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História A garota do calendário - Clace (EM REVISÃO) - Uma nova peça no tabuleiro.


Escrita por: Cassie_fray e gio_gioo

Notas do Autor


Oioi, meus dengos, nós voltamos finalmente!
Primeiramente queremos pedir perdão por essa demora toda, aconteceram muitas coisas e não tivemos tempo. Pra ajudar, meu celular quebrou e foram três semanas sem Spirit.
Fizemos esse capítulo com carinho e um pouco de dor no coração, agora o bicho vai começar a pegar de vez! Se preparem, meus anjos, tem muita coisa por vir.
Bom, é isso não vamos mais nos demorar por aqui, aproveitem esse capítulo! ❤️

Capítulo 21 - Uma nova peça no tabuleiro.


{Clary} 



Eu tinha um irmão e nunca soube?! Como?! É o que eu iria descobrir. Estella e Valentim teriam que me dar uma ótima explicação, a melhor do mundo. Como ele só apareceu agora? Como tudo isso tá acontecendo de uma vez?! 

As perguntas não paravam de ocupar minha mente, todas elas implorando por respostas. 

— Viu só? Eu não estava mentindo, Clary. Eu não menti sobre nada. — Jonathan disse. Jace estava parado e pensativo, ainda não tinha dito uma única palavra. — Será que com isso você poderia me dar um voto de confiança? 

— E-eu não sei o que dizer, eu não sei o que fazer. — passei o polegar nas bochechas, limpando as lágrimas recém caídas. 

Meu corpo inteiro estava mole e minhas mãos trêmulas e suadas. Eu estava tensa, não sabia nem o que fazer. Minha cabeça já estava começando a doer e a tontura veio com tudo, sorrateira, perversa. Me apoiei na parede atrás de mim. Naquele momento, em meio àquela situação maluca, pensei no meu bebê. 

Na minha primeira gravidez eu estava da mesma forma, a única diferença é que agora o vilão da história era meu pai, porque ele sabia que tinha outro filho e escondeu isso de mim. Mas por quê?! Por que ele nunca contou sobre a existência de Jonathan?!

Perguntas, perguntas e mais perguntas. Era tudo o que ocupava minha mente. Era muito, muito torturante pensar de mais. 

— Ei Clary, você tá muito pálida. — Jace veio até mim e segurou minha mão. — Vem, vamos sentar em algum lugar e buscar um copo de água pra você. 

— Eu preciso ir agora, cuida dela. — Jonathan disse e foi embora. Assim, mais rápido do que havia chegado, sem mais nem menos. 

— Jace, me leva pra casa, por favor. Eu só quero ir pra casa, deitar e tentar dormir um pouco. — pedi, o coração pesado. 

— Claro, vamos. — Jace me abraçou. 

Depois de um tempo, finalmente chegamos em casa e Jace disse que ia preparar um macarrão com bacon e molho branco. Eu estava no quarto, deitada na cama e pensando em tudo o que estava acontecendo. Essas coisas não paravam de acontecer comigo, me senti dentro de um seriado onde o protagonista não tem um segundo de paz e vive passando por altos e baixos. Ei já estava muito cansada de tudo. 

Meu pai e Estella mentiram para mim, as duas pessoas que eu mais amava no mundo esconderam uma pessoa cujo meu sangue corria nas veias. Okay, era de mais. 

Eu queria entender o por quê. Por quê meu pai escondeu Jonathan? Por quê Estella nunca me contou nada? Por quê tudo estava desabando assim? 

Decidida, peguei meu celular no canto da cama e disquei o número de Estella. Na primeira vez ela não atendeu, já na segunda vez, chamou três vezes e aí sim pude ouvir a voz refinada dela. 

— Oi tia, sou eu. Bom, eu não vou ficar de enrolação. Venha para Paris o mais rápido que conseguir, é um assunto urgente. Por telefone eu não vou poder falar, mas quero que saiba que eu já sei de toda a verdade. E não tia, eu não posso dizer por telefone — falei antes de Estella dizer algo. — Só por favor, vem pra cá, tchau. 

Agora sim eu ia saber a verdade. Só não sabia ao certo se eu reagiria bem, afinal, eu só sabia de Jonathan e nada mais.  Minha tia provavelmente sabia de tudo, já que Jonathan disse que ela não contou toda a verdade para ele, ou seja, ele conhecia minha tia e ela contou coisas a ele. Mas eu teria que parar de pensar naquilo por um momento. Precisava relaxar. Ou melhor, tentar. 

Fui até o banheiro, tomei um banho rápido e vesti o primeiro vestido que vi. Depois fui para a cozinha e enquanto andava prendi meu cabelo em um coque fragal. 

— Que bom que desceu, eu já estava indo te chamar — Jace terminou de colocar a mesa. — Eu fiz um suco de cenoura com acerola. Espero que goste. 

— Obrigada — sorri, fui até ele e depositei um selinho em seus lábios. — Você tem sido maravilhoso pra mim, não sei como ainda está comigo. Quer dizer, eu sou um poço de problemas e… 

— Estou com você porque eu te amo, porque você é a minha mulher e a mãe da nossa criança  — beijou minha testa. — E você não é um poço de problemas. A gente vai passar por tudo isso juntos, entendeu? Vamos superar o seu pai, o irmão que veio do nada e teremos muitas histórias para contar para a nossa pequena quando ela nascer. 

— Pequena? — perguntei. 

— Sim, pequena. É uma menina. 

— Como pode ter tanta certeza disso? — ri. 

— Eu apenas tenho, fique vendo — sorriu. — Vem, linda, coma um pouco para encher a nossa Spencer de saúde. 

— Spencer? Já até decidiu o nome? — me sentei na mesa e não pude deixar de sorrir. 

— Sim, e se for um menino, que tal Bruce? 

— Bruce? Tipo o Batman? — dei uma garfada. — De jeito nenhum. Não quero nosso bebê enfiado em uma caverna com computadores de tecnologia avançada e que o seu melhor amigo seja um mordomo chamado Alfred — tomei um pouco de suco. 

— Nossa, você realmente sabe muitas coisas sobre o Batman — riu. — Bom, também temos outras opções como Dylan, Jacob, Noah... 

— Newt  — falei. — Sempre achei esse nome muito lindo. Que tal esse se for menino? 

— É um belo nome — Jace começou a comer seu macarrão. — Justo você escolher, levando em consideração que eu escolhi um para menina. 

— É, realmente. Então para menina é Spencer e para menino é Newt. 

— Perfeito. 





Já era 20:30h da noite quando recebi uma ligação da minha tia. Eu tinha contado para Jace sobre o telefonema com Estella e o que eu tinha em mente. Falei também que iria buscá-la e como eu esperava, ele se ofereceu para tal tarefa. Porém, Jace só tinha mais duas semanas de filmagem, depois disso viria a pausa para que depois de uma semana ele retornasse. Então, como ele precisava pegar o dinheiro, assinar alguns papéis e tudo o mais, eu mesma iria buscar minha tia. 

— Senhora, eu ainda vou perder meu emprego. — Wes disse correndo atrás de mim. Eu tinha pegado a chave do carro escondida, mas ele viu. — Por favor, deixe que eu te leve. 

— Tudo bem, tudo bem — revirei os olhos e entreguei a chave para ele. — Porém, na volta, eu preciso descer cinco quarteirões daqui porque tenho que falar algo importante, sobre um alguém importante e porque eu nunca soube disso. 

— A senhora anda com muitos segredos recentemente, não que isso seja da minha conta, é apenas uma pequena observação — Wes disse. Fomos até o carro e entramos, ele começou a dirigir rumo ao aeroporto. — A senhora tem algum palpite sobre o sexo do bebê? A minha mulher pediu para desejar felicidades e saúde a criança. 

— Wes, eu não tenho sessenta anos para ser uma senhora. Eu já disse que pode me chamar de Clary — falei, um sorriso nos lábios. Wes sorriu e assentiu. — A sua mulher é uma fofa e eu agradeço. Na realidade eu não tinha pensado nisso até hoje quando Jace tocou no assunto. Ele quer muito uma menina e acha que é uma menina. 

— Sim, eu sei. Ajudei ele com uma lista para nomes. Você precisava ver o entusiasmo dele, acho que nunca tinha visto o patrão tão feliz — continuou. — E se for menino, que nome vai ser? 

Sorri ao pensar em Jace escolhendo os nomes com Wes. Era fofo. 

— Newt. 

— Um belo nome — olhou para mim rapidamente e depois voltou seu olhar para frente. — Newt me lembra realeza, quem diria que você daria luz a um príncipe —  brincou e eu ri com gosto. 

— Wes, tem como pegar um caminho diferente? Esses repórteres e suas câmeras para todo lado já estão me deixando de cabelo em pé — perguntei pouco tempo depois de silêncio. 

— Claro que sim, conheço um quarteirão que virando nele a gente vai sair no museu do Louvre, e com isso pegamos o caminho mais longo e ganhamos cinco minutos a mais de conversa. 

— Perfeito — sorri. 

Depois de quinze minutos de conversa, risadas e fofocas chegamos no aeroporto. Wes era um ótimo motorista e com qualquer um que começasse uma conversa com ele, poderia passar uma eternidade e nem iria notar. 

Assim que desci do carro pude ver minha tia esperando do lado de fora. Para variar, ela estava semelhante a uma boneca luxuosa de porcelana. Sua pele branca pálida, uma saia tubinho preta, uma blusa se seda branca e seus colares brilhantes, davam a ela um aspecto elegante como sempre. Ela nunca iria mudar. 

— Tia — chamei, a voz impassível. Assim que me viu sorriu e veio andando até mim. — Até que foi rápido. 

— Querida, com uma ligação daquelas, eu viria até voando em uma vassoura — disse, em seguida, me abraçou. — O que quer conversar comigo que é tão urgente assim? 

— Aqui não é um bom lugar, os repórteres estão por todos os lados — falei. — Wes, me ajude a colocar as malas no carro. 

— Pode deixar, Clary, eu coloco — Wes veio correndo. Minha tia não trouxe muitas malas, apenas duas, pelo visto não queria ficar muito tempo. 

— Vamos, tia — chamei. Entramos no carro e Wes pegou o mesmo caminho, ele já sabia onde tinha que parar. 

— Então quer dizer que você está grávida — Estella riu baixo, eu apenas abaixei a cabeça. — Eu gostaria de ter descoberto por você e não pela televisão. 

— É uma situação complicada, tia. Não quero colocar a vida do meu bebê em perigo. Bom, não queria, mas de alguma forma ainda misteriosa minha gravidez foi parar nos jornais — olhei para ela, que estava com olhar repleto de curiosidade. Wes a todo momento olhava pelo retrovisor. — Mas Jace e eu estamos muito felizes, já decidimos os nomes para ambos os sexos. 

— Fico feliz que tenha se dado bem com isso tudo, Clary. Sabe querida, eu sei que nem sempre as coisas saíram como você queria, mas ver que está feliz e construindo uma família é ótimo — Estella segurou na minha mão. — Eu tenho adiado uma conversa com você há muitos anos, mas eu já não posso mais esconder. Na verdade, acho que você já descobriu. 

— Jonathan? Sim, eu descobri hoje — falei. Minha tia arregalou os olhos como se eu tivesse lhe dito o maior segredo do mundo. Talvez não fosse aquilo que ela esperava. 

— Tem uma explicação Clary, nada é o que você pensa ser — foi tudo o que disse, depois se calou de vez. 

Wes dirigiu em silêncio apenas dando rápidas olhadas pelo retrovisor. Quando finalmente chegou onde eu queria, ele parou o carro. 

— Chegamos, como você me pediu — Wes disse, se virando para trás. — Eu vou ficar bem aqui, Clary, qualquer coisa é só dar um grito e eu vou correndo. 

— Obrigada — abri a porta do carro e desci. — Vem, tia.

Minha tia ficou um pouco parada tentando assimilar tudo, mas em segundos desceu e veio até mim. A lua e as estrelas já brilhavam no céu. 

— Querida, eu não estou entendendo muito bem o que está acontecendo aqui — Estella começou assim que se aproximou de mim. — Por que tudo isso, Clary? 

— Por quê, tia? Bom, vamos começar com o fato de eu não saber nada sobre minha mãe, de eu nunca saber da existência do meu irmão, sobre como você já sabia do Jonathan e nunca me contou nada…  — elevei um pouco o meu tom de voz, enumerando cada coisa nos dedos —  Eu tô grávida, tia, estou esperando um filho e já me aconteceram tantas coisas que eu nem ao menos tenho certeza de que essa gravidez vai chegar ao fim. Não sei nem se eu mesma chegarei ao fim dela. Eu quero saber toda a verdade. 

— Pois bem, vai saber, pelo visto você já tem fragmentos dela. — minha tia suspirou, olhando para baixo e tentando começar — Mas antes eu quero que saiba Clary, guardamos segredos pela sua própria segurança. 

— E pelo visto não deu certo, porque a segurança corre de mim como o Diabo corre de Jesus. 

— Eu sinto muito, mas quero que preste atenção. Tudo começou com o seu avô. Valentim e eu nunca tivemos boas oportunidades por conta do nosso pai. Quando ele morreu, a única herança foram dívidas. Val e eu estávamos perdendo o apartamento, sem luz, água e comida, estávamos esgotados, mas ainda lutando juntos. Estava tudo desmoronando, até que seu pai conheceu uma mulher — Estella levantou seu olhar para mim. 

— Essa mulher era a minha mãe? — perguntei. Ela negou com a cabeça. 

— Não, eu não cheguei a conhecê-la pessoalmente, mas eu sabia que tinha alguma coisa errada. Quando o seu pai começou a namorar com ela os problemas começaram a sumir, eu estava tão desesperada em querer sair das dívidas que nem ao menos notei que estava assinando um contrato com o diabo, e que mais tarde um favor seria cobrado. O seu pai não quis retribuir o favor e meteu o pé, mas ele irritou uma pessoa muito perigosa. Essa mulher era chefe de uma máfia e tinha um amor doentio pelo seu pai, ela não suportou o término e jurou que iria se vingar. 

— O quê?! Meu pai estava saindo com uma líder do crime?! — gesticulei, incrédula. 

— Na verdade ele estava dormindo, mas você já devia esperar por isso. Continuando, passou um tempo e Val e eu nos mudamos de Nova York para Londres, onde ele conheceu a sua mãe, que por ironia, também era chefe de uma máfia  — deu um breve sorriso. — Mas Jocelyn era diferente, ela era limpa. Eles dois se apaixonaram e depois de um ano se casaram. Eles estavam muito felizes. Depois de cinco meses de casamento, Jocelyn descobriu que estava grávida, grávida do Jonathan. Todo mundo ficou feliz, mas estava tudo muito calmo, ninguém suspeitava que alguma coisa estava vindo. 

— Então a mulher do passado voltou para se vingar? — perguntei me encostando na parede atrás de mim e cruzando os braços. 

— Sim, e quem pagou o preço foi a sua mãe e os Lightwood — respondeu, a tristeza notável. 

— Os pais de Alec e Izzy também estavam envolvidos nisso?! É por isso que meu pai aceitou a cuidar deles em vez de enviá-los a um orfanato? — comecei a andar de um lado para o outro. 

— Sim, sua mãe e Maryse eram melhores amigas desde a época do colégio. Depois que Jonathan completou um ano, Alec nasceu. Depois disso, veio Izzy e depois dela, veio você. Estávamos todos felizes, uma enorme família. Porém, caímos na armadilha do demônio e ela voltou com tudo, pronta para destruir todos nós. Sua mãe e os pais de Izzy e Alec tentaram fugir, mas já era tarde demais, morreram em um acidente na estrada — uma lágrima escorreu de seus olhos. — Valentim estava tentando parar aquela desgraçada e eu estava com três crianças e uma recém-nascida, correndo perigo junto com vocês. Jonathan já tinha quatro anos, Alec três, Isabelle apenas um e você mal tinha três meses. Eu aceitei um emprego para trabalhar em uma agência de acompanhantes de luxo e arrumei uma ama de leite para você. Depois de seis meses Val voltou, pegou apenas você, Alec e Izzy e foi embora, deixou Jonathan comigo e eu criei ele. Quando ele completou dezessete eu contei tudo para ele, que começou a se afastar. Dois meses depois ele já tinha gente trabalhando para ele. Foi tudo muito rápido. 

— Como você escondeu tudo isso de mim por todos esses anos?! Alec e Izzy passaram a vida acreditando que foram abandonados. A gente merecia saber! — gritei. 

— Eu sei, querida, eu sinto muito por não ter contado antes — limpou as lágrimas que ainda desciam de seus olhos e veio até mim, segurando meu rosto com as mãos e o soltando em seguida. — Eu te amo Clary, eu te amo muito, tanto que não consigo colocar em palavras. 

— Eu também te amo muito tia, mas nós precisávamos saber disso! — levei a mão à cabeça. 

— Tudo o que eu fiz, cada decisão que eu tomei,  foi para proteger você dela… — a voz de Estella falhou — mas ela arrumou um jeito de te encontrar. 

— Quem é ela? Eu preciso saber o nome dela e você não me disse até agora. Qual é o nome dela, tia?! Por favor… — perguntei, inquieta. 

— O nome dela é... 

Estella não terminou de falar pois um barulho terrível e alto cortou a sua fala.

A cena a seguir me paralisou. Eu senti algo resvalar o meu rosto. Tudo o que eu vi antes de Wes se jogar sobre mim e me abaixar atrás da porta aberta do carro, foi o sangue escorrendo da cabeça de Estella após ela colidir com o chão. 

Gritei. 



Notas Finais


Foi isso, gente.
Quem matou Estella? Quem era a mulher? O que vai acontecer a seguir?
Mais uma vez, desculpem a demora.
Se tiver algum erro, pedimos perdão desde já. Esperamos que tenham gostado, um beijão da Cassie e da Giogio, nos vemos no próximo capítulo ❤️


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