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História A Grande Dama - Nós não podemos


Escrita por: BelleHRRB

Capítulo 24 - Nós não podemos


               P.O.V SPENCER

— Você não está bem Spencer — lorde Carlos me disse pela milésima vez.

— Estou bem — respondi — Já disse.

— Você está desconcentrado demais, se cansando rápido — ele falou — Vi você se apoiar na parede um tempo atrás, aposto que está tonto.

E eu estava. Tonto e com muita dor de cabeça.

Mas eu nunca vou admitir isso na frente do meu treinador.

— Está quente hoje, não? — perguntei para mudar de assunto.

— Quente? — ele repetiu — Olha, eu não sei o que está acontecendo com você hoje, então acho melhor tirar o dia de folga.

— Não! Eu ainda posso...

Minha cabeça deu um giro. Não consegui terminar a frase. Me apoiei em um caixote perto de mim.

— Eu não te disse — lorde Carlos me ajudou a ficar em pé sozinho — Vamos. Eu te ajudo a chegar ao seu quarto.

— Eu vou para o meu escritório particular. Me leve até lá.

**

— Como anda o seu relacionamento com sua noiva — ele perguntou.

Me sentei na cadeira.

— O que? — me assustei com a pergunta repentina — Bem. 

— Bem hum — ele fez uma expressão pervertida.

— O que foi?

— Nada — lorde Carlos passou pela porta do meu escritório e pôs a cabeça para dentro — Seu rosto está vermelho. Você a ama tanto que só de falar dela já fica assim.

Antes que eu pudesse responder ele bateu a porta. 

Maluco. Pensei.

Droga! Por que hoje está tão quente?

Abri quatro botões da minha camisa de treino e enrolei as mangas.

Minha cabeça está doendo tanto. Parece que vai esplodir.

Ouvi batidas na porta e a voz familiar e doce de Amélia.

Gritei um entre e ela abriu a porta. Andou até a cadeira em frente a minha mesa e se sentou.

Ela corou um pouco, não deixava as mãos quietas. 

Umideci os lábios inconscientemente. É tão tendador ver ela corando.

— A-a Grande Dama me disse para te ajudar a resolver alguns assuntos, ela disse que faz parte do treinamento — ela olhou para minha mesa cheia de papéis — Eu encontrei com o lorde Carlos no corredor e ele me disse que você estava aqui.

— Sim.

Dei uma resposta automática. Não conseguia para de olhar para os lábios dela. Amélia os mordeu. Parece um pouco inquieta. Ela está nervosa. 

Desviei finalmente o olhar para cada canto do rosto dela. Seus olhos castanhos, meu nariz, sua boca tão macia, tão doce. Umideci mais uma vez os lábios.

— Então? — ela perguntou — Sobre o que são esses papéis?

Como se saísse de um transe, pisquei repetidas vezes.

— Ah! É mesmo — respondi — São sobre uma rebelião. Ela está cada vez mais frequente. Está se espalhando por toda a região leste.

— Por onde, exatamente?

Ela estava bem curiosa em relação a isso.

Apontei para uma mapa que estava na parede atrás dela. Nele havia partes marcadas em vermelho onde todas as rebeliões haviam acontecido.

Amélia se levantou indo até o mapa. Pôs o cabelo para um só lado provavelmente para ver melhor. Ela deixou, consequentemente, o seu pescoço amostra.

— O que eles fazem? — ela perguntou.

— Queimadas, sequestros, alagamentos, entre outros.

— E você sabe porque eles fazem isso?

— Ainda não me passaram essa informação — olhei mais uma vez para o pescoço dela  — Está quente, não é?

Me aproximei dela.

— Quente? Mas vai cair uma tempestade.

A abracei por trás. Ela me olhou confusa e um tanto vermelha, aproveitei a a beijei.

Pus minha língua em sua boca e ela soltou um tipo de gemido. Movi minha língua lentamente. 

Larguei sua boca indo para o seu pescoço, deixei marcas de chupões por ele todo.

— S-Spen-Spencer! — ela me chamou — Pa-pare!

A virei de frente para mim. Pus as mãos em suas pernas a pegando no colo. A carreguei até a minha mesa e a coloquei sentada alí ficando entre as suas pernas.

A beijei ardentemente. Sua boca estava com gosto de mel, ela provavelmente tinha comido algo com mel. 

Conforme fui beijando-a, a deitei na mesa e fiquei por cima dela. Pus suas duas pernas entrelaçadas em minha cintura. Amélia me empurrou para tomar fôlego.

Beijei novamente seu pescoço subindo para a sua orelha. Passei a língua por lá, senti ela se arrepiar e a ouvi dar um suspiro.

Passei a mão pela sua meia longa que ia até metade da coxa. Toquei a pele de sua perna por debaixo das anáguas.

Ela está quente.

— Spen... Spencer — ela estava sem fôlego — Nós não... Não podemos... Ficar fazendo isso.

Passei a outra mão pelo seu corpo indo até seus seios.

Não consigo controlar meu corpo direito. Não consigo pensar direito. 

— Spencer! — ela me chamou mais alto — Você está me ouvindo? 

Levantei a cabeça para encara-la. Ela estava vermelha, os lábios inchados, a respiração descompassada, os cabelos meio bagunçados, seu vestido estava levantado deixando parte de suas pernas a mostra, em seu pescoço havia marcas.

O que eu ia fazer?

Amélia me olhou fazendo uma expressão preocupada.

— Seu rosto está vermelho! Muito vermelho! — ela disse e pôs a mão na minha testa — Você está muito quente!

Ele tentou se levantar mas eu ainda estava em cima dela. Percebi isso e saí da mesa, ela se levantou e caminhou até a porta.

— Vou pedir para chamarem um médico.

Segurei sua mão.

— Você não pode ir.

Ela ficou confusa.

— Por quê?

Olhei mais uma vez para o seu estado.

— Parece que alguém te agarrou — respondi.

Ela arregalou os olhos e empalideceu.

— O que?! É sério?!

Ela correu para o espelho e se olhou assustada. Tentando se arrumar um pouco.

— Meu pescoço está doendo — ela disse e me olhou — Você está bem o bastante para rir, certo?

Nem percebi o sorriso largo em meu rosto.

— Tem umas bandagens na minha gaveta, você pode esconder as marcas e dizer que se machucou — disse com um sorriso sacana — Ou, você pode não por nada e mostrar para todo mundo que você me pertence.

Ela ruborizou. Terminou de se ajeitar e pôs as bandagens. Estava igual a quando chegou ao escritório. Disse que ia chamar o médico e saiu.

A chuva começou a cair com força lá fora.

Eu tenho certeza que estou com febre. Devo estar doente, com alguma virose

Sorri. Estou com uma sensação estranha no estômago. 


         



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