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História A Garota das Visitas Noturnas - Suas Brincadeiras, Meu Pecado Preferido


Escrita por: Anonymous-san

Notas do Autor


HELLOUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU BITCHES

E, finalmente, introduzo a vocês o capítulo que todo mundo tava esperando. Já era hora, eu tava enrolando muito, mas agora também vou largar de vez a bomba e sair correndo.

GENTE, OUÇAM HEAVEN DO EXO COM ESTE CAPÌTULO, SE QUISER PODEM OLHAR A LETRA, VOU DEIXAR UM LINK PRO VÍDEO LEGENDADO EM PORTUGUÊS NAS NOTAS FINAIS!!!!!!!!!!

Capítulo 21 - Suas Brincadeiras, Meu Pecado Preferido


Estava no vestiário, se trocando após uma longa e cansativa aula de educação física, que, em sua opinião, poderia simplesmente não fazer parte de sua vida estudantil. Odiava qualquer formalidade esportiva - ainda mais com pessoas que mais conversavam do que executavam os exercícios - que não fosse o vôlei, é claro. Infelizmente, no time de sua escola, ao menos no time júnior, não restavam muitos alunos.

Não via a hora de passar ao ensino médio e treinar para valer, no time oficial do Seijoh, ou no Karasuno. Sinceramente, preferia a última opção, mas não estava disposto a admitir suas motivações. 

Estava completamente distraído, trocando de roupa para a próxima aula, e por isso ficou extremamente chocado ao ouvir um grupo de garotos passar por si comentando sobre um certo tipo de boato entre dois garotos do segundo ano, que se confessaram no corredor.

- Eu não sei cara, nada a comentar - um dos estudantes do grupo se pronunciou, abrindo um armário e pegando seu desodorante -, deixem eles viverem suas vidas. Não sou eu que vou me meter.

- Eu concordo, deixem os caras serem felizes, já basta o resto do mundo aí fora para julgá-los - outro comentou, e o resto concordou com murmúrios dispersos no vestiário.

Kageyama nunca em sua vida teria imaginado que garotos do último ano do fundamental poderiam pensar assim, além dele mesmo e pouquíssimas exceções. Deveria estar errado, então. Assim, ao menos um pouco, seu coração se encheu de esperança pelo mundo, para logo depois ser preenchido pelo susto de sentir seu celular vibrando no bolso traseiro da calça.

- Puta que pariu, eu já falei para ela não me mandar mensagens esse horário!

Em sua cabeça, xingava a loira de todas as maneias possíveis, algumas que ele mesmo inventara. Amaldiçoou Saeko, imaginando que ela estaria tentando se assegurar de quele não havia desistindo de ajudar seu irmãozinho - mais velho que o próprio moreno - à treinar para as nacionais, que já batiam à porta.

Terminou de ajeitar a camisa,  e acabou por decidir que checaria as mensagens no caminho de volta à classe. Desbloqueou o visor do aparelho, com uma das mãos no bolso, enquanto caminhava pelos corredores praticamente vazios. Ao abrir o aplicativo de mensagens, se deparou com algo que não imaginava, e percebeu que uma simples notificação podia sim fazer alguém feliz.

Hina te enviou uma mensagem.

- Hoje -

Kags, uhm, e aí? - 15:10

Ainda está na aula? - 15:11

Nope, indo pra sala depois da E.F - 15:12

Então, livre hoje de tarde?

Depois da aula... -15:12

Claro, pq?

Nada, só queria falar com vc

Pode vir aqui? -15:13

Portão da escola? -15:14

Não

Me encontra...

No estacionamento daquela loja de conveniência -15:15

Fechado

Fechado!

Kageyama quase surtou ao perceber que aquela podia ser sua chance de finalmente tomar sua dose da maldita coragem e prosseguir com o plano de se confessar ao ruivo.

Suas esperanças subiram - assim como seu humor - e entrou na sala estranhamente feliz, cumprimentando os colegas, que naturalmente estranharam a súbita mudança no moreno de olhos frios. Nem notou os olhares curiosos, pois se concentrava em não sorrir como um idiota. Bem, não tanto.

Apertou o celular com ambas as mãos, embaixo da cobertura da mesa, para ter certeza de que era real. Como se apertar o aparelho tornasse aquilo mais verdadeiro, e impedisse que o Hinata escapasse por suas mãos.

Mesmo tentando se precaver, ao olhar para o relógio de parede e constatar que faltava pouco tempo -relativamente - para o fim do período de aulas naquele dia, um sorriso arteiro se empertigou por seus lábios, impossível de se conter. Decidiu guardar o aparelho móvel na bolsa, e apoiou a cabeça em uma das mãos, suspirando fundo em puro deleite aos acontecimentos recentes.

O professor entrou na sala, fez a chamada de rotina - ao qual o Kageyama respondeu distraidamente - e prosseguiu sua aula, enquanto o moreno anotava as partes mais importantes sem realmente entender o que suas mãos copiavam. 

- Ele vai aparecer dessa vez? - Se perguntou tão baixo que apenas ele mesmo fora capaz de ouvir.

Por mais que tentasse expulsá-la, a dúvida insistia em penetrar pelos limiares de sua mente, se recusando à sair depois de ser detectada. Não podia evitar pensar que seria esquecido mais uma vez, tendo uma base para acreditar nessa possibilidade. 

O resto da aula passou de maneira torturante e lenta, envolvendo um moreno que mordiscava as unhas em ansiedade, um professor que insistia que a composição do DNA era de suma importância para sua formação profissional, e alunos como Tobio que discordavam completamente, com poucas exceções.

Queria que alguém provasse que saber o que saber o que era citosina e guanina poderia salvar você quando estivesse na faculdade de culinária, por que era isso que o moreno queria fazer.

Quase saltou janela afora quando ouviu o abençoado - outras horas insuportável - som do alarme que indicava o fim das aulas. Mal esperou que o professor dispensasse a classe e já estava arrumando a mochila. Assim que o professor permitiu que a porta da sala fosse aberta, se levantou em um pulo e correu até a saída, não esperando nem um minuto para ser reprimido pelo comportamento apressado e deselegante.

Jovens eram assim, fazer o que se era jovem também?

Tentou não correr nos corredores, mas suas pernas pareciam não querer seguir as ordens vindas do cérebro, e Kageyama tentou se contentar com um passo rápido, beirando uma corrida leve. Mesmo que não estivesse mais tão calor àquele horário da tarde, seu corpo suava, e percebeu que era por causa do nervosismo, por que suas mãos decidiram começar a tremer levemente. 

Quando percebeu, já estava correndo e saltitando pelas calçadas, em direção ao março de encontro. Como sua aula terminava minutos antes, chegaria lá mais rápido que o menor.

Não estiveram se falando muito, mas não mudava o que sentia pelo outro. Além da situação meio estranha que pairava entre eles, na visão do moreno, estavam tão próximos quanto jamais estiveram.

Mesmo tendo se afastado um pouco, é mesmo que estivesse inseguro sobre o que dizer quando se encontrassem, Tobio sabia que, na hora, nada seria tão certo quanto eles respirando o mesmo ar e dividindo o mesmo espaço. Nunca se sentia tão bem, mesmo quando estava nervoso, quanto estando ao lado do menor.

Parou de correr ao chegar no destino, percebendo que havia cedido para a ansiedade. Uma batalha perdida, mas sentia que o momento de receber um prêmio ainda estava por vir.

Decidiu sentar no batente em frente ao estabelecimento para esperar pelo menor, enquanto ouvia música com seus fones nem um pouco extraordinários. Se perdia na melodia de uma música sobre o amor ansioso e confuso de um adolescente.

Nada combinaria melhor com o momento, pensou.

-- // --

Oikawa era um maldito gigante cruel, e estava mais do que desesperado quando pensou em lhe pedir ajuda. Agora se arrependia levemente de ter feito aquela ligação.

Depois de ouvir que o mais velho não o ajudaria, por já estava envolvido demais, decidiu tomar coragem e armar um plano sozinho, estava na hora de usar dos próprios esforços para atingir seu objetivo:

Contar à Kageyama que o amava.

Bem, pensando consigo, achou que amar era uma palavra forte demais para alguém com menos de 16 anos, mas deu de ombros, pois ela teria de servir. Quem disse que amor tem idade mínima?

Não estou dizendo que... Ah, deixa pra lá.

Pensou com todos os músculos que tinha - se é que isso era possível -, enquanto fritava os miolos para conseguir um plano digno de ser executado. O problema era que não costumava ser muito bom criando estratégias.

Tinha que ser algo simples, para que não houvesse muitas possibilidades de dar errado. Veja bem, Shouyou não era o melhor exemplo de organização.

Olhou ao redor, esperando um rastro de criatividade se acender em seu interior, e uma boa ideia surgir a partir do nada. Como esperado, este plano não deu muito certo. Estava entrando em desespero, com a cabeça nas mãos, e o corpo encolhido na cadeira.

A sala estava barulhenta como sempre, e decidiu dar uma olhada para ver a interação de adolescentes. Seu nervosismo aumentava ao que se via sem ideias novamente, e acabou se lembrando que nenhuma maneira de interação social e românticaque funcionava com pessoas ordinárias, funcionaria com o Kageyama.

Deixou que a gravidade levasse a melhor, sentindo a dor do impacto de sua testa com a superfície dura da mesa de madeira. O som, no entanto, não se propagou pela sala, uma vez que as vozes animadas dos estudantes eram impossíveis de se superar.

Desistiu de qualquer plano, e se viu apenas com sua coragem - quase em falta - e o objetivo, que não mudaria. Precisaria confiar em si mesmo e simplesmente partir para a ofensiva. Só precisava se encontrar com o maior...

Vou mandar uma mensagem, talvez ele esteja livre agora. Se não nos encontrarmos hoje, tenho quase certeza que vou perder a coragem.

Sacou o celular e enviou a mensagem, ficando eufórico ao receber uma resposta relativamente rápida ao seu chamado. Seu coração se acelerou, quase imperceptível, mas o ruivo se sentiu um idiota olhando para a tela do celular com um sorriso bobo.

Como Tobio conseguia transformá-lo em um idiota apaixonado sem nenhum esforço?

Enfim, decidiram se encontrar no estacionamento da lojinha de conveniência. A mesma em que encontrara o Oikawa, na época em que Tobio ainda estava hospitalizado. Seus pelos se arrepiaram à lembrança do dia.

Expulsou o sentimento com um dar de ombros, balançando a cabeça para apagar os resquícios do pensamento. Focou todos os nervos de seu corpo no sentimento de ansiedade e felicidade que o preenchia ao passar de cada minuto.

Cada tique de seu relógio do pulso, mesmo em meio ao barulho da sala, soava alto em seus ouvidos, lembrando-o do compromisso recém-marcado, ainda fresco em sua memória.

Não conseguia conter a animação ao ver o último professor do dia começar a passar as atividades que deveriam fazer para a próxima aula, indicando que a aula estava perto de acabar. Seus pés batiam ritmicamente no chão, à cada movimento nervoso de sua perna. Seus olhos fulminavam, ora o relógio em seu pulso, ora o professor que terminava de escrever no quadro negro.

Assim que ouviu a dispensa do mestre, e o sinal eletrônico irritantemente alto soar pelos corredores, pegou sua mochila e correu porta afora, sem se importar com quem esbarrava na multidão apressada de alunos ansiosos - assim como ele - para deixarem as dependências da escola.

Correu, com o coração a mil, o peito formigando com uma sensação esquisita, curiosa, mas estranhamente agradável. Cada passo pesava em seu tórax, cada respiração enchia seus pulmões com a excitação que pairava junto ao ar. Seus pés, rápidos em sua pressa, o levaram eficientemente ao portão dos fundos da construção.

Passou silenciosamente pela mesma entrada - apenas para funcionários - por onde havia passado semanas antes, fugindo de Kenma. Mas agora, o sentimento que carregava era outro, e o cenário estava associado a algo melhor.

Avistou o moreno alto rapidamente com seus olhos ansiosos, cheios de insegurança e expectativa. Percebeu-o sentado em frente à entrada da pequena loja, com a cabeça para trás, envolta por seus fones brancos desgastados pelo uso. Seus olhos estavam fechados, mas Hinata se assustou ao ver ele abri-los subitamente, se levantando e espantando algo que julgou ser um inseto incoveniente.

Seus olhos brilharam ainda mais ao ver que o outro lhe dera as costas, e a ação seguinte mal pareceu ser planejada. Foi uma questão de segundos para que seu cérebro decidisse o que fazer, e seu corpo apenas seguiu o comando quase inconsciente.

Se aproximou em passos silenciosos, mas rápidos, sendo cauteloso para que não o descobrisse. O coração martelou o peito do baixinho, que engoliu em seco antes de realizar o ato, reunindo toda a coragem que era capaz de juntar naquele momento de impulsividade.

Antes que o maior pudesse se virar, cutucou as costas do garoto, chamando sua atenção para um dos lados, e o ruivo correu para o outro. Segurou o riso com a cena de um Tobio atordoado e confuso. O moreno virou para o lado, finalmente vendo o Hinata parado, com um sorriso no rosto, triunfante.

Mas aquele não era o único motivo de ele estar tão feliz.

- Muito engraça...

Não teve tempo para completar a frase. Deus, nem ao menos quis ter tido tempo de completa-la ao sentir um toque macio e úmido em seus lábios. Tímido, no começo, mas caloroso em maneiras que não podia descrever. Havia sonhado com aquilo tantas vezes, mas podia dizer com certeza: Sentir aquele gosto ao vivo era muito melhor do que imagina-lo.

O Kageyama estava abaixo do batente que dava para a loja, e Shouyou estava no alto, e por isso precisou ficar apenas um pouco na ponta dos pés para alcançar o outro. Qualquer esforço valeu apena quando seus lábios se juntaram.

Seus corpos formigavam em harmonia, um sentimento gostoso, cheio de animação, desejo, curiosidade e várias outras coisas que não eram capazes de distinguir. Os braços do ruivo naturalmente circularam o pescoço do maior, que levou suas mãos à cintura esguia com a mesma leveza.

Não importava o que dissessem, nada era mais certo do que aquilo. Nenhuma mulher o faria se sentir daquela maneira, e não era doente por ser assim. O amor não podia se errado, nem mesmo negado. Senão, por que se sentia tão bem ali?

- Haha, te peguei - ouviu a risada do Hinata, com as bochechas coradas e um sorriso adorável, com os braços ainda em si.

Suas bocas estavam separadas novamente, e mal podia acreditar que estiveram coladas segundos atrás. Simplesmente não podia ser verdade. Mas era. Afinal, qual era o tamanho da influência que o ruivinho podia ter sobre sua sanidade mental?

- Caralho. - Não conseguiu falar nada mais útil, apenas sorriu como um idiota. - Eu estive querendo fazer isto por um tempo.

- E por que não fez antes, então? - Era bom provocar o outro um pouco, ainda mais estando em seus braços. Desceu o batente, voltando à sua altura normal, movendo as mãos para os ombros do corpo alto. - Muita vergonha?

- Ah, cala a boca - falou,  vendo o bico nos lábios alheios.

Não podia ignorar aqueles lábios perfeitos e rosados, macios demais, atrativos demais, viciantes demais. Na verdade, não era capaz de ignorar nenhum aspecto de Shouyou.

- Vem calar, senhor gigante.

- Com todo o prazer, baixinho.


Notas Finais


https://www.youtube.com/watch?v=ThimFoojOoE

OOOOOOOOOU, GOsTARAM? AMARAM? VENERARAM?

kkkkkkk Eu amei escrever este capítulo, e tô doidinha pra ver as reações de vocÊs nos comentários, então não se segurem e falem o que acharam. Amo vocês!

Ah, no próximo capítulo, eu acho, vou fazer um texto de apoio À comunidade lgbtq+, e às pessoas que ainda não saíram do armário, e vou deixar nas notas finais. Eu mesma estou sofrendo com isso, então vamos dar amor e apoio a todo mundo, por que é uma situação horrível não ser aceito.

Joga amor no mundo, por que hate já tem demais!


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