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História A Guerra dos Signos - Baile


Escrita por: Amandaa-

Notas do Autor


Oi pessoal,

Desculpa a demora para postar, espero que gostem!

Boa leitura ;)

Capítulo 7 - Baile


Fanfic / Fanfiction A Guerra dos Signos - Baile

CAPÍTULO 6

Andava completamente perdida pela multidão de pessoas. Segurava firmemente minha taça de vinho para não derramá-la em minha roupa. O salão de festas do palácio era decorado com grandes pinturas em suas paredes, e cerca de quinze enormes lustres iluminavam toda a sala. Os músicos, que foram deixados em um pequeno palco perto de onde as pessoas estavam dançando, movimentavam seus braços freneticamente para acompanhar o ritmo das músicas, pela maneira que seus corpos estavam suados e por sua respiração ofegante, posso concluir que tocar instrumentos também é esporte.  

  O ambiente estava agradável e todos se divertiam à medida que se embebedavam com vinho e se satisfaziam com a grande ceia. Rostos corados, pessoas cambaleando e altas risadas me fizeram largar a taça que segurava para não acabar como os outros convidados. Procurava Thomas em todos os lugares; O quão difícil é encontrar o dono da festa? Andava próxima a parede para não ser levada pela correnteza de pessoas dançando pelo salão.

    Meu pai já havia desistido de achar uma brecha na segurança de Libra, seu copo estava cheio, assim como sua barriga, uma combinação ótima para fazê-lo relaxar. Se o rei estava se sentindo seguro, não havia com o que me preocupar, por isso, esqueço sobre o possível ataque e relaxo. Ao seu lado, o rei de Gêmeos, Samuel Loft, se encontrava na mesma situação de meu pai. Os dois riam e comemoravam juntos, fazendo muito mais barulho do que a própria banda. Com certeza, seriam as pessoas que mais evitaria nesta noite.

   Encontro Kalel conversando com Melissa perto de uma grande porta de vidro que levaria a sacada. Agradecida por não estar mais perdida, vou a até eles. 

       — Boa noite, princesa. — Sou recebida, com uma reverência, por Melissa. 

       — Kiara, onde estava? Pensei que estivesse com Thomas. 

       — De fato, estava procurando por ele.     

       — O vi, recentemente, perto das escadarias. Talvez ainda esteja lá. — Melissa aponta para as grandes escadas que levam aos quartos. 

       — Ótimo, vou procurá-lo, obrigada. — Me afasto e enfrento o obstáculo de que fugi durante toda a noite: as pessoas. 

         Delicadamente empurro e peço licença, pois, para que possa chegar ao rei precisava passar pela parte mais movimentada do salão; a pista de dança. Quase sou levado por um dos convidados que me confunde com sua parceira, mas por sorte desvio do homem antes que me agarre. É evidente de que o baile não estava sendo dos melhores para mim. Após minutos me espremendo contra corpos desconhecidos, finalmente avisto meu alvo. Perto das escadarias, como Melissa havia dita, estava Thomas, cercado de admiradoras, que não o deixavam em paz. As mulheres o rodeavam dando risadinhas e fazendo perguntas audaciosas que deixavam o rei desconfortável, mas ele mantinha a calma. 

     Quanto mais observava a cena, mais engraçada se tornava. Thomas tentava controlar suas fãs, sem parecer desconfortável. Isso sempre foi normal para meu amigo. Quando éramos pequenos muitas vezes era preciso disputar por um tempo sozinha com ele. Em muitos momentos, quando falhava em ser o centro de sua atenção, fechava a cara, mas Thomas sempre foi um cavalheiro e pedia desculpas por sua atitude. Gostava quando ele me escolhia entre as demais, isso me fazia me sentir especial. Meu amigo sempre foi bom com as pessoas, gosta de agradar a todos, e quando não consegue, faz de tudo para reparar seu erro. 

— Vossa Majestade aceita uma dança? — Enfrento a multidão de mulheres e lhe estendo a mão. Estava realizando um resgate. Por mais que leoninos e librianos gostem de estar entre as pessoas, via pela expressão de Thomas, que não estava no clima para se cortejado. 

— Sim senhorita! — Ele agarra a meu pulso e me arrasta rapidamente a pista de dança. O alívio sai para fora de seu corpo como um suspiro. Sem dizer uma palavra começamos a nos embalar ao ritmo suave da melodia. O lugar que antes temia, agora me parece calmo com Thomas perto de mim. — Você salvou a minha vida!

— Como sempre! — Sussurro em seu ouvido. — Estava te procurando por toda a parte, onde esteve?

— Preso com as interesseiras! — Ele aponta a cabeça em direção ao grupo de fãs, que haviam passado a me analisar, prestes a me devorarem com seus olhos famintos. — O que achou da cerimônia?

— Sofisticada, bonita... longa.

— Ah não! — A última parte do meu comentário o magoa. — Falei para minha mãe que não gostaria de uma apresentação costumeira, mas ela insistiu. Tomara que os outros convidados não tenham achado entediante como você. — Ele olha para os lados, tentando se assegurar que as pessoas estavam se divertindo.

— Thomas, se acalme! Foi longa, não chata. — Minto. — Além disso, os reis estão acostumados com a maneira que são realizadas as cerimônias, se tivesse mudado algo, tenho certeza que não aprovariam o método moderno. 

— Você tem razão. — Não estava reconhecendo Thomas. Sua falta de confiança não lhe caía bem, mas eu sabia qual era sua origem. 

— Eu sei sobre o ataque ariano. — Cochicho. Ele arregala os olhos e me olha assustado.

— Como você...? — De repente seu olhar suaviza. — Seu pai. — Balanço a cabeça. 

— Era por isso que estava nervoso hoje mais cedo, não é? Por isso que está agindo tão diferente. — Concluo. Nossos pés eram rápidos e acompanhavam os rodopios da coreografia. A saia do meu vestido balançava com os nossos movimentos, e em poucos minutos de dança, dominamos o salão. 

— Sim… — Ele concorda.

— Porque não me disse nada? — Olho nos olhos azuis de Thomas e vejo medo, algo que nunca havia acontecido. 

— Desculpe. Não queria preocupar você durante o baile. — As mãos firmes de Thomas apertam minha cintura e me puxam para perto. 

— Thomas, você pode me preocupar quando quiser. Gosto de ajudar quando posso. — Todos esses anos de amizade não ensinaram nada para ele? Estou sempre ao seu lado quando ele precisar de mim, assim como ele estará ao meu.

— Sei disso, mas acredito que é apenas o nervosismo de hoje, e tem ainda o medo de não conseguir ser um bom rei… São muitas emoções juntas. — Ele suspira e me olha. Talvez eu não seja capaz de compreender quando alguém duvida de si mesmo, isso pode ser comum para outras pessoas, mas não para mim. 

— Você vai ser um ótimo rei! Pare de se preocupar. Sou sua melhor amiga, sei quanto potencial você tem, além disso, sempre estarei ao seu lado! — Sorrio e o sinto relaxar. O tecido de sua nova roupa alisa ao meu toque, Thomas nunca esteve tão bem vestido antes. 

— Sei disso, mas você me conhece, logo eu me acostumo com o trono. — A medida que a música diminui nossos paços param. Acompanho o olhar de Thomas até sua mãe. A rainha o chamava discretamente do outro lado do salão, o chamando para se juntar a sua conversa com os Lordes de Libra. O rei volta a me encarar, desta vez, decepcionado. — Eu preciso ir, você vai ficar bem? 

— Claro, sei cuidar de mim mesma. — Olho para Emily, que espera seu filho enquanto se diverte, cercada de bajuladores. Ao invés de uma reverencia, Thomas segura meu rosto e beija suavemente minha testa, logo depois, enfrenta o mar dos dançantes convidados bêbados.

Meu objetivo desta noite, era não ficar sozinha. Não sei se Aries tentará alguma brincadeira, mas não vou esperar para descobrir. Ter meu guarda-costas ao meu lado me fará sentir mais segura. Tento procurar Kalel e Melissa onde havia os vistos pela última vez, mas ao invés dos meus amigos, encontro duas lindas princesas. Calmamente, Nina tomava pequenos goles de seu vinho, enquanto Cora devorava petiscos em cima da mesa como se nunca houvesse visto comida antes. Amizades na realeza são raras. É difícil encontrar pessoas que são da sua idade, e mais ainda, as que você se identifica. Me considero sortuda nesse requisito, possuo três amigos que dividem o mesmo título real que eu; Thomas Statera, Nina Kanker e Cora Jorden.

Assim que a princesa de Touro para de mastigar e olha para cima, nossos olhares se encontram. Sorrio para ela, e abano uma das mãos, Cora grita e solta a comida para poder me abraçar. 

— Kiara! — Sua empolgação chama a atenção de Nina, que se junta no abraço. 

— Socorro! Vocês estão me sufocando. — Seus braços impedem que o ar entre em meus pulmões.  

— Por onde você andou? Estávamos com muitas saudades! 

— Ficamos sabendo o que aconteceu com você, você foi tão corajosa ao enfrentar aquele espião! — Cora junta nossas mãos.  

— Verdade! Se fosse comigo, morreria de nervoso. Não consigo imaginar no que você teve que passar. Pobrezinha! 

— Não se preocupem, estou bem! Fiquei muito abalada, mas já me recuperei.

As duas se entreolham, trocando olhares assustados. 

— Qual reino? — Cora deixa escapar, Nina fica imóvel. 

— O que? — Cerro os olhos, como se fosse me ajudar a entender o que as duas estavam tramando. 

— Qual reino a atacou? — Nina completa. 

— Escorpião...

— Eles vão pagar por isso! — Cora explode. — Podemos falar com nossos pais, e bolar um plano de ataque. — As duas se juntam e começam a discutir maneiras de convencer os reis de que mais ataques seriam uma boa ideia.   

— Vocês são loucas... 

— Minha querida — A mão de Nina pousa sobre meu ombro. — Não existe ninguém que odeie mais essa guerra do que eu, mas quando mexem com pessoas que eu amo, posso abrir exceções e aceita-la! 

— Isso é inadmissível! Não posso acreditar que Leão não fez nada a respeito!

— Cora, foi um dia antes da viagem, mesmo se quisesse, não daria tempo de planejar nada. Além do mais não sei se alimentar a guerra é a melhor das opções. 

— O que? Desde quando você pensa assim? 

Nina me olha perplexa.

— Tenho coisas mais importantes para resolver...

— Como o que? 

A princesa de Touro não aceita minha escolha de paz. Ela cruza os braços indignada. 

— Como o abastecimento para inverno. — Olho para Nina esperançosa, mas ela apenas me responde com uma cara de tédio.

— Não podemos ajudar dessa vez. 

— O que? — Meu coração para. Pronto, estávamos ferrados.

— Você não é a primeira a pedir. O pai de Cora implorou pela ajuda da minha mãe, mas não temos como vender o que não produzimos.

— Você consegue imaginar Touro sem comida? Isso sim é problema!

O estoque de Câncer era a única salvação do meu reino para enfrentar o inverno. Como todos os outros Brancos enfrentam o mesmo problema, a solução é quase impossível de ser encontrada. 

— O que acontece agora? — Massageio minha testa e tento livrar minha dor de cabeça.

— Agora esperamos os conselheiros bolarem alguma solução.

— Rezar também é válido! — Nina levanta os ombros.

— Duvido que funcione. 

 

*

Estava errada a respeito do ataque ariano. Seria muito ousado da parte deles interromper uma coroação real. Suspiro cansada enquanto Kate desfaz meu penteado. O alívio que sentia era grande, de um lado por conta do meu equivoco em esperar o ataque, mas de outro, pela sensação boa de poder soltar o cabelo. Kate começa a tirar o colar de minha mãe, mas eu a impeço. Queria dormir com ele está noite.

— Aproveitou a noite Alteza? — Kate pergunta enquanto desamarrava as costas do meu vestido. Esse gesto me lembra das mãos de Thomas sobre minhas costas durante nossa dança.

— Não tanto quanto esperava, Kate. — Respondo e posso ver a expressão de decepção em seu rosto.

— Porque senhorita? — Ela para de desamarrar e me encara. — Há algo que posso fazer pela senhora?

— Não, estou bem. Acredito que tenha sido o cansaço da viagem. Mal chegamos e já tivemos que ir para a cerimônia. — A minha resposta parece suficiente para acalmá-la e ela volta a sua atenção para o tecido do meu vestido. Não gosto de mentir, mas sempre preciso fazê-lo para impedir de contar os acontecimentos reais que necessitam ficar em segredo. Ninguém pode saber sobre nossa futura dificuldade durante o inverno.

Depois que a criada me ajudou a vestir minha camisola, finalmente pude ficar sozinha no quarto. Aproveito o momento para ir até à varanda para pegar um ar. O baile não havia sido dos melhores para mim, o que é raro de acontecer. Geralmente são alegres, divertidos, possuem ótima comida, amigos que amo, mas o de hoje foi terrível. A decepção de não poder ajudar meu povo estragou a noite. Meu único conforto era saber que todos os reis falharam em sua missão deste ano, não apenas eu. 

Meu pai não ficará nada feliz quando descobrir que Câncer, nem ninguém, poderá nos ajudar. Pelo menos, Áries não compareceu e ninguém morreu, o único ponto positivo desta noite. Mal pude conversar com Thomas, muito menos Kalel que desapareceu com Melissa.  

Passo a mão pelos meus cabelos e esfrego os olhos, cansada. Observo a vista para o mar que minha varanda proporcionava. Mais adiante da costa havia uma linda floresta da qual podia se ouvir barulhos de animais noturnos. Era realmente uma vista linda. Ouço batidas leves na porta e vou em sua direção, mas antes visto meu roupão. Abro a porta e me deparo com Thomas, ainda com sua roupa de baile, em minha frente. Sorrio para ele, talvez sua visita possa melhorar a noite. 

— Oi. — Digo, e por algum motivo, cochicho.

— Oi. Posso entrar? — Ele pergunta, falando baixo. Balanço a cabeça e dou licença para que ele possa passar. Meu amigo analisa o quarto em que estou hospedada, enquanto sento em minha cama.

— O que faz aqui? — Eu o pergunto e o chamo para sentar ao meu lado. Meu quarto era tão grande, que todos os príncipes e princesas convidados caberiam nele. A colcha sobre a cama era branca e possuía estampas em forma de balança em suas extremidades. A cortina azul combinava com as flores em cima do criado mudo ao lado da minha cama, e o guarda roupa era tão grande que mesmo com todas as minhas roupas dentro, ainda sobrou espaço.

— Desculpe aparecer tão tarde, eu sabia que iria estar acordada e queria conversar com alguém. — Thomas reponde. Ele estava mais calmo e confiante, tinha voltado a ser a pessoa que conhecia. 

— Está tudo bem? — Pergunto.

— Sim, apenas não quero que a noite acabe. — Ele se senta ao meu lado. Estava vestindo uma simples camisola, enquanto o rei de Libra desfilava com sua longa capa branca. Se Lana me visse agora, correria para pegar algo que me cobrisse, mas não incomodo com a presença de Thomas.   

— Ainda não acredito que você é rei… –Cruzo os braços e o encaro.

— Você não acredita que sou mais importante do que você, isso sim. — Thomas ri novamente.

— Isso também. — Dessa vez eu o acompanho na risada. — Qual vai ser o seu primeiro decreto real? Fontes de chocolate nos jardins ou festas na praia toda a quarta-feira?

— Cuidado, essas ideias não são tão ruins.

Os sons das risadas ecoam pelo quarto.  

— A próxima vez que vier a Libra vou me surpreender com as mudanças. 

 Thomas passa a mão em seus cabelos e me encara sério. Aos poucos desmancho o sorriso em meu rosto. 

— Sim, de fato você irá. — Seu olhar encara o chão e sua voz soa abalada. 

— Qual é o problema? — Havia dito algo que não devia? Porque havia se abalado tão de repente? Alguns segundo se passam, enquanto Thomas decide entre me contar ou guardar segredo sobre o que estava acontecendo. 

— Agora que sou rei... — Ele respira fundo. — Os Lordes de Libra estão me pressionando para arranjar uma esposa. 

Engasgo. Thomas vai se casar?  

— O que? Quem?

— Uma de suas filhas. Ela necessita ser libriana, é claro. Esta noite, me apresentaram a muitas garotas. Era como se uma competição estivesse acontecendo, e o prêmio fosse eu. 

— Eu não sei o que dizer. 

Se isso estivesse acontecendo comigo, me sentiria devastada, mas Thomas se controlava para não demonstrar tristeza. 

— Quando precisa fazer sua escolha? 

— Quanto antes melhor. 

As palavras fugiram da minha boca, estava tão surpresa quanto ele. Sentia pena do meu amigo, e gostaria de ajuda-lo, mas como? 

— Talvez tudo isso seja mais fácil, assim que você começar a conhecê-las...

— Não. É impossível melhorar esta situação. 

— Então porque não tenta convencer sua mãe? Talvez ela mude de ideia... 

— Não Kiara, você não entende... — Murmura Thomas, irritado. — O problema não acaba aí. Já existe alguém que amo. 

A conversa estava cada vez mais confusa. Primeiro descubro que ele irá se casar, depois que ele está apaixonado? De onde vieram tantos segredos? 

— Isso não resolve o problema? Escolha ela.

— Eu escolheria, se ela não fosse leonina... — Confiante, ele crava seus olhos nos meus. 

Espera. Muita calma nessa hora! Thomas estava falando sobre mim? 

— O que? — Lentamente me afasto dele. O que estava acontecendo?

— Kiara, você é a única pessoa que realmente me entendeu. Será impossível para mim escolher outra pessoa além de quem eu amo de verdade. — Ele se aproxima de mim e segura minha mão. 

Não consigo responde-lo. Thomas escolheu o pior momento para se declarar. Era informação demais para mim. Não sei se foi o meu silencio ou o espanto que fez com que Thomas recuasse. 

— Você deve estar confusa. Não devia ter feito isso. — Seu olhar triste analisa meu rosto. Ele me solta e se levanta, e antes de deixar o quarto ele se vira para mim. — Diga alguma coisa, qualquer coisa. 

— Boa noite Thomas. — É tudo que tenho coragem para dizer. 

Thomas nota que havia deixado o clima tenso, por isso decide se retirar. Ele me deseja boa noite e me deixa sozinha. O quarto estava tão silencioso que o único som audível era meu coração. A cada batia sua parece que está prestes a explodir. Seria pedir demais que alguém me explicasse o que havia acabado de acontecer?

Eu odiei. Cada momento em que ele disse coisas românticas a mim me pareceu errado. Não entendi porque ele fez isso comigo, estragou algo muito importante ao dizer aquelas palavras; nossa amizade. Não era apenas pelo fato dele ter sentimentos por mim, mas também, por me fez parecer uma pessoa ruim. No momento em que não correspondi seus sentimentos, eu o magoei. Como poderia encará-lo após essa revelação. 

Thomas quer se casar comigo! Eu nunca o vi além de um amigo! Isso é muito errado.

Ponho a mão na testa e sinto a dor de cabeça que ele me causou. Caminho mais uma vez até a varanda e contemplo a vista. Estava silencioso. A única coisa que se ouvia era o som das ondas se chocando nas rochas. Gosto mais do som da lareira pegando fogo, do estalo da madeira queimada e o calor reconfortante do sol. O frio do oceano, de nada servia para me acalmar. Estava longe de casa, assustada com ameaças de ataques inimigos, preocupada com o futuro dos meus cidadãos e Thomas acha que seria um bom momento para se declarar. 

— Ótimo! — Meu tom irônico me faz rir da minha própria situação. Estava parecendo derrotada. Não iria voltar a Libra por muito tempo. Minha viagem a Leão era ao amanhecer, assim, resolvo ignorar todos os sentimentos que me sufocavam e desabo em minha cama. Posso resolvê-los todos assim que acordar. 


Notas Finais


Obrigada por lerem

Até o próximo capítulo ;)


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