História A Grande Profecia - Parte 2 - The Secrets - Ela tem controle de tudo

- Acho melhor nos encontrarmos no Duat, é mais seguro. – Daniel comentava a Isabela.

Eles estavam no Central Park e bem agasalhados já que nevava.

- Por que não vamos ao seu dormitório naquela escola? – Ela soou sugestiva.

Daniel fechou a cara logo.

- Ninguém entra no meu quarto e vai continuar assim. – Soou firme.

- Nossa...ta, desculpa. – Novak soou baixo fitando sua bota cinza.

- Desculpa minha maneira de falar é que é o meu quarto. – Daniel tentava se explicar.

Ela o fitou com uma cara de interrogação.

- Você não tem outro quarto, não? – Perguntou.

Ele suspirou com os olhos cheios de lágrimas.

- Minha mãe foi morta quando eu tinha 10 anos. – Começou a contar, deixando Isabela intrigada. – Meu pai me criou no Mundo Inferior até que Afrodite e Hades criaram essa escola, eu me mudei para lá e nunca saí de lá.

- Sinto muito. – Novak soou baixo o lançando um olhar solidário.

- Não sinta, eu ainda vou achar o desgraçado que fez isso com ela. – Soou firme e um pouco rancoroso.

- Você viu? – Perguntou surpresa enquanto ele passava o braço sobre o rosto secando-o.

- Foi um seguidor de Apofis.

- Você sabe o nome? – Novak estava com os olhos arregalados pensando em seus irmãos.

- Não, mas ele fingia ser um seguidor de Hórus. – Daniel a fitou. – Não foi seus irmãos. E eu nem sei o motivo dessa pessoa fazer isso. Minha mãe era seguidora de Néftis, nunca fez mal a alguém. Não tinha porque – Sua voz falhou e mais uma lágrima desceu pelo seu rosto.

Isabela suspirou e abraçou ele de lado.

- Sinto muito e se você quiser eu posso tentar achar esse seguidor.

Daniel a fitou surpreso.

- Mas ele só estava seguindo ordens do seu pai. – Soou um pouco baixo e passou o braço novamente no rosto.

- Não é justo e nem certo o que meu pai faz ou já fez. – Isabela soou firme reprimindo o choro. – Eu vou achar quem foi esse seguidor e você vai tirar tudo a limpo.

Ele se afastou dela.

- Você não me viu chorando. – Pediu e ela deixou passar uma risadinha.

- Ok, não te vi chorando. – Disse ao cessar o riso e ele sorriu fraco para ela. – Eu não vou manchar sua imagem de pegador que não tem sentimentos da escola.

- Acho bom. – Ele soou brincalhão e riu em seguida baixo. – Ninguém precisa saber que o pegador aqui tem um coração.

Ela cessou o riso e fitou bem ele.

- Rodrigo sabe disso?

Daniel fechou a cara.

- Sabe, ele me ajudou muito. Mesmo Anúbis sempre me falando para esquecer esse assunto, o Mattos me ajudava nas nossas investigações. – Ele suspirou. – Eu só não entendo, como tudo foi falso?

Isabela suspirou também.

- Bem-vindo ao time. Eu nunca vou entender isso, eles nos manipularam sempre e a Macri nem era seguidora de Anúbis.

- Melhor irmos para algum Duat. – Daniel soou sugestivo e a fitou. – Meu ou seu?

- Pode ser o meu. – Isabela disse e abriu o portal.

Logo os dois passaram e se sentaram ao sofá.

- Você tem algo do Bruno ou da Macri para o feitiço? – Ele perguntou.

Isabela andou até uma mesa e abriu a gaveta com um código. Tirou alguns papeis lá de dentro e achou a caixinha de joias.

- Bruno ia pedir ela em casamento quando tudo voltasse ao normal. – Contou passando a caixinha para Daniel que estava surpreso.

- E por que você tem isso guardado? – Daniel estranhava.

- Ele me fez prometer que eu ia tomar conta das alianças, se algo acontecesse. – Soou um pouco baixo, segurando o choro. – A primeira coisa que eu fiz quando vi eles. – Uma lágrima desceu pelo rosto dela. Ela negou com a cabeça. – Eu tinha que tomar conta. Eu peguei a caixinha escondida no quarto dos dois e trouxe para cá. Mas eu nem sei porque fiz isso...se eles se foram, porque eu peguei algo que eles nunca vão usar?

- Talvez seja verdade, eles não morreram e nós temos o dever de acha-los. – Daniel soou compreensivo.

Isabela respirou fundo e secou as lágrimas.

- Então vamos fazer isso. – Soou decidida.

Wes estava em seu Duat, que não é mais dividido com o de Isabela. A porta que tinha antigamente foi destruída, não tendo chance alguma da Novak entrar. Além do mais, seu código havia sido mudado.

Estava confuso e chorava sentado a cama, Rodrigo havia mandado uma mensagem para ele. Mas o mesmo ignorou. Logo o cansaço o dominou e o sonho surgiu revelando mais um pouco sobre essa vida para o filho de Zeus.

Mostrava um menino de 9 anos que chorava na beira da praia. Wes identificou sendo em Cabo Frio e que era ele. Em seguida surgiu Macri de 10 anos com um curativo no pescoço, assim que o avistou foi até ele um pouco receosa. Wes a ignorou e continuou a chorar com a mão sobre o rosto. Macri se sentou ao lado dele e o abraçou. Mas o garotinho a empurrou fazendo com que a filha de Afrodite ficasse deitada na areia com os olhos arregalados enquanto Wesllen se posicionava ficando sobre ela.

- Wes vamos conversar. – Macri pediu docemente.

Ele segurou firme os braços dela ao lado do tronco e ficou cara a cara com ela.

- Porque você destruiu tudo?! – Soou firme.

Macri se teletransportou para atrás dele, já em pé.

- Tente entender. Hel está na minha cola e na cola de Bruno! – Contou.

Wes se virou para ela furioso.

- Você não tinha o direito de fazer isso! Eu não tinha a ver com isso! – Gritou ao secar as lágrimas.

- Eu só quero o seu bem! – Macri gritou. – Mesmo você tentando me matar, eu só quero o seu bem. E para isso você precisa esquecer algumas coisas, Wes.

- Você quer que eu esqueça?! – Ele soou firme. – Eu nunca vou esquecer que foi você que acabou com as academias! Apagou o nosso nome Macri! Tudo porque está com esse filho de Loki!

Macri ficou com os olhos cheios de lágrimas.

- Eles armaram para mim e para Bruno. Só porque eu contei a mamãe tudo, mas é culpa do meu pai! Ele sumiu com minha irmã bebezinha!

- Você é uma traidora. – Wes cuspiu as palavras. – Está junto do filho de Loki! A irmã dele jurou sua morte e mesmo assim você...você ama ele? – Soou um pouco incrédulo. Macri continuou calada. – Macri usar o Brandon é uma coisa, mas você agora ta jogando contra mim. E junto com o Norgaard!

- Armaram para gente! – Macri gritou e deixou passar uma lágrima pela bochecha. – E até parece que você gosta de mim Wesllen, eu vejo como você olha para a neta de Surt. Não é porque nossos pais querem nos juntar, significa que vamos ficar juntos. – Ela soou mais compreensiva e doce ao passar a mão sobre o rosto dele secando-o.

- Mas eu sou o melhor e você é a melhor. – Wes retrucou baixo fitando os olhos de Macri.

Ela se soltou dele.

- Não sou a melhor. Agora sou uma traidora, a garota que fez as academias fecharem. A que apagou o nome da família. – Mais uma lágrima desceu pelo rosto dela. – Wes, você tem que entender que Guilherme te manipula. – Ele ficou intrigado. – Ele pode ser seu pai, mas ele só te transformou para te controlar. Você não tem muita maldade

- Meu pai não fez isso Macri! – Ele gritou a interrompendo. – Você é a culpada de tudo! – Soou firme ao imobiliza-la e bloquear os poderes da prima. – E merece a morte, você acabou com minha vida! – Ele arreganhou suas presas de vampiro e mordeu o pescoço da prima que começou a se sentir fraca.

O sonho mudou.

Wesllen agora via Macri, de 18 anos, ao lado de Bruno, de 18 anos, amarrados no quarto deles de Nova York.

- Wes, você não é assim! – Macri chorava.

Wesllen soltou uma risada debochada.

- Não sou, Macri? – Soou firme ficando cara a cara com ela.

- Wesllen, você é nosso amigo! – Bruno soava firme.

Macri estava assustada ao fitar os olhos tão claros do primo.

- Não faz isso. Não precisa fazer isso. – Ela falava a ele.

- Vocês dois estragaram a minha vida uma vez e acho que está na hora de acabar com a de vocês. – Wesllen soou firme e puxou Macri para ele. – Seu cheiro é tão apetitoso. – Sussurrou sobre o pescoço dela e suas presas de vampiro surgiram.

- Wes. – Macri suplicava receosa.

- Wesllen larga ela! – Norgaard tentava se soltar.

Ele segurou firme o cabelo dela e o puxou mais para ele, começou a beijar o pescoço da prima e em seguida mordeu, fazendo com que Macri soltasse um gemido pela garganta.

- Wes. Para. – Ela pediu fraca.

- Só vou parar, quando não sobrar nada, priminha. – Ele sussurrou mais uma vez e continuou a sugar o sangue da Mattos.

Ele acordou assustado com o toque do celular. Pegou o aparelho e atendeu Rodrigo.

- Que foi? – Soou sonolento, mas seus olhos estavam cheios de lágrimas.

Rodrigo estava em seu quarto e estava preocupado com o primo que não aparecia.

- Cadê você?

- Duat, eu to confuso.

- Confuso com que? – Soou preocupado. Um nó na garganta foi formado em Wesllen. – Wes, está confuso por quê?

- Eu. – Seus olhos foram tomados pelas lágrimas. – Acho que matei eles. – Soou baixo e desligou a ligação.

Melody já estava Niflheim junto com Brandon, tinha explicado tudo a ele e ele estava aliviado de uma certa forma.

- Então minha irmã não matou eles? – Perguntou surpreso.

- Achamos que não. Eles não foram mortos e o Wesllen contou para gente que você é amaldiçoado igual a Macri. – Brandon arregalou os olhos. – Ele disse que você sente sempre o que ela está passando. – Fez uma pausa. – Então o que ela está sentindo?

Brandon se concentrou.

- Ela está confusa, mas não sei onde ela pode estar ou se o Bruno está com ela. – Contou. – Mas então isso significa que eles estão vivos, certo?

- Errado! – Beatrice entrou no quarto de Melody e soou firme ao bater à porta.

- O que faz aqui? – Melody soou mais firme que ela.

Beatrice deixou passar um olhar divertido para a Norgaard e fitou o irmãozinho.

- Brand, eu já contei que Macri e Bruno morreram. – Disse enquanto Brandon estava sentindo o peso sobre os ombros. Beatrice poderia machucar Scalline a qualquer momento. – Ainda ouço as últimas palavras deles. – Melody lançou um olhar firme e se controlou para não atacar a Francesco. – Que pena que eu não vou ouvir do seu filho, Norgaard. – Beatrice a fitou firme.

Melody começou a sentir uma cólica muito forte e se apoiou em Brandon.

- Deixe meu filho em paz! – Gritou um pouco abafado.

Brandon tentava ajudar Melody.

- Beatrice pare com isso! – Pedia a irmã.

Beatrice riu enquanto a Norgaard perdia a consciência.

- Mel tenho que te contar uma coisa. – Soou serena erguendo o pescoço de Melody. – Essa criança não vai nascer. Ela não vai fazer o que Macri já tentou fazer um dia e quase conseguiu.

- Você não pode fazer isso! – Brandon gritou com a irmã enquanto segurava firme Melody.

Beatrice deu as costas rindo.

- Já fiz Brandon. E se você voltar a falar sobre isso, dessa vez Scalline não sobreviverá. – Soou firme e saiu do quarto.

Melody já estava apagada, Brandon a colocou sobre a cama e viu o sangue escorrendo na cama. O filho de Adônis pegou o celular dela, já que Hel estava com o dele. E ligou para o Rodrigo.

- Melo ta tudo bem? – Rodrigo soou preocupado.

Ainda estava confuso do telefonema do Wes.

- Aqui é o Brandon e a Melody ta

- Ta o que? – Interrompendo ele.

- Minha irmã fez ela perder o bebê. – Contou fazendo com que uma lágrima descesse pelo seu rosto.

Rodrigo ficou com os olhos cheios de lágrimas.

- Onde sua irmã está? – Soou firme.

- Eu não sei, eu...não posso ajudar vocês. Ela tem controle de tudo, ela sabe de tudo! – Brandon exclamou começando a chorar. – Sinto muito, mas não contem comigo. – Ele desligou.

Wes continuava no Duat e se perguntava se o que ele sonhou foi real. Ele poderia estar com raiva de Macri, mas nunca tentaria matar ela ou tentaria?

- Mas é claro que você tentou. – Uma voz feminina falou.

Wes estava surpreso e fitou Beatrice na frente dele.

- Quem é você? E como entrou no meu Duat? – Soou firme ao passar o braço sobre o rosto e se levantar do sofá.

- Você pode não se lembrar de mim, mas lembre-se de uma coisa Wesllen. – Ela soava serena ficando cara a cara com ele. – Nosso amor sempre falou mais alto. – Ele estranhava e estava surpreso. – E claro, essa será a última vez que ocorrerá um apagão em você.

Ele deu um passo para trás.

- Você sabe?

- Desculpa, mas é necessário. – Ela estalou os dedos e falou. – Pop’s. – Os olhos dele ficaram claros igual ao céu e um sorriso travesso surgiu em seu rosto.

- Demorou. – Ele falou e selou os lábios deles num beijo urgente.