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História A Grande Profecia - Parte 2 - The Secrets - Misturados - Parte 1


Escrita por: Macri

Notas do Autor


Heeeeeeeeey!

Voltei com mais um capítulo de AGP

Margaard para abrilhantar e obrigada por tudo sempre matties <3 * Esclarecendo: A imagem é do personagem Chuck Bass e da Blair Waldorf
#RumoA5Mil #RumoA11Mil #FinalAGP

Capítulo 176 - Misturados - Parte 1


Fanfic / Fanfiction A Grande Profecia - Parte 2 - The Secrets - Misturados - Parte 1

Moani se separou de Brandon e semicerrou os olhos negros em direção ao seu pai. Ela não estava abalada igual aos outros e assim conseguiu fazer um campo de força através da água para proteger todos da flecha do grego.

– Gente! – Ela chamou a atenção deles. – Eu sei que é difícil, mas não podemos desistir agora.

Brandon secou o rosto, mas mesmo assim as lágrimas continuavam descendo.

– Eles estão mortos, Mo. Não temos saída. – Soou com a voz embargada.

E ela protegeu eles novamente.

– Olhem para a árvore de Bven, está florida. – Soou firme ao fitar a árvore que estava ao lado do corpo de Macri e Bruno, tinha flores de cor rosa nela toda.

Isabela estava espantada.

– Mas... como?

– Ainda há uma saída. – Moani continuou a soar firme.

– E eles? – Wes questionou estranhando de Moani estar muito tranquila em relação a tudo que acontecia.

– Parem com isso. Vamos cumprir o que temos que cumprir e fim. – Retrucou começando a ficar irritada.

Os outros engoliram em seco, mas viram que Moani estava certa. Se a árvore de Bven que antes estava sem folhas e agora está florida de tom rosado, quer dizer que há uma chance para eles cumprirem a missão mesmo com a perda de Macri e Bruno. Os quatro retornaram com o foco e avançaram em Eros.

 

Duas crianças corriam pelo jardim de Bven, as flores estavam da cor azul. Riam ao brincar e uma se escondeu atrás da árvore. A risada sumiu e dali veio o choro que transmitia a dor que sentia. A criança se abaixou, apoiando as costas na madeira, juntou as pernas e soluçou com o rosto entre os joelhos. Ela não via outra saída e achava que tinha perdido para sempre o que mais lhe importava nesse mundo.

A outra criança que usava um capuz cinza, não deixando amostra seu rosto, se sentou ao lado da chorosa. Abraçou ela firme e abaixou o capuz, revelando ser Macri com cinco anos de idade.

– Me deixa. – Ela soou com a voz embargada.

– Não deixo. – Aquela voz aveludada soou e Macri fitou os olhos violetas de Bruno.

– Não temos saída, Buno.

– Sempre telemos uma saída, Macli. – Ele secou o rosto dela delicadamente. – Eles só sabem que os guardiões têm o sob-sobrenome Sousa e Claw-Crawford. Podemos apagar isso e continuar a missão.

– É o nosso nome. – Macri retrucou um pouco surpresa. – Não podemos apagar ele, é o nosso nome. É quem nós somos, Bu.

– Você tem o Mattos e eu o Norgaard. Selá por pouco tempo.

– To com medo. – Ela soou baixinho ao abraçar Bruno.

– Eu quelia falar que não to. – Norgaard soou no mesmo tom que o dela ao retribuir o abraço.

– Você semple selá meu amigo mesmo apagando nossos nomes? – Macri questionou ao se desvencilhar dele.

– Sim, Quiqui. – Ele respondeu soltando uma risadinha em seguida.

– Não gosto de Quiqui, Nono. – Macri retrucou com um bico nos lábios.

– Nono não, Quiqui. – Bruno replicou e dessa vez ela riu baixinho.

– Quiqui. – A voz rouca soou despertando a Mattos.

Ela se sentou num pulo, um pouco assustada e sorriu ao ver Bruno a sua frente. Ela abraçou ele e o apertou um pouco aliviada.

– Não me chame assim, Nono. – Macri soou baixinho ao fitar os olhos violetas.

– Nono não, Quiqui. – Bruno retrucou e logo selou os lábios deles num beijo rápido.

– Não podemos ficar namorando, apesar que eu quero muito. – Ela falou ao se desvencilhar dele e se levantou.

Notava que estava no Duat do Bruno e tudo estava uma zona.

– Eu não sei o que aconteceu, mas você tem que tomar essa injeção. – Bruno soava receoso segurando uma seringa na mão.

– Me dá na boca, não me fure. – Macri pediu fazendo com que o Norgaard risse.

– Macri combinamos com Moani desse jeito.

– Ok. – Ela soou cabisbaixa e retirou a jaqueta de couro que cobria seu vestido roxo.

Fechou os olhos e Bruno se aproximou dela. Injetou o líquido na Mattos que deixava uma lágrima descer.

– Já acabou. – Bruno soava compreensível ao secar o rosto da filha de Afrodite.

– Maldito veneno que Eros nos injetou. – Macri resmungou ao abrir os olhos. – Mas o que aconteceu no seu Duat?

– Não sei. Acho que alguém entrou enquanto estávamos sem memórias. – Bruno contou ao jogar a seringa no lixo.

Macri ficou com os olhos cheios de lágrimas e se aproximou dele.

– Bru, me desculpa por tudo. – Falou deixando o Norgaard surpreso. – Foi minha culpa dessas reviravoltas todas e eu to me sentindo péssima por tentar matar você e sua filha no cruzeiro.

– Macri, não precisa pedir desculpas por nada. Eu também já tentei te matar, matar Scalline e Marlon antes numa vida passada. E você não tem culpa de nada. – Ele se aproximou dela. – Se não fossem essas reviravoltas, Moani estaria morta e não aqui. Ainda há chance de cumprirmos nossa missão.

A filha de Alfadur deixou passar um sorriso simples pelos lábios ao recolocar sua jaqueta.

– Eles acham que morremos? – Soou um pouco baixo e Norgaard assentiu. – Eu to com medo de encarar Rá novamente.

Bruno a envolveu em seus braços e depositou um beijo na testa de Macri.

– Nós estamos juntos nessa e ninguém vai nos impedir dessa vez.

– Assim espero, Norgaard. – Ela segurou com as duas mãos o rosto dele. – E quando cumprirmos nossa missão, poderemos salvar Violet.

Uma lágrima rolou pelo rosto de Bruno.

– Ela nem era filha de Hécate. – Soou baixo. – Só de Magni com a senhora Mees.

“Eu sei que eu já sabia disso nas vidas passadas, mas eu to confuso com relação a essa nossa vida. Violet era guardiã do poder de Hécate. Ela só resistiu esse tempo todo pelo feitiço que fizemos na primeira vez que Moani morreu. E eu também sei que como ela era guardiã da magia da grega, ela deveria ser imortal. E eu sei que ela é, mas Hel a matou.”

Macri secou cuidadosamente o rosto dele.

– Liv pode trazer a mãe de volta. Lembra o que Hécate nos contou alguns anos atrás?

– Violet é imortal e mesmo morrendo, ela só poderá se despertar com alguém parecido com ela. – Bruno relembrava. – Isso pode demorar anos e se morrermos antes dos vinte, outra vida formará e todos esquecerão de tudo novamente.

– Se cumprirmos a missão agora, Violet retornará graças a Liv crescida. – Macri comentou e segurou a mão de Bruno. – Vamos fazer isso dá certo, 18.

– Vamos, 16. – Bruno deixou um sorriso simples se repuxar em seus lábios.

Eles se teletransportaram e acabaram no Primeiro Nomo que estava bastante movimentado. Já era de madrugada e ambos estranharam a movimentação. Se entreolharam e continuaram a andar até a sala de treinamento de Rá, onde a maioria dos magos estavam junto com alguns deuses.

Assim que Anúbis e Hórus fitaram Macri e Bruno, os olhos deles quase pularam para fora. Tiveram a impressão de terem visto dois fantasmas e essa sensação foi sendo passada para todos que estavam ali.

― Cella? Norgaard? ― Sadie deu um passo à frente e quebrou o silêncio instaurado.

Macri teve de ignorar a prima e se posicionar a frente de Rá. Os olhos azuis do egípcio estavam enormes e seu queixo caído.

― Senhor Rá, precisamos ter uma conversa séria.

Anúbis foi até eles junto com Sadie e Hórus.

― Macri Mattos o que está acontecendo?

O chacal soou firme e Macri teve de ignorar novamente.

― Lorde Rá, eu e Bruno precisamos conversar com o senhor.

― Isso mesmo, lorde Rá. Há algo que precisamos contar.

Bruno completou um pouco nervoso. Anúbis, Hórus e Sadie se entreolhavam sem entender absolutamente nada. E Rá não estava diferente, porém ele percebia o poder que os dois emanavam e se recordava de sentir isso há anos atrás.

― Vocês são eles?

Rá soou um pouco confuso. Macri e Bruno assentiram com a cabeça. O egípcio ficou pensativo.

― Eles quem? ― Hórus soou firme.

Rá se virou e fitou a todos. Macri se aproximou mais de Bruno, não conseguindo conter o nervosismo.

― Só darei uma ordem. ― Rá soava firme. ― Acabem com Macri Mattos e Bruno Norgaard agora!

― Lorde Rá, não faça isso! ― Macri soava firme tentando utilizar o charme. ― Nós não somos ameaças. Vocês têm que entender isso!

O egípcio tornou a fita-los de braços cruzados. Deu um passo à frente vendo que a maioria ali estava confusa e a outra parte estava em guarda pronto para ataca-los.

― Pelo jeito me enganei. ― Ele falou deixando Macri e Bruno intrigados. ― O tempo todo os dois estavam bem no meu nariz e eu achava que era a mais nova Mattos de Sousa e o mais novo Norgaard Crawford.

― Foi você que separou eles da gente? ― Norgaard soou firme ao se soltar de Macri.

― Alguém está entendendo alguma coisa? ― Sadie cochichou para Anúbis e Hórus.

Mas ambos não tinham noção de nada. Rá deu outro passo para frente ficando cara a cara com Macri.

― Agora entendo o porquê de não conseguir te transformar. Você já é transformada e é uma aberração igual aos outros de Bven.

Tot foi até eles com seus olhos caramelos arregalados.

― Bven? Vocês são de Bven?

― Macri que história é essa? ― Anúbis soou um pouco firme.

― Nós somos de Bven. Da dimensão, do universo paralelo. ― Macri começou a explicar. ― Não queremos roubar o posto de vocês como deuses na Terra. Só queremos a paz entre as mitologias gregas, romanas, egípcias e nórdicas.

Bruno deu um passo e ficou ao lado de Macri.

― Só queremos que Rá, Zeus, Júpiter e Odin façam um acordo de paz. ― Contou fitando o Deus sol. ― Somos misturados, porque vocês nos fizeram assim. Não somos ameaça, só por sermos imortais e a junção de tudo que todos temem.

― Imortais?! ― Sadie exclamou.

― Não vou fazer acordo nenhum. ― Rá disse firme.

Macri ficou cara a cara com ele.

― Hel e Dédalo foram derrotados, lorde Rá. Eros está ficando cada vez mais fraco, ele não vai nos impedir disso acontecer. Moani está viva, já encontrei Maya e Marlon.

― E eu encontrei James. ― Bruno soou firme. ― Não tem como nos impedir agora.

Ele cruzou os braços igual a Macri e fitaram juntos o egípcio.

― Você encontrou seu filho? ― Anúbis soava surpreso.

― Filho e irmã mais nova. ― Macri contou sentindo um sorriso se repuxar no canto dos seus lábios.

― Você e o neto de Hel estão amaldiçoados. ― Rá argumentou e Macri negou com a cabeça.

― A maldição foi quebrada assim que Brandon reencontrou a âncora dele. ― Bruno afirmou.

― Lorde Rá ― Macri ficou mais próxima dele com um jeito mais doce ―, sabe que não há escapatória. Já derrotamos você antes há alguns meses atrás. Imagina agora que temos o total controle de todos os nossos poderes.

“Entenda que não somos ameaças. Não vamos roubar o lugar de vocês. Não queremos isso. Nós seis já fomos os únicos misturados, mas veja que agora o tempo é outro. Há vários magos semideuses. Até seu ex-seguidor era romano.”

“Sadie é egípcia e nórdica. Meus irmãos são misturados também. Egípcios, nórdicos e gregos. Se nós que somos misturados conseguimos equilibrar as mitologias dentro de nós mesmos, porque o senhor que é o mais poderoso Deus egípcio não irá ter tolerância as outras mitologias?”

“Sem falar que eu sou a mais misturada de todas. Fada, sereia, guardiã do véu, grega, nórdica, egípcia e guardiã de Bven. E mesmo sendo isso tudo, o senhor e o lorde Amón tentaram me fazer ser a rainha do Baixo e Alto Egito.”

“Tentaram fazer com que meu primo, que também é misturado igual a mim, ser o rei do Baixo e Alto Egito. Usaram Bruno e Isabela para eles depois serem jogados no lixo, porque o que importava era a filha de Afrodite e o filho de Zeus. Saiba que a filha de Afrodite é filha de Alfadur e o filho de Zeus é neto de Alfadur.”

“A tal Grande Profecia nunca existiu. Foi tudo armado por Hel, Dédalo e Eros. Tudo porque eu fui modificando essa vida. Cada vez mais ferrei a minha vida e a dos meus amigos. Eu e Norgaard apagamos nosso nome para vocês não saberem quem erámos. Não era seguro.”

“Mas agora o tempo é bem diferente de cento e cinquenta anos atrás, lorde Rá. Não há somente nós, os guardiões de Bven, como misturados. Com o passar dos anos, as mitologias se misturaram e a tolerância foi sendo aumentada. Porém ainda há deuses que acham errado essa mistura.”

“Mas pense comigo, lorde Rá. Eu e Bruno somos poderosos, porque somos misturados. Sadie é mais poderosa que qualquer simples mago egípcio, porque é misturada. Nós não viemos até aqui para inventar uma outra classificação de deuses, semideuses ou magos.”

“Viemos aqui para trazer um acordo de paz entre vocês. Saibam que quem é misturado, não é uma aberração. A culpa não é nossa que vocês, deuses, se misturaram e assim nascemos. Vocês é que nos criaram, nós não pedimos por isso.”

“Não pedimos para sermos treinados escondidos com Quíron, com Anúbis, com Alfadur. Não pedimos o segredo, ele foi imposto por ambos os deuses. Nossa vida é a base de mentiras. Os magos semideuses são mais poderosos que simples magos, mas eles não podem treinar juntando seu lado grego ou romano com o lado egípcio. Porque é errado para vocês.”

“Mas ao juntar nossos poderes, somos mais fortes. E não negamos quem somos. Não temos vergonha de falar para o mundo todo que somos misturados e estamos de bem com isso. Somos felizes, porque aceitamos como somos. Misturados. Nascemos assim e não podemos lutar contra isso.”

“O que queremos nesse acordo é que todos que são misturados, não passam por esse preconceito. Nós não temos culpa por sermos assim. Cada um deve aceitar o que é e respeitar o outro. E que vocês percebam que ao juntar os treinamentos, o misturado é mais feliz. Somos aliados de vocês, deuses. Não inimigos.”

Uma fungada de nariz soou e todos olharam para Anúbis que secava o rosto. Ele ficou impactado e orgulhoso de tudo que Macri tinha dito. Ele sabia como ela se sentia ao ser uma misturada e como a vida dela mudou por conta disso e da Grande Profecia.

A pressão desde os doze anos para ser a Garota da Profecia perfeita. Ela era uma criança que aprendeu a mentir com a mãe. E dali em diante sua vida foi a base de mentiras e mais mentiras. Tudo porque escondia quem ela realmente era. Uma misturada que agora se mostrava mais poderosa do que nunca e orgulhosa por ser assim.

― Vocês deveriam estar mortos.

Aquela voz surpreendida soou e todos fitaram o loiro que estava com seus olhos dourados arregalados ao lado da mais nova, loira de olhos castanhos. Marc e Júlia Adams, meios irmãos de Macri por parte de pai. Um pouco atrás deles, estavam as duas Bakers que juravam estarem vendo fantasmas.

― Isso não é novidade. ― Macri disse com desdém e mirou em Rá. ― Qual será a resposta, senhor Rá? Concorda em trazer a paz para todos ou quer recomeçar A Grande Guerra?

― Lorde Rá, não queremos outra Grande Guerra.

Tot argumentou enquanto Macri e Bruno lançavam um olhar firme para o Deus do sol que se mostrava indiferente. Os restantes dos deuses estavam angustiados e os magos não tinham ideia do que a falsa seguidora de Anúbis e o falso seguidor de Rá falavam.

― Está bem, Sousa e Crawford.

Rá soou firme após um tempo. O sorriso de Margaard aumentou gradativamente e o suspiro que ambos queriam soltar foi segurado assim que Isis se meteu na conversa.

― Lorde Rá, não pode deixar essas aberrações mandarem no senhor. Se eles querem guerra, eles terão!

― Cara, Isis ― Set se aproximou dela ―, não se lembra da Grande Guerra? Eu que sou o Deus a favor de guerras, sou contra. Por que você seria a favor?

― Só está do lado da sua queridinha, Set. ― Isis retrucou firme ao olhar para Macri. ― Eu nunca concordei com magos semideuses e eles dois são a prova do quanto estava certa. Eles sãos os guardiões de Bven que querem nos tirar do poder!

Macri suspirou e revirou os olhos impaciente.

― A senhora não entendeu o que a Macri falou? ― Bruno soou na defensiva. ― Nós não queremos ficar aqui. Nosso lugar é em Bven, nesse mundo paralelo que foi perdido há anos.

“Nós criamos Bven para ser um refúgio para pessoas iguais a gente. Para serem livres do jeito que são. E daí que sou filho de Loki e mago egípcio? Sou um guardião de Bven. E daí? Vocês nos criaram assim. Foram dos seus laços que nós nascemos. Laços misturados que você odeia e eu não consigo entender, lady Isis. Como teve três filhos com Caos? Esqueceu dos Kutner? Você é egípcia e acabou tendo três deuses com um primordial grego. Engraçado, né?”

Isis se contraiu ao receber um olhar firme de Rá. Macri percebeu a tensão e ficou próxima a eles com um sorriso debochado no rosto.

― Ops! ― Ela levou a mão até a boca ao lançar um olhar divertido a egípcia. ― Acho que contamos seu segredinho sujo, lady Isis.

“Aposto que ama o senhor Caos e nega até a morte a existência de seus queridos filhos. Talvez o motivo seja que Caos te trocou por Jord e assim surgiu nosso meio irmão. Ser trocada por uma nórdica pelo primordial grego deve ter feito crescer ainda mais essa sua raiva pelos misturados.”

― Sendo que seus filhos são misturados e imortais iguaizinhos a nós. ― Bruno completou deixando as Bakers confusas.

A deusa se pudesse soltaria fumacinha pelos ouvidos. Macri e Bruno voltaram a fitar Rá à espera da resposta.

― Guerra ou acordo, lorde Rá?

Macri questionou com uma postura um pouco firme. Ela sentia que tinha que ter um plano B. Se Rá não aceitasse, a missão deles falharia. E talvez nunca mais teriam a chance de consertar, já que seus pedidos quando mais nova modificaram o feitiço feito em 1864. Aquela era a última chance. Eles tinham que cumprir e assim poderiam ser livres para viver conforme quiserem em Bven ou não.

O egípcio fitava Isis que estava emburrada, depois mirou em Set que estava angustiado ao lado de Anúbis, Amón, Kebechet, Hórus e por último Tot. Ele se recordava como tinha sido A Grande Guerra e temia em não conseguir se defender igual a outra vez. Tiveram muitas baixas e aquilo não poderia se repetir.

Ele esticou a mão em direção a Macri e todos os fitavam curiosos. Abriu um sorriso forçado e fitou Bruno. O filho de Loki que o enganou por anos ao se passar pelo seu seguidor, sendo que era de Apofis. Rá ainda sentia algo ruim pelo garoto, mas voltou a fitar Macri. Ele tinha tantos planos com ela sendo a rainha do Alto e Baixo Egito. E logo ela tinha que ser uma das guardiãs de Bven.

― Eu terei que ver esse acordo por escrito, mas concordo em acabar com esse mal-estar.

Disse assim que Macri apertou a mão dele. Isis queria protestar, mas Hórus impediu. A filha de Alfadur sorriu e lançou um olhar mais doce, porém confiante e seguro a Rá.

― O senhor não irá se arrepender, mas por agora temos que resolver outras coisas. ― Macri se soltou dele e voltou a pegar a mão de Bruno. ― Acho que não irão precisar mais desse exército todo para se protegerem.

― Assim espero, Macri. ― Rá disse firme.

Ela deixou passar um sorriso simples pelos lábios e Bruno teletransportou eles para o Empire State. Macri não entendeu e tomou um susto com o grito do porteiro do prédio. Ela se virou com os olhos arregalados ao se soltar do filho de Loki e mirou no senhor que estava com a mão sobre o peito um pouco nervoso.

― Por que fez isso? ― Soou firme assim que apagou o porteiro do prédio.

― Eu que te pergunto. ― Bruno soou mais firme. ― Por que apagou o porteiro?

Macri andou até o elevador e apertou o botão esperando um pouco.

― É mais fácil apagar do que usar o charme. E agora por que nos tirou de lá tão rapidamente?

― Talvez seja porque Rá estava te comendo com os olhos. ― Bruno resmungou ao entrar no elevador.

Macri ficou ao lado dele segurando o sorriso que queria surgir em seus lábios. A porta foi fechada e o botão do andar 600 foi apertado.

― Nono, não precisa ter ciúmes. Eu sou sua, somente sua.

Disse baixinho ao segurar o rosto dele com as duas mãos. Bruno deixou passar um sorriso de lado pelo rosto, selou os seus lábios com os de Macri e assim começaram um beijo mais lento.

― Eu te amo, meu amor. ― Ele sussurrou ao quebrar o contato.

― Também te amo, meu amor. ― Macri disse sem a maldição de Eros e sorriu mais ainda ao fitar os olhos violetas.

A porta de ferro se abriu e um grito soou assustando os dois. Eles se soltaram e fitaram os olhos enormes rosados e os vermelhos. Era Afrodite gritando ao lado de Ares. Eles não conseguiam entender como podiam ver Macri e Bruno bem ali no elevador.

― Macri e Bruno. ― Ares soou lentamente ainda processando a informação.

― Vocês estão vivos! ― Afrodite vibrou ao retira-los da caixa metálica e deu um abraço em ambos.

― Como estão vivos? ― O grego soou firme.

― Longa história. ― Macri disse sua típica frase e os dois rolaram os olhos. ― Estou falando sério. Mãe e tio Ares essa história tem anos e precisamos falar urgentemente com Zeus.

― Podem nos contar essa longa história a caminho do templo dele. ― Afrodite soou firme e os dois assentiram.

Andaram até o templo de Zeus e Macri só conseguiu contar sobre Moani. Não chegou a falar sobre Bven e nem nada do tipo. Ares bateu na porta e em seguida o som de algo sendo destrancado soou. Zeus abriu a porta e os fitou com uma cara de interrogação.

― Sim, estamos vivos e é longa a história. ― Macri foi direto ao assunto.

O Deus dos deuses deu passagem e todos entraram em seu templo. Macri e Bruno começaram a explicar tudo para eles. E da cara confusa surgiu uma de entendimento.

― Precisamos que todos entram num acordo. ― Bruno pontuava ao lado de Macri.

Afrodite e Ares entendiam tudo sobre Bven, Grande Guerra e acordo de paz. Até o que os misturados, filhos deles, passavam por essa separação. Mas Zeus não queria dá o braço a torcer. Achava ridículo se igualar a Rá ou Odin.

― Temos o acordo? ― Macri soou receosa.

― Não posso fazer isso. Cada um tem sua mitologia, não misturamos e assim continuará a ser. ― Soou firme.

― Mas, Wesllen, seu filho, é misturado. ― Macri frisou. ― Eu sou misturada e fui treinada ano após ano para uma Profecia que nem existia. O senhor nos dava apoio, erámos os magos semideuses da Grande Profecia, que poderia acabar com o mundo grego e egípcio.

― Não me lembre de seu primo, Macri. ― Ele a interrompeu firme. ― Ele está mudado, nunca foi meu filho por inteiro.

― O senhor procurou isso. Wesllen é seu filho, do meu irmão e da minha tia. Você é grego, Guilherme é nórdico e minha tia é egípcia. O senhor fez ela trair Anúbis por capricho e agora fala que a criança gerada não é seu filho por inteiro?

― Macri. ― Afrodite a repreendeu.

― Como Bruno falou, vocês acabaram nos criando. Seus laços, suas puladas de cercas, suas aventuras amorosas, nos criaram. ― Ela soava mais firme e não se intimidando com Zeus. ― Não podem querer que esquecemos quem somos ou termos vergonha de sermos desse jeito. Somos assim por culpa de vocês, deuses.

“E se o senhor está pensando que eu, Bruno e os outros vamos parar por aqui. Está muito enganado. Nós só queremos ser quem somos, sem medo, sem cobrança, sem mentir. Não queremos ficar aqui. Queremos a paz e a tolerância entre as mitologias. Que qualquer misturado viva do jeito que é, sem mentir.”

“Eu cansei de mentir para todos, porque sou uma misturada. Eu só queria ser eu mesma. Eu nasci fada, porque o senhor não aceitou de minha mãe amar meu pai. Um mago descendente de Ramsés. Eles fugiram para Magix e me tiveram lá, igual com os meus irmãos.”

“Quando eu nasci, você ficou louco pela minha tia. Tirou ela de Anúbis, a enganou para ter o meu primo usando meu meio irmão nórdico. Não imaginou que ela teria dois filhos. Wesllen e Fabian. Seu filho com Guilherme e o filho de Anúbis. Sua paixão arrebatadora causou o surgimento de Wes.”

“Sua arte de conquistar, fez com que ele fosse criado. Misturado assim como foi feito. Talvez o senhor estava cego de paixão pela minha tia e nem percebeu que Guilherme era um Deus nórdico. Minha tia, uma maga egípcia descendente de Ramsés. Engraçado como você misturou as mitologias e é por isso que Wesllen é assim. Misturado igual a mim, Norgaard, Brandon, Isabela e Moani.”

Uma lágrima desceu pelo rosto dela e Macri secou rapidamente, fungando o nariz em seguida. Afrodite e Ares temiam pelo o que poderia acontecer com ela. Zeus a fitava firme, porém no fundo estava pensativo. Bruno deu um passo à frente e ficou ao lado de Macri.

― Nós só queremos esse acordo para que nenhuma futura criança passe o que passamos. Mentir, negar o que é. ― Bruno soava firme.

“Quando juntamos o que aprendemos com vocês, deuses, conseguimos ser mais fortes. Cada mitologia tem um tipo de luta, só queremos melhorar essa comunicação entre ambas. A mistura já existe, não tem como lutar contra isso. O senhor continuará sendo o Deus dos deuses gregos, assim como Rá será dos egípcios, sua outra parte, Júpiter, será dos romanos e Odin será dos nórdicos.”

“Ainda terá divisão em onde vocês vão governar, isso não mudará. Ninguém vai perder o lugar aqui. Magos semideuses, semideuses misturados com dois ou três pais. Imortais ou não. Isso não vai importar. Não terá mais essa divisão. Quando forem treinar será algo em conjunto.”

“Assim como nós tivemos esse treinamento por conta da tal Grande Profecia que nunca existiu. E quanto a sermos imortais, criadores de Bven, não se preocupe. Não queremos ser deuses daqui. Não temos intenção de troca-los de lugar. E os mais novos misturados saberão disso. Ninguém vai roubar o posto de vocês. Só queremos a paz entre as mitologias. Não querem que a Grande Guerra recomece, certo?”

― A Grande Guerra foi terrível e não podemos deixar acontecer novamente. ― Afrodite argumentou.

― Então, lorde Zeus, está de acordo? ― Bruno questionou.

O grego fitou Ares. E notou que o irmão estava temendo essa guerra. Sendo que Ares é o Deus da guerra. Sabia que a Grande Guerra havia afetado a todos. Afrodite olhava para ele lançando um olhar incentivador. Ele suspirou e estendeu a mão ao Bruno.

― Quero por escrito e antes de assinar terei que olhar detalhadamente tudo.

Bruno apertou a mão e Macri soltou o ar que prendia.

― Não irá se arrepender. Vamos providenciar tudo e quanto a Eros? ― Ela questionou.

― Ele será castigado, minha lindinha. ― Afrodite disse e fitou Ares.

― Talvez ele perderá por tempo indeterminado a imortalidade. ― Ares soava pensativo e Zeus assentiu.

― Ele, os outros Erotes e Dédalo serão castigados, sem dúvida alguma. ― Zeus soou convicto.

― E onde Eros se encontra? ― Ares questionou.

― Bven, tentando matar os outros guardiões. ― Bruno respondeu com um tom baixo.

Os deuses arregalaram seus olhos e Macri voltou a segurar a mão de Bruno.

― Ele acha que nos matou. ― Ela contou. ― Na verdade, era uma gota astral nossa. Mas, todos, exceto Moani acham que estamos mortos.

― Aproveitamos para pedir o acordo, desse jeito Eros não ia nos impedir novamente. ― Bruno completou e lançou um olhar cúmplice a Macri.

― Temos que ir, ainda não acabamos o que viemos fazer. Logo o acordo estará escrito e entraremos em contato.

Ela explicou e assim eles se teletransportaram para Asgard. Tinha uma movimentação estranha e Macri se recordou da última vez que esteve lá. Era para Bruno pegar o tal colar, mas estava com Sofia e assim eles se separaram. Depois foi descoberto as academias e que a Grande Profecia era falsa.

― Estamos juntos nessa. ― Bruno a despertou ao apertar um pouco a mão de Macri.

Ela abriu um sorriso simples.

― Sempre, Norgaard.

Os dois andaram até a sala do trono e não entenderam o que estava realmente acontecendo. Odin andava de um lado para o outro. Frigga estava sentada angustiada olhando para Jord. Loki e Alfadur olharam aliviados ao avistar Macri e Bruno. Os irmãos de Macri e Wesllen também estavam ali. Liv estava no colo de Luna que estava ao lado de Chad e Daniel. Mas a Mattos deu logo falta de Scalline. Maya não estava com ela e nem Marlon.

― Cadê a minha filha?

Ela soou firme e Sofia que estava ali junto com Davi, Rhuan e Dylan estavam ainda caindo a ficha de que os dois não estavam mortos.

― Antes de tudo ― Odin soou mais firme com ela ―, são guardiões de Bven?

― Somos e cadê a Scalline? ― Macri questionava rapidamente sentindo um aperto no peito ao se soltar do Norgaard.

― Hel a levou. ― Rodrigo soou baixo.

E Macri só conseguiu sentir uma lágrima quente descer pela sua bochecha.


Notas Finais


Vou ser rápida, o que acharam?
Até o próximo!
Beijoss*
Macri


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