- tia, como a gente pode te chamar? - ouvi a voz doce de Nicole atrás de mim.
Jimin estava no hospital com Jennie, e havia pedido para eu cuidar das garotas pelo resto do fim de semana. Aceitei, eu precisava ajudar ele.
Agora eu estava na cozinha preparando cookies, enquanto era observada pelas duas garotinhas que estavam sentadas no balcão impacientes.
- hum... - sorri de lado fingindo pensar - podem me chamar como quiserem, meninas.
- a gente pode te chamar de mamãe? - Kimberly questionou.
Travei, sentindo minhas bochechas corarem. Bom, acho que não tem problema contanto que não me chamem assim na frente de Jimin.
- okay então - sorri, e elas alargaram os sorriso.
Kimberly desceu do banco, abraçando minhas pernas forte:
- mamãe! - ela sorria - eu vou contar pras minhas coleguinhas que eu tenho uma mamãe agora! Aí elas não vão poder mais me achar estranha!
Foi aí que percebi. Elas sentiam a falta disso, mas não demonstravam. Sorri meiga, puxando a garotinha e a envolvendo em um abraço.
~ quebra de tempo ~
- então mona - Jason se aproximou enquanto eu colocava alguns bolinhos em um prato - e os boy?
- o que?! - ri baixo - você é estranho às vezes, Jason.
- ué, tu é muito bonita mona, aproveite.
Ri ainda mais, e fui dar o bolinho para a cliente.
Eu estava levando alguns pratos para a cozinha, quando a gerente me chamou. Fui até o caixa onde ela estava, ela sorria:
- está vendo aquela senhora ali? - ela apontou para uma mesa, reconheci a senhora de outro dia, que ajudei a ler o cardápio, assenti olhando de volta para a gerente - ela falou bem de você pra mim.
- falou?! - arregalei de leve os olhos.
- sim, estou orgulhosa disso - ela sorriu e tirou algo do bolso, que reconheci ser duas notas de 100 dólares - aqui, um presente.
- ah, não precisa - sorri de lado - eu apenas a ajudei, não precisa mesmo.
Mas ela insistiu, e não tinha como recusar.
Sorri discretamente, guardando o dinheiro em minha bolsa.
No fim do turno, volto para casa, exausta. Abro a porta e então vejo que não a havia trancado.
Assim que entro, vejo na bancada da cozinha um buquê de flores coloridas.
Me aproximei e vi um bilhete, grudado a uma delas:
"Tornou minha vida mais colorida - J"
Um sorriso involuntário surge, Jimin era imprevisível.
Depois de arrumar as flores, eu estava a arrumar meu material da faculdade, quando percebo, que o trabalho sobre felicidade é para amanhã, e eu ainda não havia feito nada.
Tentei não entrar em pânico, mas foi difícil. Já estava escuro, e eu estava sozinha. O que eu faço?!
Jimin.
Pego minha câmera, e meu celular. Disco o número de Jimin:
" _____? "
- Jimin? Oi. Eu poderia dar uma passada aí?
"Ah, claro"
Agradeci e saí, batendo em sua porta assim que cheguei.
Fui recebida por Jennie, e sorri largo ao ver a garota:
- Jennie! - me agachei a abraçando - que bom que está bem!
Ouvi passos vindos do corredor e abri os olhos. Vi Jimin com uma calça larga de moletom e uma regata preta igualmente larga. Ele havia algumas olheiras, mas sorria. Me levantei, sorrindo:
- adorei as flores - falei e vi ele corar, ri baixo - que bom que Jennie está bem
- ela é uma menina forte, os médicos disseram que foi apenas um susto - ele sorria aliviado.
Logo Nicole e Kimberly vieram me receber, alegres:
- vem ver meu desenho! - Nicole segurou minha mão me puxando, olhei para Jimin, que apenas riu baixo, acabei rindo junto e deixei Nicole me guiar.
Fomos até o quarto delas e ela pegou seu desenho, me mostrando.
- viu? É a gente! - ela sorria apontando para cada pessoa no desenho.
Eu estava ao lado de Jimin, de mãos dadas pra ser mais específica. Corei, mas sorri:
- é lindo, Nic.
Ela sorriu, satisfeita, e as garotas se reuniram para continuar o desenho. Me levantei ao ver Jimin levantar uma sobrancelha, e fomos até a sala.
- deram muito trabalho? - ele perguntou se sentando no sofá.
Neguei, me sentando ao seu lado, mordi o lábio:
- preciso de sua ajuda com o trabalho da faculdade, eu não fiz - sorri amarelo.
- que feio, _____ - ele riu baixo - okay, o que quer que eu ajude?
- com o trabalho todo - ri baixo - não consigo fazer.
Ele pensou por um tempo, então apenas deu de ombros, se levantando:
- apenas me diga o que é felicidade.
Dei de ombros, e então ele bufou, me dando um leve tapa na cabeça:
- não seja cabeça-oca!
Ri baixo e pensei. Alguns momentos meus com ele, com as meninas, na cafeteria, em casa, me senti feliz neles. Mas eu não iria dizer isso a ele.
- já sei - sorri.
Passei o resto da noite tirando fotos das meninas, de nós. Cozinhamos cookies, que renderam ótimas fotos de Jimin sujo. Brinquei com as meninas de imaginar animais nas estrelas, desenhamos, eu e Jimin brincamos de lutinha e por fim tirei uma foto das meninas rindo, saíram ótimas.
- obrigada Jimin, por tudo - sorri pegando a xícara com chocolate quente que ele me entregava.
- não agradeça, eu não me importo - ele se sentou ao meu lado.
Sorri, apoiando a cabeça em seu ombro. Meu olhar foi para sua câmera, na mesa de centro. Havia algumas fotos abaixo dela, e o olhei:
- posso ver as fotos do seu trabalho?
Ele pareceu gelar, me encarando por um tempo. Levantei uma sobrancelha, e então ele deu de ombros assentindo.
Me estendi para pega-las, e então me surpreendi.
Eram de mim e das meninas. Todas. Havia uma em que eu ajudava Jennie a mexer a massa dos cookies, outra que eu penteava o cabelo de Nicole, em todas elas, eu sorria, eu estava feliz.
Me senti corar, e olhei para Jimin:
- São lindas... como as tirou sem eu perceber?
- sou um cara discreto - ele sorriu tímido.
O olhei nos olhos, eu sentia meu coração acelerado, sentia a tensão palpável entre essa aproximação perigosa.
Ele tirou uma mecha de meu rosto, mas não tirou a mão, apenas a desceu para meu pescoço, aproximando meu rosto.
Meu mundo parou quando me dei conta que Jimin estava me beijando.
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