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História A Força Desse Amor - Um Jantar Com Palhaços


Escrita por: MandyYSz

Notas do Autor


Olaa pessoal *-* Como vão?
Acho que esse capitulo ficou ENORMEEE kkk mas eu preferi não dividi-lo em 2 pra não ficar picotado e sem sentido... Então espero que gostem.
Me desculpem se teve algum parágrafo que ficou um pouco desalinhado, estou tendo que fazer no celular e fica mesmo desalinhado as vezes sem querer >< Me perdoem
❤ Espero de coração que gostem e sintam-se a vontade pra comentar!

Capítulo 31 - Um Jantar Com Palhaços


Fanfic / Fanfiction A Força Desse Amor - Um Jantar Com Palhaços

Depois de ter passado o finalzinho da tarde toda jogando videogame com Cebola, Cascão estava voltando pra casa quando avista Magali pensativa na mesa da sorveteria, e por incrível que pareça ela estava apenas mexendo no pote de sorvete sem dar uma colher se quer, parecia bem triste. Mesmo Cascão estando magoado pelo "não" que recebeu da moça, pra ele, eles ainda eram amigos, e não suportava em vê-la daquela maneira.

Cascão - Maga? Tá tudo bem? Você mal tocou no sorvete.. - Ele pergunta, se aproximando da mesa onde estava Magali.

Magali - Ah, oi Cascão, é que eu... Eu já tava indo, tô sem fome. - No intuitivo de fugir, ela se levanta rapidamente.

Cascão - Ué, mas..  Magali espera - Sem entender nada, ele a puxa de volta - Por que ta me evitando assim? O que eu fiz de errado?

Magali - Nada você não fez nada.

Cascão - Então por que tá diferente comigo?  No início das aulas você tava super bem,  estávamos conversando normal, depois de repente você nem olhava mais na minha cara, nem se despediu de mim na saída,  o que ta acontecendo?

Magali - Já disse que não está acontecendo nada!! - Disse a moça já irritada.

Cascão - Então por que ta me evitando?? Aliás era pra EU estar desse jeito!

Magali - Ué por que?  Só porque te dei um não? - Irritadaz ela ceuza os braços. Tudo que estava acontecendo a deixava mesmo com um humor ruim, e por mais que ela quisesse evitar Cascão, o rapaz insistia em ir atrás dela.

Cascão - Olha... Você anda estranha demais e parece bem nervosa. Me diz logo o que ta acontecendo, por que ficou assim de repente?

Magali - Eu já disse que...

Cascão - Não saio daqui enquanto não me contar.

Magali - Pois então saio eu... - A moça se vira de costas pra ir embora, mas é interrompida.

Cascão - Se você for pra casa,  vou ficar jogando pedrinhas na sua janela até você descer e me contar... Se eu fosse você pouparia esse trabalho todo e contava aqui mesmo.

Magali sabia que ele estava falando sério então resolveu contar logo, e tentar de certa maneira já resolver todo esse problema

Magali - Okay - Ela suspira e o puxa pra se sentar numa das mesas da sorveteria. - Lembra quando eu saí da sala pra pegar meu livro pra aula do Licurgo? Então, eu cheguei no meu armário que fica próximo ao banheiro feminino e sem querer comecei a ouvir um choro vindo de lá, depois de um tempo vi que era a Cascuda, ela chorava muito,  conversando com umas meninas que acho que eram de outra sala, nessa conversa ela dizia coisas horríveis!

Cascão - Horríveis? Como assim?

Magali - Ela disse que ela tava doente! Muito depressiva e que...  Pensava em se... matar... - Disse pausadamente com uma carinha triste.

Cascão - Hum...

Magali - Hum?  Como assim "hum"?  Você não se importa?

Cascão - Não que eu não me importe mas,  ela precisa de ajuda profissional, só isso...

Magali - Não, não é só isso.  Tem um motivo pela qual ela esteja querendo se matar...

Cascão - Qual motivo?? - Perguntou já que a moça estava hesitando em concluir a frase.

Magali - Você... Ela queria você de volta.

Cascão - Hahaha só pode ser palhaçada! - Com desdém o rapaz ri.

Magali - Cascão isso não é engraçado!!

Cascão - Claro que é! Ela que me traiu e ela que ta querendo voltar! Hahaha bem engraçado viu!

Magali - Ela disse que se arrepende muito e fez aquilo por carência.

Cascão - Ótimo motivo né, já pensou se todo mundo resolvesse trair porque tava carente?  Nossa que belo motivo esse, até me comoveu.

Magali - CASCÃO PARA DE FAZER PIADA! ISSO É SÉRIO!

Cascão - E você quer que eu faça o que, hein??? Que eu volte com ela??

Magali - Bom... Se isso for mesmo fazer bem pra ela... - Disse abaixando a cabeça e com uma certa tristeza em pronunciar tal frase.
 

Cascão - Ah não...  Você só pode estar maluca, né! Ela me traiu Magali!!! Quem ama de verdade não faz isso!!

Magali - Mas ela pareceu arrependida! Fora que a situação dela não deve estar sendo fácil.

Cascão - Não sei onde!  Pra mim ela parecia muito bem e saudável durante as aulas.

Magali - Mas ela pode estar fingindo!  Ninguém chora daquela maneira a toa e acho que você devia.

Cascão - ...Pode tirar essa ideia da sua cabeça!
Nem venha me pedir uma coisa dessas porque está fora de cogitação, e se você quer mesmo ajudá-la depois dela gritar com você e ficar o dia todo te dando patadas, você não está sendo boa e sim bem idiota!

Magali - É, tem razão, sou mesmo uma idiota por me importar com as pessoas... E mais idiota ainda por achar que você tinha pelo menos um pouquinho de sensibilidade! - Magali se levanta rapidamente e sai.

Cascão - Magali!!  Espera!  Magali!! - O rapaz tentou impedi-la de sair mas ela o ignorou completamente.

No finalzinho daquela tarde, Mônica já havia combinado com seus pais sobre o jantar que aconteceria de noite. Toni já havia ligado pra ela e confirmado que seus pais adorariam conhecê-la. Os Sousas ficaram bem felizes ao saber que Mônica concedeu rapidamente o pedido que fizeram a ela, afinal tinham que saber como educavam o filho deles, se vinha de uma boa família.
Mônica achava isso uma besteira no início, mas depois parou pra pensar bem que mesmo conhecendo Toni por muitos anos,  nunca viu o pai ou a mãe dele, agora que namoravam, isso era super importante, e nada melhor do que um jantar para juntar as famílias.
O tempo passou rápido, tudo já estava pronto para receber a família de Toni.

Toni já estava na porta da casa de Mônica acompanhado do casal, dando as últimas instruções de como deveriam agir, embora eles fossem atores segundo a Penha, pareciam bem atrapalhados, e animados demais, afinal eram de circo, e pareciam não se importar com nada que Toni falava, não paravam de matracar um segundo, mas não dava mais tempo de trocar por outras pessoas, foi o que deu pra arranjar. Eles eram casados de verdade, e estavam já há muito tempo juntos, isso já iria ajudar muito no plano. Seus nomes reais eram Liliam e Alberto, mas Toni preferiu modificar os nomes, já que caso algo desse errado, que pudesse evitar possíveis investigações sobre os dois, não poderiam descobrir que são um casal pobre de circo, seus pais tinham que ser pessoas normais, pelo menos era isso que Toni pensava.

Liliam era bonita, tinha os olhos verdes, e cabelo loiro liso, aparentava ter uns 40 anos, e tinha uma boa aparência. Se vestia de modo extravagante e colorido, cheio de bijuterias um tanto quanto bregas.
O homem com o nome Alberto, que seria o suposto pai tinha uma barriga um pouco saliente, era baixinho, medindo mais ou menos altura da suposta mãe, parecia ter uns 50 anos e era um tanto carequinha. Estava vestindo um suspensório com uma camisa branca.

Toni havia arrumado outras roupas melhores pra eles, mas quem disse que ele se lembraram de vestir.

Como Penha havia dito, por um bom tempo esse casal foi rico e famoso na europa, são de nacionalidade Brasileira, se conheceram no interior de São Paulo, numa pequena cidade do sertão onde nasceram, e quando finalmente se casaram tiveram a ideia de montar um circo na cidadezinha que não tinha praticamente nada e desde então o circo cresceu tanto que expandiu pro mundo todo e fizeram muito sucesso em Paris por exemplo, mesmo com tanto sucesso, jamais deixaram o sotaque do sertão de lado, aprenderam um pouco de outras línguas por conta de tantas viagens, mas sempre preferiram o velho e bom português com um toque do sertão.
Durante anos de casados tudo parecia muito bom mas a crise chega para todos, e não souberam lidar com tanta riqueza, acabaram gastando tudo em futilidades, tiveram que voltar quase sem nada para o Brasil e recomeçar tudo de novo, por isso topavam qualquer negócio para recuperar a antiga vida, e a ideia de interpretar personagens seja qual for a situação, sempre lhe agradaram, até por que qualquer tipo de arte chamavam muito a atenção deles, jamais iriam recusar tal oferta.

Alberto - Uau é uma casa bonita!  Cê viu muié? Não é muito grande mas parece ser um bairro bão. - Disse olhando curioso pelo bairro.

Liliam - Bem bonita, vi uma outra mansão na esquina que parece ser de gente bem fina. Aquela sim deve de ser chique no urtimo. - Ela estava maravilhada com a casa de Carmem.

Alberto - Que saudade que deu de Paris, hein muié.

Liliam - Ah, mas lá tinha casas bem miores!  

Toni - Gente, vocês entenderam o que é pra fazer? - Impaciente com o falatório, Toni tentava chamar a atenção dos dois.

Alberto - Aqui é melhor que nosso trailer, né muié, não são ricos mas também não são miserávis.

Toni - GENTE...  Entenderam o que é pra fazer??

Alberto - Claro meu fio! - Disse o suposto pai batendo nas costas de Toni.

Liliam - É pra sermos seus papais! Ai que emocionante ser mãe, nunca pude ser mãe, infelizmente não posso engravidá, me arrependo por di mais de não ter adotado enquanto podia. - Por ser tão sentimental, quase chorava com tal assunto, se sentia arrependida de não ter adotado nem se quer um filho, sempre trabalhavam tanto no circo que nem nisso pensaram direito,  apenas deixaram esse sonho de lado.

Alberto - Ô muié, um dia quando ficarmos ricos di novo podêmos adotar um rapagão bem forte que nem esse, oia. Até porque, na situação financeira que nóis tamo agora nem adianta né.

Toni - Gente... - E novamente ele tentava ter a atenção dos matracas.

Liliam - Ai, que orguio, ser mãe por um dia, prometo que não vai se arrepende, fio!

Toni - É .. Espero.. E Por favor! Sejam pais sérios, okay? Demonstrem responsabilidade e por favor falem apenas quando devem!!! Sem ficar matracando um monte de bobagens sem sentido!

Alberto - Pode deixar fio, está falando com artistas, com nóis tudo é possíve! - Disse demonstrando seu orgulho de ser artista.

Toni - E mais uma coisa, quero mudar o nome de vocês pra evitar que te investiguem, essa turminha é muito boa nisso, por isso a partir de agora vocês são Ângela e Roberto.

Liliam/Angela - Hum..  Nome de dondoca viu só, amor?

Alberto/Roberto - Prefiro Alberto, muié.

Toni então toca a campainha esperando abrirem a porta.

Toni - Ah e mais uma coisa, por favor,  eu não nasci no sertão, nasci aqui! Então se não for pedir muito, deixem esse sotaquezinho de lado, sei que já foram em vários países, não seria demais tentar deixar esse sotaque de lado, por favor!!

Alberto/Roberto - Meio estrassado ele né, muié?

Liliam/Ângela - Sabe o que eu acho?... - Quando ia dizer algo, ela é interrompida vendo a porta ser aberta.

D.Luisa - Ola! Bem vindos! Como vão? Sou D. Luisa mãe da Mônica. - Ao abrir a portaz ela os cumprimenta.

S.Sousa - Sejam bem vindos, podem entrar e fiquem a vontade - Um pouco mais atrás de Luisa, ele aparece também os comprimentando.

Alberto/Roberto - Obrigado com licença viu... - Disse entrando na casa junto da esposa, olhando tudo em volta. Mônica não era rica, era de classe média, tinha uma boa casa, uma casa comum, porém era super arrumada.

S.Sousa - Sou Maurício, pai da Mônica, mas todos me chamam de S. Sousa.

Alberto/Roberto - Nois semo quem memo, muié?

Liliam/Ângela - Eu sei que sou a Ângela.

Alberto/Roberto - Ah é, eu sou o Alberto Roberto, mas todos me chamam de Roberto, muito prazer.

S Sousa - Bem... Fiquem a vontade na nossa humilde casa. - O homem ficou um pouco confuso com a reação desses pais tão diferentes, mas parecia ter um bom humor e isso era bom.

Alberto/Roberto - Xiii ce nem viu o que é humirde meu rapaz, o trailer que nois vive é um poço de humirdade, né não muié?

Liliam/Ângela - Ôôô haha, se é!

D.Luisa - Ué, como assim vivem num trailer? Achei que morassem no Limoeiro. - Disse um pouco confusa pois desde sempre pensava que Toni era do Limoeiro.

Toni - Ah, mas é no Limoeiro, ele ta brincando,  meu pai é um brincalhão hahaha,
...é que ele adora esse trailer, ele comprou para viajarmos sempre sabe, mas nossa casa é aqui mesmo no Limoeiro...  Cadê a Mônica? - Respondeu rapidamente e logo mudando de assunto na intenção de escapar.

D.Luisa - Já está descendo podem ir se acomodando, fiquem a vontade,  já já sai o jantar. - Disse indo pra cozinha junto de S. Sousa para terminarem de arrumar tudo.

Mônica - Boa noite! - Lindamente e muito bem vestida, ela aparece descendo as escadas.

Liliam/Ângela - Então essa é a Moniquinha?? Que menina linda! - A mulher chega dando um abraço em Mônica.

Alberto/Roberto - Oii fia como vai? - Ele em seguuda a cumprimenta - Realmente bem bonita, parabéns meu fio. - Disse  batendo nas costas de Toni. - Ela é um tanto dentucinha mas muito bonita.

Mônica - Obrigada... eu acho - Prontamente ela força um sorriso por conta daquele comentário incoveniente, enquanto Toni procurava um lugar pra esconder a própria cara, tudo o que ele disse pro casal não fazer, entrou por um ouvido e saiu pelo outro.

Liliam/Ângela - Ocê é barrigudo e eu não to recramando meu bem. - Disse em defesa de Mônica.

Toni - Er...  Mônica, esses são meus pais, Ângela e Roberto. - E lá vai ele interrompendo aquele papo novamente.

Mônica - Prazer - Disse sorrindo - A senhora se parece bastante com o Toni.

Liliam/Ângela - Graças a Deus, né fia, já pensou se ele fosse como o pai?  Haha tu não tava com ele não.

Alberto/Roberto - Que isso muié?

Liliam/Ângela - Ah, mais eu te amo, o amor é cego memo, vamo fazê o que?

D.Luiasa - Podem vir! O jantar já está na mesa! - Apareceu com uma bandejas de carne assada, colocando sobre a mesa e os convidando.

Logo Todos já sentaram e começaram a se servir.

D.Luisa - E então?  Como lidaram com a repentina notícia?

Alberto/Roberto - Que notícia? - Com a boca cheia, ele pergunta.

S.Sousa - Sobre o namoro dos dois! Pra nós foi uma surpresa entanto - Disse não muito contente em lembrar do ocorrido quando Mônica lhe disse sobre o namoro repentino.

Liliam/Ângela - Ah, nóis ficamos bem felizes uai, afinal não é todo dia que se namora uma moça bonita de boa famia.

Mônica - Sabe... Eu queria perguntar... Vocês tem um sotaque tão diferente, moraram algum tempo no interior?  Ou vieram de lá?  Porque, que eu me lembre Toni mora aqui desde criança, nos conhecemos há anos e nunca vi ele falar assim, com sotaque. - Perguntou um pouco desconfiada e confusa.

Alberto/Roberto - Ah fia, é que nóis viemos de la enquanto estavamos namorando, casamo aqui memo e ficamo por aqui, foi ai que veio o Toninho.

Liliam/Ângela - Wonn era um bebezin tão bonitinho, peladinho...

Toni - COF COF mãe! - O loiro, ao ouvir aquilo se engasga com o suco.

Liliam/Ângela - Ué fio, todo mundo nasce pelado!

Alberto/Roberto - E nasceu tão pequeno e roxinho parecendo uma uva passa hahahahahah aaaaaaaiii - Imediatamente, ele recebe um chute de Toni por debaixo da mesa. Não eram pais reais do Toni, mas estavam o envergonhando que é uma beleza. Enquanto Mônica tentava segurar a risada e ao mesmo tempo achava o jeito deles fofo.

Liliam/Ângela - Era carequinha de tudo, quase nem tinha cabelo tadinho.

Alberto/Roberto - Bons tempos aqueles, né muié? Fala proceis, ele era um bebê chaaaato, chorava por tudo!

Liliam/Ângela - Pois é... Agora cresceu e ta ai já namorando e daqui a pouco se casando. - Ela olhava para o "filho" com um certo orgulho, como se fosse sua mãe de verdade.

S.Sousa - COF COF - Dessa vez S. Sousa se engasga ao ouvir sobre casamento - é um pouco cedo pra falar disso, não acham?

Liliam/Ângela - Ah mai eu penso assim, se ocê ta namorando é pra casar uai,  se não pra que serviria o namoro?

D.Luisa - É um pouco radical isso, não acham? Afinal são novos demais pra se casarem! Tem muito pela frente ainda!

Alberto/Roberto - Não, eu concordo com a muié! Namorou, tem que casar, não tem jeito!

Toni - Er..  Pai, por que não fala do seu trailer, hein? - Sabendo que o pai de Mônica estava incomodado com aquele comentario, mais uma vez tentava desviar o assunto.

Alberto/Roberto - Ah sim! Nois usamo ele pra viaja, adoramo sair por ai explora o mundão!

D.Luisa - Hum, interessante.

Liliam/Ângela - Adoro passar pelos lugar levando alegria pras pessoas. - Disse Ângela sorrindo.

Alberto/Roberto - Isso!! Nois trabaia levando alegria e sorrisos por ai.

Toni - Er..  Pa- pai - Toni já sabia onde aquele assunto daria e até tentou desviar novamente,  mas Mônica pareceu se interessar.

Mônica - Sério?  Com o que vocês trabalham? - Perguntou toda animada e curiosa.

- Nós somos donos de um circo!! - Disseram juntos

Mônica - Que legal!!..Toni, por que nunca me contou?

Toni - Er..  Sei la.. - Disse passando a mão pela nuca.

Liliam/Ângela - Por isso estamos sempre viajando, pode ser por isso que ocê não nos via por essas banda.

Liliam/Ângela - É o que nois mais ama fazer.
 
Alberto/Roberto - Ah de tudo, mágicas, malabarismo, paiaçadas hahaha

Mônica - Ah faz alguma coisa pra eu ver? - Sorrindo, animada ela pede.

D.Luisa - Filha, nós estamos à mesa - Disse achando que os convidados se incomodariam de fazer.

Mônica - Ah mãe mas acho tão legal essas coisas artísticas, é só uma vez!

Liliam/Ângela - Não tem pobrema dona coisa, nois faiz em qualquer lugar,  magia e paiaçada não tem hora.

Alberto/Roberto pega seu nariz de palhaço do bolso se aproxima da Mônica e com seu guardanapo branco num passe de “magica” faz ele ficar colorido, em um segundo o esconde nas mãos fazendo o mesmo virar uma pequena rosa azul e lhe entregou.

E todos aplaudiram a mágica, menos Toni que não sabia onde enfiar a cara e pensava que logo logo esses palhaços colocariam tudo a peder.

Mônica - Obrigada! Que demais! - Você é mágico e palhaço? - Disse pegando a rosa.

Alberto/Roberto - Isso, nois temos outros mágicos e paiaços no nosso circo, que são até maiores que nóis, estão sempre nos acompanhando, mas é sempre bão os donos saberem um poco de cada coisa.

S.Sousa - E isso dá renda suficiente? Porque querendo ou não, é um trabalho com arte e isso hoje em dia é bem arriscado de se trabalhar. Eu por exemplo trabalho numa empresa e ganhou bem, não passamos por dificuldades mas também não somos ricos.

Alberto/Roberto - É, nois já passamo por pocas e boas pela falta de dinhero, né muié?

Liliam/Ângela - É, mais se você não fizer aquilo que ama, jamais sera suficientemente feliz...  Posso ser pobre de marré deci, e tentar ganhar din din por ai desesperadamente,  mas jamais largo meu sonho de ser artista,  isso não deixo nunca pra tráis. O amor pela arte é como meu amor por esse barrigudo véio. - Disse emocionada, olhando para seu marido.

Mônica - Wonn Que lindo!! e geralmente Toni acompanha vocês? Nas viagens e tudo?- Perguntou com o coração derretido.

Liliam/Ângela - Ah sim, bastante, menos nos dia de aula é craro! Nois preza muito a educação!

S.Sousa - Nós também prezamos muito a educação, sabemos o quanto Mônica se dedica aos estudos e ficamos muito felizes com isso. - Ele demonstrava muito orgulho da filha.

Alberto/Roberto - Ah, Toninho é um gênio na escola, não é Mônica? Você que é colega e namorada dele deve saber o quanto nosso menino é um gênio nas aula. - Tentava demonstrar o mesmo orgulho.
 
Toni - COF COF COF - E ele engasga mais uma vez, há que escola nunca foi um assunto confortável pra ele,  realmente esse jantar não estava sendo fácil.

Alberto/Roberto - Tá tudo bem, fio? Ta engasgando dimais, parece que aprendeu a comer ontem hahaha aaaiiiii - Disse recebendo outro chute por debaixo da mesa.

Mônica - Bom... Toni melhorou muito nos últimos meses, mas confesso que ele faltava bastante nos anos anteriores, mas acho que foi pelas viagens que vocês tanto fazem,  não deve ser fácil conciliar viagem e colégio. - Mônica estava um pouco confusa se falaria ou não. Não queria mentir pros pais do Toni,  afinal Toni não era um exemplo no colégio, e preferia nem tocar no assunto Bullying da qual Toni era profissional no passado.

Liliam/Ângela - Antônio! Você faltava a aula? Ah mas isso a gente não apoia não magine - Tentando demonstrar que é uma boa "mãe", se mostrava preocupada.

Alberto/Roberto - Educação em primeiro lugar! - Disse tentando demonstrar que é um pai rígido. - Mas já era de se esperar, esse menino era muito reberde na infância memo.

D.Luisa - Sério?  E como vocês lidavam com essa rebeldia?

Alberto/Roberto - Dava umas bela dumas palmada bem dada na poupança - Disse novamente tentando ser rígido.

Toni - Ai, fala sério - Toni largou o garfo e levou as mão pro próprio rosto, sabia muito bem que os pais da Mônica não apoiavam isso, já que eram caretas demais na visão dele e também apesar da Mônica ser uma muleka na infância e correr muito,  bater nos meninos, Mônica sempre foi uma criança sensível, amorosa, e obediente com seus pais, nunca foi extremamente rebelde.

D.Luisa - Er... - Com um sorriso forçado, ela responde. - A gente não apoia muito bem esses métodos, tudo bem que Mônica nunca foi muito rebelde, mas todo filho já teve aquela fase da desobediência, é normal! Mas um castigo já bastava.

Liliam/Ângela - Ai, num concordo cum isso não,  eu apanhei a vida toda dos meus pais e oia só pra mim,  firme e forte, aprendi muito, viu! - Disse com um tom de orgulho.

Alberto/Roberto - Vixi e eu então?  Era um capeta em forma de moleque, apanhava todo dia de vara de pesca haha...  Nem conto o dia que botei fogo no sofá de casa!

Toni - Bom..  Que tal a sobremesa? - Rapidamente cortou logo aquele assunto e parece que deu certo.

D.Luísa - Sim, ótima ideia. - A moça se levanta para pegar a sobremesa.

O resto do jantar ocorreu normalmente, alguns micos aqui e ali, mas Toni conseguiu contornar tudo perfeitamente.
Depois da sobremesa ainda ficaram conversando um pouco sobre outros assuntos.

Liliam/Ângela - Bão, foi um ótimo jantar mas já temos que ir - Disse se levantando.

D.Luisa - Muito obrigada por virem, adoramos conhecê-los. Abraçada com S.Sousa, eles os leva até a porta.

S.Sousa - Apareçam mais vezes, a porta estará sempre aberta.

Alberto/Roberto - E oceis nois só não convida por que não tem espaço no trailer e...

Toni -... É mas pra nossa casa vocês estão super convidados!! - Conseguiu mais uma vez consertar.

S.Sousa - Er.. Obrigado

Liliam/Ângela - Você não vem, fio? - Perguntou a "mãe" já na porta.

Toni - Er..  Eu preciso conversar com a Mônica,  sei que já está tarde mas eu precisava mesmo conversar com ela... se vocês não se importarem é claro - Disse olhando para os Sousas.

S.Sousa - Não Toni sem problemas - Respondeu mesmo que não muito confortável com esse namoro, resolveu deixar e ser mais compreensivo.

Todos então se despediram, Mônica e Toni ficaram na sala,  enquanto S. Sousa e D. Luisa arrumavam a cozinha.

Mônica - Gostei dos seus pais, tudo bem que eles as vezes falavam demais haha, mas eles são simpáticos e engraçados, só não sei porque não me falou deles antes... Toni, você sente vergonha deles?

Toni - Bom..  Não é bem vergonha sabe... - O loiro se senta junto de Mônica no sofá.

Mônica - Seja sincero... Sei que eles são um pouco extravagantes e as vezes falam coisas erradas nas horas erradas mas eu acho que seus pais tem muitas qualidades, são risonhos, parecem não levar a vida tão a sério, eles parecem que sabem viver, e eu gostei muito disso, ainda mais desse trabalho de fazer as pessoas sorrirem, isso é tão lindo.

Toni - É, você tem razão..  É que... - Ele levanta e fica de costas pra Mônica,  nesse momento começaria sua atuação para descobrir finalmente onde estava aquele bendito coelho, ela tinha que dizer hoje! Para ter toda a sua confiança e pena, Toni aproveita que está de costas pra moça e passa cristal japonês nos olhos. Aquele famoso cristal que faz as pessoas chorarem.

Mônica - O que foi?

Toni - É que...  Já passamos muita dificuldade Mônica, e... Como pôde ver eles são extremamente humildes, eu confesso que tive sim por muito tempo vergonha deles.

Mônica - Você sabe que isso é errado, né? Pai e mãe podem ser o que forem! Temos sempre que honrá-lo! Jamais se deve ter vergonha dos pais, ainda mais pais legais como os seus!

Toni - Mas olha ai seu pai e sua mãe. Seu pai trabalha numa grande empresa, sua mãe é decoradora e dona de casa, trabalha em dobro,  com certeza você tem muito orgulho dos seus pais. - Disse se virando pra moça em meio as lágrimas.

Mônica - Claro, amo eles demais! São tudo pra mim, e tenho orgulho deles assim como você deveria ter dos seus pais.

Toni - Não que eu não tenha, mas as vezes me da vergonha de falar que eles trabalham sendo palhaços, malabaristas enfim... E ainda por cima ganham tão pouco com tanto trabalho.

Mônica - Taí mais um motivo pra ter orgulho!  E sabe o que mais?  Acho que deveria entrar nessa de circo junto com eles, pra ajudar tanto na união de vocês quanto financeiramente!

Toni - Eu já fiz muito isso, e adorava ficar naquele trailer com meu pai, porém eu sempre tive vergonha, não falava isso pra ninguém e nem deixava eles aparecerem muito por aqui por que tinha medo de tirarem sarro de mim, eu que sempre fiz bullying com todo mundo no passado,  se descobrissem, iam acabar comigo! Era por isso que eu sempre me fazia de durão e perigoso,  não queria que descobrissem de jeito nenhum,  não sabe o quanto isso era difícil pra mim Mônica! E se descobrissem que passamos tanta fome e dificuldade...- Ele chorava muito e não continuou a frase como se estivesse mal demais pra continuar, Mônica ficava com dor no coração de vê-lo falar daquela forma e só soube abraçá-lo.

Mônica - Mas..  Como seus pais pagavam a escola se estavam com tanta dificuldade? - Perguntou desfazendo o abraço.

Toni - Er... Eu..  Eu consegui uma bolsa,  na verdade meia bolsa, e a irmã da minha mãe nos emprestou uma grana pra pagar e não ficou tão pesado, quitamos tudo logo no início das aulas pois não sabíamos quando teríamos dinheiro novamente, minha mãe ainda ta tentando pagar minha tia... Tiveram que fazer isso pra me dar uma boa educação - Toni pensou rápido numa mentira,  não havia imaginado que Mônica perguntaria isso.

Mônica - Por que você não pediu ajuda pra turma nessa dificuldade toda, Toni? Nós poderíamos ter te ajudado!

Toni - Vocês sempre me odiaram e tinham motivos pra isso... Eu nunca teria direito de pedir nada. Mas hoje tudo até que se estabilizou. - Respondeu secando as "lágrimas" - Mesmo com toda aquela dificuldade eu lembro que fui feliz, lembro que o lugar em que eu mais passava o tempo era naquele trailer, confesso que eu cabulava aula só pra ficar lá, é onde guardo todas as minhas melhores lembranças, tanto de infância quanto as lembranças de família, ali eu esquecia da vergonha, esquecia da fome, esquecia dos problemas, era o melhor lugar!... você deve estar me achando um babaca.

Mônica - Claro que não, Toni...

Toni - Fico muito feliz por me ouvir,  mesmo que isso pareça bobagem. Ah e não conte isso a ninguém, ta? - O loiro se aproxima e segura as mãos de Mônica, e a olha nos olhos - Prefiro que não conte nada, Até sobre esse trailer, ele é tão especial pra mim que acho melhor ninguém saber, é um lugar único pra mim, mas como você é o grande amor da minha vida, você tem todo o direito de saber sobre isso, e eu confio em você de olhos fechados. Espero que você confie em mim da mesma forma.

Mônica ficou estática e muito surpresa com tudo aquilo, achou um tanto quanto exagero a parte do "grande amor da minha vida" eles estavam namorando a praticamente 2 dias!! Será que Toni gostava mesmo dela a tanto tempo assim? Mesmo não namorando a tanto tempo com ele, amizade já tinha um bom prazo e Mônica ficou bem surpresa dele abrir o coração dessa forma, ela foi a primeira a saber dessa vida secreta de Toni e pensava em como retribuir toda essa confiança de alguma forma.

Toni - Você ficou quieta de repente…  Algum problema?

Mônica - Não… É que... Você mostrou que confia em mim e estou pensando em te mostrar que confio sim em você e na sua mudança. E o melhor de tudo… Vou mostrar que esse negócio de ter um lugar especial pra si não é nenhuma bobagem! - Na impulsividade, Mônica imediatamente puxa o rapaz para irem a um local.

Mônica o leva abaixo do sótão onde havia uma pequena estátua,  com apenas um botão abaixo dessa estátua, uma parede se abriu, Toni ficou impressionado, não sabia que o lugar fosse tão secreto a esse ponto, mas além de impressionado, ficou extremamente feliz, pulando de alegria por dentro por estar a um passo do coelho.

Mônica - Bom, é aqui o lugar mais especial pra mim, nunca mostrei ele a ninguém, mas em breve mostrarei pra turma toda, apesar de guardar as melhores lembranças aqui, é muito melhor compartilhar com quem a gente confia. Tudo bem que ta cheio de bugigangas que podem não interessar a ninguém, mas são coisas importantes pra mim.

Toni - Sim entendo bem disso… E te garanto que essas tais bugigangas são bem interessantes - Disse observando o local a procura do coelho.

Mônica - Vem vou te mostrar alguma das coisas - Ansiosa, ela puxa a mão do rapaz - esse aqui é o quebra cabeça que meu tio-avô fez especialmente pra mim,  com meu rosto quando eu era pequena. Hoje já está bem empoeirado mas eu jamais jogaria fora, é a melhor lembrança que tenho dele.

Toni - Bem legal ter um quebra cabeça só seu haha, er..  Mônica o que é aquilo? É o Sansão? -  Finalmente achou… Toni queria chegar logo ao que interessa já não estava mais aguentando ficar ali, queria sair correndo pra contar pra Penha mais um passo conquistado do plano.

 Mônica - Não, é um outro coelho que ganhei da minha mãe mas não uso muito ele, prefiro guardá-lo aqui com as lembranças.

Toni - Ele parece especial…

 Mônica - E é, afinal ganhei da minha mãe né?

Toni percebeu que Mônica não falaria nada além daquilo e que ela até podia confiar nele a ponto de levá-lo nesse local secreto,  mas não confiava o suficiente pra contar toda a história do coelho que lhe deu a força quando ela era pequena. Mas isso não importava mais, Toni já sabia de tudo mesmo, quase tudo já estava concluído, Mônica finalmente fez com que um dos passos mais importantes se realizasse.

 Toni - Bom,  tenho que ir,  queria poder ficar mais, mas meus pais devem estar preocupados e já está bem tarde, seus pais devem estar já zangados.

Mônica - Magina, a unica coisa ruim é amanhã ter que acordar cedo pra ir pra aula

Toni - É a apresentação do Licurgo AFF,  meu trabalho tá uma porcaria…  E você vai mesmo..  Er…  Sabe..  Beijar o…

Mônica - Não, fica tranquilo, nem sei se vou fazer aquele trabalho mesmo, e se for fazer vai ser sem beijo, Licurgo vai ter que se contentar.

 Toni - Bom eu já vou indo…

 Mônica - Eu te acompanho até a porta.

POV TONI

Saindo da casa de Mônica não pude estar mais feliz, fui correndo levar essa novidade a Penha!! 


Notas Finais


Até que curti esses personagens que criei kkk Liliam/Ângela & Alberto/Roberto haha achei eles bem fofos. Uma pena que precisem tanto de dinheiro ao ponto de fazer esse "favor" pro Toni né.. E mais uma vez tudo deu certo pra ele... :/

Se quiserem podem comentar o que acharam *-*


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