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História A governanta - O resgate


Escrita por: srtafanfiqueira

Notas do Autor


Voltei amores
espero que gostem ❤

Capítulo 27 - O resgate


 Três dias depois

Os dias naquela mansão estavam sendo insuportáveis, constantemente Tibúrcio ia ao quarto de Julieta e tentava roubar beijos e abraços, mas Julieta sempre tinha uma lábia para não deixa – lo continua – lo a fazer o que queria, realmente ele era diferente de Osório, ele tinha uma adoração por ela, e ele nem percebia que Julieta o tinha nas mãos, mas a paciência dele estava se esgotando.

As buscas estavam a todo vapor, pelo menos por Aurélio, pois a polícia com a sua lentidão, estava deixando todos nos nervos, mas Aurélio nesse momento já tinha desembarcado com Jorge, Olegário e Darcy no Rio de Janeiro para continuar as buscas, a sua esperança estava naquele lugar já que em São Paulo não encontraram nenhum sinal de sua amada. Mas nem tudo eram flores, no mesmo momento em que os homens desembarcaram, alguém pago por Tibúrcio avisou ao investigador dele que os homens estavam no Rio, pois Tibúrcio tinha certeza que Aurélio não iria deixar isso quieto, porém ele não iria deixar que Aurélio encontrasse Julieta.

As mulheres ficaram na Mansão Cavalcante ajudando Tenória com Ema, enquanto Jane cuidava de Camilo e Afrânio que tinha que tomar seus remédios, Elisabeta estava fazendo suas pesquisas sobre Tibúrcio, pois quando o achassem com toda certeza ele por ser advogado iria querer sair por Fiança da cadeia, mas isso ela não permitiria, jamais. Susana estava acompanhando as irmãs, mas estava focada em sua gravidez, mas ajudava a ajudava também. E sentadas naquela sala, elas rezavam para que tudo ocorresse bem e que trouxessem Julieta sã e salva.

E assim a manhã passou e quando o começo da tarde iniciou a notícia chegou aos ouvidos de Tibúrcio.

Na Mansão onde Julieta se encontrava ela estava deitada, tinha muito sono, mas naquela tarde ela foi acordada por Mercedes que estava desesperada.

- Julieta – Mercedes a chama – Julieta

- Oi Mercedes – Ela se sentou passando a mão no rosto – O que houve?

- Eu ouvi um investigador falando para Tibúrcio que Aurélio desembarcou aqui no Rio de Janeiro.

- O que? – Julieta abriu um largo sorriso – Graças a Deus.

- Mas tem um porém Julieta – Ficou séria – Tibúrcio está planejando partir com você para Paris essa noite.

- Paris? – Se levantou – Não Mercedes, eu preciso ir embora, a fuga precisa ser hoje – Ela correu até o banheiro para colocar o vestido.

- Julieta não coloque sua roupa – Mercedes interviu – Ele irá perceber, continue com a camisola, essa noite você irá embora.

Julieta respirou fundo vendo que as coisas se complicaram, então ela teve uma idéia, e teria que dar certo.

No caminho das propriedades de Tibúrcio os homens pararam e então começaram o plano.

Aurélio decidiu que iriam separar, para encontrar Julieta mais rápido, Jorge e Darcy foram para uma Mansão, Olegário para outra e Aurélio para outra. Eles estavam armados e preparados para qualquer situação que ocorresse. Distantes um do outro, Eles desejaram Boa sorte aos companheiros e partiram.

Darcy e Jorge ao chegarem na primeira propriedade de Tibúrcio,rodearam todo o local, estava tudo em silêncio, tudo muito estranho, Jorge preferiu ir primeiro para averiguar e pulando a janela que eles arrombaram ele entrou, e subindo para os quartos onde basicamente Julieta estaria, ele cautelosamente entrou, o que viu o deixou intrigado, o chão estava todo molhado, ele cheirou o líquido e se estremeceu, ele ouviu passos e é um fogo se iniciou do fundo do corredor e descendo correndo, ele pulou a janela de volta e ofegante gritou por Darcy.

- É uma armadilha – Os dois correram e quando se afastaram a mansão começou a pegar fogo por completo.

- O que houve lá dentro? – Darcy pergunta depois que eles pararam para descansar.

- A casa toda está com álcool, Tibúrcio sabe que estamos aqui, com certeza colocou capangas para nos vigiar, temos que encontrar os outros.

Os dois homens continuaram na busca, alugaram uma carruagem e foram para a próxima propriedade em busca de Olegário ou Aurélio.

[...]

Julieta estava sentada ansiosa para chegar a hora certa do seu plano, mas Tibúrcio decidiu ir ao seu quarto mais cedo, ela se assustou quando o viu bêbado, estava incontrolável.

- Hoje eu vim cobrar os dias que você me enrolou – Tibúrcio falava arrastado – Eu te quero Julieta.

- Tibúrcio, eu acho melhor em outro dia, você sabe como eu ando cansada e como você gosta de mim, não faria nada de ruim, não é mesmo? – Jogou o seu charme como sempre fazia para despista – lo.

- Você tem toda razão, mas eu preciso muito de você – Ele se aproximou dela, a pegando pelo braço, observou o rosto de Julieta assustado e o seu rosto mudou – Deite – se agora – Gritou.

- Por favor Tibúrcio, não faça isso – Ela se afastou.

- Eu não consigo te resistir – Ele a olhou profundamente – Deite – se – Gritou .

Julieta quando viu que o olhar dele mudou, o seu corpo obedeceu a ordem como se sua mente estivesse fora de si, ela se deitou na cama e esperou que Tibúrcio fizesse o que bem queria, nos olhos deles, ela via a monstruosidade de Osório e ela via mais uma vez o seu destino sendo destruído. A sua mente vagou para o passado, de todos os horrores que passou, o seu abuso, a perda do seu filho, as humilhações, suas lágrimas caíram forte de seus olhos, sua respiração ficou ofegante e as náuseas se fizeram presente.

Logo sua mente vagou novamente para os momentos mais felizes de sua vida, a descoberta que Camilo era seu filho, o amor de Aurélio, sua primeira noite de amor com o homem da sua vida e a sua gravidez.

Sim, naquele momento Julieta sentiu que tunha que proteger aquela criança que sua mente não acreditava que estava ali, mas ao sentir o que aquele homem iria fazer com ela, retirar todo o seu progresso, todas as suas conquistas, toda sua idéia sobre o amor, e gritando quando sentiu o corpo dele sobre o seu ela o empurrou.

- Eu estou grávida, me deixa em paz – Ela saiu da cama.

- O que? – Ele a olhou furioso – Essa criança não vai nascer – A empurrou novamente na cama – Lhe dando dois tapas seguidos.

- Me solta seu desgraçado – Ela o chutou – Me solta.

Julieta saiu correndo até a porta, mas Tibúrcio a pegou pelos cabelos e a jogou no chão, ela sentiu muita dor em suas costas, ele novamente subiu em cima do seu corpo, então ela se lembrou do plano que tinha com Mercedes, e olhando para baixo da cama ela viu o vaso e pegou batendo na cabeça de Tibúrcio, o que fez ele desmaiar.

Tirando o corpo pesado de cima do seu, ela saiu do quarto e desceu as escadas correndo se esbarrando em Mercedes.

- O que houve? – A mulher ficou desesperada ao ver o rosto de Julieta machucado.

- Ele me bateu, tentou me abusar – Ela chorou – Ele quase matou meu filho – Colocou a mão sobre a barriga – Eu sei que não estava nos planos de ser agora, mas eu não podia deixar que ele me tocasse.

- Eu sei minha filha, mas agora tenho que te esconder o mais rápido possível.

- Mas e você? – Julieta se preocupou

- Eu me viro, o importante aqui é você e seu bebê – Ela segurou na mão de Julieta – Agora vamos, antes que ele acorde.

- Tudo bem – Julieta respondeu

Mercedes levou Julieta para a dispensa da cozinha, era como se fosse um porão, mas com alimentos e muito bem organizado, Julieta ficou ali em silêncio, apenas esperando o momento certo para fugir e se encontrar com Aurélio.

[...]

Olegário já tinha chegado na próxima propriedade de Tibúrcio, mas ele estava escondido em cima de uma árvore, pois na frente da casa tinha dois capangas armados; Quando Jorge e Darcy chegaram, eles deixaram a carruagem distante e andando pelo mato eles ouviram assovios e viu Olegário na árvore e através de gestos eles se comunicavam para darem o próximo passo.

Jorge atirou para cima na intenção chamar a atenção dos capangas, rapidamente os homens saíram na direção contrária para ver o que tinha acontecido. Os homens aproveitaram que eles saíram e foram em direção a casa, mais uma vez Jorge entrou na casa e subindo nada encontrou, nenhum vestígio, mas logo ele ouviu barulhos vindo do andar debaixo e viu quando os homens estavam em luta corporal. Olegário conseguiu desarmar um dos capangas e o outro tinha a arma na mira de Darcy que estava no chão.

Jorge quando viu o movimento se aproximou cautelosamente e colocou a arma na cabeça do capanga.

- Solte a arma agora – Jorge mandou

- Vocês são uns tolos, meu patrão já sabe que estão a procura da moça – Deu risada – Mas vocês não irão encontrá – la.

- Para onde ele irá leva – la? – Continuou com a arma apontada – Fale logo – Gritou

- Prefiro morrer do que contar – Fechou os olhos esperando a morte.

Jorge deu um tiro na perna do capanga e ordenou novamente.

- Fale logo, pois se você acha que sua morte será rápida, está muito enganado, Conte logo.

- Tudo bem – Gemeu de dor – Ele irá partir com ela essa noite, para Paris.

Os três homens se olharam e amarrando os homens que ali estavam os imobilizando eles correram até a carruagem atrás de Aurélio.

As mulheres estavam todas reunidas, elas chamaram os empregados e iniciaram outra oração, a noite já tinha caído e nada de notícias, Afrânio e Camilo também participaram das preces e rogavam pela vida dos homens e de Julieta.

[...]

Algumas horas se passaram e Tibúrcio acordou, ele passou a mão em sua cabeça que estava ensanguentado, ele ficou furioso quando notou que Julieta não estava ali, e se levantando rápido ele desceu a procura dela.

Do lado de fora Aurélio se encontrava escondido na mata, ele sentia que Julieta estava ali, tinha muita segurança na frente da Mansão, ele estava esperando o momento certo para avançar, já tinha esperado demais por seus amigos, mas quando ele ia tentar entrar, ouviu barulhos de carruagem e esperou, ele ouviu passos atrás de si e se assustou ao ver seus amigos ali.

- Precisamos entrar logo – Olegário falou

- O que descobriram? – Aurélio pergunta

- Tibúrcio irá sair do país com Julieta – Foi direto

- Vamos agir logo, acho que temos uma chance de encontra – la ainda aqui – Darcy interviu.

Enquanto ainda observava o terreno, Tibúrcio discutia com Mercedes.

- Como você não viu que Julieta saiu? – Ele passou a mão no rosto – Sua empregada imprestável – Gritou

- Me perdoe senhor, mas eu fico sempre na cozinha; eu não vi nenhum movimento – Ela se tremeu e ele percebeu o medo.

- Está mentindo – Ele se aproximou – Fale agora onde Julieta está, ou eu te mato – Ameaçou.

- Eu juro que não sei senhor, eu não vi a moça – Mercedes foi se afastando e bateu nas panelas como o sinal que combinaram.

Julieta abriu a porta da dispensa e foi saindo de fininho enquanto Tibúrcio estava focado em Mercedes, mas ao correr ela bateu em uma panela chamando a atenção do homem que viu quando Julieta correu pelos fundos, ele nervoso jogou Mercedes no chão e correu atrás de Julieta pela frente da casa . A mulher se levantou e correu para a frente da casa e puxou Tibúrcio, ele deu uma cotovelada na boca de Mercedes, mas ela não recuou foi para cima dele novamente e já do lado de fora ela o empurrou e ele caiu, mas se levantando, novamente atacou Mercedes e Julieta que passava correndo depois de rodear a casa viu que ele mataria Mercedes e chamou a atenção dele.

Aurélio e os demais viram o que aconteceria e ficaram em alerta para agir em favor daquela mulher.

- Estou aqui Tibúrcio – Gritou chamando a atenção do homem que estava enforcando a mulher e de Aurélio que reconheceu a voz.

- É Julieta, é ela – Aurélio comentou com os homens.

Julieta correu em direção a floresta, ela não olhava para trás e ouvia passos atrás de si, e quanto mais o passo acelerava mais ela corria desesperada, ela se recordou quando correu pelo matagal do vale do café em busca de Socorro, enquanto o monstro de Osório corria atrás dela, e naquele momento a mesma cena se repetia, mas dessa vez ela faria de tudo para não voltar as agarras daquele homem.

Os ouvidos de Julieta estavam atentos aos barulhos, suas pernas foram machucadas pelos galhos e seus braços também, seu corpo já se encontrava cansado e suado, e o mal estar se fazia presente, seu corpo pedia descanso, mas ela não poderia fazer isso, precisava se salvar, o seu corpo não deu uma trégua e desabou caindo no chão, bem ao fundo ela ouvia uma voz de homem perto de si e teve medo, então seus olhos se fecharam.

Quando Julieta abriu os olhos, sua cabeça doeu, ela tentava se acostumar com a claridade do lugar e gemeu ao sentir as costas doendo, suas mãos foram para sua pequena barriga e chorou se algo tivesse acontecido com seu bebê, quando teve a queda. Ela fechou os olhos ao sentir que alguém entrava no quarto, seu corpo todo estremeceu e ela rezou para que Tibúrcio não cobrasse dela o que tinha acontecido.

- Julieta? – O homem chamou

O coração de Julieta se acelerou ao ouvir aquela voz.

- Aurélio? – Seus olhos se abriram e sorriu alegre por ver que quem estava contigo era o amor da sua vida.

[...]

O corpo de Julieta acordou do sonho e se levantando com a pouca força que tinha foi correr, ao ouvir que os passos estavam muito perto e quando foi acelerar seus passos, uma mão a agarrou pela cintura, Ela gritou, esmurrou e tentou aquelas mãos de si, mas ela se deu conta que quem a segurava era outra pessoa, o toque era delicado e com amor.

- Aurélio? – Julieta o chamou, quando viu o rosto do amor da sua vida.

- Minha Julieta, eu te encontrei – Ele a abraçou

Julieta ficou tão emocionada que acabou desmaiando nos braços de Aurélio.


Notas Finais


Beijos ate a próxima ❤


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