História A força para mudar - Visita ao vovô. Novamente a sós. Isso foi um erro.

Cana: Olha é o espetadinho. -  

 Estava diminuindo os passos, mas quando lembrei que quem estava lá com o Luck era Loke, apressei novamente os passos começando a me preocupar e me surpreendi ao ver Loke estendendo a mão para Natsu. 

 

Loke: Preciso pedir perdão a você. - Ele fala surpreendendo não só a mim quanto a todos ali presente, principalmente o próprio Natsu. - Eu fui rude com você porque estava preocupado com a Lucy. Desculpa. - 

Natsu: Eh... Eu não sei nem o que responder. - Ficou pensativo mas logo estendeu a mão de volta. - Está tudo bem. -  

Luck: Dragão! - Exclama com os braços pra cima. - Oi tio dragão! -  

Natsu: Oi pequeno. - De repente a expressão dele ficou um pouco triste mas ainda assim sorriu. - Passeando com seus pais? -  

Luck: Sim! Mamãe, tia Cana e Wendy tão vindo. - Ele aponta para a gente que já estávamos chegando do lado deles.  

Cana: Fala Natsu! - 

Wendy: Natsu-san, boa tarde. -  

Natsu: Fala pessoal! Como vocês estão? - Fala sorrindo. - Eai Luce, como vai meu trabalho? -  

Lucy: Ainda estamos terminando o contrato. - Respondo e logo me abaixo na direção de Luck. - E você mocinho, o que já falei sobre correr assim para longe de mim? - Repreendo fazendo cara de má, o que só funciona com ele. 

Luck: Desculpa mamãe, é que eu vi o tio dragão e fiquei animado. - Responde de cabeça baixa e cutucando o chão com a ponta do pé. 

Lucy: Mesmo assim, você podia esperar, e se você se perde? -  

Loke: E se alguém vê você sozinho e te leva para longe? -  

Lucy: Ele está certo, você não pode fazer isso. Já imaginou nunca mais ver a mamãe? -  

Luck: Não quero isso! - Ele responde assustado e me abraçando.  

Lucy: Então não se afaste de mim assim. -  

 

 Ele afirma com a cabeça e voltamos a conversar, quando vi já estávamos todos andando juntos por ai. Loke realmente me surpreendeu, não esperava esse pedido de desculpas dele, antes de voltar para o Japão estava pensando em terminar esse namoro, ele não é uma pessoa ruim, gosto muito dele, mas sinto que a cada dia eu só minto mais para ele. Não o amo e Loke sabe disso, estamos tentando a muito tempo, nos respeitamos e tudo, mas não consigo ir além com isso, achei que a briga da gente fosse me ajudar, mas agora tenho pena de terminar com ele depois de tudo, acho que não mudei muito. Depois de um tempo andando Cana, Natsu e Wendy foram embora, Loke, eu e Luck pegamos um taxi para ir até a casa do meu pai. 

 

Jude: Não sabem a alegria que estou em ver meu netinho! - Exclama levantando Luck e o girando no ar.  

Lucy: Cuidado para não enjoar ele. - Falo me sentando no sofá enquanto uma empregada servia café.  

Luck: Vovô! Eu tinha esquecido o senhor, mas logo lembrei não se preocupe! - Revela fazendo todos rirem. 

Jude: Que maldade... - Fala fingindo tristeza e logo se anima o levantando mais alto ainda. - Então só preciso brincar bastante com você para não me esquecer mais! -  

Luck: Ieeii! Brincar com o vovô! - Comemora rindo. 

Loke: Ele não muda nunca neh. - Ele ri se referindo a Jude e pega uma xícara de café.  

Jude: Agora só falta Lucy e Loke me dar um netinho neh? - Na hora Loke cora e eu quase me engasgo com o café, boto a xícara na mesa e o encaro implorando para não tocar nesse assunto. 

Luck: Mas você já me tem vovô! -  

Jude: Sim, sim, verdade! - Sorri e me olha demostrando parar. 

Lucy: Preciso pedir um favor pai. - Falo e na hora ele fecha a cara. 

Jude: Você só vem aqui quando quer algo, da última vez saiu com raiva de mim. O que quer agora? -  

Lucy: E ainda estou com raiva, mas não vou deixar isso me incomodar por enquanto. Quero usar a mansão principal para dar uma festa, seria tipo uma de boas vindas para mim e Luck que voltamos para ficar. Virgo está toda animada e já começou a preparar as coisas então vai ser um problema se você negar. -  

Jude: Basicamente ou eu aceito a festa ou vou ter que lidar com a Virgo brava? -  

Loke: Exatamente. -  

Jude: E eu tenho escolha? Vamos a festa! - Comemora pondo Luck no chão. - Faz tempo que não fazemos uma festa. - Ele dá um sorriso meio triste. - Vai ser legal! -  

 

 Ficamos na casa do meu pai até anoitecer, jantamos e Capricorn chamou o motorista de Jude para nos levar para casa. Deixamos Loke em casa e seguimos para meu apartamento. Para minha surpresa Natsu estava na recepção, Luck na hora correu em sua direção pulando em seu braço, ele realmente gostou do Natsu. 

 

Natsu: Oi luce! Bem vinda de volta. - Fala com aquele sorriso que só ele sabe mostrar. 

Luce: O que faz aqui tão tarde? - Pergunto o abraçando tomando cuidado com Luck que já estava em seus braços. 

Natsu: Estava entediado em casa, Erza só fala de trabalho e Cana só fala de bebida, então pensei... por que não fazer uma surpresa para minha melhor amiga? -  

Luck: E eu? E eu? -  

Natsu: Claro, pro meu novo melhor amigo também! - Responde rindo e bagunçando os cabelos do pequeno. 

Lucy: Ta bom, vem. -  

 

 Assim que entramos no apartamento começou a cair uma chuva enorme, Virgo não estava em casa e tinha uma nota dela em cima da mesa avisando que dispensou as empregadas mais cedo e que não voltaria ainda hoje porque estava cuidando dos preparativos para a festa.  

 

Lucy: Vou dar um banho em Luck e já volto, fique a vontade, a cozinha é por ali. -  

 

 Estava dando banho em Luck, ou tentando, já que ele que me molhava mais do que se molhava. Assim que terminou o banho ele saiu correndo de toalha para o quarto já eu saí do banheiro totalmente molhada dos pés a cabeça. Topei com Natsu no meio do caminho que me olhou assustado e imaginei o porque. 

 

Lucy: Tarado! - Falo cobrindo meus peitos com o braço e saio em direção ao meu quarto. 

Natsu: Desculpa! - Escuto ele falando e correndo para a sala. 

 

 Assim que troquei de roupa fui para a sala e encontrei Natsu enchendo Luck de cócegas, achei incrível o quanto Luck se acostumou com Natsu, ele normalmente não gosta muito dos homens, desde pequeno já é um galanteador, ele só se da bem com o Loke porque está acostumado desde pequeno, mas com Gajeel... nossa senhora, pobre Gajeel, ele fez o coitado de gato e sapato, até hoje Luck dá muito trabalho para ele. 

 

Luck: Mamãe, to brincando com tio dragão! - Fala chamando Natsu pelo apelido que agora ele não larga de jeito nenhum.  

Lucy: Que bom que estão se dando bem, mas mocinho já está tarde. - O pego no colo fazendo ele resmungar. - Door.mirrr. - 

Natsu: Ele não pode ficar mais um pouco Luce? - O encaro feio e ele estremece. -  Esquece, tá tarde mesmo, é melhor dormir mesmo baixinho. -  

Luck: Tá bem mamãe. - O ponho no chão e ele começa a ir em direção ao quarto. – Eu quero meu beijo de boa noite! -  

Lucy: Sim meu bem logo eu vou. -  

Natsu: Mulher rigorosa credo. -  

Lucy: Quer me ensinar como cuidar do meu filho? - Ponho as mãos na cintura fazendo pose.  

Natsu: Não senhora! - Começamos a rir e logo ele aponta para o lugar do lado dele. - Vem senta aqui, vamos ver um filme, faz tempo que não fazemos nada junto. -  

Lucy: Okay eu vou, mas vou só dar o beijo de boa noite no Luck e já volto. - 

 

 O pequeno estava me esperando deitado quase apagando, pedi desculpas pela demora e deu um beijo em sua testa, ele sorriu, me deu boa noite e logo apagou, desliguei a luz e fui para a sala. Natsu me esperava com os braços atrás da cabeça, ele vestia uma regata então não deu para não notar seus músculos. 

 

Natsu: Se ficar me comendo com os olhos assim vou ficar envergonhado. - Ele fala me tirando dos pensamentos impuros.  

Lucy: Como se você fizesse efeito algum efeito sobre mim. Vamos ver um filme vai!. – Resmungo sentando em seu lado. 

Natsu: Saudades de ficar assim com você. – Ele me encara e fico confusa.  

Lucy: Assim como? Vendo filme? – 

Natsu: Não, sozinhos. – Okay confesso que isso me abalou um pouquinho.  

Lucy: Foram só três dias e nos vimos ontem. – Falo sem graça me virando para a tv. 

Natsu: Você entendeu o que quis dizer. Queria um tempo só nosso. -  

Lucy: Hahaha mais um dengoso para eu tomar conta. - Começo a rir e ele me encara feio, falei algo errado? -  

Natsu: Não me compare a ele! - Reclama cruzando os braços e voltando o olhar para a tv. 

Lucy: Ei, não fica bravinho não! Vem cá! - Falo fazendo vozinha fina e apertando suas bochechas. - Quem é o bom garoto? Quem é? - Brinco fazendo ele rir e tentar se soltar, no meio da brincadeira ele me deitou no sofá e segurou em meus pulsos, no começo tava rindo até perceber seu olhar, travado em mim, seus olhos verdes prendiam meu olhar ao seu. Olha-lo assim me lembra de quando éramos adolescentes, eu sempre via esses olhos me encararem gentilmente quando eu estava triste, eram eles que me consolavam, que me alegravam, agora entendo o porque senti falta falta deles. - Pode me soltar? - Pergunto olhando para minha mão direita. - 

Natsu: Só não foge de mim. - Aceno com a cabeça e ele me solta. No mesmo momento levanto minha mão direita e encosto no lado direito de seu rosto, sentindo sua pele, seu calor, nunca senti essa necessidade de sentir o calor de alguém. - Se divertindo? - Pergunta me tirando dos pensamentos. 

Lucy: Acabei de perceber que estava com saudade dos seus olhos. - Falo acariciando seu rosto e subindo minha mão para ficar na direção dos olhos.  

Natsu: Vê se não fura meu olho. - Ele brinca ainda em cima de mim. - Estou magoado, só sentia saudades do meu olho. - 

Lucy: Não seja bobo, claro que senti sua falta, apenas entendi o quanto você me fez bem agora. - Falo sorrindo.  

Natsu: Eu agora estou aqui, bem na sua frente. - Acho que estou ficando louca... Porque estou me sentindo assim? Como se estivesse hipnotizada por seu olhar, pelo seu toque. - Você não sabe o quanto me enlouquece com esse sorriso. - 

Lucy: Acho que entendo sim. - Malditos olhos verdes. - Não vai sair nunca de cima de mim? - Pergunto tentando me afastar, me desligar dele. 

Natsu: Por mim fico aqui para sempre te admirando. - Okay estou perdida, estou completamente perdida se isso continuar. 

Lucy: Para de brincar comigo. - Falo ficando vermelha e tentando me levantar, mas ele impede.  

Natsu: Luce, eu to falando sério. - Vou enlouquecer... Preciso me acalmar. 

Lucy: Por favor pare com isso antes que eu me irrite com você. -  

Natsu: Sei que você não iria ficar irritada comigo. - Tento me levantar e ele me imprensa no sofá novamente.  

Lucy: Natsu! - Se isso continuar assim...  

Natsu: Luce, eu vou ser sincero com você agora. - Novamente aqueles olhos estavam me encarando... com... desejo? Natsu?  

Lucy: Por favor, sai de cima de mim e podemos conversar direito. - Peço inutilmente, ele só se aproxima mais. - Natsu! - 

Natsu: Não nega Luce, posso ver como você me olha. -  

Lucy: E como eu te olho? -  

Natsu: Igual a como eu te olho. -  

 

 Novamente estávamos na mesma situação de antes, ele vai me beijar... eu não posso, mas ele não para de se aproximar e eu não paro de deixar.  

 

Natsu: Luce... - A foda-se minha sanidade mental. 

 

 Terminei de encurtar nossa distância selando nossos lábios, uma sensação boa tomou conta de mim, era quente e macio, fazendo meu corpo estremecer e pedir por mais, seu braço passava pelas minhas costas me trazendo mais para perto e meus braços passavam pelo seu pescoço me prendendo a ele. Eu aceitei minha loucura, apenas aceitei. Me firmei mais a Natsu desejando mais, querendo sentir mais, o beijo que havia começado calmo agora estava intenso e me enlouquecendo cada vez mais.  

 

Lucy: Natsu... - Falo entre o beijo procurando um pouco de ar. De onde ele ta tirando tanto oxigênio assim? 

 

 Estava tão bom que eu não queria parar, uma sensação que eu nunca tive antes, o desejo de querer cada vez mais estava me dominando, até sermos acordados do nosso momento com o barulho da campainha. De novo isso? 

 

Natsu: Não vai. - Ele pede segurando minha mão enquanto eu tentava levantar e encostando sua testa na minha. - Por favor. Finge que não está em casa. - Suspiro e ainda assim me levanto. 

Lucy: Isso foi um erro. -  

Natsu: Não, não foi! Você deixou! E iniciou! - Protesta já de pé me encarando.  

Lucy: Exatamente, e esse foi meu erro. Desculpa Natsu mas isso não vai se repetir. - 

Natsu: Não negue que você sentiu o mesmo que eu, porque eu sei que sentiu! - Estou juntando todas as minhas forças aqui para fazer isso... desculpa Natsu, mas não quero magoar o Loke, não desse jeito. Apenas espere.

Lucy: Desculpa, mas não, não senti. Vou atender a porta agora se você me permitir. -  

Natsu: Lucy! - 

Lucy: Chega Natsu! Eu tenho namorado e você sabe disso! - Grito o encarando feio. 

Natsu: E por acaso você o ama? - Nessa ele me pegou... - Porque eu não vejo você como uma mulher apaixonada e muito menos por aquele merda. - Okay agora ele me irritou um pouco.  

Lucy: Esse “merda” é o homem que está comigo desde que fui embora, que me ajudou e me reergueu, continuou ao meu lado junto a Luck me deu força para ser quem sou hoje. Então por mais que você seja meu melhor amigo não vou permitir que fale mal dele! - Dessa vez falei muito séria, posso não amar Loke, mas o respeito profundamente por tudo o que ele fez por mim. Foi Loke quem me deu forças para criar Luck, na época eu ainda estava me adaptando a minha vida confiante e tive medo de não conseguir ser uma boa mãe. Se não fosse por Loke não teria conseguido muita coisa na minha vida. 

Natsu: E vai continuar se prendendo a ele só por te ajudar? – Ele pergunta começando a aumentar o tom de voz. 

Lucy: Ele não me ajudou, ele me salvou. – Respondo no mesmo tom. 

Natsu: Se você não tivesse fugido como sempre eu poderia ter ficado do seu lado também! Mas já virou rotina sua fugir de tudo não é? –  

Lucy: Você não está falando isso para mim está? – 

Natsu: Eu.. eu não quis dizer isso, desculpa. –  

Lucy: Não, você quis sim. – 

 

 Saí de perto dele antes que explodisse de raiva, esse idiota, estava indo tudo bem porque teve que xingar o Loke e ainda falar isso? Não... A pergunta é porque eu tive que beijá-lo? Arr que ódio. Marchei passando pelo pequeno corredor em direção a porta. Assim que me aproximei da porta pude ouvir os resmungos que eu tanto conheço. Abri a porta e quase recebi uma bolsada na cara. 

 

Lucy: LOUCA! Quer me matar? - Grito agachada, a maluca simplesmente jogou a bolsa em mim.  

Levy: Você não morreria com isso. - Resmunga entrando e sendo seguida por Gajeel. 

Gajeel: Desculpa a visita inesperada, Levy estava querendo sorvete de chocolate então simplesmente me arrastou pra rua junto com ela e do nada ela quis vir aqui. - Ele explica me entregando uma sacola com três potes de sorvete de 2,5L cada. É para um batalhão? - Sinto muito pelo horário. -  

Levy: Porque demorou tanto de atender essa maldita porta? Sou uma mulher grávida e sem paciência. - 

Lucy: Que nada Gajeel. - Fecho a porta e a encaro que me olhava de braços cruzados. - E pra você mocinha, eu estou com visita, por isso demorei. Podem ir pra sala vou servir os sorvetes. – Ai aproveito e me acalmo. 

Levy: Ah não o meu é um pote inteiro desse, passa pra cá. - Ela estica os braços toda alegre e entrego o pote de sorvete todo para ela.  

Lucy: Gulosa. Vou então servir apenas pra mim, Gajeel e Natsu. - Saio em direção a cozinha.  

 

 Assim que comecei a me aproximar da sala comecei a ouvir risadas de Levy e Gajeel, Natsu estava contando histórias de quando éramos crianças, conheci Natsu com 13 anos, foi quando começamos a estudar juntos, na época eu já tinha perdido minha mãe, e sempre estudava em casa com professores particulares, chorei muito e não gostava de ir ao colégio, mas quando o conheci foi mais divertido, então conheci Erza que cuidava de mim como irmã mais nova, mesmo que ela fosse da mesma idade que eu. Logo depois conheci Júvia, fiz amizade rápido com ela também, ai veio Gray. Se eu fosse menos tímida e medrosa teria me divertido mais.  

 

Levy: Vhem luchy, nhão possho sher a unhica chomendo. - Ela fala com a boca cheia de sorvete. Tão fofa meu Deus, comecei a rir e entreguei os sorvetes de Gajeel e Natsu, que por sua vez me encarava meio triste. Estou me sentindo um pouco mal também mas não vou me abalar com isso.  

Gajeel: Seu amigo é muito legal loirinha, já fiz amizade! - Sorriu dando um leve soco no braço do rosado.  

Natsu: Gostei desse malandro também, sinto que vamos ser grandes amigos se continuarem no Japão. -  

Lucy: Verdade vocês ainda não falaram se vão viver aqui. - Pergunto ansiosa segurando a mão de Levy e Gajeel. 

Gejeel: Não sabemos ainda loirinha, a minha família é toda daqui do Japão, mas a de Levy não. - Ele fala meio triste e a baixinha completa. 

Levy: E pra completar o pai dele não gosta de mim, se bem que a mãe e a irmã não tem nada contra mim, mas como chefe da família ele ainda tem a palavra final então não sei se vou ter apoio familiar aqui. -  

Gejeel: E prometi para a baixinha aqui que nosso filho vai crescer no lugar onde ela se sentir mas confortável. - Esses dois são tão perfeito juntos. 

Lucy: Espero que se resolvam logo, porque quero muito minha melhor amiga morando perto de mim! - Falo a abraçando e ela retribui. 

Levy: Também quero muito! -  

Natsu: Bom, acho que vou indo está tarde. - Fala se levantando e Levy faz uma cara que não consegui decifrar. 

Levy: Porque não fica e dorme com a gente? - Oi?? 

Gajeel: Oi? -  

Lucy: Eu que falo oi, oi?? Como assim “com a gente”, vocês vão dormir aqui? -  

Levy: Lógico, você quer que uma mulher grávida volte tarde da noite para casa? Eu quero ficar aqui!! - Faz birra batendo o pé no chão. 

Gejeel: Desculpa loirinha ela não me avisou nada sobre isso. -  

Natsu: Vocês são realmente uma coisa em. – Ri se levantando. - Mas eu preciso ir, boa noite para vocês. - Se levanta, abraça Levy , cumprimenta Gajeel e se vira para mim. - Pode me acompanhar até a porta Lucy? - Eu? 

Lucy: Okay, já volto, conhecem a casa, quiserem dormir o quarto de hospedes é o único quarto com a porta aberta. - Falo indo com Natsu até o corredor. - E então o que quer? - Pergunto ríspida, não posso deixá-lo achar que teremos algo.  

Natsu: Luce, acredito que você já entendeu o que sinto por você e não vou negar. - Ele suspira e segura meu ombro. - Lucy eu te amo e não quero desistir de você, olha nos meus olhos, não minta pra mim, você realmente ama o Loke? - Porque ele tem que perguntar logo isso? 

Lucy: Pelo amor de Deus, sério isso? - 

Natsu: Me responda Lucy! O ama? - Insiste olhando diretamente nos meus olhos, esse olhar dele ainda me mata. Desculpa Natsu, mas não posso fazer isso. Não agora .

Lucy: Sim, eu amo o Loke. - Respondo finalmente conseguindo desviar do olhar dele.  

Natsu: Entendo. Bom nos vemos. Boa noite Luce. - Ele responde dando um beijo na minha bochecha, me deixando completamente confusa e indo embora. 

Lucy: Não entendi nada... -  

 

 Voltei para dentro do apartamento onde apenas Levy estava na sala, me esperando. Falou que Gajeel havia ido arrumar a cama para dormirem, fui me retirando quando ela segurou minha mão gentilmente fazendo eu me virar. 

 

Levy: Lu-chan, eu vou ser sincera com você, estamos juntas a muito tempo, sei de tudo o que você passou e o tanto que Loke te ajudou, você mudou muito e continua mudando. Eu amo muito você e Loke, mas como amiga eu quero te alertar, não esqueça da sua própria felicidade Lucy. - Fala juntando minhas mãos e me encarando. 

Lucy: Eu não estou esquecendo. -  

Levy: Não é o que parece. Eu realmente desejei muito que você encontrasse a felicidade do lado de Loke, mas não vi isso acontecer. Sei que ele te ama, mas sei que você não o ama. - 

Lucy: Olha, eu já sei disso tudo e Loke também, não é mistério para ninguém Levy, aonde quer chegar com isso? - Pergunto impaciente e ela suspira encarando o chão mas logo volta a me olhar. 

Levy: Posso ver como você é mais animada e feliz ao lado de Natsu, tem certeza que deixá-lo ir é a melhor escolha? - Como essa intrometida sabe disso? - Porque não dá uma chance? -  

Lucy: Levy-chan, Natsu é só um amigo, já deixei bem claro para ele. Eu passei 6 anos junto a Loke e não aprendi a amar. Porque seria diferente agora? - Respondo abaixando a cabeça, é a mais pura verdade, eu não sou digna de entrar em um relacionamento com Natsu sabendo que nunca vou ama-lo de verdade. Já basta fazer isso com Loke. 

Levy: As vezes você é realmente burrinha em. Lu-chan, o Natsu não é o Loke, eles são diferentes e tenho certeza que você já notou que causam reações diferentes em você. O amor não é igual com todos e tenho certeza que não é generalizando e se prendendo a Loke que você vai descobrir novamente o que é amar. Talvez você ainda não saiba o que é o amor, porque está tentando com a pessoa errada. -  

 

 E foi com essas palavras que essa baixinha simplesmente passou por mim e entrou em seu quarto, me deixando parada no meio do corredor pensando sem parar no que havia dito. Apenas desisti e entrei em meu quarto, tomei um banho, me afoguei entre os lençóis e me desculpei mentalmente mil vezes por ter mentido para Natsu, até dormir. 

 

Lucy of 

 

 

Narrador on 

 

 

 Natsu havia acabado de chegar em casa, quase meia noite e o rosado estava acordado encostado na janela procurando alguma estrela naquele céu nublado. Lembrava de quando conheceu Lucy, de quando brincava com todos, as lágrimas da sua loira naquela noite, a tristeza que seus olhos mostravam quando ela chegou em casa no dia seguinte, sua partida, sua volta, tudo passava na sua cabeça, cada momento, lembrança que só davam mais forças para não desistir, principalmente pelas últimas palavras de Lucy essa noite. 

 

Natsu: Você nunca soube mentir para mim garota, você pode mudar a vontade, mas nunca vai conseguir mentir para mim. - O rosado fala finalmente conseguindo ver alguma estrela e se contentando. 

 

 Ele fecha a janela, vai para seu quarto e se deita pensando, novamente e como sempre, em sua loira favorita. Sabia que Lucy não estava com Loke por amor, Natsu entendia que ela se sentia em dívida com ele, mas não entendia porque ela devia passar a vida presa a alguém que não ama, talvez por Luck. 

 

Natsu: Deve ter medo de que a criação longe do pai afete em algo ruim para Loke. - Pensa alto rodando na cama. - Mas é tão normal encontrar pais separados que cuidam de seus filhos normalmente e não atrapalha em nada, sem contar que nem moram juntos. -  

 

 Ele estava confuso e sem entender nada, sabia e entendeu que Lucy falava a verdade quando defendeu Loke, mas ainda não aceitava o fato dela não querer se separar dele por causa da ajuda dele em sua vida. Cansado de pensar apenas desistiu e se arrumou para dormir. 

 

Natsu: Boa noite, Luce. -