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História A Flor da Pele - Lembranças que agora machucam


Escrita por: Crisvogt

Capítulo 19 - Lembranças que agora machucam


Regina a tomou em seus braços e aproximou sua boca da dela. Jasmine lhe sorriu e passou os braços pelo corpo magro, mas forte. As bocas se tocaram de leve, e as duas de olhos abertos acompanharam cada movimento. Um beijo doce. O gosto da boca da morena era ainda melhor do que Regina imaginara. Sentiu primeiro os lábios, para então introduzir a língua devagar na boca rosada. Foi recebida pelo hálito quente de Jasmine, que ditou um ritmo intenso em sua boca, sorvendo a sua saliva com vontade. Beijaram-se intensamente, e Regina podia sentir seu corpo ferver com o contato. Puxou-a ainda mais para perto, e a encostou na parede de tijolos. Desceu suas mãos pelo corpo bem feito, e tocou-lhe entre as pernas, por cima da roupa. O gemido que saiu em meio ao beijo, a incendiou ainda mais.

– Eu sabia que seria bom. Desde que eu te vi pela primeira vez, sabia que a sua boca era deliciosa. – Jasmine disse com a respiração entrecortada.

– Imagina o que a minha boca não pode fazer com você. – Regina disse provocante, já descendo os lábios pelo pescoço. – Quero te provar inteira. – Falou perto do ouvido, e pode sentir o corpo da outra estremecer de prazer.

Subiram as escadas que dava acesso à cama, com dificuldade. Enquanto subiam, iam tirando peça por peça das suas roupas. Quando atingiram o colchão, restavam apenas as roupas íntimas, que logo foram jogadas longe. Regina fez como prometera, provou cada pedacinho de pele do corpo da morena com devoção. Lambeu, chupou, mordeu, até se ater ao órgão pulsante que se apresentava para ela. Jasmine gemeu no primeiro contato, e Regina se deliciou com a entrega dela. Se concentrou em dar o máximo de prazer a linda mulher que ali se oferecia. Pode senti-la tremendo em sua boca e introduziu dois dedos na cavidade quente e molhada. Viu um sorriso lindo brotar naqueles lábios, e a escalou até tomar-lhe a boca em um beijo ardente. Se amaram por horas, mas Regina não permitiu que Jasmine a tocasse. E ela não insistiu, mas Regina sabia que ficara frustrada. Tentou compensar dando todo o prazer que podia…. e como há muito tempo não fazia, dormiu por algumas horas agarrada a outro corpo que não fosse Emma.

Quando Regina acordou com a luminosidade do dia entrando pela janela, deu-se conta de onde estava e se assustou. Jasmine dormia lindamente sobre a cama a seu lado. Ela tinha o corpo descoberto e era mais linda ainda a luz do dia. Mas Regina sentiu-se vazia e a dor que atravessou seu peito, roubou-lhe o ar. Havia abaixado a guarda. Ergueu-se em silêncio, não queria acordar Jasmine, recolheu suas roupas e saiu do apartamento. Mais tarde ligaria, agora não se sentia capaz de explicar nada, precisava simplesmente sair dali. Ganhou as ruas e o dia estava recém começando. Tomou um café forte na padaria da esquina, fumou um cigarro e entrou em um ônibus que a levaria de volta para casa.

Por todo o trajeto, Regina podia sentir uma angústia constante. Com Jasmine, não havia sido somente sexo como com as outras mulheres que teve depois que Emma a deixou. Houve um envolvimento, um desejo mútuo, uma sensação boa de estar com alguém. Regina sabia que o preço seria mais alto. Passou da dor ao ódio antes mesmo de descer no ponto de ônibus. Sentiu raiva de Emma, mas principalmente, sentiu raiva de si mesma por permitir que ela criasse raízes em seu peito de forma tão avassaladora. Sentiu-se desnorteada. A noite havia sido incrível. Jasmine era uma mulher incrível. Precisava esquecer Emma e se focar no seu futuro. Talvez nunca fosse capaz de amar ninguém como amara, mas poderia viver com aquele sentimento quente que Jasmine despertava nela. Aquela sensação gostosa que vai além da atração puramente física.

Assim que chegou em casa, se refugiou no quarto e buscou o celular no bolso de trás da calça. Pressionou “send” e esperou.

– Oi fujona. – Uma voz sonolenta a atendeu divertida. Se Jasmine havia ficado chateada com a sua saída pela manhã, não demonstrou.

– Desculpa ter saído assim minha linda, tinha que passar em casa antes de uma reunião com a minha editora. E você estava dormindo tão linda, que não tive coragem de te acordar. – Falou tudo com a voz quente. Não estava jogando, não completamente, realmente queria se desculpar, queria mais uma chance de estar com ela.

– Está desculpada. Mas da próxima vez, me acorda. Queria um beijo seu quando acordei. – Jasmine disse travessa. – E talvez um pouco mais. – Sedutora, e Regina estava adorando aquilo.

– Nunca mais vou deixar a sua cama sem antes beijar você inteira. – Prometeu.

– Vou cobrar. – Disse rindo.

– Eu tenho que ir linda. Alguma chance de te ver hoje mais tarde? – Precisava se esforçar. Precisava sair daquele buraco, e Jasmine estava jogando a corda, Regina a agarraria com todas as forças.

– Pode ser. – Falou displicente. – Talvez no bar que você fala tanto.

– Bar do Gold. – Regina completou. – Então está marcado. Às dez? Tudo bem pra você?

– Ótimo. Te vejo mais tarde. Beijo. – Jasmine se despediu.

– Beijo. – Ela já havia desligado.

Regina achava graça na maneira como Jasmine a tratava. Estava tão acostumada às mulheres a seguindo, cobrando e enlouquecendo, pedindo por atenção, que ter esta mulher linda e independente interessada nela, estava deixando Regina com vontade, a estava surpreendendo de uma maneira completamente positiva.

Regina foi à reunião com sua editora. Estavam entusiasmados com o lançamento do livro. Aparentemente, um dos donos da Editora, havia lido alguns projetos dos seus funcionários e um deles fora o livro de Regina. Ele se apaixonara e providenciara que o livro entrasse no circuito da FLI, assim como a autora. Regina ficou imensamente feliz com a notícia. Sempre sonhara em participar de uma Feira do Livro, mas nunca poderia imaginar que isto fosse acontecer tão rápido.

Passou toda a manhã e metade da tarde, envolvida com os preparativos para o lançamento. Com exceção da parte burocrática, decidir fonte, imagem da capa e outros pequenos detalhes para enviar para impressão, fora gratificante.

Voltou para casa quando o dia já findava. Zelena ainda não havia chegado do trabalho, e após ligar o aparelho de som no último volume, Regina foi Tomar um banho. Sua cabeça estava a mil. Esta aproximação com Jasmine estava sendo ótima, mas também lhe fazia lembrar de Emma com maior frequência. Não havia gozado, enquanto transava com Jasmine, e no momento que chegou mais perto disso, foi em Emma que pensou. Optou por bloquear as imagens que lhe vinham à mente, mas elas agora voltavam com força.

FLASHBACK ON

“Desde que Emma decidira parar de fugir do que sentia por Regina, as duas tentavam ao máximo serem cautelosas sobre o que ocorria entre elas. Na escola, se reaproximaram, mas mantinham a fachada da amizade, que era verdadeira o bastante para não transparecer que havia algo mais. Como o relacionamento entre mulheres ainda era tido como tabu, ninguém de fato pensava nisso quando via duas meninas andando juntas, ou partilhando momentos de carinho. Estavam encontrando dificuldade era de terem momentos a sós. A família de Emma, nunca fora grande fã da relação da filha com Regina. Sempre achara aquela menina muito rebelde para ser um bom exemplo. Já na casa de Regina, era o padrasto que criava caso. Como ele também tinha filhos, e estes passavam o final de semana com ele a cada quinze dias, Regina passara a dividir o quarto com a irmã mais nova.

Após três semanas de desencontros, Regina tivera a ideia de levar Emma para a casa da tia. Como o sítio ficava um pouco afastado da cidade, a tia prometeu buscá-las na escola para passarem o final de semana.

Emma se animou, mas sentia-se nervosa. Era a primeira vez que iriam dormir juntas como namoradas, e isso era completamente diferente do que haviam vivido até então.

Na sexta-feira, como combinado, tia Mary estacionou em frente à escola à espera das meninas. Mas antes que pudessem entrar no carro, Killian as interceptou, segurando Emma pelo braço.

– Eu preciso falar com você. – Ele disse duro. Desde o término do namoro, Emma se afastara do ex-namorado completamente. Ele estava com raiva por ter sido largado e como ainda gostava dela, queria uma segunda chance.

– Eu não tenho nada pra falar com você. – Emma disse, tentando soltar o braço que ele apertava com força.

– Tem sim! – Ele disse irritado. – Você não pode simplesmente dizer que acabou e achar que está tudo bem.

– Posso sim. Acabou. – Emma tentou se soltar novamente. – Me solta, você está me machucando.

– Solta ela agora Killian. – Regina se enfiou no meio dos dois e segurou o braço dele.

– Não se mete Regina. Tenho certeza que isso tem dedo seu. – A acusou.

– Não, o problema é que você não aceita o fato de que a Emma não te quer mais. – Ela o desafiou.

– Se você não fosse mulher… – Ele deixou no ar.

– O que? Você iria me bater? Bate então. – Regina o desafiou, e a esta altura, boa parte da escola já estava posicionada em volta dos três.

– Eu estou te avisando Regina! –ameaçou.

– Chega. – Foi a vez de Emma, que enfim conseguira se soltar, gritar. – Eu não tenho mais nada com você. Deixa a gente ir em paz.

Emma se posicionou a frente de Regina num gesto protetor, fazendo com que Killian ficasse ainda mais furioso. O que o impediu de agir, foi à aproximação de um funcionário da escola, que percebendo o pequeno tumulto que ameaçava se iniciar na porta do colégio, chegou dispersando os alunos.

Regina tomou a mão de Emma entre as suas, e a puxou em direção ao carro da tia alguns passos além da entrada do colégio. Entraram no carro pelo banco de trás e Mary olhou para a cara culpada de uma e de outra.

– Vocês estavam metidas naquela confusão? – Perguntou.

– Só um pouco tia, mas não fomos nós que iniciamos. – Respondeu Regina com um sorriso travesso no rosto.

– Sei. Te conheço Regina. – A tia falou divertida, antes de dar partida com o carro.

Chegaram ao sítio e foram levar as mochilas para o quarto que iriam dividir. Com duas camas de solteiro, era o quarto que Regina sempre dividira com a irmã quando iam passar a noite com a tia.

Assim que entraram no quarto, ainda empolgada com a confusão, mas principalmente com o fato de que enfim poderia dormir uma noite inteira com a namorada, Regina fechou a porta e tomou Emma nos braços, lhe dando um beijo que provocou milhares de sensações em ambas.

– Sua tia. – Emma disse ofegante, ainda derretida nos braços da namorada.

– Ela não vai entrar. – Regina falou confiante, retirando uma mexa de cabelo do rosto de Emma. – E eu estava louca de vontade de te beijar.

Emma encarou aqueles lindos e brilhantes olhos e ali se perdeu. Sentia um formigamento no baixo ventre e as mãos suadas. Não podia mais fugir. Não queria mais fugir. Tomou os lábios de Regina em um beijo intenso e cheio de promessas. A puxando em direção ao seu corpo e sentindo o coração de Regina bater mais rápido com a aproximação. As mãos pareciam ter vida própria, e passaram a percorrer as costas de Regina e se detiveram na nuca. O simples toque a levou a loucura. Regina também a tocava com cada vez mais vontade e ousadia e Emma sentia seu corpo arder.

– OK. Agora sim… minha tia. – Regina separou os lábios, mas não se afastou dela nem um centímetro. – Vamos para a cozinha. Nós teremos todo o tempo do mundo mais tarde.

As promessas naqueles olhos, sugaram Emma para uma outra dimensão. A desejava tanto que doía. Tocou o rosto de Regina com delicadeza, fazendo com que esta fechasse os olhos com prazer.

– Mais tarde. – Disse num sussurro.

Regina beijou-lhe os lábios brevemente e a puxou para fora do quarto. Entraram na cozinha e Mary já colocava a mesa para um café da tarde com direito a leite quente, café, pão feito em casa, bolo de laranja, bolo de cenoura, mel, geleia de goiaba, manteiga e queijo minas.

– Hum tia! Está com uma cara ótima. – Regina elogiou, se esparramando na cadeira e pegando um pedaço de bolo.

– Come com calma menina. Não vai queimar a língua. – A tia ralhou, mas sorriu. Amava a sobrinha como se fosse sua filha. Sempre se identificara mais com Regina do que com qualquer outro sobrinho. Como nunca tivera filhos, acabou criando um laço muito forte com os filhos de seus irmãos.

– Está tudo realmente muito bom tia. – Emma reforçou. Era amiga da Regina há bastante tempo para saber que Mary gostava de ser chamada de tia pelos amigos de seus sobrinhos.

– Que bom que vocês gostaram. – Ela sorriu. – E então, qual das duas vai me dizer o porquê daquela confusão na escola hoje mais cedo?

Elas se entreolharam, antes que Regina respirasse fundo, e falasse.

– O ex-namorado da Emi queria tirar satisfação com ela. – Falou com desagrado. Não importava que Emma agora estivesse com ela, ainda sentia ciúmes do Killian.

– Foi besteira, Tia. – Emma tentou amenizar. – O Killian que fica insistindo para voltar, mas eu não quero.

– E não quer por que menina? – Mary perguntou inocentemente.

– Porque eu gosto de outra pessoa. – Emma disse isso olhando nos olhos de Regina, que abriu o sorriso mais lindo que ela já tinha visto na vida.

– Homens. –Mary que nada havia percebido, resmungou. – Eles não gostam é de perder.

Após o café, ficaram horas sentadas na varanda conversando com a tia, que sempre tinha muitas histórias para contar. Vez ou outra se olhavam profundamente, e mesmo quando a tia contou uma história realmente embaraçosa da infância de Regina, e esta tenha ficado completamente roxa de vergonha, ainda assim o olhar que Emma lhe lançava, era quente, apaixonado.

Mas somente quando a tia deu por encerrado o dia, foi que as duas conseguiram enfim, ficar a sós. Regina entrou no quarto e com muito cuidado tratou de trancar a porta. Quando se virou de frente, viu Emma parada próxima à cama com a expressão de quem não sabe direito o que fazer. Nenhuma das duas sabia ao certo. Aquela era uma situação nova, esperada, mas nem por isso mais simples.

Sem tirar os olhos dos dela, Regina se aproximou devagar, contando cada respiração, sentindo o corpo tremulo e o coração palpitante.

– Diz alguma coisa. – Emma implorou sem graça.

Funcionou, as duas começaram a rir da situação e lembraram que antes de qualquer coisa, eram amigas e que aquele constrangimento, não fazia na verdade nenhum sentido.

– Alguma coisa? – E riram ainda mais. Regina se aproximou e a abraçou. – Não tem por que ter medo. Eu estou aqui. – Disse baixinho no ouvido de Emma, que retribuiu o abraço.

O clima mudou instantaneamente. Regina acariciou as costas de Emma e esta distribuiu pequenos beijos no pescoço. Não aguentando mais, Regina Tomou-lhe os lábios em um beijo urgente, sendo prontamente correspondida. Ainda coladas, deixaram-se cair na cama, os corpos se sentiam, e as bocas invadiam com língua, saliva e dentes. Quando o beijo suavizou, Regina rolou de lado e Emma se virou pra ela. Estavam próximas, ainda podiam sentir o calor do corpo da outra.

– Se você está com medo Emi, nós não precisamos fazer nada. – Regina disse temerosa, mas ao mesmo tempo querendo passar segurança para a sua namorada. – Só de estar aqui com você, eu já estou feliz. – Disse afagando o rosto que tanto amava.

– Eu sei. – Um sorriso brotou nos lábios de Emma. – Eu não estou com medo. Eu só quero que seja perfeito.

– Já é perfeito. – Regina rebateu. – Somos eu e você.

Emma se aninhou nos braços de Regina e afundou seu rosto no colo dela, sentindo o perfume da pele. Deslizou a perna e enganchou no quadril de Regina, aproximando ainda mais os corpos. Passou os lábios e então a língua pela pele do pescoço e subiu até o ouvido.

– Me toca. – Pediu. Mal sabia ela o quão sedutora era esta frase e o que fez com Regina.

O sangue ferveu nas veias dela, e suas mãos passaram a explorar o corpo saciando toda a curiosidade que ambas compartilhavam de conhecer e decorar cada curva, cada pinta, cada reação que o seu toque fosse capaz de provocar. Lentamente foram se livrando das roupas. Se olhavam o tempo todo, com carinho, com desejo. Quando viu Emma completamente nua deitada na cama pela primeira vez, Regina se emocionou. Ela era tão linda. Tudo nela era perfeito, as pernas grossas, a barriga lisinha, os seios médios. Tirou o que restava da própria roupa e percebeu o olhar desejoso de Emma sobre seu corpo. Emma ergueu a mão e tocou o seio de Regina. Era uma sensação tão nova para ela, mas ao mesmo tempo parecia tão natural. Regina deitou sobre ela e sentiram o corpo uma da outra. Era a explosão de sentidos quando as peles se sentiram como um todo. Regina começou a dança por sobre o corpo de Emma. ReIaxava sobre ela sentindo ela entrar no ritmo e esfregar seu corpo no dela. Tomou-lhe a boca em um beijo profundo, intenso, muito diferente de qualquer beijo que tivessem trocado antes. Podia sentir os corpos se ascenderem, e deslizando a mão por toda a extensão da coluna dela, desceu pela bunda e contornou pela frente. Quando alcançou o sexo, senti-o molhado. Introduziu um dedo e ouviu Emma arfar ainda em sua boca. Começou um movimento lento de vai e vem sentindo a mulher em seus braços se derreter ainda mais. O corpo todo de Emma implorava por mais. Ela relaxava para sentir o dedo da sua amada dentro dela. Regina introduziu mais um dedo e acompanhou a reação da amada, que ficava cada vez mais ousada e estimulante. Regina podia sentir o próprio líquido descer pelas pernas. E no rosto de Emma a expressão mais linda que já vira na vida, e que sabia, dedicaria o resto dos seus dias para vê-la novamente. Com um grito abafado, Emma gozou.

Ficaram abraçadas por alguns minutos esperando a respiração voltar ao normal. Regina não se cansava de olhar para o rosto dela e sorrir. A felicidade que ela sentia por ter Emma em seus braços era maior do que poderia imaginar que um dia sentiria na vida.

Emma sorriu para ela, sentindo-se plena, mas não saciada. Subiu sobre o corpo de Regina e a beijou. Começou a se mover sobre ela, imitando os movimentos que Regina havia feito. Desceu sua mão pelo corpo dela, passando pelos seios, barriga, ventre, até tocar-lhe o sexo. Sentiu a respiração da amada mudar. Passou os dedos por toda a extensão da vulva, até encontrar a cavidade que a esperava pulsante. Quando entrou em Regina e ouviu seu gemido, sentiu-se completa. Regina nunca havia feito sexo com homens ou mesmo mulheres antes, não desta forma. Nunca havia sido tocada. Seu corpo todo reagiu quando sentiu Emma dentro dela. Foi tomada por espasmos imediatos de prazer. Um gozo forte, intenso. Provocou-lhe lágrimas. Emma, vendo-a chorar, retirou a mão devagar e a abraçou.

– Te machuquei? Desculpa meu amor. – Disse afagando-lhe o rosto.

– Não. – Regina conseguiu dizer por entre as lagrimas. – Foi incrível. – Completou, provocando um sorriso tímido no rosto da amada.

Se abraçaram e beijaram. Ficaram deitadas nuas, uma nos braços da outra com os corações batendo a mil. A emoção que sentiam era tão grande, que não cabiam palavras para explicar, só queriam sentir. E desta forma adormeceram, sabendo que estavam onde pertenciam. Não restava dúvidas, haviam encontrado a sua outra metade.”

FLASHBACK OFF

Regina saiu do banho e se enrolou em uma toalha. Aquela lembrança lhe era sagrada. A primeira vez que entendeu o que era amar alguém fisicamente. A lembrança do primeiro toque, do primeiro orgasmo, ainda lhe era intensa. Sentiu saudade daquela mulher capaz de transformar o seu mundo e fazê-la se entregar sem reservas. Lembrou-se também, que foi a mesma que lhe feriu mais profundamente e por duas vezes.

Andou até o quarto e vestiu uma camiseta e uma calça jeans. Precisava se desvencilhar de todas as lembranças, de todos os vestígios da existência de Emma em sua vida. Queria poder sentir-se livre daquele sentimento que a corroía por dentro. Não queria mais sentir saudade. Lembrou-se de Jasmine, e da forma como a fazia sentir. Precisava tentar. Ela era uma mulher com quem conseguia ver futuro. Ela era diferente de todas as outras que passaram pela sua cama. Dar-se-ia a oportunidade de conhecer e quem sabe se apaixonar outra vez.



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