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História A Herdeira - Eu quero você


Escrita por: LarissaWeems

Notas do Autor


Olá,
Se você deu favorito nesta história ou a adicionou em sua biblioteca temo que sua reação ao receber a notificação de uma possível atualização lhe fez vir às pressas até aqui. Acho. rs

Parei de escrever a história porque tive críticas negativas, sim é bobagem. Mas pra mim não foi uma simples bobagem levando em conta a situação em que eu estava no momento.(Era minha primeira fanfic)
Enfim, superei e estou aqui para dizer que penso em retomar a história, mas será do meu jeito, dane-se quem não gostar. As coisas serão do meu jeito.

Tomei essa decisão porque mesmo sem postar mais capítulos, muitas pessoas continuavam a ler, comentar, favoritar e a me mandarem mensagens. I Love you all <3
Haverá mudanças. Preparei um enredo para a história, no inicio, agora vou alterar algumas coisas que iriam acontecer nos próximos capítulos porque senti a necessidade de fazer isso e por ter perdido os capítulos que eu já havia escrito. (Sim, chorei bastante).

MAS, VOLTEI COM UM CAPITULO RECÉM ESCRITO PARA INICIAR A CONT.


Sugiro que ouçam as músicas indicadas no momento certo.(Link nas notas finais)
- Daughter – Amsterdam🎧
- Mikky Ekko - Who Are You, Really?🎧
- London Grammar - Wasting My Young Years 🎧

Capítulo 8 - Eu quero você


Fanfic / Fanfiction A Herdeira - Eu quero você

 

Daughter – Amsterdam��

 

Minha cabeça latejava com a ideia de que em poucos minutos eu seria tocada por aquele homem sem escrúpulos, certamente ele me possuiria com brutalidade, parece ser de seu feitio. Várias servas me ajudavam a vestir o traje escolhido para aquela noite. Logo após elas me cobriram com várias joias, ouro e brilhantes.

Por fim, Lady Helena repassou tudo o que havíamos ensaiado mais cedo. O comportamento perante o Rei deve ser gracioso e ao mesmo tempo cauteloso. E claro, demonstrar respeito, submissão à sua soberanidade.

“Não resista ou provará de sua fúria”

Suas palavras martelavam em minha mente, o medo me dominava por inteiro. Fui guiada pelas servas nos corredores. Helena ia mais a frente para certificar-se de que eu entraria nos aposentos do Rei.

Ela parou em frente à porta de madeira talhada com ouro. Os aposentos reais.

Havia guardas em frente, como sempre, cuidando da proteção do Rei. Um dos homens entrou em sua frente antes que pudesse alcançar a maçaneta da porta, então sussurrou algo em seu ouvido fazendo-a recuar.

Levou alguns segundos para que Lady Helena absorvesse a recente informação adquirida. Depois se virou a mim.

– Não sei se o que tens é sorte ou azar. – encarou-me. – Estás dispensada, hoje.

– O que? Como assim? – questionei espantada, é claro que eu estava aliviada. Mas minha curiosidade falou alto naquele momento.

–Você é surda ou o quê? – seu tom se elevou. – Está dispensada. Por hoje! Mas amanhã você não escapará. Eu lhe garanto.

Voltei ao meu quarto depois que retiraram todas as joias que me enfeitavam. Continuava com o lindo vestido bege com detalhes em dourado, cujo tecido em meu colo era transparente. E uma capa, como uma espécie de véu que cobria minha cabeça, protegendo-me. Ao passar pela porta do harém todas as garotas se aprontavam para dormir, porém ao me ver ali, ficaram espantadas assim como a mesma reação que tive quando fui dispensada. Vários murmúrios se formaram e no meio das moças a ruiva apareceu como se tivesse alguma autoridade sobre todas, cheia de si.

– Regina? – uma moça de cabelos negros se aproximou. – O que faz aqui? Não devia estar com o Rei?

– Ora, ora... era de se esperar, a camponesa foi devolvida pelo Rei.- provocou, sua voz era tão irritante. – Aposto como o Rei deve ter sentido a minha falta ao ver essa sonsa. Tão sem graça...

– Cale a boca Zelena! – Lady Helena interviu. Se ela não tivesse o feito, eu faria. Do meu modo. Estava cansada daquela garota. – Regina foi dispensada hoje, o Rei tinha assuntos importantes para tratar, assuntos referentes ao reino. Mas amanhã... – Olhou diretamente para mim. - ...ele a quer em sua cama. Se prepare, querida.

Dito isso, partiu com uma aura de arrogância que chegava a vencer de Zelena. Deixando todas ali perplexas, principalmente eu.

As moças logo voltaram para seus respectivos leitos. Tentei esquecer tudo o que havia ocorrido hoje, enquanto estava imersa na água da banheira. Esperando que a água levasse para longe toda minha preocupação, apesar de não ter sido tocada por ele hoje, por outro lado, amanhã não haveria escapatória nenhuma para mim. Esses pensamentos continuam me perturbando, queria estar nos braços de meu amado, neste instante. Antes não possuía certeza do que sentia, quando me senti encurralada e sem saída alguma foi que soube admitir o que sentia por aquele homem. E eu nem sabia seu nome.

A forma carinhosa que ele me tratava, seus pequenos gestos de gentileza e a cada flor diferente que eu recebia dele durante nossos encontros fizeram eu me apaixonar perdidamente. Sim, perdidamente.

Eu não devia, nós, não devíamos. Se fossemos descobertos – um risco enorme que corríamos – certamente seriamos destinados à morte. Morte. Uma pequena palavra capaz de provocar calafrios subindo por toda minha espinha. A água apesar de estar gelada, não tinha todo esse poder tão eficaz. Passei ao que pareceu ser horas dentro da banheira, até um vento frio expulsar-me de lá. Enrolei-me a toalha. Coloquei minhas vestimentas de dormir e parei diante da penteadeira para desenrolar os embaraços dos fios que caiam soltos até minha cintura. Olhando fielmente para meu reflexo no espelho.

Até que um barulho estranho me desprende de minha atenção ao meu cabelo. Pareciam pedras sendo jogadas ao chão. Novamente o som agudo atiçou em meus ouvidos, levantei, seguindo até o local onde o som se tornava mais próximo.

Era no salão, uma ala separada de nosso dormitório. Aquilo era realmente estranho, eu estava com medo, mas estava curiosa e pensei que se fosse algum tipo de ameaça a nós, eu poderia gritar para que os guardas intervissem. Eu não me arriscaria assim, fácil.

No centro do salão circular, eu analisava cada espaço. Um vulto passou a minha esquerda parando atrás de uma das colunas. Me arrepiei.

Não parecia ser um adulto, seu corpo parecia ser pequeno e adornado por cabelos compridos. Andei vagarosamente, com cautela.

– Shh... por favor, não grite. – a figura se fez presente, saindo das sombras atrás da coluna que se escondia há pouco. Era uma... era uma menina. Uma garotinha com cabelos loiros, seu rosto estava sujo, mas sua beleza angelical era perceptível.

– Não irei, mas... o que está fazendo aqui? Sabe onde está?

– É claro que sei. – ela sorriu convencida. Parecia segura de si. – Toma, isso é para você.

Entregou-me um papel dobrado.

– Ele a espera no dossel, aquilo que se parece com uma tenda e possui almofadas... – havia certo encantamento em seus olhos enquanto falava. Conclui que ela fosse filha de alguma serva e nunca pode experimentar das regalias da corte. - ...onde as moças ficam durante o dia. Ah, e pediu que não demorasse.

Sem ao menos esperar por uma resposta minha, a garotinha correu para longe. Sem me dar a chance de lhe perguntar seu nome e agradecer.

Olhei o papel em minha mão. As poucas palavras contidas ali me fizeram sorrir abertamente, o mais sincero sorriso que eu havia dado naquele dia.

“Preciso vê-la. Preparei uma surpresa para você.”

 

��***��

Mikky Ekko - Who Are You, Really?��

A moça se apressou o máximo possível depois de receber o bilhete que seu amado. Agradeceu por vê-lo ainda aquela noite, ansiou por aquele encontro, além das saudades que sentirá também faria algo que mudaria tudo entre eles.

O local descrito pela garotinha era muito bem conhecido por ela. Passava algumas horas de seu dia naquele lugar, ela só achou muito perigoso para se encontrarem. Mas deixou esse pensamento de lado.

Muitas velas. Foi o que ela avistou, assim como a silhueta de seu amado em meio a penumbra da noite. Apressou seus passos indo de encontro a ele. Ela o abraçou apertado, o loiro a levantou com os braços em volta de sua cintura e então beijaram-se. Com toda a saudade que sentiam, os corações batiam descompassados saltando do peito.

– Senti tanto a sua falta. – sussurrou ele. – Me perdoe por manter-me longe durante esses dias. Apesar de doer ter que ficar longe de você, foi melhor assim. Podiam descobrir sobre nós. – Robin sentia-se mal em mentir para ela, mas ele possuía medo. Medo de contar a verdade e ela o deixar, o desprezar. Ele não correria o risco de perdê-la. Mas a mentira também tinha seu preço e consequência, que em breve seria pago.

– Sim, eu sei. Foi uma escolha sábia e dolorosa para nós dois. – concordou ela. Dessa vez ela quem tomou a iniciativa de beijá-lo. Seus lábios colidiram com os dele, acariciando fielmente cada parte de sua boca.

Após findarem o beijo, Regina se deu conta do que estava atrás dele. Sorriu abertamente. Ele havia preparado aquilo tudo para ela? Flores, algumas frutas, vinho e muitas velas.

Ambos caminharam até estarem sob o dossel, sentaram-se em meio às várias almofadas que enfeitavam e davam conforto ao mesmo tempo. Para que ela não suspeitasse sobre ele, deu a desculpa dizendo que alguns amigos haviam o ajudado com aquilo.

Conversaram, brincaram, provaram das frutas assim como do vinho. Trocaram algumas caricias, porém algo não passou despercebido por Robin. Sempre que começavam um beijo lento, Regina aprofundava a intensidade do mesmo e suas mãos passeavam pelos braços de Robin. Não que ele não gostasse do atrevimento, pelo contrário, ele a queria. Mas algo estava estranho, ela estava. Em seus vários encontros, ele era quem sempre tentava passar dos limites, ela o repreendia.

O ar faltava em seus pulmões, ardiam em busca de ar, só então separaram seus lábios famintos. Robin continuou a acariciá-la e desceu com os beijos pelo pescoço da morena. Ela estava com a cabeça inclinada dando o espaço apropriado para ele degustar de sua pele.

 

London Grammar - Wasting My Young Years ��

 

Estava com medo, mas finalmente se entregaria ao homem que verdadeiramente ama. Não teria outra oportunidade como aquela, então deixaria o medo passar e aproveitaria esse momento único.

Como esperado ele deu o próximo passo, inclinou-se ficando por cima de seu corpo com cuidado para não machucá-la. Voltou sua atenção aos lábios inchados dela, causado pelos seus beijos. Sua mão apertou a coxa de Regina por sobre o vestido, subiu até a cintura da mesma parando ali.

Ela sentiu algo roçando em seu ventre, mas não conseguia ver o que era naquele momento, pois Robin a beijava ferozmente, seu desejo por ele crescia a cada caricia.

O ardente desejo do loiro de explorar o corpo de sua amada estava se fazendo real, sua mão direita foi até perna dela por onde serpenteou por debaixo do vestido. Deixou alguns chupões em seu pescoço, em seguida mordendo de leve seu maxilar. Num ímpeto ele cessou seus atos, ele não podia tratá-la como uma meretriz, aquele mal era um lugar apropriado. Alguém podia vê-los ali, não aguentaria a expor daquele jeito.

Aquela mulher em seus braços seria sua Rainha, merecia ser amada, venerada, protegida...

Regina continuou a beijá-lo...

– Me desculpe, não podemos... – ele interrompeu. Suas testas coladas e as respirações ofegantes. Ela não lhe deu ouvidos, tornou a procurar seus lábios.

Robin tentava se controlar, mas Regina não facilitava as coisas. Não com seus lábios procurando-o incansavelmente. Contra sua vontade ele afastou-se.

– Você não me quer... – sussurrou a morena abaixando o olhar, sentou se encolhendo. Levou a mão aos lábios.

– Regina, não é isso... – ele se aproximou dela, segurou em seu queixo fazendo-a olhar para ele. Seus olhos castanhos estavam marejados. – Não podemos fazer isso aqui, você é muito preciosa para mim...- “Mais preciosa que qualquer diamante raro, até mais que todo meu Reino” ele pensou.

– Então por que não?

– Alguém pode nos ver, é muito perigoso. Não quero prejudicá-la. – ele beijou sua testa. – Porque está agindo assim? Sei que tem algo errado, agora me diga.

– Serei a próxima a passar a noite com o Rei. – uma lágrima escapou de seus olhos. – Na verdade, seria esta noite... As servas já haviam me arrumado quando, Lady Helena avisou-me que esta noite eu havia escapado, mas amanhã não teria como...

Ele suspirou. Estava causando-lhe tanto pavor e medo, esperava que um dia ela lhe perdoasse pelo que fizera.

­– Eu queria me entregar a você, antes que qualquer homem pudesse tocar em mim. Quero ser só sua, eu estou apaixonada por você... – várias lágrimas escapavam.

– Eu a desejo, e muito. Mas não posso ser egoísta com você, se descobrem que você não é mais pura... – Ele aperta os olhos, estava fazendo a coisa certa, estava protegendo-a dele mesmo, de sua mentira.

– Eu não me importo. Só me importo em ser amada por você... – Regina tocou no rosto dele, lhe deu um beijo casto e delicado.

– Mas eu me importo com a sua vida. Não posso arriscar colocá-la em perigo!

– Essa é a sua decisão?

– Me perdoe.

Aproximou com seus lábios aos dela, tocou-lhes levemente sugando o lábio inferior, depois intensificou. Tentando demonstrar o que sentia através daquele beijo.

Provavelmente seu ultimo beijo, amanhã estava disposto a contar a verdade quando ela fosse ao seu encontro, nos aposentos reais.

Regina o deixou, deixou o seu coração ali, junto dele. Partiu de volta ao harém, o rosto banhado em lágrimas e soluçando baixo. Ela estava destroçada por dentro, naquele momento ela percebeu o quanto amar pode doer. Uma dor absurda a consumiu.

Se não fosse agora, mas em outro momento o seu romance chegaria ao fim. Foi melhor assim.

Sozinho, ele se permitiu derrubar as lágrimas.

Sim, ele a amava.

 


Notas Finais


Espero que a nova versão da fic possa agradar. bjss
Daughter - Amsterdam:
https://youtu.be/e_d_WOj1EYE

Mikky Ekko - Who Are You, Really? :
https://youtu.be/zcPmJsT6K6c?list=LL4QFZnrzp2nKcybkBwNUyTg

London Grammar - Wasting My Young Years:
https://youtu.be/Y-E6KsN7gaA?list=LL4QFZnrzp2nKcybkBwNUyTg


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