História A Garota E O Cantor - Cafeteria

Era uma manhã fria. Tão fria que Bruno resolveu entrar em uma cafeteria até então desconhecida para ele, um super astro da música. Isso não o impediria de tomar um café como ele gostava. Mas mudaria sua vida talvez para sempre. 

Ellie entrou na cafeteria no mesmo horário de sempre. Ela adorava as panquecas do lugar, mas sempre tinha que pedir para viagem. Seu trabalho como professora do ensino médio era cedo demais até para alguém que acordava as cinco da manhã. Ela estava vestida com o uniforme escolar para professores. A escola a qual ela dava aulas tinha um código de vestimenta moderna, mas ainda recatada. 

- Bom dia, Ellie. - Patty, a dona disse logo que a viu. - Mais uma manhã no paraíso? 

- Quem dera fosse no paraíso. - Ellie deixou seu café sobre a mesa. - Se eu tiver que ouvir outra vez algo sobre meu jeito de vestir, eu juro que vou socar alguém. 

- Só queria saber quem aprovou o uniforme de professor. - Patty deixou um muffin em outra mesa. - Parece aqueles filmes antigos. Saia lápis, blusa social... Só falta o óculos e o coque no cabelo. 

- Aquele idiota do diretor aprovou esse uniforme com medo dos alunos tentarem fazer comentários indiscretos. - Ela ouviu o sino da porta tocando anunciando outra pessoa. - Mas por favor, me traga as panquecas de sempre para viagem e eu vou seguir meu caminho. 

- Sim, só vou atender esse senhor que entrou. - Patty se dirigiu onde Bruno havia sentado. - O que vai pedir, senhor? 

- Apenas um café e algumas panquecas. - Bruno não tirou os óculos e o gorro. - Obrigado. 

- Certo. - Patty olhou para o bloco de anotação. - Celly, panquecas para viagem para a professora e para o rapaz da mesa 4. 

- Sim. - Celly logo adiantou um novo lote de panquecas. 

Ellie percebeu que estava quase atrasada. Apenas para variar, ela descobriu que alguém havia estacionado muito perto de seu carro. 

- Que merda. - Ellie percebeu que não poderia levar suas panquecas. - Patty, eu tenho que ir. Algum filho da puta estacionou e trancou meu palio. E agora eu preciso correr de salto para a escola. 

- E suas panquecas? - Patty suspirou. - Vou guardar essas na geladeira. 

Bruno olhou para cima e viu uma bela mulher correndo através dele. Ele a olhou correr pela rua e xingar o seu carro. 

- Aqui está. - Celly quase jogou o prato nele. - Vai querer algo mais?

- Você não parece alguém legal. - Bruno deu uma nota de cem. - Fique com o troco. 

- Sério? - Celly olhou para ele. - Aqui sobram 90 pratas ainda. Talvez faça falta. 

- Vai por mim. - bruno retirou os óculos. - Não vai fazer falta. 

- Você é Bruno Mars ou algum cosplayer dele? - Celly olhou para Bruno, quase querendo engolir a lingua. 

- Eu sou o Bruno Mars. - Ele mordeu uma panqueca. - E dependendo do seu próximo passo, posso até lhe dar um autografo. 

- O que deseja, Sr Mars? - Celly se sentou á frente dele. - Qualquer coisa para o Sr. 

- Eu gostaria do nome da moça que saiu agora á pouco. - Bruno bebeu um gole de café. - E o endereço dela. 

- Ellie? - Celly não escondeu seu desapontamento. - Ela trabalha há dois quarteirões daqui como professora. Mas eu sou muito mais bonita que ela, com certeza. 

- Pelo visto, não. - Ele se levantou, pegando a última panqueca e um guardanapo. - Ou não teria feito pouco dela. 

Celly viu quando Bruno deixou a cafeteria e quase se bateu. Ela decidiu deixar a nota de cem toda para Patty. Agora ela se sentiu mal ao perceber que literalmente desdenhou de alguém para o cantor mais aclamado. 

Bruno estava andando pela rua. Ele se recusou a dirigir seu carro e literalmente deixar Ellie ver que era seu carro que estava bloqueando o belo Palio 96 da professora. O celular dele tocou e era seu empresário. 

- Eu sei que estou atrasado, mas para ser franco, nem estou próximo. - Bruno foi logo dizendo. - Eu entendo que temos prazo, mas estou em um compromisso importante. Está bem. Tchau. 

Chegando na escola, Bruno abriu o portão e sentiu que algo estava prestes a mudar. Ele só não percebeu o quanto tudo mudaria.