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História A garota da Harley Davidson - Ninguém deve mexer com ela


Escrita por: SimoMaxwell

Notas do Autor


Ficou bem compridinho o capítulo mas espero que gostem....

Capítulo 9 - Ninguém deve mexer com ela


Fanfic / Fanfiction A garota da Harley Davidson - Ninguém deve mexer com ela

Keira

A briga que tive com o Adam foi resolvida, meu pais e o diretor mexeram os pauzinhos e no final fiquei com uma pena de fazer trabalho voluntario. Engraçado que quando voltei para casa e contei para meu pai da briga do Adam, ele disse que não estava sabendo e foi conversar com o diretor. Os dois por serem amigos desde o ensino médio e também de faculdade, combinaram de me safar dessa. Fui fazer com os cachorros de rua e esse tipo de ONG que existe. Cumpri minha pena e foi uma experiência inesquecível. Aprendi muita coisa e principalmente o que é um amor puro...o amor de um animal.

Bom...logo depois da pena, fiz uns piercings na minha orelha, na cartilagem. Parecia que isso distraia um pouco do que estava sofrendo. Ainda da morte da minha mãe, a traição do Adam...E ainda descobrir que meu pai estava com câncer...ele estava lutando já fazia um tempo e escondia isso de mim. Na verdade nunca pensaram em contar, nem minha mãe e nem meu pai porém quando minha mãe morreu, definitivamente meu pai decidiu não falar nada para mim. Mas descobri isso da pior forma possível, quando fui fazer ponto em um machucado que fiz por causa de uma briga (única briga que tive na vida com desconhecidos) eu vi ele no hospital. Ele mentia falando que ia viajar por causa de um caso que estava resolvendo mas na verdade estava vindo para o hospital. (Meu pai é advogado para você leitor que ainda não sabe isso ou nunca soube.)
 

Dias difíceis e não via muito ele. Então não notava muito sua aparência ou qualquer coisa. Ainda com sequelas de dor da morte da minha mãe não conversa muito com as pessoas ao meu redor. 

Fui tirar satisfação com ele e ele me explicou tudo, foi quando realmente percebi que ele emagreceu e as batalhas contra o câncer estavam evidentes. Não aguentei e sai de casa. E o lugar que fui era o estúdio de tatuagem, já estava conhecida lá e me tratavam muito bem. Eu amava ir para lá. Coloquei piercing na língua, no meio. Não sei porque mas senti um certo “alivio” na dor do meu coração. Claro nada disso aliviaria de fato a dor que estava passando.

Desde pequena faço curso de doces, pois sempre foi uma das minhas paixões...confeitaria. Comecei a fazer na mesma época do karate porém minhas aulas eram uma vez por semana e tinha algumas semanas que não...”faltava” vamos dizer assim, então não é muita coisa que sei. Só o suficiente para fazer o que quero de doce e comer(claro doce simples). Tanto que não só os piercings e a tatuagem mas o doce era o que eu tentava consolar a minha dor. Estava comendo muito e percebi que comecei a dar uma engordada mas não ligava muito. Porém teve um dia que coincidiu que meu pai estava tomando café e apareci, ele olhou para mim com uma cara de espantado. Olhei para ele também...

- Papai? Que foi? Parece que viu o demônio?

- Filha, só acho que você deveria se ver no espelho direito. – assenti rindo.

- Okaaaaaay...não sei pq mas alguma coisa em mim está muito estranho né?

- Estranho é pouco, eu que tô com a doença e deveria estar com uma aparência muito ruim e você é a que mais sofreu mudança ai. – Ele me disse sorrindo, ver seu sorriso era lindo...ele enfrentava a doença na esportiva, isso era meu pai...não tinha como não gostar dele, os médicos e as enfermeiras, até mesmo alguns dos poucos funcionários do escritório do meu pai gostavam dele..ou seja todos os funcionários né. Quer dizer...ex-funcionários, quando descobri da doença, ele transferiu tudo para dentro de casa e agora ele trabalha em casa. Já que não precisa mais esconder de mim. A rotina dele se reduziu de escritório, hospital e casa, para casa-escritório e hospital. Fica mais leve e Graças a Deus moramos em uma casa que é perto do hospital.

- Tá bom papai...já vou indo se não vou me atrasar, tô faltando muito as aulas – dei uma risadinha e me levantei da mesa e fui para o corredor que tem um espelho bem grande.

- Caralho.... – me choquei um pouco com o que vi, realmente estava bem diferente do que eu era. Estava me observando de baixo para cima e quando vi meu rosto por último, ele estava bem...descuidado. Tinha noites que eu varava a madrugada...De vez em quando eu saia e ia para o bar do pessoal do estúdio da tatuagem. Sim eles tem um bar e um estúdio de tatuagem. Porém estão passando por um pouco de aperto pois ambos os lugares eram alugados e pagavam muita coisa.

Meu cabelo por sorte. é liso então não estava tanto um desastre e já que estava indo muito com ele amarrado, não era algo para se notar de primeira.Estava um caos mas sai assim mesmo de qualquer jeito.
Os outros dias deveriam estar assim, ou só hoje excepcionalmente estava muito ruim não sei mas nem tô ligando.
Estava usando muito roupas mais largas, as roupas que costumava usar senti elas um pouco apertadas então tive que comprar outras. E ganhei uma jaqueta de couro do pessoal do bar-estúdio, essa era a marca deles, não tiravam a jaqueta por nada.

O dia passou tranquilo e pena que a Zara tinha faltado, bom eu sabia que ela iria faltar pois me comunicava com ela pelo celular. Mais tarde estava com muita fome e fui comer um hambúrguer que comprei na escola e sentei no pátio onde tem umas mesas e um ambiente gostoso...o lugar marcado pela minha primeira briga na escola. E de repente,

- Olha só sua vadia lixo! Nunca mais quero você falando com o Chris! Escutou? – a patricinha da escola estava...chamando minha atenção? Qual o problema dela será que não foi suficiente verem o que fiz com o Adam? Bom...olhei para ela e ignorei continuei comendo meu hambúrguer.

- OLHA AQUI! VOCÊ TÁ ME ESCUTANDO? – Ela bate no meu hambúrguer e voa da minha mão caindo no chão. Olhei para ela e fuzilava com meu olhar. Ela falou alto então notei que as pessoas começaram a chegarem perto.

- Sério? Havia necessidade disso? - Virei para ela sentando com uma perna para fora, e o banco ficando no meio das minhas pernas. Me curvei e apoiei meus cotovelos nos meus joelhos. Ela se afasta onde a amiga dela estava e pegou o celular, e me mostrando uma foto com o Christopher.

- O que tem demais nessa foto? – eu ri de um jeito que tirava sarro da cara dela.

- Ainda tem a audácia de perguntar? Você foi chifrada e fica dando em cima de outro? OLHA PARA VOCÊ SE ENXERGA GORDA! ALÉM DE GORDA ESTÁ COM UMA APARENCIA DE LIXO! – Cada vez mais pessoas vinham em nossa volta.

Christopher era um garoto popular mas ele não ligava para isso, pois antes disso era aquele garoto-que-ninguém-falava-com-ele-só-por-causa-de-uns-milagres-de-cuidado-com-a-saúde, fica lindo, consequentemente se torna popular, e muita gente começa a falar com ele. Eu falo com ele antes disso tudo de coisa de popular porque somos da mesma equipe de competição de matemática. Então ele sabe que não converso com ele apenas por conversar ou por algum interesse e sim que nos damos realmente bem. A patricinha é a fim dele e tem raiva de mim por conversar com ele. Mas foda-se para ela.

Continuo olhando com um olhar de deboche para a patricinha, não queria fazer nada pois não quero causar nada de problema para o meu pai...de novo.

- Garota por que você não sai da escola! OLHA PARA VOCÊ! ESTÁ UM LIXO! NA VERDADE VOCÊ É O LIXO EM PESSOA. – Ela disse propositalmente falando muito alto para que todos escutassem.

- Okay okay...se diz, que eu sou um lixo? Pelo menos esse lixo tem muito mais qualidades...prêmios de competições como matemática e física do que você né – sorri maliciosamente para a patricinha provocando-a. Deu para ver a raiva dominar seu corpo.

- REPITA MAIS UMA VEZ O QUE DISSE SUA LIXO! – Ela fala com muita raiva de mim e apontando em minha direção

Coloco a mão no meu bolso e me levantei do banco da mesa e vou em direção a ela.

- Olha...você vem até a minha mesa, joga minha comida, me insulta. Quer comparar nós duas? Você escutou muito bem o que falei.

- SUA VADIA FILHA DA PUTA EU ODEIO TUDO EM VOCÊ, NUNCA ESTUDAVA MUITO E AINDA PULOU UM ANO, PARA DE ESTUDAR, FALTA, MAS CONTINUA COM BOAS NOTAS E AINDA NAMORAVA O ADAM E MAU TRATOU ELE! OS PROFESSORES GOSTAM DE VOCÊ E TENHO TANTA RAIVA DISSO!!! O CHRISTOPHER FALA COM VOCÊ! QUE SACOO!!! – ela retruca comigo com as razões mais infantis possíveis.

- Bom...que culpa tem eu de nascer como: “Um lixo com inteligência elevada” do que, a garota que veio reclamar disso para mim? – eu chego mais perto dela.

Bobeei

Do nada ela me dá um tapa no rosto de mãos abertas.

- Está feliz agora? De bater na lixo? – disse com o rosto ainda virado para o lado.

- Com certeza! Uma lixo...- ela dá uma risada - Tenho dó da sua mãe de ter uma filha como você.

Okay, Olhei para ela como se olhar matasse e bom...mexeu com a minha mãe não perdoo ninguém. Ela continuou porém já estava para meter o soco na fuça dela, estava me segurando pelo meu pai.

- E seu pai? SOUBE QUE ESTÁ COM CANCER? SUA FAMÍLIA NÃO AGUENTA TER UMA LIXO GORDA COMO VOCÊ! SAI DA ESCOLA E MORRA LOG.....

Não aguentei, dei um soco na cara dela tão forte que ela caiu para trás. Eu a pego pela gola da camiseta e fico por cima dela e quase encosto minha testa com a mesma e falei com muita raiva.

- OLHA AQUI SUA FILHA DA PUTA, NÃO COLOQUE NA SUA BOCA MAIS NADA SOBRE MEUS PAIS. ME INSULTAR SINTA-SE A VONTADE MAS INSULTAR MEUS PAIS!? AH QUERIDA, EU NÃO PERDOO NÃO SUA VADIA! OLHA PARA VOCÊ SE ACHANDO QUE PUDIA TODA TODA COMIGO? E QUEM ESTÁ POR CIMA DE VOCÊ SEU RESTO DE MERDA QUE SAIU DO CU DA SUA MÃE. EU ESTAVA NO MEU CANTO E VOCÊ VEIO ME PERTUBAR SÓ PORQUE CONVERSEI COM AQUELE SEU BOYZINHO? ABRE OS OLHOS SUA FILHA DA PUTA! ELE JÁ NAMORA E AINDA UMA GAROTA MUITO MELHOR QUE VOCÊ! – sai de cima dela “jogando” ela no chão. Soltei ela um pouco forte fazendo-a ir para trás e se apoiar sob os cotovelos – VAI SE COMPORTAR AGORA OU QUER QUE EU TE USE COMO SACO DE PANCADA QUE NEM FIZ COM O PORRA DO ADAM?

Ela está com uma cara muito desnorteada e começa a cair algumas lágrimas de seus olhos. Quando se levanta as amigas dela vai acudi-la e saem para algum lugar.

Eu jogo minha franja (que cobre o meu rosto inteiro) pro lado e nisso olho em minha volta que está cheio de gente igual a outra vez.
Vou para a mesa que estava sentada pego minha mochila e vou embora.

Fui para onde me sentia bem, com o pessoal do bar-estúdio. Cara, aqui eles me acolheram. Não precisei falar pelo que passava, só de verem a minha cara e as tantas vezes que eu voltava e ficava lá. Sentiram ou perceberam a dor que eu passava. Não há outro lugar que eu não me sinta tão bem ao lado deles. E quanto a minha idade? Eles ainda não sabem. A primeira vez, entro com o rosto machucado, como desconfiariam que uma “garotinha” tinha brigado, fora que a minha aparência dá a impressão que tenho 18..20. A minha maturidade ajudava...eu sei que sou uma menina mas dava para dar uma disfarçada. E não sei se ajuda mas já tinha completado 16 anos.

Pela raiva que estava pedi para fazer um outro piercing na língua, dessa vez era na ponta da língua um pouco na lateral. Botei uma argola fina, então...ficando na lateral esquerda na minha língua.
Na boa estava usando um cartão que meu pai deixou para comprar coisas essenciais mas estava gastando com coisas supérfluas como tatuagens e piercings...Engraçado que ele não reclamava nada...

Antes de voltar para casa fui ver alguma academia de boxe, realmente, depois que as patricinhas me encheram o saco, de gorda, eu fiquei um pouco intrigada ou complexada. Sim...estava gordinha…Lembrei que exagerava no meu refúgio...a comida.
Voltei para casa e falei pro meu pai dessas meninas que vieram encher meu saco…ele riu.
Cara...cada risada dele eu guardava com carinho em minha memória, sempre achava que ele iria me dar uma bronca mas muito pelo contrário ele ria...e eu ria junto...
Também avisei que ia começar a fazer boxe e ele deixou numa boa.

Acabei faltando a escola por uma semana...não queria pisar lá, parece que toda vez aparece uma pessoa nova que vai me atormentar. Até agora foi o Adam, uns caras de rua e essas patricinhas chatas do caralho que não sabe o próprio lugar.
O fato de eu ter batido na menina, não chegou até a diretoria pois ela ficou com medo. Não sei o que ela inventou pra mãe porém não mexeu mais comigo.  Olha que o nariz dela sangrou e fez um machucadinho.

 Só um detalhe que não contei é que tinha um menino que eu percebi que ele sempre me olhava. Sabia da fama dele....briguento...mas nem posso falar muito porque ficaria como “o sujo falando do mau lavado.” Ele começou a namorar com uma garota que entrou esse ano na minha sala. Não me lembro direito do nome dela...Lisa,Lidia,Lina...não sei. Era o casalzinho da escola. Mas diabos que sempre que passava por ele nossos olhos se cruzavam. Enfim...isso não é relevante...talvez seja mais um escroto que vai me atormentar depois.

Depois dessa uma semana que faltei na escola, passei a ir menos ainda, só de vez em quando e muitas vezes somente os dias que ia ter prova pois a Zara me avisava quando que ia ter ou não.

Comecei a focar mais nos meus treinos de boxe, nada para ficar profissional mas queria ter um corpo resistente para qualquer briga que viesse e claro...perder os quilos que tinha ganho. Estava indo muito para o bar e no estúdio de tattoo, esses caras se tornaram os meus amigos de verdade. Eles me ajudavam com a segunda tatuagem que queria fazer, nisso contei minha história para eles…eles se comoveram bastante do fato da minha mãe e que ia perder meu ai daqui pouco tempo.

No final das contas eu fiz outros piercings como na orelha o chamado: “Daith” e aqueles que são internos. Fiz dois na parte lombar da minha costa.

Logo chegou aquela época de “Prom”...ninguém merece é a maior perda de tempo que eu conheço. Por que ir dançar se depois literalmente vamos “dançar” na faculdade.
Era a formatura do último ano e por incrível que pareça, três me convidaram e claro que eu rejeitei...
Mas tudo bem...já que estava voltando a ter o corpo que tinha ou até melhor, minha aparecia foi mudando, os piercings, tatuagem, pintei o cabelo de preto e cortei ele. Engraçado que chamava atenção de alguns meninos. Por isso me convidavam...reio eu, para ir e ser o parzinho...

- Não brigada, eu não quero – essa era a frase que repetia como se fosse um disco quebrado.

1 – Eu não sou formando
2 – Até parece que vou gastar dinheiro com isso vestido, maquiagem e seilá mais que porra se gastaria em um Prom.
3 – Não gosto de perder tempo com coisas de adolescentes inocentes e escrotos.

Dois dele ficaram de boa mas um…ficou me enchendo o saco. Ele começou a falar que já estava fazendo dois meses de kung-fu e queria ver se aguento brigar com ele, claro que ignorei pois não valia a pena mas depois que ele falou de chifrada e essas porra toda.

Dei um soco na lateral de seu rosto.

- Prazer, sou o demônio e tenho mesmo chifres, legal né? – Disse irônica e ele ficou me olhando sentado no chão com a mão na bochecha.

Cheguei no boxe cuspindo fogo e o cara que acompanhava meu treino viu que eu estava com uma força diferente dos outros dias, em casa não foi diferente estava com cenho fechado e muito distraída.

- Filha! O que aconteceu? – Meu pai perguntou e eu passava reto para ir para o meu quarto. – FILHAA!

Parei de andar e voltei...

- Oi......desculpa...eu não percebi que você tava me chamando.

-Querida por que está assim com tanta raiva?

- Por que eu bati de novo...em alguém...

- Okay.....quero te falar uma coisa...você já está crescendo...e precisamos ter uma certa conversa.

- Papai, eu já comecei a crescer faz um tempinho papai... – Meu pai ri....

- Eu sei mas preciso te falar... – O relógio dele apita e ele olha para o relógio desesperado – Meu Deus preciso tomar meu remédio!

- Que horas são papai? – perguntei

- 19h – e ele foi para a cozinha

Meu Deus...fiquei muito tempo na academia...não imaginava que tinha ficado tanto tempo assim só sei que tinha combinado com a galera de se encontrar no bar...de novo.

- Papaaaai!! Tô saindo pro bar!! – gritei saindo de casa.

- Okaaay filha toma cuidado! E.... – não escutei mais nada do que ele tinha dito pois já havia saído.

 

Sumi por um dia, e não levei o celular. Na verdade eu tinha dado uma pequena viajada com o pessoal do bar e do estúdio de tatuagem. Quando voltei meu pai veio correndo me abraçar...ele ficou muito preocupado, geralmente levo o celular e aviso onde estou ou essas coisas para tranquiliza-lo mas...dessa vez foi diferente.
Quando voltei para casa:

-MEU DEUS FILHA - ele me abraça muito forte.

-Calma papai eu tô bem. Sei me virar apenas esqueci o celular e tava de carona não pude voltar antes...

-Eu tava tão preocupado...

-Papai, você sabe com quem eu estaria, e com eles sabe que estaria segura de qualquer forma

-Filha. Eu sei mas eles são homens, não confio

-Papai. Por favor se o você confia em mim estão por favor confia quem estava comigo pois confio neles – o olhei

-Querida, vc só tem 15 anos….

-Papai, completei 16 em Fevereiro! - Falei rindo e meio brava ele tb riu.

-Eu sei meu amor... – ele para um pouco – O QUEEE!!?? VOCÊ JÁ TEM 16 ANOS!? MEU DEUS NÃO ACREDITO QUE ESQUECI O ANIVERSÁRIO DA MINHA FILHA você é a única coisa que restou... e esqueci o aniversário - Quando ouvi isso abracei meu pai e pensei "e você é única coisa que restou e vou perder e nem vou ter tempo de comemorar seu aniversário", me segurei para não cair nenhuma lágrima.

-Filha além de você de coisa importante que me restou tem mais uma coisa... E eu quero te mostrar.... - Ele se afastou de mim e fez sinal com a cabeça para eu seguir ele, estava me levando até a garagem…fiquei pensando por que diabos está me trazendo aqui.

Quando chegamos e abrimos a porta, estava lá uma moto linda e dava para ver que era antiga. Foi amor à primeira vista.

Meu pai olhou pra mim e eu para ele e ele sorriu. Eu estava com o rosto mais desacreditada possível.
- É para vc filha...eu suspeitei que vc estivesse de carona, sei que você chega meia noite quando pode e quando não pode é por que está de carona. Vi muitas vezes alguém te deixar em frente de casa.

-eu...........eu........papai.........ela........... é linda - Começou a cair lágrimas - eu vi nas fotos ela é do vovô... - E olhei pra ele.

- Sim. Seu avô passou para mim e agora estou te dando. Já que completou 16 e vai poder dirigir...legalmente. Quero que vá lá já pra tirar carta.

- Aquelas fotos não era do vovô?

-Sim, uma parte, tb tem eu lá! – meu pai disse meio revoltado por não reconhece-lo nas fotos antigas e cai na risada...

-Sério? Agora eu entendi melhor as tatuagens que você tem. Como elas tão meio antigas achei que era só vovô e vocês dois são bem parecidos quando jovens - eu ri e meu pai também..
...e ele tossiu um pouco.
Fiquei um pouco assustada e ele negou com a cabeça, entendi que ele não queria ajuda e queira dizer com esse gesto que estava bem.

-Olha....eu sei com quem você anda e na verdade eu também andava com esse tipo de pessoa e seu avô também. Mas quem nos acalmou foi a sua avó e sua mãe. Mas você veio e quebrou todos os paradigmas - ele disse essa última palavra fazendo entre aspas com os dedos. Espero que você ame ela igual como seu vô e eu amamos.

-Pode deixar papai, eu já a amo…de todo meu coração... e detalhe! Eu já estou para tirar carta, o pessoal do bar tattoo me ajudou – ri.

 

Corri atrás das últimas coisas que pediram para tirar a minha carteira, Graças ao pessoal do bar eu peguei muito rápido o jeitinho para pilotar uma moto. Parece que está nas veias esse extinto de ser O ou A badboy e arranjar briga, ser meio sabe...o que meu avô e meu pai eram. Meu único desafio foi aguentar no começo o peso da moto mas logo me acostumei, o boxe me deixou forte até....


E...chegou o “grande dia”, levei  de moto a Zara, ela queria andar na moto e já que eu nem estava mais aparecendo na escola quase, e se aparecia era a pé, essa seria a chance mais próxima de andar em cima da velha amiga da família. A Zara foi convidada pelo “irmão” dela. Ela disse que iria se encontrar com ele na escola (ele tinha se oferecido para busca-la).

- MEEU DEUS KEIRAAAAAAA ELA É MUITO...CARAMBA! – pois é..a Zara não expressa nada com palavrão. Então se expressa com gírias e olha lá.

- Sobe logo que você tá meia hora atrasada...fica ai se maquiando e tudo mais.

- Desculpa Keira...é que de última hora fiquei sabendo que eu não ia mais pro cabeleireiro...dai eu tive que fazer aqui em casa...foi meio complicado...

-Mas porque você não me chamou? Eu te levaria!

- Keira...moto, cabelo e maquiagem feito, meio complicado né...tanto que você vai precisar ir devagar...

- Okaay hahaha eu vou devagar – E assim fui devagar.

- Mas pera...você já tirou carta?

-Já! Há um tempo né Zara. O pessoal do ar me ajudou pra aguentar o peso dessa moto. Então já treinava antes de tirar carta e depois também.

- Meu Deus Keira! Como assim e você nem avisa nada que já estava correndo atrás disso tudo!

- Ai Zara pelo menos hoje você está indo com uma Harley Davidson dos anos 70 pra formatura...clássico!

- Ai! Keiraaa! – Ela ri e solta os braços para sentir o vento.

Cheguei na escola e lá estava o irmão dela com o amigo dele que sempre me olha...credo...
Só estou me preparando pra quando um dia ele vier tretar comigo. 

- Dustiiiin!! Oiii!!! Nossa Brian você está aqui? E a Lia? – ela sai da moto correndo. Tirei o capacete e fiquei de longe observando ela ir até eles. Ela está linda, angelical e com um vestido branco leve, e na região do peito e do ombro tem bordados, do seio para baixo é apenas tecido. Termina logo abaixo dos joelhos e está com um tênis estilo keds branco de couro. Tinha que ser ela pra estar fofinha e ao mesmo tempo despojada. Estava sorrindo porém quando percebi que o amigo do Dustin...Brian, como a Zara gritou, estava dando algumas olhadas para mim eu parei de sorrir, coloquei meu capacete.

- Keiraaaa!! Você não quer entrar? Você pode ir como convidada do Dustin ou do Brian sabe uma amiga convidada – Fiz a letra x com os braços querendo dizer ‘não’ – Okay então! Se cuida Keira! Toma cuidado com a polícia! – Ela começa a rir docemente.

Eu acenei e fui embora. 


Notas Finais


Obrigada por lerem!


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