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História A Grande Influência - Bom para todo mundo


Escrita por: britishross

Capítulo 5 - Bom para todo mundo


Sasuke foi buscar a filha na escola e, é claro, a menina não estava de bom humor. Assim que viu o pai no portão, tinha certeza que ele a arrastaria para casa e a trancaria no quarto para que não fugisse do castigo. No entanto, a menina estava enganada.

— Oi. – Disse Sarada ao encarar o pai.

— Quanta animação! – Sasuke ironizou e foi fuzilado pelo olhar da filha.

— Nem reclame, papai! Quando me tirar do castigo, voltamos a conversar. – Sarada logo entrou no carro e foi seguida por seu pai que já se preparava para contá-la a novidade.

— Que sorte a sua que eu sou um pai muito legal e, por isso, repensei o seu castigo. – Falou num tom descontraído enquanto dirigia rumo ao Konoha Palace.

— O que?

— Isso mesmo. Você está indo encontrar a Sakura. – Falou Sasuke olhando de soslaio para a filha que sorriu instantaneamente.

— Pai, que milagre é esse? – Falou incrédula e Sasuke deu um mínimo sorriso.

— Repensei as minhas atitudes e vi que você tem razão. Não tem problema você encontrar essa blogueira.

— É digital influencer!

— Tanto faz. Dá no mesmo. Está feliz?

— MUITO! Oficialmente, você é o melhor pai do mundo! Mesmo sendo cabeça dura, às vezes!

— Ei, eu sou o melhor pai do mundo sempre! Te criar não é uma tarefa nada fácil, mocinha! – Disse Sasuke já estacionando em frente ao hotel que era, relativamente, perto à escola da garota.

— Eu sei. Obrigada por tudo! – Ela então desprendeu o cinto de segurança e deu um abraço no pai, que ficou contente.

— Você fica bem melhor sorrindo do que chorando!

Sarada estava eufórica com a surpresa que seu pai lhe fez. Aquilo parecia um milagre. Nunca tinha visto Sasuke mudar de ideia na vida. Algo tinha acontecido, mas ela não sabia o que. Decidiu não pensar muito sobre isso, porque tudo que importava era que se encontraria com Sakura. E, melhor, dessa vez não precisaria enganar seu pai para isso.

— Antes de você ir falar com a Sakura, eu vou falar com ela em particular. Está bem? – Informou o Uchiha e a filha assentiu.

— Só não brigue com ela, ok?

— Ok. Eu não vou brigar. Agora fica sentadinha aqui na recepção e eu já volto. Não fale com estranhos! – Falou protetor e Sarada revirou os olhos.

— Pai, eu já tenho doze anos!

— E isso não muda nada porque não tem um pingo de juízo! – Falou se distanciando e filha fez careta.

 

[...]

 

Sakura não sabia o que pensar quando ligaram para o seu quarto e a recepcionista a informou que Sasuke pedira para subir. Ela sabia que ele lhe daria uma resposta.

— Olá, Sakura. – Falou assim que entrou no quarto da rosada.

— Olá, então qual a sua resposta? – Perguntou aflita.

— Meu pai confirmou sua história.

— E?

— Vou permitir que Sarada veja você. – Sasuke mal terminou a frase e Sakura o abraçou. Ela estava tão feliz com isso que não conteve o reflexo e depois se afastou.

— Desculpe. É que eu fiquei empolgada – Disse sem jeito.

— Tudo bem. Sarada está lá embaixo esperando para vê-la, mas antes eu gostaria de fazer algumas recomendações.

— O que?

— Ela não precisa saber agora que você é a mãe biológica dela. Então, peço que controle reações muito exageradas. Eu sugiro que vocês sejam amigas. Quando estiver na cidade, marcamos e eu levo a Sarada até você. Nada de visitas surpresas. Outra coisa, não conte a ela que tivemos um passado.

— Ela não está estranhando você ter aceitado que ela me visse?

— Está. Bem, vou contar a ela que eu te conheci, pois éramos da mesma escola, o que não é mentira. E vou falar que nunca fomos um com a cara do outro, o que, em parte, é verdade.

— Tudo bem. Precisamos chegar a um acordo sobre o que falar com ela, senão vamos ficar nos contradizendo.

— Evite falar do passado e, se falar, diga muito pouco. Sempre domo a curiosidade da Sarada dessa forma.

— Ok. Mais alguma recomendação?

— Não magoe minha filha. Ela realmente gosta de você. Ouvi Sarada chorando a noite toda e minha decisão foi pelo bem dela.

— Se você tivesse essa maturidade quando tinha 18 anos, esta história poderia ter sido diferente.

— Todos nós erramos. Eu por não querer assumir você e a criança. Meu pai por dar um jeito na situação da forma que acreditava ser a certa. Você pode ter se deixado amedrontar com as ameaças. Agora passou. Precisamos cuidar do futuro da minha filha.

— Claro. Eu serei uma boa mãe pra ela.

— Você será amiga dela. Mãe sempre será a Karin, entendeu?

— Você quer mesmo esconder a verdade para sempre?

— Pelo menos, por agora, penso dessa forma. Não precisamos confundir a cabecinha dela por causa disso. Você estará por perto de qualquer forma. 

— Ok. Concordo com você. Posso ir vê-la agora?

— Ela deve estar roendo todas as unhas de tanta ansiedade. Não sei o que você tem pra ela te adorar tanto. – Falou sério e abriu a porta.

— Acho que ela sente que minha filha. – Falou sorrindo e Sasuke revirou os olhos.

 

[...]

 

Sarada estava ansiosa, observava todos que passavam pela recepção do hotel na esperança que fossem Sakura e seu pai chegando. Quando a blogueira finalmente apareceu, Sarada correu na sua direção e abraçou com força. Sakura ficou feliz e Sasuke surpreso pelo amor que a menina sentia pela mulher.

— Sakura, meu pai me deixou te ver! Estou tão feliz! – Afirmou a menina.

— Ele me contou que vai parar de implicar com a sua vontade de estar perto de mim. Então, hoje nós vamos passear e amanhã você assistirá a minha palestra, tudo bem? – Sorriu Sakura.

— Que incrível! Você vai embora mesmo depois de amanhã? – Perguntou Sarada curiosa.

— Vou, mas prometo não demorar para voltar! – Prometeu Sakura.

Sasuke observava a primeira interação da filha com a sua verdadeira mãe com olhos de admiração. Sakura sabia lidar com a menina e, mais que isso, Sarada parecia íntima daquela que deveria ser uma estranha. Sasuke não entendia como um contato de poucos dias poderia ser tão profundo. Então, resolveu se meter na conversa ao ver as duas fazendo mil e quinhentos planos para os dois dias que lhes restavam.

— Quando vocês se tornaram tão próximas? – Perguntou o moreno ainda confuso.

— Pai, eu acompanho a Sakura há um ano e meio! Eu a vejo e leio o que ela posta o tempo todo. Se duvidar, eu sei muito mais sobre ela do que sei sobre você. – Essa frase de Sarada chocou Sasuke. Tudo bem que ele não era o cara mais aberto do mundo para a filha, mas ele convivia diariamente com a menina há doze anos. Como ela poderia considerar Sakura mais próxima que seu próprio pai sem nem desconfiar que ela é sua mãe?

— Como você virou minha fã, Sarada? Tenho curiosidade... – Disse Sakura e a menina se preparou para contar a história. Ela já tinha ensaiado esse momento em frente ao espelho algumas vezes.

— Um dia uma amiga minha compartilhou um vídeo seu falando sobre os bastidores do mundo fashion. Eu adorei aquilo. Você mostrou um pouco sobre o processo de criação da sua coleção para La Haruno até o momento do desfile. Eu achei tudo tão incrível, mas o mais legal de tudo foi ver o quanto você é incrível com todos a sua volta. Eu vivo no meio de pessoas muito mal-humoradas, como você pode perceber, - Sasuke revirou os olhos no momento e Sakura riu – então ver alguém lidando bem com tudo me deu vontade de ser assim. Minha avó é uma pessoa legal, mas ela obedece sempre ao vovô. Eu discordo disso, então ela não é exatamente como eu gostaria de ser, embora eu a admire muito. Eu quero ser que nem você, Sakura. Ter sua força, sua inteligência e, mais que tudo, ter o seu bom humor. – Sakura já chorava, quando Sasuke continuava incrédulo com o que estava vendo.

— Você não sabe o quanto me deixa feliz saber que sou um exemplo pra você! – Sakura abraçou a menina.

— Sua avó ficaria triste te ouvindo falar isso, Sarada. Assim como sua tia, e sua mãe Karin. – Repreendeu Sasuke, mas Sarada se justificou.

— Todas as mulheres dessa família são submissas, papai. Eu não quero ser assim, ter que obedecer ao marido e apenas me dedicar ao lar. Não é opção pra mim. Vovó, titia e até a minha mãe foram dessa forma. Eu quero ser diferente. Se elas optaram por isso, ok. Foi uma decisão delas, mas eu não posso ter essas atitudes como exemplos pra mim. Tenho a mesma vontade de conhecer o mundo que a Sakura teve, o mesmo amor por trabalhar com a moda e ela tem um olhar tão positivo sobre a vida que nem minha avó ou a tia Izumi, por mais que sejam legais, têm!

— Ela te deu uma aula agora, Sasuke. – Falou Sakura.

— Cala boca, Sakura! – Rosnou.

— Já disse pra você não brigar com ela, papai.

— Seu pai sempre amou brigar comigo. – Comentou Sakura e o Uchiha a recriminou com o olhar por tocar neste assunto.

— Você conheceu o meu pai na época em que morava aqui em Konoha?

— Sim, estudamos na mesma escola. – Respondeu a rosada.

— Quero saber mais sobre isso. – Disse Sarada.

— Já soube. Nós estudamos na mesma escola e brigávamos bastante. – Sasuke disse com uma cara fechada. Então, Sakura e Sarada entenderam que era melhor não tocar no assunto.

— Agora eu entendi porque você não me deixava vê-la.  – Comentou.

 

[...]

 

Durante o restante do dia, Sarada acompanhou Sakura numa sessão de fotos de looks para o blog da rosada. Aproveitando a chance, a menina tirou várias fotos com ela. Sasuke acompanhou de longe a interação de mãe e filha por três horas. Quando deu sua hora de ir lecionar na faculdade de Engenharia, ele chamou Sarada para levá-la para casa, mas a menina fez birra.

— Sarada, você já ficou com a Sakura tempo bastante. Eu preciso deixar você em casa para poder ir trabalhar. – Falou impaciente.

— Deixa mais um pouquinho, por favor! – Pediu a menina.

— Deixa, Sasuke! Eu posso levá-la para casa.

Sasuke ponderou a oferta. Seria seguro deixar que Sakura levasse a menina até sua casa? O Uchiha acabou deixando, mas só porque seu pai não estaria lá. Certamente, Sasuke não queria que Fugaku encontrasse com a rosada. Se eles se vissem, era provável que um forte embate aconteceria e Sarada poderia saber de uma forma nada boa a verdade. Com apenas Mikoto em casa, seu segredo estaria seguro e Sakura poderia levar a  filha para casa.

— Pode! Mas vê se não demora! – Disse após dar um abraço e um beijo na testa de sua filha.

— Oba! – Comemorou Sarada.

— Eu vou cuidar bem dela, Sasuke! – Sakura sorriu e o Uchiha só acenou.

— Não esperava menos que isso.

 

[...]

 

— Sakura, agora que o meu pai já tá bem longe pra nos escutar, você pode me contar como se conheceram? – Perguntou Sarada.

— Ah, Sarada. Foi como ele disse. Nós estudávamos na mesma escola. Era inevitável não nos conhecermos.

— Mas vocês eram íntimos? Eram da mesma turma? Tinham amigos em comum? – Sarada bombardeou a blogueira com perguntas. Agora Sakura teria de lidar com isso.

— Éramos da mesma turma, mas não tínhamos amigos em comum.

— Você conheceu minha mãe também né? Porque meu pai sempre disse que eles eram da mesma classe. – Adiantou Sarada e Sakura ficou triste porque era horrível ouvir a sua filha chamar outra mulher de mãe.

— Conheci a Karin também, mas, assim como eu não me dava bem com o seu pai, também não era amiga dela.

— Eles foram muito bobos de não quererem a sua amizade. Você é maravilhosa! – Falou Sarada e Sakura sorriu.

— Minha vez de te fazer uma pergunta ok?

— Ok!

— Karin morreu quando você tinha 4 anos. Você se lembra dela? Como foi crescer sem ter uma mãe por perto?

— Bem, eu não me lembro de muita coisa. Meu pai fala que era carinhosa, mas eu só me lembro dela sem paciência. Embora ela seja a minha mãe, é como se fosse uma estranha. Crescer sem uma mãe foi mais ou menos fácil. É claro que eu me sentia triste nos dias comemorativos por não ter uma mãe, mas vovó e a tia Izumi sempre foram boas pra mim. Elas cuidaram de mim junto com o papai durante todos os anos. Sei que elas me amam de verdade e me veem como uma filha.

— E a sua relação com o seu tio e o seu avô? – Sakura queria saber qual era a visão de Sarada sobre aquela família.

— Tio Itachi é legal, mas trabalha demais. Então, o vejo pouco. Já o vovô é bastante severo. Ele exige disciplina em tempo integral, então quando ele está em casa tudo fica muito sério. Até vovó sorri menos quando ele está próximo. Ah, mas ele me ama. Eu sei disso. Papai fala que embora vovô não seja um homem carinhoso, ele demonstra do jeito que pode.

— E qual é o jeito dele mostrar que gosta de você?

— Ele é mais paciente comigo. Papai e o tio Itachi são muito cobrados pelo vovô. No entanto, ele não me cobra nem as notas no colégio.

— Sério?

— Sério. Comigo ele usa só o olhar para repreender. Quem leva bronca por mim é o papai. Vovô acredita que qualquer falha minha é culpa dele.

— Mas ele não lhe um abraço ou um beijo? Vi que seu pai é carinhoso com você. Seu avô também é?

— Só no meu aniversário e no Natal. Ele é fechadão mesmo.

— Entendi. Você ama a sua família do jeito que é?

— Amo. Meu pai, meus avós e meus tios deram o máximo de si para me criarem. Dou valor a isso. Nem sempre eles acertam, mas ninguém é perfeito. Tento lidar com as diferenças.

— Você é tão madura. – Sakura falou orgulhosa da filha.

— Acho que os textos de autoajuda do seu blog me ajudaram um pouco a ser assim. – Sorriu.

— Você está de parabéns, Sarada!

 

[...]

 

Sakura se divertiu muito ao lado da menina. Quando eram 18h, Sarada pediu para que a rosada a levasse para casa. Quando chegou ao casarão dos Uchiha, Sakura não teve boas lembranças. Só havia pisado lá uma única vez e não fora bem recebida. Engoliu seco às lembranças e viu Sarada correr, avisando à avó que já estava em casa e que tinha trazido visita. Sarada logo apresentou Sakura à avó sem saber que elas já se conheciam e depois subiu para tomar um banho, deixando as mulheres sozinhas.

— Esta menina é muito espoleta. – Comentou Mikoto.

— Ela é maravilhosa. – Afirmou Sakura.

— Sakura, quer tomar um café? – Disse Mikoto sendo gentil.

— Eu aceito, senhora Uchiha. – Sorriu.

Enquanto servia o café para Sakura, Mikoto percebeu que a mulher estava se sentindo desconfortável ali.

— Sakura, sei como essa situação toda é estranha para você, mas vamos aprender a lidar com isso. Não está sendo fácil para o Sasuke também.  – Falou num tom agradável.

— Vocês não achavam que algum dia eu voltaria para cá? – Perguntou após tomar um gole do café.

— Depois que você concordou que não tinha como criar a menina, quando Sarada tinha dois anos, Fugaku achou que você nos deixaria em paz para sempre.

— Depois que toda a sujeira foi feita, eu não podia fazer muita coisa né? Seu marido me chantageava e Sarada chamava Karin de mamãe.

— Imagino seu sofrimento. Ninguém ficou ao seu lado.

— Pois é. Meus pais foram os primeiros a trair minha confiança e a vender a minha filha.

— Quero que saiba que eu não concordei com a atitude do meu marido, mas eu não podia ir contra ele.

— Pelo que Sasuke me contou, ele também não sabia do acordo todo.

— É. Ele só soube que você não poderia criar a menina e que, se Sasuke não assumisse a criança, você iria abortar ou entregar a criança para adoção.

— Mas ninguém contou que foram os meus pais que que queriam isso e que eu jamais aceitaria, certo?

— Fugaku não a conhecia direito, querida. O que ele sabia era o que seus pais falaram e meu marido acreditou. Primeiro, Fugaku quis casar Sasuke com você para que tivessem uma família, mas o nosso filho disse que não gostaria de casar com você, que você era uma golpista.

— Ele queria a Karin.

— Sim, ele queria a Karin. Então, Fugaku conversou com a garota para que ela aceitasse se casar com ele. Assim, Sarada ganhou uma família.

— Karin foi uma boa mãe para Sarada durante o tempo que viveu?

— Ela tentava, mas não tinha muita paciência. Sasuke que sempre zelou pela menina. Fosse pra dar a mamadeira, trocar a frauda ou dar banho. Karin nunca fez nada disso, mas achava Sarada fofinha quando estava calada ou sorrindo. Sempre que a menina chorava ela tapava os ouvidos e pedia pro Sasuke dar um jeito.

— Acho que ela não queria cuidar da minha filha.

— Mas ela topou o desafio por causa de Sasuke. Sarada fazia parte do pacote.

— Eles se amavam muito, não é mesmo senhora Uchiha? – Disse após terminar de beber o café.

— No início, sim. Mas o casamento foi ficando desgastado. Não dava pra ser igual a época do namoro quando se tem um bebê para cuidar. Isso frustrava Karin e aí eles começaram a brigar bastante até que eles vieram morar aqui e melhorou um pouco.

— Quando eu vim para tentar ficar com a minha filha eles já moravam aqui.

— Sim, vieram quando Sarada tinha seis meses para que eu pudesse ajudar a cuidar.

— Sasuke sentiu muito a perda da esposa? Como ela morreu mesmo?

— Sentiu nos primeiros meses, mas ele não podia ficar de luto por muito tempo, afinal tinha uma filha pra criar. E ela morreu num acidente de carro. Estava dirigindo bêbada.

— Nossa, que trágico!

— Às vezes, penso que foi melhor assim. Sasuke já não era feliz no casamento e só insistia nessa relação porque achava que Karin era uma boa mãe para a menina.

— Ele nunca a viu perdendo a paciência com a criança?

— Na frente dele ela se controlava mais. E, quando vieram morar conosco, eu cuidava de Sarada para ela ficar sem fazer nada.

— Engraçado que eu não me surpreendo com essa versão da Karin.

— Acho que o meu filho percebeu que tinha errado quando era tarde demais.

— Ele nunca quis me procurar ou contar pra Sarada que eu sou a mãe dela?

— Ele achava que você não queria a filha de vocês. Quando você voltou, ele ficou feliz de Fugaku ter entrado em um acordo com você para deixar a menina conosco. Foi uma surpresa pra ele você querer se aproximar da menina.

— Eu realmente não vim atrás da Sarada, mas conhecê-la me fez querer ser a mãe que ela merece.

— Agora você poderá, Sakura. Dê valor a sua filha porque ela é uma garotinha maravilhosa.

Sakura e Mikoto sorriram e depois ficaram alguns minutos em silêncio até que Sarada desceu as escadas correndo e foi até a direção delas.

— Já viraram melhores amigas também? Vou obrigar que todos te amem como eu! – falou sarada já abraçando a blogueira.

— Sua avó é gentil, Sarada.

— Você verá como eu farei o papai, o vovô e o titio gostarem de você. Tia Izumi já gosta.

— Izumi acha que você é um bom exemplo para a Sarada. – Disse Mikoto.

— Mas parece que os homens dessa família não concordam com isso. – Falou Sakura.

— Eles terão tempo para mudar de ideia... – Sugeriu Mikoto.

— Com certeza, meu pai já te olha de outro jeito. Ele não suportava a ideia que eu te conhecesse e agora já aceita que sejamos amigas. – Falou Sarada.

— Que bom!

— Quando voltar a cidade, você poderia se hospedar aqui! Temos um quarto de hóspedes! – Ofereceu a menina.

— Não acho que seja uma boa ideia... mas agradeço o convite – Desconversou Sakura.

— Não pode convidar ninguém sem que seu avô saiba, Sarada. – Advertiu Mikoto.

— Vou pedir para o vovô! Se ele deixar, você vem? – Perguntou com os olhos brilhando.

— Só se ele deixar! – Sakura concordou, pois já imaginava que a resposta do Sr. Uchiha seria negativa.

Mikoto observou mãe e filha interagindo. Para ela, ela claro como água que as duas se entendiam com apenas um olhar. Ficou feliz que os problemas do passado pareciam distante, que os pais de Sakura não podiam mais se meter e que Fugaku admitia – do jeito dele – que tinha agido de forma errada. Talvez Sasuke também sentisse que havia errado, afinal ele não quis registrar a menina inicialmente. Só depois de seu pai se meter na história, que sua posição mudou. Mikoto sorriu ao vê-las tagarelando por qualquer coisa e torceu para que elas continuassem tão próximas como agora, que Sarada pudesse ganhar uma mãe de verdade. Afinal, por mais que Karin tenha tentado, jamais conseguiu ser.



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