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História A Guerra dos Mortos-vivos, interativa - Capítulo 3 - "Trágico, trágico..."


Escrita por: FeuerWolf e Saatiew

Notas do Autor


Hey, "garela"!!!
Turu bem com vocês? Porque comigo tá indo, mas é isto a vida.
Peço desculpas pela demora, mas não é algo que eu não tenha avisado, certo? Hahaha, por isso, o que tenho que fazer é agradecer, porque vocês são maravilhosos acima de tudo <3.
E finalmente, um capítulo mostrando um pouco sobre Mond des Todes com uma treta em chamas para vocês! Aposto que vão amar onde isso vai dar, de fato.
Agora bora para a leitura, kissus de Cookies!!

P.S. A foto de capa é uma representação da cidade-estado de Mond des Todes, para vocês terem uma pequena noção da tecnologia já existente que Knochen und Blut não possui.

Capítulo 6 - Capítulo 3 - "Trágico, trágico..."


Fanfic / Fanfiction A Guerra dos Mortos-vivos, interativa - Capítulo 3 - "Trágico, trágico..."

  O  mais engraçado de tudo?

 É que acreditamos em vitória e morremos em desgraça. E ainda por cima tens a coragem de dizer:

 “Foi por honra”.

 Sabe o que é honra, pirralho?

 Viver. Viver é uma honra!

 

[...]

 

 -Fleur, você é realmente louca…

 Uma voz rouca de um jovem coberto pela escuridão ressoa pelo local, enquanto Fleurieys o ignora, se olhando no espelho e retocando sua ferida perto de sua boca, com a ajuda de uma vela desgastada e suja em cima de uma estante que ilumina uma pequena parte do escuro quarto.  

 

 “Será que me amariam com uma cicatriz assim? Acho que não, ninguém me ama sem, imagine com!” ela pensava, ficando cada vez mais triste e descontente consigo mesma.

 -Deveria parar de pensar essas coisas de si, sabe? Você é linda - o jovem continua, tentando conseguir a sua atenção.

 -Quem me dera… - ela diz em uma voz calma, porém não tão nítida para perceber a tristeza que fica ofuscada por sua serenidade. Mas ele percebeu. Ele sempre percebia.

 -Você é uma mulher com um coração muito bom, é sério - tenta a reconfortar, o que de fato mais uma vez foi falho.

 Ela se vira para o garoto ainda deitado e banhado pela escuridão do quarto, se aproximando perto dele após apanhar um copo d’água em uma mão e a vela em outra.

 -Tome, vai melhorar com isso.

 Fleur sorri, entregando para o garoto de cabelos loiros que permitiu-se ser reconhecido pela luz do fogo da vela.

 -Obrigado.

 Ele agradece, tomando tudo em três goles.

 -Se sente melhor, Howaito? Suas costas ainda estão cicatrizando, então não faça muitos movimentos - ela diz, enquanto analisa os fundos cortes nas costas do loiro, que fecha os olhos, tentando amenizar a dor que sente.  - Vou passar esse remédio, ok? Deve doer - ela alertou, enquanto já passava o remédio em suas costas e o ouvia gemer de dor.

 -Aviso serve para dar antes, não depois - ele resmunga, ainda com os punhos cerrados para conter sua tamanha dor.

 -Não morreu, morreu?

 Fleur dá um sorriso sarcástico, ajudando a deitá-lo novamente.

 -Depois dessa eu deveria. Na verdade, era para ter morrido naquela hora...

 -Não é a sua hora, garoto. Tens de encontrar sua família primeiro! Eles estão se esforçando a beça por você, trate de fazer o mesmo.

 Ela se levanta depois de dar um leve tapa no rosto de Howaito, que agora aperfeiçoou um semblante insatisfeito, com um sorriso de canto um tanto conturbado.

 Howaito não é burro, sua amiga está certa e ele deveria parar com essas tolices de “morte”. Aliás, ele prometeu para Alex, antes de tudo acontecer, que voltaria.

 -Ei, obrigado - se apressou ao falar, quando viu que Fleur estava de saída. - Foi muita coragem sua naquela hora, enfrentar Alexander I e o impedindo de completar a sua decisão.

 A garota, um tanto descontente por ter se lembrado de conseguir uma incerta possibilidade de cicatriz em seu rosto, abaixa a cabeça com um sorriso, saindo do quarto em seguida com o coração mais confortado, pois sim, ela tinha feito algo bravo, algo certo.

 Agora, observando o céu, ela colocou-se para caminhar, observando o dia, que por mais cinzento e cruel que parecesse, era uma imagem perfeita aos olhos azulados de Fleur, que por um bom momento relutou em tirar fotografias, pois não tem tempo para tais coisas e muito menos trouxe sua máquina consigo.

 Após amarrar o seu cabelo enquanto caminha, se dispara a correr para ficar em prontidão no castelo, uma obrigação, de fato, muito importante quando se baseia em uma visita muito “bem-vinda”. Sua sorte? Tinha chegado uns momentos antes de as trombetas ressoarem pela entrada, anunciando a chegada de uma visita, que aparentemente Alexander I está odiando receber.

 -É o irmão dele - uma garota de cabelos exóticos sussurra no ouvido de Fleur, que se coloca na mesma posição ereta e tensa que todos possuíam, ficando em filas ao lado da entrada do salão, onde a visita passará e será recebida pelo Rei mal-humorado.

 -Alexander sequer ter um irmão? - Fleur sussurra de volta, um pouco confusa.

 -Não de sangue, os dois eram grandes amigos na infância. Você não sabia?

 -Se eram tão bons amigos, por que o babaca aparenta tão…

 -Irritado? Bom, é uma longa história.

 -Como assim, Athena? - Fleur se vira abruptamente, esperando mais respostas.

 -Só permaneça na mesma posição, sua idiota. Depois eu falo.

 E não demorou para que o silêncio ensurdecedor daquele salão fosse quebrado com o abrir das grandes portas de madeira rústica, onde um homem vestido de terno e rodeado por guardas apareceu com um sorriso totalmente inusitado, que fez uma das sobrancelhas de Alexander I tremer de raiva.

 -Que honra, que honra! Pensei que tinha me dito antes que nunca mais iria me contatar - debochou ao parar na frente do Rei, que sorria forçadamente.

 -Não leve isso para o lado pessoal, por favor. Não seja iludido.

 -Hum… - o homem ignorou, parando de sorrir abruptamente e analisando a fila de alunos em guarda ao lado da entrada, parando com o olhar bem em cima de Fleurieys. - Então aquela é a Master das Trevas?

O Rei, já irritado com a mudança de assunto, suspira fundo, confirmando com a cabeça.

 -Quem enfrentou um de seus melhores guardas para proteger um Lendário?

 Nesse momento, o homem começou a se aproximar de Fleur com um sorriso tão mais medonho e ambicioso de quando entrou no castelo.

 -Kratos, vamos logo ao que nos interessa, por favor.

 -Calma lá, meu caro amigo, quero conhecê-la!

 -Você não tem permissão para tocar suas patas imundas em Fleurieys, seu imbecil - vociferou Alexander I, fazendo o seu ex-amigo virar abruptamente com um olhar nada confortável. - Só vamos logo ao que interessa, não aguento mais olhar para a sua cara.

 Com isso os dois, ainda trocando olhares raivosos, se dirigem para um lugar mais privado, mais conhecido como as salas de reuniões do castelo, e foi nesse momento que todos os jovens se disparam a falar. Alguns riam sobre o sorriso de Kratos, que por mais que se esforçasse, era totalmente ridículo, já outros imitavam Alexander I com gestos pra lá de exagerados. E isso não agrada nem um pouco a filha do Rei, que está ali na mesma posição rígida, respirando fundo para que não saísse de si.

 -E então, vai me contar?

 -Certo, mas vamos para o jardim, lá é mais apropriado.

 As duas acenaram com a cabeça e foram para caminhos opostos, para não chamar tanta atenção. Fleur foi a primeira a chegar, observando o campo florido e se torturando por não ter trazido sua câmera consigo. Era uma tolice, uma tremenda tolice!

 -Psiu, aqui! - Athena apareceu por entre os arbustos ao seu lado direito, a chamando para se esconder.

 -O.K - ela resmunga, um pouco desconfiada, enquanto adentra o grande arbusto com pouca dificuldade.

 -Vamos dar uns beijinhos?

 Fleurieys ficou paralisada, com os olhos semicerrados encarando Athena, que, falhando, tenta fazer desaparecer o sorriso sarcástico de seu rosto. E não demorou muito para que ela caísse em risadas, apontando para o rosto de sua amiga que já está vermelha de vergonha.

 -Você tinha que ver sua cara! Estava hilária - ela se debate de tanto rir, enquanto coloca a mão na boca, procurando parar.

 -Você é muito besta… - sussurrou Fleur, colocando a mão na testa. - Ninguém te merece...mas, sério, vamos logo, me conte!

 Com a insistência e a repentina mudança de clima, Athena parou de rir imediatamente, ficando séria.

 -Ok, desculpa, mas não resisti - ela disse, enquanto empurra sua amiga para fora dos arbustos. - Bom, como posso tentar te explicar o que aconteceu com esses dois? - pensa em voz alta, enquanto olha para o chão com a testa franzida.

 -Começa do início, ora.

 -Certo, certo… - Athena agora encara Fleur, que se senta no gramado, esperando paciente ela começar a contar toda a história. - ...os dois se conheceram na infância e eram grandes amigos, de fato. Kratos era um de nós na época, um guerreiro, por isso conseguiu fazer uma amizade com Alexander I.

 “Com o passar dos anos, Kratos começou a ficar mais babaca, na verdade, sempre foi segundo outras pessoas do Reino, só que Alexander I percebeu isso somente quando seu ex-melhor amigo exigiu de alguma forma mostrar isso a ele com…” ela parou de falar, engolindo em seco. “...é, bom. Quer mesmo saber disso?” questiona descontente.

 -Bom, quero...é tão pesado assim?

 -Kratos é nojento, Fleur, por que acha que ele se enfureceu quando se aproximou de você?

 Essas palavras, no entanto, só despertou mais ainda a curiosidade de Fleurieys, que agora se levanta, para encarar Athena melhor.

 -Desembucha!

 -Está bem. Vamos lá...uma coisa que deixei passar: Alexander I tinha uma namorada nessa época. Era a noite das luzes quando tudo aconteceu. O Reino disse que ouviu os dois brigarem perto da Floresta do Calabouço e o Salomão os separou, e não se passou nem um  dia direito para acharem a namorada de Alexander I morta em sua casa. Mas não por um crime, e sim suicídio.

 “Depois disso, Alexander I ficou irado com Kratos, brigaram feio. Ele só não o matou, porque Karev Hunter o impediu, expulsando Kratos para bem longe e colocando o filho do Rei Salomão de castigo” ela suspira, olhando para os lados, verificando se tinha alguém por perto. “Depois de dois meses da morte da ex-namorada de Alexander I, um Perito Criminal junto de alguns Entomologista Forense, solucionaram o caso do que tinha feito ela se matar”

 -E o que foi? - Fleur questiona ansiosa. Nem mesmo piscou enquanto Athena estava falando.

 -Estupro.

 Um silêncio pairou sobre o jardim, fazendo o estômago de Fleur revirar pelos avessos, fazendo algo que nunca imaginou que faria: agradecer mentalmente Alexander I por ter o impedido de chegar perto dela.

 -É, é bem pesado. Desde então Kratos foi expulso. Não do Reino, mas da nossa cidade-estado, indo morar no interior.

 -Mas por que ele o chamou agora?

 -Porque o desgraçado, além de babaca, é muito esperto. Ele tem um exército de dez mil pessoas no interior, organizou tudo isso às costas do Reino. Quando proclamou fez o nosso Rei tremer de medo, e de raiva claro!

 “Por isso o chamou, para então aproveitar isso pacificamente, e integrar o exército dele com o nosso. Isso tudo por um bem maior” explica gesticulando com as mãos exageradamente, o que Fleur não liga já que está absorta com toda a história.

 -Que loucura, Athena!

 -Sim, sim. Uma loucura total.

 As duas pararam de falar do nada, olhando para o céu pensando em toda a situação do Reino de Mond des Todes que está saindo dos limites.

 -Isso sem contar com a doença do Rei. Às vezes tenho dó da Lily, sabe? - Athena resmunga, chamando a atenção de sua amiga que parece possuir agora uma feição assustada.

 -É...está tudo uma loucura.

 -Você vai patrulhar semana que vem? - de imediato a mulher dos olhos escuros tenta mudar de assunto, dispersando Fleur sobre os problemas do Rei.

-Ah, sim. Vou. Uma pequena vila achada na beira de um penhasco.

 -Caracas, então você vai...me conta depois o que aconteceu. Tenho a maior dó do que vai acontecer com eles.

 -É, eu também tenho. Fugiram para ter liberdade e agora estão ali, achando que ninguém os encontrou, em paz.

 -Trágico, trágico… - Athena gesticula dramaticamente com as mãos, mas isso não fez Fleurieys sorrir, mas franzir a testa. - Credo, só estou brincando!

 -Com uma suposta morte de civis foragidos.

 A morena fica sem graça, abaixando a cabeça.

 -Olhe, talvez Alexander os faça como escravos, nunca se sabe.

 -É morte do mesmo jeito, não vê a situação de Howaito?

 E então as duas ficaram quietas em contentamento, sentando no chão para observar o céu que finalmente deixou o sol sorrir por uns instantes. Uma pequena paz para as duas jovens, que claro, não durou por muito tempo...

 -Ei, vocês duas. O trato foi feito, temos que voltar para as nossas posições - uma voz foi ouvida atrás delas, assustando-as.

 Era Lily, filha do Rei, que carrega um rosto sereno e uma postura ereta.

 Sem dizer mais alguma coisa, ela se afasta das duas, voltando para dentro do castelo, seguida de Athena e Fleurieys, que ainda assim permanecem em pensamentos absortos sobre o Reino, aparentemente escasso. Não em riquezas, claro, mas em uma balança tão conturbada, que agora, Knochen und Blut nem permanece como o principal rival do Rei Alexander I.

 “Trágico, trágico…” são as exatas palavras para descrever a situação de Mond des Todes.

 

 Sim, tragédia. Esse Reino só traz...tragédias.

 

 


Notas Finais


Terminamos por aqui, com umas informações maras que vai desencadear várias tretas hahahaha. E confesso novamente que esse capítulo não tem nenhum personagens de vocês, mas cita um lar de um dos.
E relaxa, o próximo capítulo, creio eu, vai ser maior, e vou fazer aparecer uns personagens aí. Porém tudo sobre Mond des Todes e prologando alguns casos e todo o mais.
Aliás, Howaito está vivo, "garela"!!!! Ele não morreu não, tudo graças a nossa querida guerreira, Fleurieys.
E mais:
Quem é mais escroto?
Kratos ou Alexander I.

Eu voto no Kratos v.v, de fato!!

No entanto, vou indo por aqui...
Espero que tenham gostado do capítulo, de verdade. Comentem aí as suas opiniões, porque amo ler seus coments >~<
Kissus de Cookies para todos e até a próxima sz


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