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História A Herdeira do País das Maravilhas - Perdida


Escrita por: JustCry

Notas do Autor


Capítulo atualizado!!

Capítulo 4 - Perdida


Fanfic / Fanfiction A Herdeira do País das Maravilhas - Perdida

O toque era frio, mas a sensação diferente de entrar no grande rio que cortava o País das Maravilhas. A pequena sentiu-se jogada, encolhida, esticada e cuspida.

Abriu os olhos confusa e surpreendentemente seca. O vestido sujo da terra de onde caíra. Ao seu redor, via pequenos arbustos, com árvores pontuais como a que lhe fazia sombra. Se aproximou das plantas, observando mais de perto, eram tão deferentes para ela como o ar impuro que respirava. Amedrontada, a menina começou a caminhada com os pés descalços tentando se lembrar de como chegará até aquele lugar. As memórias estavam embaralhadas como um quebra cabeça incompleto. Não fazia ideia de onde estava, é pouquíssima de onde viera ou quando tempo passou desacordada ali.

Em algumas horas, sua barriga roncava e ela viu uma cerca se aproximar. Torcendo para encontrar algo para comer ou alguém que pudesse ajuda-la, pulou as tábuas de madeira, entrando na propriedade. Os minutos se estenderam, durante mais uma caminhada, agora sobre grama, até que encontrou uma pequena casa.
Na varanda, uma senhora sentava-se bordando panos de prato. 
 

-Boa tarde, menina -Disse a senhora, terna, como se fosse conhecida
-Boa tarde... -Sua voz saiu trêmula -A senhora pode me ajudar? Estou perdida e parece que não me lembro de onde eu vim
-Ora, criança -Agora olhava-a com mais atenção por cima dos oclinhos -Entre, venha comer alguma coisa

Dona Teresa tratou-a como uma neta. Alimentou-a com doces deliciosos, deu banho e pediu que passasse a noite com ela. 
Na manhã seguinte, antes de levantar-se, passou alguns minutos deitada na cama, que um dia pertencera ao filho daquela senhora. Suspirante, olhava as próprios mãos contra o teto branco, sentindo-se não mais encontrada do que no dia anterior.
Ouvia uma voz masculina repetindo uma frase que pouco entendia como uma suplica. Duas palavras eram nítidas e ficaram se repetiram “Corajosa... Alice”
-O que aconteceu? -perguntava-se com os olhinhos confusos

Assim que saiu do quarto, não mais tão sonolenta assim, encontrou a mesa de café da manhã quase vazia, parecia já ser tarde, mas olhar o relógio de ponteiros deixava-a confusa. 
-Bom dia! -Disse a senhora, da cozinha, tão sorridente como na noite anterior
-Ah, Oi -a menina sorriu pouco, envergonhada por acordar tão tarde.
-Pode comer o que quiser, menina -tinha o tom carinhoso -Meu marido chegou durante a noite -avisou 
Ela se sentou a mesa e comeu pouco, a cabeça tão cheia para uma menina tão nova não deixava que tivesse apetite o suficiente para uma refeição.
-Com licença, a senhora tem chá?
-Chá? -perguntou estranhando, apesar do sorriso no rosto -Não achei que seria do seu gosto.

Comia um pedaço de bolo de milho, muito interessada no canto dos passarinhos. Agora havia um carro velho no quintal, imundo de barro e lama. Os passos vinham arrastados pelo corredor. Virou-se para ver o senhor de poucos cabelos grisalhos e enrrugado como uma uva passa se aproximar da mesa.
-Bom dia -Disse ela, querendo ser simpática
O homem respondeu com um grunhido mal humorado e se sentou do outro lado da mesa.



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