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História A Garota que Odiava Flores (Imagine Kim Namjoon) - O segundo motivo.


Escrita por: deepsuga

Notas do Autor


Oi meus amores, tudo bem com vocês?

COMEBACK DA MADRUGADA CHEGOU MON AMOUR

Finalmente é meu aniversário e o dia do tão esperado comeback das fanfics <3

Não vou enrolar porque eu sei que vocês já estão esperando por isso aqui há um tempão então...boa leitura bebês! <3

Capítulo 4 - O segundo motivo.


Fanfic / Fanfiction A Garota que Odiava Flores (Imagine Kim Namjoon) - O segundo motivo.

– Pode sair? – perguntei encarando o mais alto.

– Vou perguntar pra Sra. Greenwald – Nam respondeu rapidamente.

– Eu já ouvi querido – a senhora disse enquanto arrancava suas luvas cheias de terra – Eu dou conta das coisas por aqui, pode ir.

– Tem certeza?

– Absoluta, vá conversar com a sua amiga, não precisa se preocupar – sorriu animada, balançando a mão em sinal para que saíssemos.

Sorri e fui até a senhora baixinha, a abraçando com calma.

– Muito obrigada por me receber aqui, dona Helga – falei assim que me afastei.

– Os amigos do Namjoon sempre serão bem vindos aqui – sorriu, passando a mão em minhas costas com delicadeza – Venha nos ver com mais frequência, querida.

– Virei comer suas tortas maravilhosas mais vezes – sorri.

– Estarei esperando – disse logo sentando-se numa cadeira.

Namjoon desamarrou seu avental e o deixou em cima do armário.

Saímos da floricultura e fomos até um banco de madeira que ficava logo na outra esquina, sentando lado a lado no mesmo.

– Quer falar sobre seu pai? – perguntou em um sussurro.

– Não sei se eu deveria te encher com os meus problemas.

– Não está me enchendo, de jeito nenhum. Me conte o que aconteceu entre vocês.

Meu pai foi um grande problema da minha vida, provavelmente o maior deles.

Minha mãe e ele foram colegas no ensino fundamental, se conheceram quando ainda eram crianças. Ela sempre falava que ele era um doce de garoto e que começaram a namorar assim que descobriram que estudariam juntos no ensino médio.

Se casaram quando ambos tinham dezesseis anos.

Os dois eram tão jovens e imaturos, se tivessem esperado mais um pouco talvez a situação não tivesse chegado ao extremo que chegou nos últimos anos.

Eles também foram pais cedo, o que só dificultou a situação.

Com vinte e três anos minha mãe estava dando à luz ao meu irmão.

O relacionamento deles ainda era bom, meu pai se animou com a ideia de criar o seu ‘’garotão’’ e eles eram uma família consideravelmente feliz.

Três anos depois minha mãe descobriu que estava grávida pela segunda vez. Estava tudo certo até o dia em que ela fez a ecografia e descobriu que seria uma menina.

Meu pai saiu do hospital com muita raiva.

Ele queria herdeiros, garotos que seguiriam seus passos, fariam parte do time do colégio e conseguiriam com ajuda dos esportes uma bolsa pra faculdade.

Quando minha mãe foi me dar a luz, ele não estava lá. Ele não quis me registrar, não quis me ver na maternidade, não quis me pegar no colo e nunca me chamou de filha.

Falava que eu não era filha dele pois ele não queria uma menina, não queria alguém que pra lhe dar dor de cabeça depois de velho.

Ele era o homem mais machista e grosseiro de todos, apenas demorou pra mostrar sua verdadeira personalidade.

Disse que trabalharia apenas pra manter Jimin saudável, ele seria seu jogadorzinho precioso.

Nunca faltou comida em casa, minha mãe se desdobrava pra conseguir alimento pra mim e pro Jimin pois o que nosso pai trazia pra casa não era suficiente pra bancar todas as contas que ele deixou pra trás e ainda comprar comida pra todos nós.

Ela pedia um pouco pras vizinhas e com o dinheiro que ganhava fazendo faxina nas  casas do bairro comprava leite e pão todos os dias.

Nós não tínhamos luxo mas posso garantir que ela dava o melhor dela pra que nossa barriga não roncasse de fome durante a noite.

Ele sempre chegava à noite com um brinquedo pro Jimin e nem olhava pra minha mãe, na verdade, não queria olhar pra mim no colo dela.

Nunca entendi o verdadeiro motivo pra ele me negar como filha mas eu cresci sabendo que ele não gostava de mim.

Quando eu tinha quinze anos meus pais tiveram a primeira briga feia deles.

Meu pai disse que eu era uma vagabunda porque estava me insinuando para um garoto na rua. Ele era um amigo meu da escola e o surto todo foi porque eu estava o abraçando na frente da escola.

Ele culpou a minha mãe por ter me colocado no mundo e apontou o dedo na cara dela dizendo que eu seria o maior problema da nossa família.

Eu lembro de ter corrido pro quarto do Jimin aquela noite, ele me abraçou e disse que ficaria tudo bem, que aquilo que o homem gritava no meio da sala não era verdade.

Uma semana antes deles se separarem oficialmente, meu pai ameaçou me bater e minha mãe o impediu, tendo seus braços segurados com força, deixando marcas roxas aonde os dedos a pressionaram.

Então aconteceu todo aquele problema da ida do Jimin.

Ele se foi junto com o meu pai, e o psicológico já tão abalado da minha mãe acabou saindo completamente dos eixos.

Ela foi embora logo depois.

Eu tive que aprender a ser adulta muito cedo, agora tinha uma casa pra cuidar, uma faculdade pra fazer e um vazio enorme pra tentar preencher com leitura, música e a amizade do Jungkook, que foi mais do que essencial pra mim.

E sabe qual é o motivo de eu odiar tanto as flores?

Porque meu pai antes de se separar, traía minha mãe todos os dias assim que saía do serviço. Voltava fedendo a perfume feminino, abraçava o filho mais velho, entregava um brinquedo pra ele e um buquê de flores pra minha mãe.

Buquês de flores me lembram traição.

– Sinto muito em saber que teve que passar por isso – disse pegando uma das minhas mãos, fazendo carinho na mesma com seus dedos.

– Isso me fez evoluir muito – falei o encarando – Pelo menos pra me tornar uma pessoa melhor esse tratamento serviu, pois eu sempre digo pra mim mesma que quero ser totalmente ao contrário do que meu pai era.

– Você já é, você é uma ótima pessoa – sorriu.

– Acredito que todos nós podemos melhorar a cada dia que passa.

– Você tem toda a razão – disse enquanto entrelaçava nossos dedos – Conta comigo tá? Sei que nos conhecemos a pouco tempo mas estou disposto a te ajudar do jeito que puder.

– Você não tem ideia de como sentar ao seu lado e colocar tudo isso pra fora já me ajuda. Eu consigo voltar pra casa com um sorriso no rosto depois de conversar com você, tem ideia de como isso é bom? Faziam anos que eu não me sentia tão bem conversando com alguém além do Jungkook.

– Então você estava andando com as pessoas erradas.

– Acho que você é a pessoa mais certa que apareceu na minha vida – sorri.

[...]

Namjoon disse que queria me apresentar pros seus amigos.

Então fui até a loja de artigos festivos onde os dois garotos trabalhavam.

– E aí gente? – Namjoon disse animado assim que viu os garotos perto de algumas fantasias – Trouxe uma nova amiga pra apresentar pra vocês.

– Opa, tudo bom? – o garoto de cabelos pretos disse enquanto dava um beijo na minha mão – Meu nome é Ateu, ateu dispor gata.

– Esse é o cara mais sem graça do mundo todo, Kim Seokjin – Nam disse sorridente – Se você ignorar as piadas ruins ele é um cara legal.

– Prazer em conhecer, Jin – sorri, me curvando em cumprimento.

– E esse é o Yoongi – disse apontando para o mais baixo que tinha um sorriso enorme em seu rosto.

– Prazer em conhecer – disse envergonhado.

– O prazer é todo meu.

Namjoon me mostrou a loja acompanhado dos dois garotos que eram bem engraçados por sinal. Yoongi era um pouco mais sério mas não deixava de ser legal também.

Jin envergonhava o Nam praticamente toda a vez que abria a boca.

– Opa, preciso atender – falei ao sentir meu celular vibrar e ver a foto do Jeon na tela – Tudo certo?

Onde você tá? Vai se atrasar pra aula desse jeito.

– Tô aqui na loja em frente a floricultura.

Que barulheira é essa aí?

– Conheci umas pessoas – sorri vendo que os três garotos conversavam animados.

Ah entendi, amigos do namoradinho?

– Fica quietinho, fica.

Ui, ficou ofendidinha riu debochado Afinal, vai pra faculdade ou não?

– Claro que vou, não posso perder essas aulas.

Vamos fazer o seguinte então, você vai se despedir dos seus novos amiguinhos e vai me encontrar na frente da faculdade, vou pedir pro Jimin trazer seus materiais aqui em casa e daí eu levo.

– Você é o amigo mais lindo e prestativo de todo o mundo, sabia?

Você tá me chamando de lindo e bonitinho demais esses últimos dias, o que você quer? Minha coleção de quadrinhos ou um dos meus rins?

– Tráfico de órgãos é mais a minha vibe.

Ótimo. Então diz pro seu namoradinho que eu mandei um abraço e que estou parabenizando ele por te aguentar esse tempo todo aí.

– Tchau Jungkook – respondi desligando rapidamente – Tenho que ir, faculdade me chama.

– Posso te levar até o ponto de ônibus? – Namjoon perguntou.

– Claro – sorri.

– Ei, vamos marcar de sair um dia desses? – Yoongi perguntou, gaguejando levemente – Todos nós, o que acham?

– Seria ótimo – falei entrelaçando meu braço ao do Nam – Vou adorar ver vocês de novo.

[...]

Namjoon P.O.V

Depois de me despedir da _____ voltei pra floricultura rapidamente, recolocando meu avental pra voltar ao trabalho.

– Sua amiga foi embora? – Sra. Greenwald perguntou enquanto pintava um de seus vasos de porcelana.

– Foi pra faculdade – respondi.

– Parece ser uma garota muito adorável – a senhora disse enquanto limpava o pincel.

– Ela passou por muitas coisas, admiro que seja tão gentil ainda.

– Isso é essência. Não importa quantas coisas aconteçam, quanto você sofra ou quantas rasteiras a vida te dê, sua essência será sempre a mesma. Ela é uma boa garota e ninguém pode tirar isso dela.

– A senhora tem toda a razão – falei sorridente.

Então uma pequena garota passou em frente à floricultura, olhando encantada para os arranjos presos à parede.

– Gosta de flores? – perguntei pra ela que acenou positivamente.

Lembrei do que a _____ tinha contado e a imaginei daquele mesmo tamanho, ela provavelmente gostava das flores assim como essa garota, mas a vida a fez enxergar as coisas de outra forma.

– De quem você ganhou esse ursinho? – perguntei apontando para o ursinho branco que ela sorria em meio aos bracinhos curtos.

– Papai me deu de aniversário – disse animada.

– Seu papai é bonzinho pra você e pra sua mamãe?

– Muito – sorri.

É incrível como você pode ver duas realidades extremamente diferentes em um curto período de tempo.

Queria que a ____ tivesse tido essa sorte que essa pequena garotinha teve, de ser amada por ambos os pais e de ainda ter mantido sua inocência, aproveitando sua infância do melhor jeito possível.

Ela provavelmente cresceria no tempo certo, teria responsabilidades no momento exato e depois construiria sua família, mudaria para uma nova casa e viveria sua vida ao lado de alguém que gosta, seja um amigo, um parente ou até mesmo um bichinho de estimação.

Cresceria em um lar feliz, saudável e com todo o amor que merece.

– Espera um pouquinho – falei pra pequena garota que ficou estática, esperando que eu voltasse a aparecer.

Peguei um pequeno ramo de flores e então fui ao seu encontro.

Abaixei em sua frente e entreguei as flores em sua mão.

– Dê uma pra sua mamãe, uma pro seu papai, guarde uma pra você e entregue as outras pra pessoas que gosta muito, tá bom? Eles vão ficar muito alegres.

Eu não podia voltar no tempo e consertar o que o pai da _____ tinha feito, não poderia fazer ela mudar de opinião sobre as flores, mas podia tentar alegrar o dia de outras pessoas pra que isso não acontecesse com mais ninguém.

Ninguém merece sofrer o que ela sofreu, ter que viver o que ela viveu.

Então eu soube que no momento que aquela garotinha entregasse as flores, vários sorrisos se formariam ao mesmo tempo e que essa criança receberia o abraço mais apertado e cheio de amor que sua família seria capaz de lhe dar.

A ____ não sabia da existência dessa garota, não conhecia ninguém de sua família, mas sei que quando ficasse sabendo que fiz isso pensando nela ficaria feliz e orgulhosa.

Ela, assim como eu, apenas queria ver as pessoas em situações melhores do que a dela. Queria ver o sorriso e o brilho no olhar de uma criança ao receber o amor de seus pais.

As flores dadas por aquela garotinha iluminariam o dia de alguém e sei que iluminariam o dia dela também.

Ser feliz é sorrir pela felicidade dos outros também.

E a garota que tanto odeia flores nem ao menos tem noção de quanto seu sorriso iluminava o meu dia.


Notas Finais


Divulgação marota da Tia Deep:

Dama de Preto: https://www.spiritfanfiction.com/historia/dama-de-preto-imagine-maknae-line-11022538

Querida (ex) namorada: https://www.spiritfanfiction.com/historia/querida-ex-namorada-11644346

Obrigada por esperarem todo esse tempo, vocês são muito preciosas pra mim.
Amo muito todas vocês, obrigada por cada um dos comentários por mais pequenininho que seja, obrigada por lerem as minhas histórias e por algumas vezes compartilharem um pouquinho da de vocês comigo, obrigada a cada uma de vocês que favoritou.
Obrigada por tudo.

Eu amo vocês demais <3


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