão os turnos de manhã, tarde e outros momentos que forem precisos. Agora os quatro me acompanhem, vou levá-los para seus quartos.

Os quatro jovens seguiram Miguel pelos corredores da casa de móveis caros, ficavam impressionados com o número de quartos e o grande espaço da residência. Cada um teria seu quarto, depois de quatro anos haveria um pouco de privacidade. Simón entrou em seu quarto, começou a organizar suas coisas e viu sobre a cama um livro de poucas páginas titulado “Seus Deveres Durante Sua Estadia” o pegou nas mãos e começou a foliá-lo. Logo na primeira página dizia:

— Sua relação com as pessoas residentes é de somente trabalho;

— Relacionamento fora do campo profissional causará demissão imediata;

— Sua vida particular não pode interferir em seu desempenho;

— Seguir normas e reforçá-las entre os colegas de trabalho é essencial;

— É inaceitável a interferência na rotina do Presidente e de sua família.

Simón notou que o trabalho não seria tão fácil assim quanto parecia, tinha se atraído por Luna, seria impossível conviver com a moça e não acabar se atraindo cada vez mais. Ele deixou o pequeno livro de lado e terminou de organizar suas coisas, depois tomou um banho de verdade depois de anos.

[...]

Enquanto um rapaz se organizava outro estava perdido em pensamentos. Matteo também tentava organizar suas coisas, mas a atenção não estava nesta atividade e sim na sua patroa, porém assim que bateu os olhos no pequeno livreto sobre a cama mudou de pensamento no mesmo instante, se focou totalmente no trabalho. Ele não se esqueceu do fato de quase ter sido preso quando estava nos primeiros dias de treinamento e depois desse acontecido se policiava o tempo todo.

[...]

Por volta do meio dia, Miguel se reuniu com Matteo e Simón para uma breve conversa antes dos rapazes iniciarem oficialmente seu primeiro dia de trabalho.

— Bem, vocês já começam logo após o almoço. Qual de vocês faz o turno da tarde? — inquiriu, os dois se entreolharam.

— Eu faço. — Simón respondeu.

— Certo, trabalhará até às oito da noite. E você Matteo, faz o turno da noite que será até às sete da manhã. — informa Miguel. —Depois Simón trabalhará das sete da manhã até a uma da tarde e assim vai sucessivamente, entendido?

— Sim senhor. — concordaram.

— Ah, antes que eu me esqueça, como já sabem a senhorita Luna não enxerga, quer dizer enxerga, mas é muito pouco. Enfim, vocês terão que ficar com ela o tempo todo. Antes era apenas quando ela necessitava ir a algum lugar, e essas coisas, entretanto... — suspirou. — Devido a alguns acontecimentos mudamos isso. Vocês sempre terão que observá-la, seja no quarto ou em qualquer outro lugar. Alguma pergunta?

— Não. — ambos respondem.

— Ótimo, bom trabalho Simón. E Matteo, descanse bastante, vai precisar. — os dois assentem e cada um vai para um canto.

[...]

A família Benson almoçava em silêncio, as brigas entre Luna e Sharon haviam diminuído consideravelmente, Ámbar e Luna ainda não tinham achado um acordo para se darem bem e essa situação era ruim para todos.

— Quando vai ao médico novamente? — perguntou o pai a Luna.

— Não sei, acho que na quinta.

— Hum, daqui dois dias. Quero que já fique ciente que não é o Ramiro que a levará.

— Eu sei. Teria como ligarem para a Nina vir comigo?

— Vou falar para o... Como é o nome dele mesmo? É, ah sim vou pedir ao Simón que ligue para ela vir aqui.

— Obrigada. — agradece. O pai acariciou de leve a mão esquerda da filha que estava sobre a mesa, ela sorriu com o gesto. — Não sabe como estou ansiosa para um dia poder ver.

— Um dia vai minha filha. — garantiu Rey dando esperanças a garota.

— Ai de novo com essa besteira? — reclama Sharon. — Deveria tirar isso da sua cabeça.

— Sharon, por favor. — brigou o homem.

A mulher bufou, se levantou e se retirou do salão, passou pela porta e trombou em Simón que estava ali. Ele ouviu o comentário da mulher e achou uma coisa injusta. Luna percebeu que deixou o clima ruim e também decidiu se retirar, levantou-se e Rey logo fez sinal para que Simón se aproximasse.

— Acompanhe ela, por favor.

— Sim senhor. — disse Simón. — Senhorita. — estendeu o braço a moça e ela o procurou com as mãos. — caminharam pelo corredor em um silêncio profundo. Luna estava quieta queria conversar com Nina sobre qualquer assunto, queria alguém para se distrair. — Aonde quer ir senhorita Luna? — questionou Simón perdido nos olhos esverdeados de Luna.

— Ao meu quarto, por favor.

— Como quiser.

— Ah, peça para Yam que ligue para Nina vir aqui, diga que fui eu que pedi.

— Tudo bem. — fala ainda encantado com os olhos da garota. Achava um pecado aqueles belos olhos não terem o dom da visão. Depois de quase cinco minutos ela estava em seu quarto.

— Sei que tem que me vigiar o tempo todo, mas a minha amiga está vindo, então... — ele a interrompeu docemente.

— Certo, qualquer coisa é só chamar, com licença. — deixou-a sozinha.

— Toda. — senta na cama.

[...]

Passa-se meia hora e Nina já estava lá. As duas conversavam no quarto de Luna, e de fundo as suas conversas tocavam músicas aleatórias de um CD que Nina havia trazido.

— Ai amiga é uma pena você não poder enxergar. Você ia se derreter pelo seu mais novo segurança. — comentou a garota.

— Eu imagino, a voz dele pelo menos é muito bonita. — Luna sorriu de leve.

— Quando eu fui entrar no seu quarto ele estava de plantão ali na porta. Não consegui ver o nome dele no crachá, só sei que o sobrenome é Álvarez.

— Se me lembro bem, o nome dele é Simón.

— Hum, não sou fã do nome, mas a aparência. — Nina riu. — Já é outro caso.

— Nina, que isso? — Luna reprovou as palavras da amiga.

— Oras, sou uma mulher livre, solteira, que mal tem?

— E o Pedro?

— Que tem ele? — pergunta confusa.

— Não tem mesmo falado com ele?

— Não. Ele estava envolvido com outra, esqueceu? Faz anos que o esqueci, estou pouco me importando. — deu de ombros demonstrando seu desinteresse.

— Ah. — murmurou Luna.

As duas conversaram bastante e Nina foi embora por volta das seis da tarde. Yam como sempre ajudou Luna a se trocar e arrumar-se. Em menos de duas horas a família Benson receberia para jantar a mãe do Presidente. A empregada recomendou que Luna usasse o vestido amarelo claro que tinha algumas flores alaranjadas como estampa e nos pés uma sapatilha simples e delicada de cor salmão. Os cabelos soltos e somente uma pequena trança feita para segurar a franja.

[...]

Enquanto Luna se arrumava para reencontrar a avó, Matteo se arrumava para fazer seu primeiro turno. Colocou o uniforme que era azul marinho e ficou somente esperando o horário. Estava realmente focado no trabalho, não se importava de Luna ser atraente ou coisa do tipo. O livro de regras havia deixado bem claro que a relação deles deveria ser totalmente profissional. Enquanto aguardava os minutos passarem, sentiu novamente a mesma sensação da noite passada, o moreno estava começando a se incomodar com isso. Ignorando essas sensações e pensamentos ao ouvir batidas na porta do quarto disse um “Já vou” e deu uma última olhada no espelho pra ver como estava.

— Seu turno começa agora. — alertou Miguel assim que Matteo abriu a porta. — Sua primeira tarefa: Buscar a senhorita Luna e a levar ao salão para jantar.

— Certo. — assentiu o rapaz.

— Ah, me deixa perguntar uma coisa, leu aquele livro que estava sobre a cama?

— O li sim, por quê?

— Por nada, que bom que leu e espero que siga as regras.

— Pode confiar em mim, meu foco é trabalhar.

— Perfeito, agora vá e se lembre, não a deixe sozinha.

— Sei que está em cima da hora, mas é só por ela ser cega que não pode deixá-la sozinha? — questionou Matteo, a curiosidade dele em relação a morena era grande.

— A história é longa, depois eu conto, agora vá.

O rapaz seguiu para o quarto da filha do Presidente. Estava ansioso para começar o trabalho, estava até animado. Assim que soube que a renda a ser mandada a mãe todo mês aumentou, ficou mais empolgado. Ao chegar ao quarto da garota, bateu na porta e Yam a abriu.

— Vou chamá-la, só um instante.

— Obrigado. — agradeceu ele e se encostou à parede. Em menos de dois minutos a moça já estava ali.

— Aqui está ela. — disse a empregada dando a mão da moça para o rapaz. — Sabe onde é o salão, não é?

— Sei sim. — responde segurando seu riso.

— Ótimo. — comentou ela. — Bem senhorita Luna, até mais tarde.

— Até Yam. — a garota entrelaça o braço no de Matteo colocando a mão esquerda também sobre o braço do rapaz. A Benson sentiu um frio na barriga e uma corrente elétrica invadir seu corpo era uma sensação boa, porém nova para Luna. Os dois caminharam em silêncio.

— Tem um pequeno degrau, cuidado. — manifestou-se Matteo. Realmente se ele não tivesse avisado, Luna tropeçaria. Ramiro sempre a avisava se havia algum obstáculo a sua frente. Ela ficou feliz em saber que seu novo segurança também faria o mesmo.

— Como é seu nome mesmo? — pergunta.

— Matteo, Matteo Balsano. — responde naturalmente.

— Ah sim, imagino que deva estar aqui pelo dinheiro.

— O que quer dizer com isso? — indaga enquanto olha para frente, recusava-se a olhar as belas feições da moça.

— Quatro mil reais só para levar uma cega para jantar ou almoçar, levar ao médico ou algo assim. Admita, é um trabalho péssimo, mas compensador.

— Não vejo meu trabalho com esses olhos senhorita, vejo como um emprego normal, honrado como qualquer outro.

— Entendo. — sorriu tímida, gostou da resposta do rapaz.

— Mais a frente tem dois degraus senhorita.

— Ah obrigada. — agradece novamente. Logo Luna já estava no salão para jantar. — Quem está aqui? — sussurrou para o maior.

–— Além do seu pai, sua mãe e a senhorita Ámbar, tem uma senhora. — usa um tom baixo para que somente Luna escute.

— Deve ser minha avó.

Matteo a levou até a cadeira, a sentou ao lado da avó e se afastou. Ele notou os olhares de Ámbar e os ignorou por completo, teve de permanecer dentro do salão, porém estava afastado da moça. O moreno ainda podia notar os olhares profundos da meia irmã de Luna, mas não os retribuía.

— Então, como vai minha neta linda? — começa à senhora de quase setenta e cinco anos, virando-se para Luna.

— Vou bem vovó e a senhora? — sorriu.

— Também minha querida. Eu estava com saudade.

— Também estava.

— Reinaldo, quem é o rapaz que trouxe Luna até aqui? — a senhora virou-se para o filho.

— Ele é um dos novos seguranças da Luna, chegou hoje, por quê?

— Por nada. — negou a mulher sorrindo. — Ele é bonitão. — sussurrou no ouvido da neta, a mesma sorriu tímida e um pouco corada.

Sharon conversava tranquilamente com a sogra durante o jantar, Ámbar não cansava de investir em Matteo e Luna assim como o pai ficou em silêncio. Depois de terminar a refeição a avó de Luna se retirou, Ámbar acompanhou a senhora e depois foi para o quarto. Luna, Rey e Sharon ainda continuavam na mesa.

— O que achou dos rapazes? São bons?

— São sim. Atenciosos e parecem ser bem respeitosos principalmente em relação às regras. — responde Luna. — Mas ainda acho desnecessário dois seguranças.

— Mas tem dois seguranças e pronto, que garota reclamona. Não está bom? Fique sem nenhum, ande trombando em tudo por aí. — comenta a loira calmamente. — Ingrata.

— Não fale isso Sharon. — exigiu Rey.

— Eu digo sim, sou mãe dela. — retruca a mulher ainda tranquila.

— Não jogue na minha cara o fato de eu ser cega, não tenho culpa. — Luna altera a voz.

— Filha se acalme. — pede o pai.

— Não dá para ficar calma, não dá para acreditar que minha mãe me trata dessa forma.

Tais palavras de Luna fizeram todos prestarem atenção na discussão. Matteo estava somente ouvindo e disfarçando o grande interesse na conversa, alguns outros empregados ali faziam a mesma coisa e às vezes cochichavam entre si sobre o que era dito por Sharon e Luna.

— Você me respeite. — ordenou Sharon. — Não sou obrigada a ouvir essas bobagens suas.

— Não sou obrigada a ouvir tudo calada. — grita a mais nova. — Me dói saber que minha própria mãe pensa essas coisas horríveis sobre mim.

— Sai daqui Luna, sai antes que...

— Sharon se acalme, okay? Não tem necessidade de agir assim. — argumenta Rey, o homem virou-se para Matteo. — Rapaz, leve a Luna para o quarto dela, por favor.

— Sim senhor. — o moreno se aproxima. — Senhorita Luna. — estendeu o braço, porém ela não conseguiu encontrar, então o rapaz pegou as mãos da moça e as segurou. — Com licença senhor Presidente. — se afasta acompanhado da jovem.

— Sharon, se não mudar esse seu comportamento pedirei o divórcio. — adverte o pai da garota.

— Vai o que? — exclama a mulher. — Que absurdo.

— O que ouviu, estou cansado dessas discussões.

— Brigue com sua filha, não comigo. — disse em defesa. — Ela sim só discute e não tem um pingo de educação.

— Pare com isso. — grita autoritário. — Ela é sua filha. — isso fez Luna que ainda não tinha cruzado a porta do salão parar de caminhar.

— Peça o divórcio mesmo pai. — expõe com a voz chorosa. — Infelizmente ela é minha mãe, mas eu te peço separe-se dela, por favor. Pelo amor de Deus. — gritou a última frase.

— Cala boca sua vagabunda. — cospe Sharon, não sentia culpa por falar mal da própria filha. — Desaparece da minha frente. — caminhou depressa na direção de Luna. — Leve essa infeliz daqui agora, antes que eu mate ela. — aponta para Matteo com a voz totalmente alterada.

— Sim senhora. — o segurança engole em seco. Ele estava impressionado com a atitude da mulher para com a filha. A garota percorreu o corredor com finas lágrimas no rosto, chorava em silêncio.

— Aonde está me levando? — pergunta em tom baixo.

— Para seu quarto, como seu pai mandou. — responde sem olhá-la.

— Me leve até o jardim. — pediu ela.

— Há esta hora? — o moreno questiona parando de caminhar.

— Sim, me leve ao jardim dos fundos.

— Está frio lá fora. — argumenta.

— Não importa apenas me leve. — disse em tom forte.

Matteo olhava todo tempo para frente e fez o que a garota pediu. Em poucos minutos lá estava Luna sentindo o ar frio bater em seu rosto, Matteo se afastou da moça a deixando livre somente a observava em silêncio. A garota com um pouco de dificuldade se sentou na grama úmida e esfregou as mãos nos braços demonstrando sentir frio.

— Quer entrar? — Matteo a encarou.

— Não. — responde. — Quero que se sente aqui ao meu lado. — diz ela.


Notas Finais


Link da fic original: https://fanfiction.com.br/historia/602723/A_Filha_do_Presidente

Link do perfil da autora no Nyah: https://fanfiction.com.br/u/543490/

Link do perfil da autora no Spirit: https://spiritfanfics.com/perfil/nicolly_coletta

Obrigada a quem leu, comentou, favoritou...


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