Depois de refletir bastante sobre o que aconteceu, Carley decide que irá partir novamente em direção ao castelo da rainha. Ela quer entender o que acontece nesse lugar e, mais do que isso , quer entender o que acontece com Regina. Quando Carley está preparando suprimentos para levar em sua bolsa, um aldeão se aproxima.
- Você vai voltar para lá? - Pergunta o aldeão.
- Sim. Algo dentro de mim diz que preciso ir. - Responde Carley.
- Não abuse da sorte. Você foi e voltou sã e salva, talvez isso não aconteça dessa vez.- Adverte o aldeão.
- Ou talvez a sorte esteja ao meu lado. - Responde Carley.
Ela sobe em seu cavalo e segue em direção ao castelo. A distância do caminho até o castelo , serve como um momento de reflexão para Carley. Ela pensa no que poderá fazer se a Rainha não quiser recebê-la. Será que ela deveria lutar com os guardas , simplesmente porque tem curiosidade? Incertezas rondam a cabeça de Carley. A única certeza que ela tem é que deve ir até lá.
No castelo
Regina senta-se à mesa ainda lembrando das palavras de Carley. Ela fica pensativa e permanece calada durante todo o café da manhã. O seu pai Henry acha estranha a atitude da filha e resolve perguntar o que está acontecendo.
- O que houve , filha?- Pergunta Henry.
- Nada.. não é nada importante.- Diz Regina.
- Não é o que parece. - Diz Henry - Você está assim desde que aquela moça apareceu aqui.
Regina se perde um pouco em seus pensamentos e pergunta.
- Pai, você acha que estou desperdiçando minha vida? - Pergunta Regina.
- Regina , acho que você deveria deixar um pouco essa perseguição e se abrir para outras possibilidades. - Diz Henry.
- Ela tirou tudo o que eu tinha. - Diz Regina com uma expressão de amargura.
- Você pode construir uma nova história , minha filha. - Diz Henry.
Ela se levanta e se encosta na janela. Observa o reino e pensa nas palavras de seu pai.
- Será que eu deveria recomeçar.. - Pensa Regina.
No caminho do castelo....
No meio do caminho, Carley decide parar perto de um lago para seu cavalo beber um pouco de água e descansar.
- Estamos perto!- Pensa Carley.
Carley senta no chão , olhando seu cavalo beber água no lago , então começa a divagar sobre Regina.
- Nunca vi uma mulher tão linda como aquela. Talvez se tudo der certo , até que ..- Pensa Carley interrompendo seus próprios pensamentos - Não! Não vim até aqui para correr atrás de mulheres. Preciso encontrar um mago para me ajudar.
Seguindo viagem, Carley finalmente chega ao castelo. Ela empunha sua espada e se prepara para enfrentar os guardas. Um dos guardas a avista e corre em sua direção. Ela desvia do golpe do guarda e o atinge com um golpe certeiro no pescoço.
Os outros correm em sua direção , porém Carley tira um pó vermelho de uma pequena bolsa e joga em direção aos guardas. De repente , todos caem no chão como se estivessem sob um sono profundo.
- Isso vai me dar um pouco de tempo.- Diz Carley
Atravessando os portões, Carley entra de forma sorrateira tentando verificar se existem guardas no local. Para sua sorte não havia nenhum.Ela anda pelo castelo a procura da Rainha.
- Espero que ela não tenha saído. - Pensa Carley.
Ela sobe as escadas e abre a primeira porta que vê, porém encontra apenas um quarto vazio. Anda mais um pouco e escuta um barulho.
- Ela deve estar aqui. - Pensa Carley.
Abre a porta sorrateiramente e bingo! A rainha estava sentada em frente a penteadeira ajeitando os cabelos. Carley entra no quarto silenciosamente e fica observando a rainha .
- Você de novo . - Diz Regina colocando a escova na penteadeira.
- Alguém já lhe disse o quanto fica linda assim penteando os cabelos. Diz Carley em tom de flerte.
- Você invade meu castelo, agora invade meu quarto - Diz Regina olhando para Carley - e ainda está tentando flertar comigo? Isso só pode ser brincadeira!.
- Bom, o que posso fazer. Sei reconhecer uma dama interessante quando vejo. - Diz Carley sorrindo.
Regina se levanta da penteadeira, se aproxima de Carley e com um simples movimento de mãos, faz as espadas de Carley desaparecerem.
- Você deveria ter pensado duas vezes antes de voltar aqui.- Diz Regina.
- Mmm.. Serve de consolo se eu disser que pensei várias vezes? - Diz Carley.
- Você acha que estou para brincadeiras? - Diz Regina cerrando os dentes.
- Acho que você deveria ter mais senso de humor- Diz Carley rindo
Regina olha firmemente para Carley , então se afasta.
- Menina, eu não preciso dos meus guardas para me defender.- Diz Regina segurando uma bola de fogo em suas mãos.- Você está indefesa agora , apesar de que suas espadas não te ajudariam muito- Diz Regina dando um sorriso sarcástico.
- Eu voltei porque tenho algumas dúvidas.- Diz Carley.
- Dúvidas? Diz Regina incrédula. - Você deveria era temer por sua vida. Você é cega ou somente idiota?
- Ammm.. Se eu fosse cega não notaria o quanto fica atraente quando está brava e seria realmente uma lástima! - Diz Carley sentando na cadeira da penteadeira de Regina.
- Você deve ser algum tipo de louca.- Diz Regina rindo. - Bom , já que você é louca, vou me divertir um pouco antes de te matar.
- Ótimo! Então antes de me matar, você pode me responder umas perguntas? Sabe eu gostaria de aliviar meu espírito antes de morrer.. - Diz Carley sorrindo.
Regina continua incrédula diante de tanta afronta diante da ameaça de morte. Ela fica inerte durante alguns segundos , mas logo recupera sua consciência.
- O que quer saber?- Pergunta Regina intrigada.
- Por que uma mulher tão linda está sozinha e porque te chamam de rainha má? O que te fizeram para você ser chamada assim?
Regina fica irritada com as perguntas da garota e sai do quarto em direção à sala. Carley segue Regina.
- Você só vai me deixar em paz se eu te matar mesmo não é? - Diz Regina.
- Eu queria que você me respondesse essas perguntas para que eu possa seguir viagem. - Responde Carley.
- Acontece que eu não te devo satisfação. Quer saber de uma coisa? Cansei de você!- Diz Regina.
Regina começa a sufocar Carley que permanece imóvel olhando para Regina. Ela simplesmente não tenta escapar do sufocamento.
A reação de Carley deixa Regina intrigada e ela resolve soltar Carley.
- O que há de errado com você? Por que não reage? - Pergunta Regina confusa.
Carley cai no chão tossindo sem parar por conta da falta de ar , mas logo consegue se recuperar.
- Por que não continuou? - Pergunta Carley.
- Vai embora daqui agora. Você deve ser alguma espécie de miragem ou algo assim que criaram para me atormentar. - Diz Regina
Regina volta para o quarto e se senta em sua cama se sentindo extremamente confusa. Ela pensa no jeito que Carley olhava para ela enquanto ela a sufocava. Era um olhar tão terno diante de uma reação tão brutal.
Carley se levanta do chão e vai até o quarto de Regina.
- Garota eu não te falei para ir embora. - Diz Regina se levantando da cama. - Seja lá que tipo de magia foi essa que fizeram para te mandar até aqui , pode dizer para seu criador que não surtiu efeito. Você deve ser algum tipo de demônio pessoal.
Carley começa a rir sem parar deixando Regina mais irritada ainda.
- E agora o que? Eu tenho cara de palhaça ou algo assim? - Diz Regina colocando as mãos na cintura.
- Não. Mas é intrigante você achar que alguém que se importa com você é um demônio. - Diz Carley.
- Sério? Você mal me conhece e diz que se importa comigo. Que comovente! - Diz Regina sarcasticamente.
- Bom, eu poderia ter tomado outro caminho ao invés de vir aqui , mas eu vi algo em você que me parece que as outras pessoas não veem. - Diz Carley.
- Ah é . O que? - Interroga Regina.
- AMOR. Você me parece ser uma mulher muito doce e de alguma forma especial , porém algo bloqueia isso em você e é isso que eu quero saber. Eu sinto que deveria ter ajudar. - Afirma Carley.
Regina sorri diante do comentário de Carley. Ela nunca imaginou que alguém teria a audácia de lhe falar algo do tipo.
- Então você acha que eu preciso de ajuda? Acha que eu preciso que você tenha pena de mim? - Diz Regina indignada.
- Acho que você precisa do básico. - Diz Carley com convicção.
- Básico? - Pergunta Regina.
- Alguém que te entenda. Alguém que te dê o mínimo de amor que um ser humano precisa. - Responde Carley.
- Você é muito ingênua- Diz Regina se aproximando de Carley - Não existe essa balela de amor. Todos os seres humanos são egoístas. - Diz Regina apontando o dedo no peito de Carley
- Posso provar que não?- Pergunta Carley.
- TENTE! - Diz Regina sendo sarcástica.
- Ok , majestade.-Responde Carley.
Nesse momento , Carley puxa Regina pela cintura , passa a mão em seu rosto com delicadeza, contempla seus lábios por uns segundos, e beija Regina.
O beijo é intenso,é como se as duas bocas se completassem. Carley começa a sentir uma energia diferente tomando conta do seu corpo , então o corpo das duas começa a ser tomado por uma luz brilhante que ficava cada vez mais forte.
Carley começa a ter uma visão e vê a sua vó . Ela está com um vestido branco e os cabelos bem grisalhos. Ela parece estar muito feliz. Na visão , a vó de Carley se aproxima dela , pega sua mão e diz : “ Finalmente minha querida , você encontrou ela.” Ela passa a mão na cabeça de Carley e diz : “Que você tenha muita força na sua caminhada a partir de agora e que seja muito feliz. Seu destino está apenas começando.”
Quando Carley volta a si , Regina a empurra visivelmente desnorteada.
- O que você pensa que está fazendo , garota? - Diz Regina. - Vá embora daqui agora , me deixe em paz.
Então , Regina começa a atirar bolas de fogo na direção de Carley que decide ir embora do local. Ela está muito confusa com tudo o que aconteceu. O beijo , a sensação , a visão e sua vó. O que ela queria dizer com finalmente encontrou ela? Por que isso muda o meu destino?
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