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História A grande família dos Kim Do - Capítulo vinte e sete


Escrita por: bearcute

Notas do Autor


Salve Kim Do fãs

Capítulo 27 - Capítulo vinte e sete


Jihyo com seus três meses já estava mais ativa na frente dos irmãos, as gêmeas já brincavam com ela e ela respondia balançando as mãos, já procurava a voz de cada um quando ouvia, adorava puxar o cabelo de Taek quando ele deitava em cima da barriguinha dela. Nesse momento ela estava no colo de Yeonjun andando pela casa.

 

― E aqui temos o pai JongIn fazendo o almoço ― Yeonjun disse e virou Jihyo para ela ver JongIn.

 

―Oi meu amor ― JongIn chamou e ela olhou para o pai ― O que você faz aqui, hein pipoquinha?

 

― Diz pra ele que você acordou e ficou lá olhando pro teto ― Yeonjun disse e mexeu o corpinho da irmã ― Diz.

 

― Ela acordou faz tempo, filho?

 

― Nem sei, eu fui lá e ela já estava com os olhões abertos ― ele riu e balançou a irmã ― Ela não chora quando fica sozinha, né?

 

― Não, se ela acordar sozinha não. Mas se você deixar ela e logo sair, ela chora ― explicou e desligou o fogão ― Cadê seus irmãos?

 

― Yunho tá arrumando o quarto, Taek tá brincando com a Hayoung e as gêmeas, e o Jongho já saiu pro trabalho.

 

― Não vejo a hora de voltar a trabalhar ― suspirou.

 

― Aí o Jongho vai trabalhar de manhã? ― perguntou.

 

― Sim, ele trabalha de manhã e fica com vocês à tarde, vocês não podem ficar sozinhos aqui. ― disse e o garoto assentiu ― Ele ainda não vai fazer faculdade, não se decidiu.

 

― Por isso o papai tava chateado? ― perguntou e trocou Jihyo de braço, a garota estava com o dedo na boca.

 

― É, seu pai tem uma visão diferente, mas ele vai entender ― sorriu pequeno ― Pega o carrinho dela, filho. É melhor deixar ela no carrinho do que ficar com ela no braço, você vai ficar dolorido.

 

― Pai, a gente pode ouvir música no celular?  ― Suyun apareceu junto com Taek na cozinha, e Yeonjun saiu para pegar o carrinho de Jihyo na sala ― A gente usa o aplicativo do Kids.

 

― Pega o celular aí na mesa ― JongIn apontou e Suyun correu para pegar ― Lembra a senha?

 

― Sim ― colocou os números e o celular desbloqueou, ela abriu o Youtube ― Já Taek, que música você quer?

 

― Deixa eu falar ― estendeu a mão e Suyun entregou o celular ― A música que eu ouvi ontem com o papai Soo.

 

― Não Taek ― Suyun riu, JongIn riu baixinho ― Qual foi a música?

 

― Eu não sei, o papai Soo que sabe ― apertou de novo no microfone do youtube ― A música que o papai Soo colocou ontem. ― olhou para a tela ― Ele não achou de novo.

 

― Vamos escutar outra ― Suyun pegou o celular e saiu correndo com Taek atrás.

 

A música que eu ouvi ontem... Ai Taek ― JongIn negou e colocou as panelas na mesa para o almoço.

 

[...]

 

― O que eu fiz? ― Yunho perguntou quando Kyungsoo entrou em seu quarto no finalzinho da tarde.

 

― Não sei, você fez algo? ― rebateu.

 

― Ah isso não cola comigo, velhinho ― riu e Kyungsoo negou sentando na cama do filho, Yunho cruzou as pernas e o encarou ― O que foi?

 

― Nada, eu só queria conversar com você ― disse e Yunho o encarou confuso ― Você disse um dia desses que eu não conversava mais com você e seus irmãos mais velhos, então aqui estou eu.

 

― Foi uma brincadeira, pai.

 

― De verdade?

 

― Hm... Assim, eu tô de saco cheio sabe ― soltou e se ajeitou na cama para deitar na coxa do pai ― Lembra do Wooyoung que eu beijei lá no meu aniversário? Então, eu jurava que sei lá ia rolar algo mais, mas não rolou.

 

― Você sabe que namoro aqui nessa casa só depois dos 18, não é?

 

― Eu sei, pai. Mas assim uns beijos a mais ou umas saidinhas, sabe? ― suspirou e Kyungsoo riu ― Mas não, somos amigos, não que seja ruim, mas eu esperava mais.

 

― Olha filho, talvez ele esteja esperando, eu espero que ele esteja esperando ― disse e o garoto riu ― Um beijo não significa namoro.

 

― É, eu sei ― sorriu ― E tem outra coisa também que me incomoda, eu falei com a psicóloga essa semana e ela disse que eu não preciso ficar me cobrando porque isso deve partir de uma maneira mais leve, sem pressão ― olhou para o pai ― Sobre um curso pra faculdade. O senhor falou tanto com o Jongho que eu me senti um pouco pressionado, mesmo que quem tenha sido pressionado seja ele.

 

― Eu não pressionei seu irmão.

 

― Pressionou sim ― Yunho soltou ― Ele ficou bem chateado... Mas o pai JongIn foi lá e contornou a situação. O que eu quero dizer é que eu fiquei pensando nisso, que se eu não souber o que fazer quando terminar a escola nos próximos anos, o senhor vai surtar?

 

― Surtar é algo forte ― disse e suspirou ― Talvez eu fique chateado como eu estou agora com o Jongho, mas eu vou entender, no final eu sempre entendo vocês. E mais, eu nem espero você escolher um curso mesmo.

 

― Suas apostas em mim são incríveis ― disse rindo ― Mas não mentiu.

 

― O único que eu acho que eu realmente ficarei sem saber o que fazer se ele não fizer faculdade é o Yeonjun, porque desde os cinco anos ele diz que quer ser cientista e continua até hoje.

 

― Nerd né pai, é nerd ― murmurou e Kyungsoo riu ― Ei pai, só aqui entre nós... ― sentou ― O que o senhor fez para o JongIn casar com você? Porque o senhor às vezes é tão chato.

 

― Você lembra que eu te pari, não? ― rebateu e o adolescente riu ― Você deveria me amar.

 

― Eu lutei contra os meus irmãos espermatozóides dentro do JongIn e hoje estou aqui, então eu vim dele, só saí de você ― piscou e Kyungsoo riu alto.

 

― Ai garoto.

 

[...]

 

― Jihyo! ― Hayoung chamou e correu vendo a irmã procura-la ― Ei!

 

― Não grita, filha ― JongIn a repreendeu.

 

― Jihyo ― Hayoung chamou e a bebê a olhou ― Achou!

 

― Ela gosta disso ― Jongho disse sentando do lado do pai no sofá ― E então...

 

― O que foi agora?

 

― O papai não falou comigo direito ― resmungou e JongIn ajeitou Jihyo no colo que agora tentava tocar em Hayoung.

 

― Jongho ― suspirou ― Seu pai está falando normalmente com você, você que está se sentindo culpado e eu já disse para esquecer. Seu pai vai entender e seguir a vida, fim.

 

― Eu não quero que ele fique chateado porque eu não escolhi nenhum curso pro ano que vem.

 

― Então diga a ele.

 

― Ele tá conversando com o Yunho ― resmungou e JongIn o encarou ― O que?

 

― Você tá com ciúme do seu irmão? ― perguntou surpreso e Jongho negou.

 

― Eu não estou com ciúme, só acho estranho ele do nada ir conversar com o Yunho agora, ele nunca fez isso comigo ― fez um bico e JongIn riu incrédulo.

 

― Seu pai nunca conversou com você? ― rebateu ainda rindo ― Seu pai sempre conversou com você, mas sempre foi pela manhã ou em outro momentos sempre que você quisesse falar porque você ao contrário do Yunho e do Yeonjun, falava sem parar. Agora Yunho não fala, Yeonjun então... Ele só quer estar mais próximo dos meninos, ainda mais agora que voltou a trabalhar e não conversa com eles durante o dia.

 

― Desculpa, eu só... ― suspirou ― Estou com a cabeça cheia por causa desse negócio de terminar a escola e também não querer fazer faculdade, o papai chateado... Aí eu me perco todo.

 

― Fala com o papai, ué ― Hayoung soltou ― Esqueceu que um Kim Do sempre conversa e faz reunião? Um Kim Do é um Kim Do.

 

― Que bom ― JongIn disse e olhou para a filha ― Você falou algo muito bom, estrelinha, mas... Você lembra das regrinhas? Não se meter...

 

― Na conversa de adultos ― repetiu ― Foi sem querer.

 

― Tudo bem. ― mexeu Jihyo que já estava toda babada ― Pega a fraldinha dela, filha. ― Hayoung foi pegar no carrinho ― Converse com seu pai e acabem com isso de uma vez, desde o ano passado nessa porcaria.

 

― Tá bom tá bom, não fica irritado ― resmungou e levantou.

 

― Pai, a gente pode brincar de massinha? ― Taek entrou na sala segurando seus potinhos de massinha ― O Yeon vai colocar a madeira no chão pra gente não sujar o tapete.

 

― Pode sim ― disse a Taek que sorriu ― Cuidado pra não sujar a roupa!

 

Jongho andou pelo corredor e foi até o quarto do pai, Kyungsoo estava ali arrumando sua roupa para o trabalho no dia seguinte, o garoto bateu na porta chamando atenção do pai.

 

― Podemos conversar, pai? ― pediu e Kyungsoo assentiu. ― Eu queria dizer pro senhor não ficar com raiva de mim, mas eu já tenho dezenove anos e não penso no que fazer, eu não posso simplesmente entrar em um curso do nada sem pensar se é aquilo que eu quero, e pai, eu não sei o que eu quero.

 

― Por partes, ok? ― deixou sua roupa arrumada na cruzeta e estalou os dedos, mania de quando estava nervoso, e Jongho sabia ― Eu não estou com raiva, mas sim chateado. Eu sei que você não pode fazer algo que nem sabe se quer, mas... Lembra que pelo menos você ia tentar fazer um processo seletivo?

 

― Mas se eu passar? O que eu vou fazer? Faculdade não segura vaga, pai.

 

― Eu sei... Eu só... ― suspirou ― Eu só quero que você corra atrás mais rápido do que eu corri quando tinha a sua idade, eu sei que são situações diferentes, mas...Eu não quero que você fique aí esperando algo acontecer, ou surgir do nada uma vontade de fazer qualquer coisa, eu só quero você tente, que você pesquise, que você conheça novas coisas e talvez seu curso apareça e não que você passe um tempo sem fazer nada.

 

― Eu vou trabalhar na floricultura. ― lembrou. ― Não vou ficar sem fazer nada. É isso que o senhor não tá entendendo, eu vou trabalhar na floricultura, e é lógico que vou pesquisar, ver coisas que posso fazer e quem sabe eu encontro uma área que gosto.

 

― Tudo bem ― Kyungsoo suspirou ― Tudo bem.

 

― O senhor entende? Consegue ver dessa maneira? ― perguntou ― Eu não vou deixar o tempo passar, pai. Eu vou escolher algo no futuro e vou te dar orgulho, acredita nisso.

 

― Eu acredito nisso, na verdade eu tenho certeza... Eu só preciso esquecer um pouco certas coisas e tentar entender que você que decide ― disse sincero e Jongho sorriu pequeno.

 

― Estamos bem?

 

― Sempre estivemos, filho ― sorriu e foi abraçar o garoto ― Eu amo você, príncipe.

 

― Também te amo, pai. Obrigado por tentar entender.

 

― Pai! ― Taek gritou ― Fala pro Youtube que música que a gente ouviu ontem! 



Notas Finais


Então, vamos lá, essa conversa do Ksoo com o Jongho era algo que eu queria ter passado, sabe? Eu terminei o médio lá em 2014 e eu fui muito pressionada na família pq meus pais só tiveram o ensino médio e o sonho deles era que cada um dos filhos fizesse faculdade, minha irmã mais velha engravidou e só depois já com quase vinte e pouco ela começou a faculdade, meu irmão nunca fez, e só sobrou eu, então a pressão foi gigante. Em 2015 eu fiz Enem e passei pra Turismo com uma bolsa de 50℅ numa particular, mas eu não sabia se queria isso mesmo, então eu menti pros meus pais dizendo que não passei em nada, a única que sabia era minha irmã e ela disse que eu que tinha que fazer o que que quisesse, já que ela fez administração pressionada e hoje nem atua na área e sente ódio kkk. Fiquei até 2017 sem fazer nada, sem trabalhar e nada porque eu não sabia o que fazer, como começar e tal, e quem passou ou passa por isso, sabe como é ruim as pessoas da sua família te pressionando e jogando coisas na sua cara. Foi no segundo semestre de 2017 que saiu a segunda lista do Prouni e como eu tinha feito né, eu fui aprovada em duas faculdades particulares com bolsas de 100℅ , uma pra Pedagogia ( que eu escolhi ) e outra pra Ciências Biológicas. Eu demorei, mas eu escolhi algo que hoje é o que eu amo.

Por isso, eu dou um conselho, principalmente pra quem ainda está no ensino médio, se você já tem em mente o que quer, meus parabéns, continue. Agora se você não tem, tudo bem também, não é nada estranho, não é nada surreal, é algo muito simples e comum, tome o seu tempo pra pensar e escolher o que seguir, seja seguir com um curso na faculdade, ou seguir vendendo coisas online, só tome seu tempo e faça algo que não se arrependa.


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