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História A Grande Dama - Verdades


Escrita por: BelleHRRB

Notas do Autor


Desculpa a demora 🙏
E obrigada a
Maryy_mm
Molly21

Por favoritar a fic

Capítulo 55 - Verdades


Senti meu queixo cair.

Então fechei a boca, engolindo seco.

Isso é um mal entendido.

Tem que ser.

O que você disse, Spencer? — Amélia perguntou, sussurrando.

Nesse instante, a mulher se virou.

Todos, inclusive eu, nos abaixamos.

Mas eu vi o rosto dela.

Um tempo depois, Adam se afastou e se levantou.

Então chamou por nós.

Ela deveria estar com as amigas.

Aquela mulher concordou uma vez, a senhora Gibbons.

Quando estávamos longe o bastante, ele olhou para Amélia.

— E então? — ele voltou o olhar para mim — Ele parece surpreso pra mim.

— Parece.

Amélia respondeu, me olhando também.

—  Alguém pode me explicar o que está acontecendo? — perguntei.

Os três suspiraram.

— A sua mãe administra uma mina de pedras, Spencer — Adam disse — Ela tem escravos que trabalham na mina, todo mês ela vem até aqui buscar as pedras.

— Mas nós já temos dinheiro o suficiente! — falei, apesar de saber que ela era completamente obcecada com dinheiro.

— Para você — Amélia disse.

Olhei para ela.

— Você sabia disso?

— Essa é a parte complicada da história — Adam falou.

Ela suspirou.

— Porque eu estava lá, na mina, trabalhando como uma escrava.

Senti todo o sangue sumir do meu rosto, se ainda tivesse sobrado algum.

Era lá que ela estava.

Por isso a minha mãe nunca pareceu muito disposta a procurar.

Ela sabia onde ela estava, e estava calma, pelo menos até um certo tempo.

Nesse instante, os três olhares pesaram sobre mim, acusadores.

— Espera — falei — Vocês não acham que eu tenho alguma coisa haver com isso, não é?

Amélia cruzou os braços.

— Me diga você, Spencer — ela disse — Na noite do baile, onde você estava? Por que sumiu de repente?

Ela estava realmente achando que eu tinha alguma coisa haver?

A procurei como um louco até que ela fosse dada como morta.

Na noite do sumiço fiquei desesperado. E onde eu estava?

Eu revivi aquele momento várias e várias vezes na memória.

— Eu estava...

" — Eu não estou me sentindo muito bem — Amélia disse.

Me preocupei.

— O que está sentindo? Quer ir para casa?

Ela negou.

— Só vou tomar um pouco de ar — ela apontou para uma janela não muito longe.

— Certo — falei desejando que o mal estar passasse — Me chame se piorar, voltamos para casa e chamamos um médico.

Ela sorriu ainda desconfortável.

Então ela se virou e foi.

Me virei e peguei minha mãe me encarando. Ela sorriu e me chamou.

— Quero que você conheça alguém — ela disse e me apresentou para um homem — Esse é o meu primo, faz muito tempo que não nos vemos, desde antes você nascer, então você nunca o viu.

Ele estendeu a mão e eu pensei que ele ia apertar a minha. Fiquei surpreso quando ele acariciou meus cabelos como se eu fosse uma criança.

— Mariana sempre me falou sobre você nas cartas, é muito bom finalmente te ver pessoalmente — ele me deu um sorriso e eu retribui — É realmente uma cópia do seu pai.

Meu sorriso congelou.

Resolvi mudar de assunto.

— Veio sozinho?

Ele negou.

— Com o meu filho e alguns amigos dele.

Vi minha mãe lhe dar um pisão no pé.

Estranhei e olhei para ela com os olhos levemente arregalados.

O homem olhou para ela e então para mim. Seus olhos brilharam em entendimento.

E então ele sorriu mais uma vez."

Depois disso eu não encontrei Amélia em lugar nenhum. Nem imaginava que iria vê-la outra vez quase seis meses depois, e completamente diferente da pessoa que eu conhecia.

Adam fez uma expressão de entendimento, mas a de Amélia ainda estava desconfiada.

Me senti irritado.

— Você acha mesmo que eu faria uma coisa dessas? Que motivos eu teria?

Ela cruzou os braços, como se já estivesse esperando aquela pergunta.

Sua expressão se tornou fria quando ela abriu a boca.

— O seu pai talvez.

Meus olhos se arregalaram e eu engoli seco.

— Então... Você já sabe sobre isso — suspirei em um misto de sensações — Como?

Ela balançou a cabeça.

— Isso não interessa — ela me olhou do mesmo jeito do baile, como se pudesse ver minha alma — Eu não confio em você, Spencer.

Senti alguma coisa doer.

Não sei exatamente o que foi, ou onde, mas foi uma dor aguda que me fez perder o ar por um segundo.

Engoli seco mais uma vez.

— Amélia, eu, não importa qual fosse o motivo, nunca culparia uma pessoa inocente — falei — Muito menos você.

Vi ela apertar a mandíbula.

— Então quem é o culpado? Então porque você-

A interrompi.

— Eu não fiz nada! — me levantei e a segurei pelos ombros, seu rosto continuava sério — Amélia, durante todo esse tempo em que passamos juntos, acha que foi fingimento? Acha que eu realmente não fui sincero quando disse que te-

Foi a vez dela de me interromper.

— Vocês estavam mentindo pra mim! — ela finalmente levantou a voz, se debatendo e escapando das minhas mãos, então ela me olhou com os olhos cheios de ódio, que eu nunca pensei que ela direcionasse a mim — Acha que eu não sabia que vocês estavam escondendo algo? Eu sempre soube que tinha algo errado.

Parei por um momento.

Isso era verdade. Realmente havia alguma coisa errada.

Olhei para ela transmitindo culpa.

Seus olhos ainda brilhavam com ódio, embora sua expressão fosse séria.

— Tudo foi uma mentira, Spencer. Tudo.

Tentei voltar o olhar para outro lado, mas era como se eu estivesse preso naquele rosto.

— No começo, era fingimento, o noivado tinha um motivo.

— O dinheiro guardado, sua mãe deveria saber sobre isso, e você também.

Esta certo.

— Sabia. Sabia que seus pais estavam te enganando o tempo todo — falei — Eu sabia o porquê da minha mãe querer que nós dois nos casássemos. E eu não conseguia aceitar que ela quisesse que eu me casasse com uma Eglington, então eu não queria... Ficar nem perto de você.

Ela não contestou, mas seus olhos se estreitaram.

— Mas depois, ela percebeu, e me disse para tentar passar mais tempo com você, para que tudo desse certo. E foi o que eu fiz, mas depois... Era realmente divertido passar um tempo com você, então eu pensei que isso realmente poderia dar certo. Quando eu percebi, não estava mais me importando com os seus pais, ou com o plano e dinheiro, mas só me casar com você.

Ela ainda estava parada, firme e forte, mas eu pude ver suas mãos trêmulas.

— Essa parte nunca foi fingimento.

Senti como se me livrasse de um enorme peso que vem me esmagando a quase um ano, ficando cada vez mais pesado.

Flor olhava para as mãos nervosa.

Adam estava curioso com a situação, mas tentava disfarçar, não dizendo uma única palavra.

Todo mundo ficou em silêncio por um longo tempo.

— Me deixe ajudar.

Todo mundo olhou para mim surpreso.

— Se minha mãe realmente fez essas coisas, eu quero saber e tentar resolver isso — disse — Então, deixem-me ajudar.



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