História A Garota e o Lobo Mau (Imagine Chanyeol) - Você de novo?

[ Park poste ]

'Sabe pequena... Eu já me atrai pela pessoa errada.'

'Não exatamente errada.... Mas eu nunca mais a vi...'

'Então, sei bem como é... Essa coisa de... "Não escolhemos por quem temos atração"... E espero que você se atraia pela pessoa certa.'

Me senti um pouco mal. Park já tinha passado por algo que eu também havia sentido.... Duas vezes... Uma quando criança e outra... Outra a dois anos atrás com meu Ex-namorado.

'Nossa... Obrigada Park. Posso te perguntar algo?'

[ Park poste ]

'Fique a vontade!'

'Por que... Exatamente você resolveu me mandar mensagens?'

Park poste está digitando....

Fiquei agoniada, já que ele digitava e apagava... Pelo menos era isso que aparentava. Já que aparecia e sumia o "digitando". Quase suspirei aliviada ao ver a resposta curta do mesmo.

[ Park poste ]

'Foi... Uma maneira que achei de conversar com você. Pelo menos direito.'

'Hm...'

'Parkkie, eu preciso me arrumar...'

'Até daqui a pouco'

[ Park poste ]

'Não se surpreenda se você se sentir observada...'

Reviro os olhos guardando meu celular. Coloco uma calça jeans rasgada branca, uma blusinha vermelha, meu all-star vermelho, moletom vermelho e um boné da mesma cor, peguei meu relógio branco e coloquei o no pulso. Pego meus fones e ajeito meu cabelo.

Baekhyun senta em meu colchão e fica me olhando. Vou até o mesmo e faço carinho em sua cabeça.

— Eu vou sair, ok? Cuide bem da casa! - Baek solta um grunhido e um choramingo baixo.

Beijei sua testa e escrevi um bilhete para minha vó.

"Vó, fui na cafeteria com um amigo, volto logo.

Beijos, S/n"

Colei o postite na geladeira e coloquei meu celular no bolso do moletom. Peguei um pouco de dinheiro e sai porta a fora.

Fui ouvindo - e cantarolando - Never ever do Got7 e me segurando pra não dançar - porque sou dessas mesmo - até chegar no local. Olho a hora e percebo que cheguei um pouco cedo.

5 minutos, mas ainda assim.

Ao entrar, vejo Sehun em uma mesa mais afastada. Me aproximo sorrindo e sento em sua frente. Ele tira os fones e sorri.

— Você é pontual! - Sorriu.

— Claro! - Peguei o cardápio e escolhi um bolo de chocolate com chocolate quente - amo.

A atendente chega balançando os quadris obviamente se mostrando para Sehun. Achei ela ridícula, já que fez aquela vozinha forçada e extremamente fina - e irritante - que acha ser "fofa".

— O que você vai querer, Oppa? - Perguntou sorrindo de lado e jogando o cabelo para trás.

Minha vontade foi de cortar aquele cabelo e fazê-la engolir, para ver o quão ridícula é.

— Ah, um café e bolo de chocolate - Responde indiferente.

— Ok, Oppa! - Sorriu tão largo que pareceu o coringa.

— Querida, já escolheu? - Sehun pôs sua mão sobre a minha e piscou para mim disfarçadamente. Entendi seu recado e concordei com a cabeça.

— Já sim, amor. Chocolate quente e bolo de chocolate. - Falei sorrindo e ela anotou fazendo uma cara meio estranha.

Ela sai balançando o quadril e eu solto meu riso preso.

— Você viu a cara dela? - Sehun pergunta rindo.

— Claro! Como não ver? - Falei soltando a risada. Me viro e percebo ela comendo Sehun com os olhos. — Você se sente desidratado?

— Não, por que? - Pergunta sorrindo.

— Ela está te secando com os olhos! - Ele riu baixo.

— Ainda não acredito que ela se revoltou tanto. - Ele ri.

— Nem eu! - Sorri. - Mas então... Pintou o cabelo Sehun? Ficou lindo de loiro.

— Obrigado! - Fala sorrindo. — Mas então... Por que ficou tão perdida em pensamentos hoje?

— Ah Sehun. Minha vida anda meio... Agitada... É muita coisa pra pensar. - Falei e ele concorda.

— Entendo... Meu pai está me enchendo o saco para que eu faça faculdade de administração para herdar a empresa dele. - Fala desanimado.

— E você quer isso? - Perguntei já presumindo que não.

— Não... Na verdade eu queria ser rapper. Mas ele nunca me apoiou com a música. - Ele suspira.

— Hm. - Pensei brevemente. — Já mostrou para ele se você é bom nisso?

— Não... E acho que ele nem ligaria. Nunca tem tempo para mim, só pra maldita empresa. - Fala chateado.

— Acho que não sou eu quem deveria relaxar! - Ele me olha e sorri.

— Então, somos dois! - Sorriu.

— Sim... Mas, enfim. Quer que eu te ajude em que? - Pergunto me referindo as matérias.

— Ah! Biologia. Sabe, nunca fui bom com isso. Eu nem sei o motivo de termos que saber sobre a existência de mitocôndrias e... O que vai mudar saber disso? - Ele parecia confuso.

— Eu queria saber... Mas fazer o que, né? - Peguei um lápis e fui explicando para ele.

Ouvi o som do sininho tocar mostrando que alguém havia chegado. Quando olhei pra trás, vi Chanyeol e a mesma garota da última vez de mãos dadas. Ele me olha e sorri de lado. Reviro os olhos e foco em ajudar meu amigo.

Sehun é bom aluno. Ao menos, comigo é. Ele prestou bastante atenção e resolveu as questões sem demora. Fiquei até impressionada, já que estavam corretas e ele estava sorridente.

— Você é um ótimo aluno! - Falei corrigindo a última questão.

— Ou você é uma ótima professora! - Falou sorrindo de lado.

— Ou os dois! - Completei e ele concorda.

Nossos pedidos chegam e comemos enquanto conversávamos. As vezes percebia os olhares nada discretos de Chanyeol sobre nós, mas eu fingia que aquele ser humano não existia.

Sehun é um cara legal. Temos vários gostos parecidos, inclusive para música. Ele também me mostrou um pouco do seu "Rap" e eu fiquei boquiaberta. Já que não esperava que ele tivesse uma voz tão boa para isso.

— Isso... Foi incrível! - Falo surpresa.

— Você acha? - Ele parecia tímido.

— Não. Tenho certeza! - Falei sorrindo e ele aumentou seu sorriso.

— E você. Tem algum hobby? - Perguntou e sorri.

— Ah sim. Gosto bastante de... Desenhar. É... Um dom que herdei dos meus pais. - Referências.

— Sério? Pode me mostrar? - Ele parecia bem interessado.

— Tudo bem! - Peguei meu caderno de desenhos - sempre carrego na bolsa - e lhe entreguei.

Sehun pareceu extremamente surpreso com os desenhos. Lá tinha vários desenhos de animais, já que sempre gostei muito de bichos, eu os desenhava bem. Tinha poucas, mas bem poucas mesmo, pouquíssimas pessoas que já haviam visto meus rabiscos.

Sehun foi uma das pouquíssimas pessoas dessa lista. Ele sorria largo enquanto via cada desenho e parecia apreciar cada detalhe.

— Você é muito boa! - Ele fala como se tivesse visto Deus.

— Obrigada... - Falo constrangida pelo elogio recente.

— Você parece gostar bastante de lobos. Quase todos os desenhos são deste animal! - Ele diz me olhando.

— Ah sim, lobos são meus animais preferidos... Tenho uma grande atração por eles. - Digo e ele sorri.

— Sério? Geralmente as pessoas os julgam mal. - Ele fala e eu concordo com a cabeça.

— Acho isso ridículo. São animais magníficos e maravilhosos. Me sinto mal por serem tão mal compreendidos... - Digo e ele sorri.

— Eu também. Não tinha ideia de que você gostava de lobos. Devo concordar que é de fato, um animal incrível! - Falou fechando o caderno.

— Digo o mesmo! - Sorri.

Conversei por algumas horas com Sehun e ele estava certo. Eu precisava mesmo descontrair um pouco. E com ele foi muito bom isso. Ele parecia me entender de maneiras que outras pessoas nunca entenderiam.

Mas eu tinha horário para voltar e infelizmente tinha que cumpri-lo.

— Sehun, foi bom falar com você, mas eu preciso ir! - Falei sorrindo.

— Tudo bem! Eu te acompanho até sua casa. - Ele diz se levantando.

— Ok! - Concordei com a cabeça e me levantei também.

Paguei a conta - apesar de Sehun insistir em pagar para mim, mas sou difícil mesmo - e saímos da cafeteria. Sehun colocou seu fone em mim e começou a tocar uma música muito boa.

— Woow! É incrível! - Falei balançando a cabeça conforme o ritmo da batida.

— É uma das minhas preferidas! - Ele sorri.

— Você tem bom gosto! - Ele sorriu mais e coloca uma eletrônica. — Meu Deus. A partir de agora, comecei a gostar mais de você, Sehunnie! 

Ele ri enquanto eu vou ouvindo as músicas do mesmo pelo caminho. Foi muito divertido e, acho que Sehun foi a melhor pessoa que conheci naquele colégio - lê-se inferno.

Chegamos na entrada do bosque e Sehun queria me acompanhar até minha casa. Mas neguei dizendo que estava tudo bem.

— Não precisa, você já veio até aqui! E se você se perder eu não vou me perdoar! - Cruzei os braços e fiz bico.

— Com essa carinha eu não consigo insistir! - Ele aperta minhas bochechas.

— Ei! Quem deu essa liberdade? - O encaro brava.

— Desculpa, mas você é adorável! - Ele sorri.

— Obrigada. Tenho que ir Hunnie. Até amanhã! - O abraço e aceno.

— Até S/n! - Ele sai sorrindo e começo a caminhar pela trilha.

Como eu amederi - amei e aderi - as músicas que ele me mostrou, pedi para que me mandasse todas e ele como o bom amigo que é, me mandou. Então, fui o caminho ouvindo e cantando porque sou vida louca mesmo.

Ouvi um som e tirei um dos fones. Assim que olhei pra trás vi ele.

— Você de novo? - Pergunto lhe encarando.

Continua