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História A Flor da Folha e o Imperador do Fogo (EM REVISÃO) - - Novidades


Escrita por: Kikyou-chan

Notas do Autor


Yooo Minna!

Demorei um cadinho, mas já voltei com mais um capítulo..
Na verdade nesses ultimos tempos não tenho tido muita inspiração..
Meu cachorrinho ta doenteee.. Ai eu tô tristeeee e sem vontade de escrever..
Maaaas, me esforcei ao máximo para conseguir trazer mais um cap pra vcs!

Não sei se ficou tão bom, mas espero que gostem!

Obrigada por todo o carinho e por continuarem acompanhando a históra!

Sem mais delongas, boa leitura!

DESCULPEM OS ERROS!

Capítulo 33 - - Novidades


Fanfic / Fanfiction A Flor da Folha e o Imperador do Fogo (EM REVISÃO) - - Novidades

Reino do Fogo

 

Cruzou ambas as pernas, apoiando uma das mãos sobre o próprio joelho enquanto na outra trazia um pequeno copo branco. Inclinou o corpo para frente até que alcançasse a garrafa de saquê na qual já estava de olho a um certo tempo, completando o próprio copo com mais daquele líquido. De repente pensou em sua esposa e em como não deveria estar  mesmo fazendo aquilo, por não estar totalmente recuperado de seus ferimentos. Pensou que ela faria uma cara feia e, inesperadamente, teve que conter um sorriso que insistia em surgir em seus lábios..

Livrou-se daqueles pensamentos e direcionou suas ônix para o loiro a sua frente que também enchia o copo aos poucos. Não se lembrava ao certo há quanto tempo não se sentava para beber com Naruto, que nunca havia sido um bom acompanhante, já que era muito fraco para o álcool. Até tinha pensado antes em lembrar-lhe de como o mesmo não era tão bom em lidar com a bebida, mas deixou aquela ideia de lado quando pensou no quanto era hilário vê-lo daquela forma.

– Eiii, por que está me olhando tanto, Sasukeee ? – falou daquele jeito escandaloso de sempre enquanto Sasuke podia ver que ele já tinha a face corada e os olhos meio caídos.

– Estou pensando em como você pode ser ainda mais desajeitado do que eu pensava... – desviou o olhar enquanto voltava a beber do seu próprio saquê.

– Do que está falando ? – repentinamente levantou-se de onde estava, meio desajeitado e chegou mais próximo do rosto de Sasuke carregando um semblante confuso enquanto o Uchiha apenas criava uma espécie de barreira com uma de suas mãos, olhando em outra direção –  Pra mim você nunca diz nada com nada. . – resmungou, se afastando do caçula de Fugaku

– Está aí mais uma prova da minha superioridade em relação a você .. . – abriu um sorriso no canto dos lábios que logo desapareceu quando bebericou um pouco mais do saquê. Ele sabia exatamente como irritar o loiro.

– Eiii! Isso é jeito de falar comigo ? Não se esqueça de que você é casado com minha irmã... – bufou enquanto cruzava os braços diante do próprio corpo.

–  Não sabia que casar com ela incluía ser mais legal com você .. – dizia aquilo enquanto mantinha um ar de superioridade.

– Você está sendo muito descuidado...  – tentou fazer uma expressão maquiavélica, esfregando ambas as palmas de suas mãos enquanto olhava surrateiramente para Sasuke. – Eu poderia, quem sabe, até falar mal de você para minha irmã...

– Não seja ridículo ... – falou com um meio sorriso nos lábios, enquanto encarava o loiro a  sua frente. – Você pode dizer o que quiser...  Sakura já tem suas próprias impressões sobre mim..

– E mesmo assim ela está com você... – riu enquanto o Uchiha apenas dava de ombros. – Eii, Sasuke...  – sua voz havia adquirido uma tonalidade mais suave, enquanto o mesmo encarava o tablado onde estavam sentados  – O que você faria se achasse que Sakura estivesse doente ?

– Chamaria um herbalista, eu acho . – falou de qualquer jeito, enquanto se concentrava no sabor de sua bebida.

– Não foi isso que eu quis dizer.. . – relaxou o corpo para trás, trazendo uma expressão distante e direcionando suas orbes azuis para algum ponto no teto. – Como você se sentiria?

Sasuke havia entendido o que o amigo queria dizer-lhe. Seus pensamentos logo o levaram para o momento que soube do que Karin havia feito e de como pretendia matar sua esposa. Mesmo que nada daquilo houvesse mesmo acontecido, aquele sentimento que carregou dentro de si não poderia ser esquecido. Medo, foi o que havia escondido o brilho turvo de seus olhos, até então, destemidos.

– O que está acontecendo, Naruto? – seu olhar  e seu semblante haviam se tornado sérios.

– Hinata não tem estado muito bem, ultimamente...  – apertou o copo entre os dedos ainda sem direcionar os olhos para o Uchiha.

– Não seja preciptado.. . – falou sem confiança, pensando em si mesmo e em como se sentiria se o mesmo ocorresse a sua esposa.

– Quando estive no Reino do Gelo, soube que a mãe dela sempre teve uma saúde frágil e que por isso, acabou falecendo ainda jovem... – toda a sua insegurança e sua preocupação estavam refletidas em cada palava dita. – Eu não sei o que faria se...

– Vai ficar tudo bem.. – segurou o próprio copo na altura dos olhos enquanto dizia tais palavras. – Então só não fique pensando demais nisso.. .

– Isso é uma tentativa de me fazer ficar melhor ? – falou de maneira divertida encarando o amigo que mantinha os olhos desviados dos dele.– Você deve mesmo estar ficando bêbado.

– Não seja infantil, Naruto... – fez uma expressão desconsertada enquanto sentia a face esquentar – Não me compare a você...

– De qualquer forma, não devo mesmo me preocupar... – suspirou aliviado levando um pouco mais de saquê até os lábios. .

– Então tire essa cara ... Já disse que não combina com você.. – as palavras só saiam de seus lábios enquanto tentava, a seu modo, tranquilizar o coração inquieto do amigo ...

– Você realmente está diferente ...   – levou uma das mãos a cabeça, abrindo um de seus largos sorrisos –  Minha irmã tem feito mesmo  um bom trabalho aqui .. .

– Idiota.. – virou o rosto, trazendo nele uma expressão que apenas divertiu ainda mais o loiro.

– Sasuke, Obrigado ..  

 Aquela era a forma como levavam a amizade que haviam construído e fortalecido ao longo dos anos. Ambos apenas ficaram ali por mais algum tempo, compartilhando, cada um a seu jeito, suas preocupações, alegrias e dificuldades. Era assim que era e eles tinham aquela amizade que apenas os dois entendiam. No final,  mesmo suas palavras contidas e expressões inconfundíveis eram o suficiente para tocar o coração um do outro. Eles eram mesmo grandes amigos..

 

......

 

Caminhou lentamente por aqueles corredores, enquanto procurava pela porta certa. No final das contas, havia bebido um pouco além da conta e, embora fosse orgulhoso demais para admitir, estava mesmo alterado por todo aquele saquê consumido. O que o animava, no final das contas, era lembrar do estado no qual entregou Naruto nos braços de Hinata. Ela estava nitidamente assustada enquanto o amigo cantava alto e dizia coisas que ninguém poderia entender. Por horas pensou até que ele estivesse falando em um dialeto próprio.

Deu alguns passos até encontrar a maçaneta certa. Escorou o corpo sobre a porta, empurrando-a de forma desajeitada para a frente, entrando em seguida no quarto em que estava ficando durante aquele tempo. Pretendia se mover, entretando seus olhos ficaram parados sobre a figura de uma mulher de cabelos róseos, cuja qual ele conhecia muito bem.

– Sasuke-kun! Onde você estava ? – ela aproximou-se dele, com um olhar preocupado.

– O que faz aqui, Sakura ? – Não que a presença dela o incomodasse, entretanto, ele tinha suas razões para não querer vê-la naquele momento.

– Eu vim trazer seus remédios e você não estava... fiquei preoc ..– viu-na inspirar e, imediatamente, interromper suas próprias palavras – Isso é cheiro de saquê ?

– Talvez ... – as palavras saíram de seus lábios enquanto desviava o olhar. Não entendia exatamente o porque de estar agindo daquela forma, mas de algum jeito, o olhar repreendedor dela o fazia sentir-se, inesperadamente, culpado.

– Sasuke-kun ..– viu quando ela colocou uma das mãos sobre a própria testa, balançando a cabeça negativamente. – Você está em recuperação..

– Você é minha médica, por acaso ? – cruzou os braços diante do próprio corpo enquanto sentia que suas expressões se confundiam com as de uma criança. Maldita bebida.

– Não, mas sou sua esposa o que me dá ainda mais direitos de repreendê-lo... – na ponta dos pés, ela inclinou seu corpo para frente, e de repente, até pareceu ser maior que ele.

 Aquela situação era tão estranha e tão inédita para Sasuke que o mesmo sentiu uma imensa vontade rir, embora houvesse se contido para não piorar áquela situação que, aparentemente, não estava a favor dele.

– Ai, ai ... Você  realmente.. .– ela cruzou os braços diante de seu corpo frágil, suspirando profundamente, enquanto ele se surpreendia cada vez mais com as expressões que ela era capaz de demonstra-lhe. – Vamos, é melhor se deitar e descansar..

Ouviu áquelas palavras e, embora desejasse dizer algo, decidiu que era melhor fazer o que ela pedia. Enquanto caminhava até a cama, pensou em como um homem orgulhoso e cheio de glórias como ele estaria se rendendo aos desejos e ordens de uma mulher que não lhe passava dos ombros em altura. Imaginou que talvez fosse mesmo o álcool, mas descartou a hipótese logo em seguida, quando olhou nos olhos verdes dela descobrindo, imeditamente, o mal do qual sofria : Ele era um homem apaixonado. . .

– Desculpe se fui rude, querido .. Mas eu só quero o seu bem  e que melhore logo. .– suas palavras doce conseguiam rendê-lo sem que fizesse muito esforço. Estava aí alguém para quem ele não seria páreo.

– Hnn .. – assentiu apenas tomando nas mãos a xícara que ela o entregava.

– Agora tente beber os remédios ... – ouviu-na dizer enquanto mantinha-se deslumbrado pelas graciosas expressões que ela exibia – Vou deixar você descansar agora... Tenha bons sonhos, querido!

Avistou o sorriso terno que surgiu nos lábios dela e não teve dúvidas do que fazer a seguir. Segurou-lhe uma das mãos e, imeditamente, a puxou para junto se si, envolvendo-lhe o corpo com um de seu braços.

– O que está fazendo ?– seus olhos verdes se encontraram com as ônix dele.

– Você não disse que iria cuidar de mim ? – falou com um meio sorriso nos lábios enquanto a face dela tornava-se enrubecida.

– Mas.. . – os olhos surpresos dela continuavam encantando-o e despertando sentimentos inimagináveis dentro de si.

– Não tire conclusões preciptadas.. – falou de forma irreverente, relaxando-se sobre os colchões e trazendo consigo o corpo delicado de sua esposa. – Apenas fique ao meu lado. .. – Confirmou com suas palavras o seu desejo de tê-la com ele.

Sasuke ajeitou-se sobre os colchões e logo acomodou a cabeça de sua esposa sobre seu próprio peito, mantendo uma de suas mãos sobre os seus cabelos, passando a afagá-los de maneira carinhosa.

 Os lábios entreabertos dela demonstravam que talvez Sakura quisesse dizer-lhe algo, mas ela acabou resumindo suas próprias palavras em um simples ”Boa noite” quando entendeu o que ele desejava de fato. Não demorou muito para que ela também aconchegasse-se nos braços fortes dele, depositando uma de suas mãos leves sobre seu peito.

O Imperador fechou os olhos e inspirou a fragrância única que ela tinha. Em sua mente, não havia meios para explicar a si mesmo como tudo aquilo, realmente havia acontecido, mas tinha certeza de que o amor dela havia o transformado. Naruto tinha razão quando lhe disse que ele não era mais o mesmo pois ele próprio não se reconhecia quando estava com ela. Não se importava de fato com todas áquelas coisas desde que Sakura estivesse a seu lado. Aquilo, para ele, havia se tornado, inesperadamente, o suficiente.

 

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Reino do Fogo

Sala de Reuniões

 

Segurou uma xícara dourada entre os dedos, conduzindo-a até os lábios e sentindo aquele agradável sabor do chá típico daquela região. Minato estava sentando confortavelmente em uma poltrona tendo diante de si os olhos escuros do primogênito de Fugaku, Uchiha Itachi. Estavam há um determinado tempo ali, conversando sobre diversos assuntos relevântes à ambos os Reinos. Depois do casamento de Sakura e Sasuke, os laços entre a Folha e o Fogo cresceram significativamente e, ambos ali naquele escritório detinham o objetivo em comum de fortalecê-los.

– Com isso, fechamos os acordos referentes aos Portos  e às novas fronteiras estabelecias entre os dois Reinos. – falou sem expressões significativas na face, o filho de Fugaku.

– Você me lembra tanto Fugaku ... – foi saudosista o Imperador da Folha – Desde muito cedo, ele já tinha muitas espectativas sobre você, Itachi-san.

– E mesmo assim quem ocupou o seu lugar foi Sasuke...   – acertou alguns papéis sobre a mesa, sem olhar o Imperador nos olhos.

– Isso só aconteceu porque ele sabia que você estaria ao lado de seu irmão. – falou com todas as convcções que sua amizade de longos anos com Fugaku lhe conferiam.

– E eu pretendo fazer do reinado de Sasuke o melhor que já existiu em anos..– foi tão seguro enquanto um sorriso surgia na face de Minato.

– Vocês parecem estar se dando bem agora.

– Algum dia eu precisaria ser sincero com Sasuke e fazê-lo compreender o real peso do sobrenome que carregamos. – voltou suas ônix para o pai de Naruto e Sakura que o escutava atentamente. Por conhecer Minato, era fácil pra Itachi entender porque seu pai confiava tanto nele e porque havia criado por ele aquele laço forte de amizade.

– Fico feliz em saber que não o faz mais pensar em você como inimigo .. Talvez em sua posição isso fosse uma defesa, mas poderia criar ainda mais dúvidas e ressentimentos no coração do meu genro. – falou com a sabedoria que os anos lhe conferiam.

– O principal agora, é nos fortalecermos internamente para aniquilarmos, de uma única vez, os inimigos que logo virão – cruzou os dedos, entrelaçando as mãos frente a seu rosto, deixando visível seu olhar imponente.

– É mesmo o filho de Madara que está liderando esta nova organização rebelde? – questionou-lhe, demonstrando o quanto o filho de Fugaku o havia tornado-o a par de toda aquela situação.

– Sim, Minato-sama. ..  É outro que carrega esses mesmos olhos pelos quais somos tão conhecidos.. Este homem está levando  toda essa situação a um nível totalmente diferente de tudo que vimos até agora. – falava com respaldo, toda a informação ali era extremamente confidencial.

– Entendo... – seu olhar era calmo embora suas palavras fossem firmes –Todo o ódio carregado por Uchiha Madara pelo próprio Reino e pela Aliança acabou transpassando as gerações e sendo cultivado por um filho .. Gostaria de saber quando nos livraremos finalmente desse fantasma.. – tornou-se pensativo enquanto dava a real gravidade aos atuais fatos. – Soube mais alguma coisa dele ?

– Nao exatamente.. Ele é cuidadoso demais e, até então, não encontramos uma maneira de chegar até ele. .. Entretanto, temos suspeitas de que Orochimaru esteja ligado a ele de alguma forma e, sendo o mesmo nosso prisioneiro, tentaremos retirar a informação dele de qualquer maneira.

– Seu pai compartilhou comigo, várias vezes, suas desconfianças sobre esse tal Orochimaru ...– recriou em sua mente algumas das inúmeras conversas que havia tido com o antigo Imperador. – Não é de fato uma surpresa para mim.. .

– Talvez tê-lo mantido aqui não tenha sido  a melhor escolha feita pelo meu pai .. Embora através dela, tenhamos tido condições de prendê-lo definitivamente.

 – Mesmo assim, se ele é um prisioneiro agora e pode saber sobre esse tal filho de Madara, vocês devem arrancar o máximo de informações que puderem ... –  olhava nos olhos do primogênito com uma expressão serena – Olha, Itachi .. Não leve minhas palavras a mal pois não estou questionando os métodos utilizados no Fogo,  mas por anos seu pai me confidenciou sobre suas impressões sobre esse tal Orochimaru e eu, particularmente, acredito que seja preciso usar um metódo mais drástico, neste caso, para que ele abra a boca de fato... – suas palavras eram atentamente ouvidas por Itachi – ..   Sendo assim, me permitiria sugerir alguém em quem eu acredito ser ideal para esse trabalho ?

– Você tem um ponto. – relaxou os pés por debaixo da mesa –  Que tem em mente, Minato?

– Ibiki Morino. – disse sem hesitações.

– Esse homem realmente é famoso por seus métodos e eficiencia.. Mas ele não havia deixado a Força de Tortura e Interrogação da Folha ? – questionou o Imperador com base em seus conhecimentos sobre o tal homem.

– Se aceitar Itachi-san, ele virá com certeza. Eu me assegurarei disso. – seus olhos não demonstravam qualquer dúvida.

– A princípio essa ordem deveria vir de  Sasuke, entretanto, você tem meu aval para que esse homem venha ao Fogo. Eu farei com que meu irmão não tenha objeções em relação a isso. – falou com sabedoria o Príncipe Uchiha.

– Pedirei minha filha então, se não houver problemas, que envie esta mensagem imediatamente a Folha. Ela conhece os códigos reais para que esta carta só possa ser lida pelo próprio Ibiki..

– Sakura é uma codificadora ? – perguntou-lhe sobre tal fato que desconhecia.

– Sim, Itachi-san .. Ela aprendeu tudo o que sabe, desde pequena, com a velha Tsunade. Creio que já ouviu falar dela, já que é referência nesta área. – orgulhou-se em ter pessoas tão renomadas em seus domínios.

–  Interessante.. .– um sorriso suave surgiu nos lábios de Itachi – Acredito que o próprio Sasuke desconheça tais habilidades...

– Pelo seu olhar, creio que usará essas informações a seu favor. – Minato era um homem atento e sabia fazer uma boa leitura das expressões alheias. Principalmente expressões Uchiha.

– Certamente. Um talento como esse não deverá ser desperdiçado, embora venha de Sasuke tal decisão.. – referiu-se ao irmão dando-lhe a importancia que realmente detinha.

– Bem, Itachi-san, será muito interessante observar o que se seguirá daqui em diante . – falou com um sorriso sincero e cheio de significados, perfeitamente compreendidos por Itachi – O meu desejo é que solidifiquemos, cada vez mais, tanto nossas alianças quanto nossos laços.

– Eu espero pelo mesmo, Minato..

Cumprimentaram-se respeitosamente e, de repente, aquela cena parecia reproduzir uma outra, de anos atrás, quando Minato dava lugar a uma versão sua mais jovem, meio inexperiênte e cheia de sonhos.. Do outro lado, ocupando o lugar que agora era do filho, estava Fugaku, com seus cabelos longos, olhos ônix firmes e tão cheio de esperanças quanto o Uzumaki. Fugaku e Minato estabeleceram aquelas relações deste o início e que se estenderiam ao longo dos anos pela vontade de ambas as famílias. Pelo menos, para áquele novo tempo, o laço seria fortalecido pelas mãos daquela nova geração de poder.

 

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Reino das Águas Negras

 

Cruzou as pernas enquanto seu corpo relaxava sobre a confortável poltrona em que estava sentado. O fogo da lareira a sua frente iluminavam parte de seu rosto descoberto enquanto sua máscara estava recostada sobre uma pequena mesa ao lado de onde estava. Seus olhos ônix vislumbravam naquela chama o brilho da vitória, que em sua cabeça seria iminente. Todos os preparativos estavam quase encerrados e, em poucos dias, seus homens avançariam para conquistar as terras lideradas por Nagato.

Mais uma vez Obito estaria de frente àquele homem de cabelos vermelhos e olhar firme, agora como inimigos. No passado, a Chuva havia sido o Reino que mais sofrera, por muitos anos, com as consequências da Guerra. Fome, pobreza, ódio e desgraça era tudo aquilo que havia lhes restado depois da devastação ocasionada pelas disputas de Reinos maiores em busca de poder e soberania. ... Segundo este contexto, Obito havia visto em Nagato e em seu Império a chance de conquistar aquilo que seus olhos agoram viam com mais clareza. A vulnerabilidade deles havia se tornado, naquele tempo, sua maior chance de avançar em seu objetivo maior. Oferecer a paz para àqueles que por anos conheceram apenas o inferno havia se tornado sua melhor estratégia e a única saída para Nagato. Entretanto, o Imperador da Chuva não pensava como ele. Não acreditava na mesma paz que ele. Não desejava conquistar o mesmo objetivo pelos meios que ele lhe oferecia. Ele era, a sua maneira, sensato aos seus próprios argumentos que tanto se diferenciavam dos dele. Nagato não enxergava o mundo com os mesmo olhos obscuros que Obito possuía. E não hesitou em  recusar o que ele lhe propunha com tanta convicção.

Era por tudo isso que aquela batalha significaria muito mais do que os olhos ignorante dos outros poderiam enxergar. Aquilo não seria apenas pela dominação daquelas terras e nem mesmo pela simples demonstração irracional de poderio militar. Aquilo seria a confirmação de suas convicções. Aquilo seria uma batalha entre crenças e pelo verdadeiro significado da paz. E ele, Uchiha Obito, não perderia sob nenhuma hipótese.

– Quem está aí ? – sua voz ecoou naquele ambiente onde estava, assim que ouviu um barulho na porta.

– Sou eu, Danzou.. . Posso entrar, Uchiha-sama? – a voz do ancião imediatamente foi ouvida por ele que ordenou para que o mesmo entrasse.

– O que deseja me dizer, Danzou? – falou com firmeza, enquanto mantinha-se naquela mesma posição que não permitia que o ancião pudesse vislumbrar sua face desconhecida.

– Informo que Deidara acaba de chegar ao Império. – falou tranquilamente mantendo seu olhar sobre a figura do líder da Akatsuki.

– Ele trouxe as plantas ?  

– Sim. Estão todas aqui. – caminhou na direção do Uchiha que, com uma das mãos, fez uma gesto para que o mesmo não se aproximasse mais.

– Deixe sobre a mesa – disse friamente, contendo os passos do ancião.– O que mais tem a me dizer ?

– Dei uma olhada mais cedo nestas plantas e ao que pude perceber existem sete entradas subterrânes para o Castelo Uchiha.  – posicionou as plantas sobre a mesa, assim como ordenado pelo Uchiha –  Orochimaru marcou três passagens em vermelho, as quais, acredito eu que sejam as que não estão mais acessíveis atualmente..  Sendo assim, nos restariam quatro entradas, sendo que uma delas nos levaria a um dos quartos. Por se tratar de uma passagem secreta, provavelmente esse quarto pertença ao Imperador e a mesma sirva como uma mecanismo de fulga para o caso de um ataque surpresa.

– Onde as outras três passagens nos levariam ? – interessou-se pelas palavras de Danzou.

– Cozinha, saguão principal e outra ao calabouço. – mexeu em um dos mapas  para assegurar-se das informações ditas – Poderiamos escalar um membro da Akatsuki para cada entrada a fim de desarmar as defesas internas e capturar o Imperador. Cada um deles lideraria um grupo que se posicionaria nos tuneis que levam a essas entradas e interviriam apenas se a guarda interna fosse reforçada. Os demais membros comandariam o ataque com os exércitos nas ruas, criando uma distração para a entrada no Castelo. Nós, por outro lado, lideraríamos os ataques a distância.

–  Essa certamente é a melhor estratégia, entretanto .. . – levantou-se, ainda de costas, aproximando-se mais das chamas da lareira – Eu serei um dos que irão invadir o castelo Uchiha.

– Mas, Obito sua segurança deve prevalecer. Se algo sair errado e você morrer, estará tudo terminado. – tentou demonstrar que aquela era uma decisão preciptada.

– Eu ... morrer ? – uma risada alta saiu de seus lábios, assustando o ancião – Não seja ridículo .. Eu jamais perecerei pelas mãos daqueles que possuem o mesmo sangue que o meu ..  – virou levemente o rosto, revelando parte de sua face desconhecida para o ancião. – Um homem não morrerá diante de seu próprio trono em meio a sua verdadeira casa.. .. Eu sou Uchiha Obito, filho de Madara, àquele a quem deveriam ter feito Imperador do Fogo e soberano máximo daquelas terras. .. Eu apenas irei tomar àquilo que foi negado a meu pai e roubado de suas mãos.

– Obito . .

– Por hipótese alguma eu deixarei de presenciar a queda desse usurpador diante de meus próprios olhos. ..  –  ergueu o olhar como se vislumbrasse a vitória – Eu farei questão de matar Uchiha Sasuke com minhas próprias mãos..

– Se esta é sua decisão, nós acataremos como subordinados que somos ao seu propósito. – reverênciou o Uchiha sentindo o verdadeiro ódio que aquele homem carregava dentro si fluir para os quatro cantos daquele lugar que compartilhavam.

– Deixe-me sozinho agora. Preciso pensar sobre a Chuva, antes de qualquer coisa. .. . – voltou a sentar-se na poltrona que ocupava – Me assegurarei de não falharmos para que o objetivo siga vivo a cada novo passo dado por nós, Akatsuki.

– Como desejar, Uchiha-sama! – abaixou a cabeça em respeito a presença daquele homem, saindo logo em seguida.

Nas chamas que brilhavam diante de seus olhos escuros, Obito recriou em sua mente a figura imponente de Uchiha Madara, seu pai. Era por ele que havia caminhado todos aqueles anos em busca daquele objetivo e era por ele que só seria parado se lhe  tirassem a vida. Ele iria, independente de todas as consequências, até o final.

Esse era o desitno escolhido por ele, Uchiha Obito.

 

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Reino do Fogo

 

Batia o pé repetidas vezes demonstrado toda a ansiedade que sentia no momento. Já estava ali, junto a Sakura há algum tempo e, a seus olhos esperançosos, os segundos já haviam se tranformado em minutos, que áquela altura, já se confundiam com as horas. Sakura, por sua vez, andava de um lado para outro sem que saísse, de fato, da pequena linha imaginária que traçava com os pés. Ambas, mãe e filha, aguardavam do lado de fora da ala médica onde Hinata e Konan se encontravam já há um determinado tempo.

Depois da recepção oferecida pelos Uchiha e de se acomodarem devidamente, Kushina chamou sua filha e sua nora para explicar-lhes exatamente aquilo que Tsunade havia lhe dito sobre uma possível gravidez da filha de Hiashi. Não diferentemente dela, Sakura imediatamente se alegrou com a possibilidade e, se ela pudesse ter realmente se visto, Kushina poderia afirmar que as expressões faciais de sua filha para ela deveriam ter sido as mesmas que esboçou para Tsunade assim que ouviu sobre aquela possibilidade. Por outro lado, a “futura mãe” do herdeiro da Folha estava, nitidamente em choque. Levou certo tempo até que esboçasse alguma reação e, mais tempo ainda, para que conseguisse dizer algo. Depois de tudo esclarecido, o olhar das três tornou-se o mesmo : repletos de esperança e, no momento atual, cheios de ansiedade.

– Acalme-se Sakura!  – tentou dizer algo para a esposa de Sasuke que ainda andava, só que agora, em círculos.

– Então pare de bater tanto o pé assim, mãe.. . Vai afundar o chão a qualquer momento. – olhou para Kushina que fez uma careta divertida para a filha.

– Pelos Deuses, serei avó tão jovem! – falou com tanta esperança no olhar que Sakura desistiu de dizer que nada estava confirmado ainda para não frustrá-la. No fundo também queria ser tia.

– Será que não sairão daí nunca ? – seus olhos verdes fitaram a porta a sua frente de onde, em breve, sairia a resposta pela qual ansiava tanto.

– Acho que estou mais ansiosa agora do que na minha própria vez ..– riui divertida a mãe da rosada, provocando o aparecimento de um sorriso também nos lábios de sua filha.

– Como foi quando soube de mim, mãe ? E do Naruto ? – perguntou com olhos curiosos que cresceram para cima de Kushina.

– Bem, vejamos. ..– segurou o próprio queixo como se buscasse em suas memórias mais profundas a resposta para a pergunta feita. – De você, eu já imaginava, de certa forma, afinal, não era a primeira vez.. Mas com Naruto foi algo totalmente novo para mim  .. Como eu não entendia nada, no começo também acabei pensando nas mesmas coisas que Hinata e achei que estivesse doente... – levou uma das mãos até a boca, rindo levemente – Mas se quer mesmo saber, no fundo uma mulher sempre sabe quando realmente vai ser mãe .. Mesmo inconscientemente, já há algo inexplicável dentro de nós. É uma sensação única e, ao mesmo tempo, maravilhosa.. – falava suavemente, com um olhar inconfundível de uma mãe que amava profundamente os filhos que gerou.

– Ser mãe deve ser algo realmente maravilhoso – seus olhos brilhavam enquanto um sorriso gracioso surgia nos lábios de Kushina.

– A sua hora também vai chegar filha – deslizou sua mãe delicada suavemente sobre a face de sua filha.

O som da maçaneta da porta chamou a atenção de mãe e filha, que logo avistaram a figura de Hinata acompanhada pela esposa de Itachi, que caminhava com ambas as mãos sobre os ombros da Hyuuga, conduzindo-a para fora do laboratório.

– E então ? – os olhos azuis de Kushina e os verdes de sua filha cresceram assustadoramente sobre a pobre Hinata, que estava corada e que se aproximava delas com as mãos entrelaçadas frente ao próprio corpo.

– Você quer dizer, Hinata-san ? – os olhos dourados de Konan recaíram de forma suave sobre a Princesa do Gelo.

Todos os olhares partiram para a Hyuuga que, após sorrir graciosamente, apoiou ambas as mãos sobre o próprio ventre deixando lágrimas transbordarem por sua face, indicando aquilo pelo qual todas ansiavam e, silenciosamente, esperavam dentro de seus corações.

– Eu vou ter um filho do Naruto-kun..


Notas Finais


Bom, foi isso por enquanto!

Espero que tenha gostado e que continue comigo!
Já estou pensando no final da história e em um último capítulo bastante interessante!
Enfim, ainda temos tempo;; hehehhe

Até o próximo <3


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