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História A Filha do Traficante - Megan Russel


Escrita por: Cellbitchh1

Notas do Autor


Então, este é oficialmente o primeiro capítulo. Espero que realmente gostem!

Capítulo 2 - Megan Russel


Fanfic / Fanfiction A Filha do Traficante - Megan Russel

 

Point Of View – Megan Russel

Quase dezoito anos de idade, isso sou eu, sem nem mesmo saber o que eu quero fazer da minha vida. Publicidade ou moda, talvez...

Estava caminhando nas ruas de Manhattan, fugi de casa hoje pela manhã. Meu pai, desde que nos mudamos para cá, odeia que eu saia sem qualquer segurança ou sem avisá-lo, eu tinha noção sobre a bronca que iria tomar quando pisasse os pés naquela maldita casa, mas preferi arriscar.

Passei em uma loja qualquer de vestidos, precisava de um. Estávamos no final do mês de novembro, e eu sou ansiosa demais para já pensar em como iria passar o natal ou, principalmente, o ano novo. Eu não comemorei a última virada de ano, na verdade, até tentei.

Quero dizer, meu pai e eu estávamos na praia de Santa Monica, em Los Angeles, prontos para comemorar. Porém, um pouco antes da queimada de fogos, ele percebeu que haviam inimigos infiltrados e aproveitariam a situação para mata-lo e matar os nossos seguranças. Foi quando fugimos, e enquanto as pessoas se divertiam e viravam garrafas de bebida, nós entravamos em carros e eu era obrigada a tapar os ouvidos e ficar abaixado por conta da troca de tiros. Neste dia, até mesmo a polícia se envolveu, mas nunca conseguiram nos achar.

Meu pai, Robert, nunca parou para me explicar seu estilo de vida ou como chegou ali, mas já o vi muitas vezes me mandar subir as escadas e ir para o meu quarto pois iria receber visitas importantes que eu não precisava as conhecer. Eram sempre homens nojentos, cheios de tatuagens, armados até o pescoço e que cheiravam a maconha. Certa vez, fiquei a espreita na escada os escutando conversar, disseram algo sobre pagar a polícia para ficarem longe das brigas de gangues superiores, os traficantes importantes. Meu pai estava no meio. Eu sabia que o sobrenome Russel era importante no mercado da máfia. Eu odiava.

Minha mãe sumiu há quatro anos atrás, no dia do meu aniversário, 15 de janeiro. Era a minha festa de quatorze anos, e ela sumiu. Eu chorei todas as noites enquanto perguntava ao meu pai o que diabos tinha acontecido, mas ele nunca me explicou, só prometeu que a encontraria. Até um dia em que eu cansei de esperar por ela, e conforme íamos mudando de casa, conforme eu parei de frequentar o colégio e ter amigos, ter aulas particulares nas casas que passávamos e morávamos por um tempo, eu desisti. Eu desisti de muita coisa.

Eu vi jovens da minha idade se divertindo como queriam, indo para baladas e se drogando, perdendo virgindade, e eu nem mesmo podia sair no portão sem ter o risco de levar uma bala no meio da testa. Mas apesar dos pesares, meu pai sempre me deu tudo o que eu precisei, eu sabia que ele se importava, da forma dele, mas se importava.

Meu celular começou a tocar enquanto eu tentava escolher entre três vestidos vermelhos vinho da vitrine. Na tela aparecia “pai”, e eu estava com receio de atender.

Alô? — Eu disse.

Megan? Onde você ‘tá? — A voz do meu pai era aflita.

Estou em uma loja qualquer de Manhattan, não é muito longe daí, apenas alguns quarteirões.

Volte. Agora! — Gritou — Mande sua localização, um carro irá te buscar.

Ele não esperou por uma resposta minha, apenas desligou. Eu odiava quando ele fazia isso, meu pai costumava ser mais educado quando eu era criança.

Mandei a localização por mensagem e esperei em um ponto de ônibus pelo carro que iria me buscar, praguejei mil vezes por não conseguir escolher nenhum vestido. Vermelho definitivamente combinava com meu cabelo loiro, me destacava de uma forma inexplicável e era a única cor que eu me sentia bem usando, que não fosse preto.

 

 

Já haviam se passado duas horas desde que meu pai me ligou, e ninguém havia vindo me buscar. Eram quase seis da tarde, e eu decidi pedir um táxi e ir até a mansão que estávamos morando por este momento. Foi mais simples e rápido do que esperar pelo motorista do meu pai.

— Para onde, senhorita? — Perguntou-me o moço que dirigia o táxi e lhe passei as coordenadas. Eu estava com um pressentimento ruim, foi quando tentei ligar para o meu pai, mas ele não atendeu. Então tentei ligar para Ted, seu motorista, e ele também não atendeu. Nem mesmo Henry, que sempre estava ao lado dele, me atendeu. Todos caíam na caixa postal.

Ao chegarmos, paguei o motorista e desci as preces ao ver diversos carros pretos parados em frente à casa. O portão estava escancarado, e então eu entrei. Se eu tivesse de morrer, esse era o momento, porque nem mesmo tenho uma arma e se tivesse, não sei manejar. Devagar, em passos lentos, fui entrando.

Haviam alguns corpos estirados ao chão, e aquilo me arrepiou. A porta de casa também estava aberta e ouvi algumas vozes vindo de dentro, eu me paralisei quando as senti chegando mais perto.

E então um homem saiu na frente, e logo atrás dele mais oito caras. Ele estava de óculos escuros e roupa social vinho, as mangas do terno estavam expondo suas tatuagens e o relógio caro, não muito diferente das correntes no pescoço ou o tênis, que não era nada social. Os outros estavam apenas vestidos de preto, todos da mesma forma, e com óculos escuros também.

— Ei, você! — o de vinho me chamou, fazendo um sinal com a mão, sua voz era rouca.

— Quem é você? — Disse, já sentindo minha voz embargar — Onde está o meu pai? O que você fez com ele, seu maldito? — Quase gritei.

Ele travou o maxilar e destravou a pistola que segurava, me puxando pelo braço e apontando na minha cabeça, frente a frente com ele e seus óculos escuros.

— Olha aqui sua putinha de esquina, eu que faço as perguntas aqui, sacou? — Travou o maxilar, ele estava irritado e eu queria chorar.

Ótimo, eu vou morrer. Perfeito.

— Agora responde, qual teu nome?

— Megan.

— O nome completo porra, fala teu nome completo! — Apertou a arma na minha cabeça e eu fechei os olhos, sentindo a lágrima involuntária escorrer pela minha bochecha.

Megan Russel Dela Cruz!

E então ele parou por alguns segundos, e tirou a arma que estava apontada para mim, travando-a novamente e guardando na cintura.

— Você viu o seu pai? Viu alguma coisa? — Ele voltou a segurar o meu braço.

— Eu não vi caralho nenhum, se eu tivesse visto, eu não estaria aqui perguntando alguma coisa pra você!

Ele soltou o meu braço e tirou os óculos. Foi quando eu vi seus olhos castanhos cor de mel, que deveriam ser lindos se não dessem tanto medo.

— Vadia do caralho, cê’ acha que tá falando com quem?! — Riu desgostoso e se virou — Chaz! Encosta aqui.

E então um garoto que parecia mais um daqueles gangster de filme clichê cheio de correntes e roupas largadas se aproximou, esse eu não tinha visto ainda. E a cada momento que passava eu tinha certeza que não vi nem a metade.

— Leva a filha vadia do Russel com você pra Mansão, eu vou com os caras atrás dos filhos da puta que invadiram aqui e depois vou pro depósito.

— O quê?! — Fui em direção a ele que começou a andar portão à fora da casa — EU NÃO VOU PRA LUGAR NENHUM, EU QUERO SABER ONDE TÁ O MEU PAI!

— Se eu fosse você eu não chegava nem um centímetro à mais perto de mim, e vai gritar no ouvido da puta que pariu, vadia mimada! Seu pai foi sequestrado, porra! Agora obedece ao que eu mandei caladinha que é melhor pra você.

 E ele saiu, entrou em uma Lamborghini Gallardo preta e sumiu, sem mais nem menos.

Eu me virei para o tal Chaz, ele me olhava sem expressão alguma. Eu estava perdida, eu iria morrer.

Eu queria morrer.


Notas Finais


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