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História A Herdeira do País das Maravilhas - Asas Arrancadas


Escrita por: JustCry

Notas do Autor


Capítulo Atualizado!!

Capítulo 14 - Asas Arrancadas


Fanfic / Fanfiction A Herdeira do País das Maravilhas - Asas Arrancadas

Os anos passavam e a pequena Sophie, não mais tão pequena assim, continuava sendo uma gata borralheira para os irmãos. As marcas muito bem escondidas, olhos e ouvidos atentas durante todas as horas do dia. Talvez ela pudesse aguentar mais alguns anos, afinal, faltava pouco para que os demônios que atordoavam-na deixarem a casa. Será que finalmente nossa heroína se salvaria?

Em uma tarde de verão bem quente a menina de 11 anos estendia, no pequeno quintal, as roupas que tinha acabado de lavar. Algumas a mão, outras na máquina, o que interessava aos mais velhos é que o serviço fosse feito. Ela cantarolava animada, o fim de semana começava a se aproximar e com isso a sessão de teatro que assistiria com o pai, assistiria ser primeiro musical, Wiked. Bacias e mais bacias de roupa dos quatro moradores da casa pareciam leves como tudo o que sua luz tocava.
O sol brilhava quase tanto quanto ela, só mais algumas peças para terminar. No interior da casa, ela não sabia que os irmãos planejavam uma surpresa. 

-Está brincando de que hoje?-Disse um
-Acabou os trabalhos de gata borralheira?- riu o outro. 
Os dois estavam de pé na porta da área de serviço. Ela encarava-os em pé de igualdade, sentindo toda a alegria anterior se esvair. Seus lábios pareciam travados.
-Que foi?Quer passar? - Mathew tinha uma das mãos escondidas atrás das costas. 
-Quero -era um esforço dizer.
-Pois não vai -Os dois riram e se olharam. Ela percebeu que havia algo de errado. -Pode voltar a estender as roupas, estamos só de vigiando.
As feições brutas dos gêmeos morenos contorciam-se em sorrisos debochados. Suspirando, ela vou ao varal, ficando de costas para eles. Eram só algumas peças.

Mal sabia que os próximos segundos ficariam marcados em suas memórias para o resto da vida. A última roupa era um vestido dela que já começava a ficar pequeno. Era branco e saia tinha camadas em renda, foi presente do pai especialmente para o evento do dia seguinte. O sorriso pequeno foi apagado mesmo mal tendo aparecido.
As mãos tapavam-lhe a boca, empurravam para baixo, seu cérebro ficou em branco. Tentativas inúteis de se soltar, os joelhos no chão, junto do tecido delicado.
-Fique quietinha, tá bem? -Disse o mais velho dos dois, soltando-a, o outro a mantinha baixa
-O que você quer agora, Mathew?
O próximo toque foi frio e rígido.

A primeira fenda aberta do lado direito. Abafando o grito para um grunhido, a respiração descompassou enquanto a menina sentia o próprio sangue encharcar as roupas.
-Você não é o anjinho do papai? -Perguntou ainda o mais velho
Ela pode ver o rosto do mais novo ainda de relance, esse não parecia tão feliz.
-Então falta o outro lado. 
E continuo, repetindo a fenda descendo da outra escápula. 
-Agora pode dizer que suas asas foram arrancadas! -Brincou ele.
-Mathew, já deu -Interpôs David.
Lágrimas rolavam silenciosamente no rosto de Sophie, mantinha-se imóvel como se os dois fossem esquecer que ela estava ali.
-Vai ficar do lado dela agora? -Perguntou o outro
-Não, só estou preocupado com...
-Ah, ficou com pena da coitadinha indefesa! E vai fazer o que? Contar pro papai? -o tom infantil seguido de alguns segundos em silêncio. -Você é tão monstro quanto eu, David! 
A lâmina estalou contra o chão seguida por passos irritados.



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