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História A história continua - A batalha final (Parte II)


Escrita por: TsunamiAzul

Notas do Autor


Muitas vezes podemos driblar o destino e tentar fugir das barreiras que somos destinados a derrubar, porém isso só faz com que elas cresçam e tornem-se ainda mais rígidas. E quando menos esperarmos nos descobrimos frente a elas, sem meios de desviar ou possibilidade de retornar pelo caminho traçado. Então o que nos resta é enfrentar aquilo que nos foi destinado, podemos até sentir medo, isso não nos torna fracos. Pedir ajuda não é pecado, muito menos contar com aqueles que nos amam, o que não devemos é entregar a batalha antes mesmo que ela aconteça. É necessária a certeza de que ao enfrentarmos nossas batalhas ficamos sempre com duas opções: a de vibras com a vitória ou aprender com a derrota.

Capítulo 25 - A batalha final (Parte II)


Capítulo 25 – A batalha final (Parte II)

 

            Marine a observou acordar em silêncio e pode notar o choque estampado no rosto de sua rival.

_ Não! Isso é impossível! Você não tem poder para me trazer aqui. Esse lugar não! Esse lugar não! _ Gritou desesperada.

_ Já passei por muita coisa para acreditar no impossível, e enquanto ao poder você está certa, realmente eu não tenho poder para te trazer aqui, não sozinha, porém com minhas irmãs meu poder é ilimitado.

_ Miserável me tira daqui, me solte, eu não quero estar aqui! Solte essas amarras agora, essa história é sua! Eu não tenho que passar por isso Eu não! Eu não! _ continuou gritando.

 Nesse momento Marine levantou-se da poltrona em que estava e começou a aproximar-se devagar de sua sombra, podendo constatar o crescente pavor dos olhos de sua adversária.

_ Aqui você ganhou forças em meu coração a ponto de querer usurpar toda minha consciência, a ponto de querer destruir tudo e todos que amo, assim como alimentou um ódio em meu coração que dilacerou minha alma, que me fez perder o desejo de viver, o desejo de sempre defender aqueles que me são queridos. E agora eu sei que só aqui poderemos remediar o que foi quebrado.

_ Não! Me tire daqui!! Solte essas amarras! Assim como você, não tenho poderes aqui, não quero vivenciar isso por você! Não querooo! – debateu-se no chão tentando romper as amarras e começando a chorar.

_ Você sabe que isso não irá funcionar. – disse Marine em um tom sereno, abaixando-se e acariciando-a na cabeça.

_ Como você pode estar tão tranquila? Isso não te machuca mais que qualquer coisa? Está aqui não rasca seu coração como se mil cacos de vidro adentrassem em sua corrente sanguínea? Logo aqui? Nesse maldito lugar onde seus amados pais foram terrivelmente assassinados não destroça seu coração.

_ Sim!

_ Então como?  Como pode fingir não sentir? Como pode estar tão calma, Enquanto eu...

_ Sente tudo com a mesma intensidade. – Completou Marine encarando-a.

_ Não! Eu sou...

_ Parte de mim. Sei que não é uma parte que me vanglorie de ter, nem uma que deva está a frente do meu ser, porém é uma que me ajudou a vencer a maior batalha que enfrentei em minha vida, e foi nesse momento que fui fraca, não pelas amaras que não consegui arrebentar, pois sou um ser humano e aqui na terra nunca poderia rompê-las, no entanto fui fraca quando você forçou mais espaço em minha vida e eu deixei, essa é a maior força de todo ser-humano, a de poder controlar-se independente do que se passa a sua volta. Sim, eu sei que há momentos que precisamos gritar, esbravejar com o mundo, porém só os fortes podem se conter e retomar o controle de si mesmo. E eu não fui forte, por isso peço desculpas.

_Eu sou forte, preciso arrebentar essas amarras! – Chorou desesperada a sombra enquanto Marine ainda a acariciava, como se estivesse consolando uma criança.

_ Sim você é forte. Mas sua força não é destinada a isso.

_ Então há que? – Perguntou erguendo os olhos repletos de lágrimas para Marine.

_ Há não me deixar desistir. - Disse em um sorriso. _ É você que sempre me impulsiona a seguir em frente, por mais que a batalha seja árdua e eu esteja cansada, você sempre está lá me motivando e lembrando-me que nunca devo desistir.

_ Eu não quero mais está aqui! Não quero essas amarras. – chorou ela arrependida.

_ Mas elas nunca estiveram em você, mas sim em mim. – disse Marine com os olhos lacrimejando.

_ Então liberte-me!

_Só você pode fazer isso.

_ Como?

_ Volte para onde você pertence, esse caminho sempre esteve aberto para você.

            Então ela sorriu para Marine enquanto essa depositava um beijo sobre sua testa, nesse exato momento um clarão iluminou todo o escritório e a sombra viu-se ajoelhada sem amarram em frente à Marine.

_ Obrigada! – sussurrou enquanto desaparecia ao abraçar Marine.

            Nesse momento Marine sentiu seu coração sendo preenchido e suas forças se esvaído, sua visão começou a escurecer.

_ Acabou!  - sussurrou enquanto a escuridão a rodeava por completo.

.

.

            Uma semana tinha se passado em Cefir desde o súbito desaparecimento de Marine. A terra continuava negra, porém a degradação do planeta parrou, Lucy e Anne estavam quase totalmente recuperadas, o clima no castelo ainda era tenso e o mago mestre aparentava constante concentração em sua terra, mas seus amigos sabiam que por dentro a tristeza o corroía, dia e noite ele passava na estrada do castelo observando o céu e todos oravam para que o brilho do retorno da guerreira pudesse novamente da vida aos olhos de seu protetor.

            Mais uma vez em frente ao castelo ele podia sentir o vento frio da tarde em sua pele seus olhos estavam focados a frente, quando sentiu seus amigos aproximando-se e virou-se.

_ Boa tarde! Lucy, Anne fico feliz em vê-las melhor.

            As guerreiras agradeceram e Clef pode ver o sofrimento e a preocupação que sentia refletido em seus olhos. E pelos olhares de Ferio e Lantis que as seguiam já sabia o proposito das guerreiras ao procurá-lo.

_ Clef você tem certeza que se tentarmos mais uma vez não conseguiremos abrir o portal? – perguntou Lucy com lágrimas nos olhos.

_ O tempo esta passando e nada dela. – completou Anne

Clef respirou fundo e preparou-se para essa conversa mais uma vez.

_ Lucy, vocês dormiram por três dias após a batalha e assim que acordaram o portal já estava fechado, e mesmo contra meus avisos tentaram abri-lo o que só lhes causou dor e demora na recuperação, como vocês bem sabem as três são necessárias para essa tarefa, vocês só conseguirão perder energia em vão.

            Lantis aproximou-se de Lucy abraçando-a, sabia que a preocupação a estava corroendo aos poucos. Então Clef continuou:

_ Anne o tempo entre Cefir e o mundo místico não estão sincronizados, como vocês ainda estão aqui é provável que o tempo lá ainda esteja parado e para ela não deve ter passado nem horas, o que é bom, pois significa que o portal lá ainda está aberto. Vamos confiar que ela conseguirá resolver tudo e voltar logo, acreditem nela. – disse ele virando-se para que ninguém visse o quanto apertava sua equipe obrigando-se a acreditar no que pregava.

            Ferio abraçou Anne, ciente que o sentimento de impotência por não esta ajudando sua amiga a fazia se sentir pior a cada minuto.

            E todos ficaram lá em silêncio observando o céu e rogando para que a guerreira de Ceres, pilar de Cefir, amiga, irmã e amada voltasse logo e em segurança.


Notas Finais


Já virou um rótulo em meus capítulos, mas me sinto na obrigação de mais uma vez pedir desculpas pelo atraso a aqueles que acompanham essa história.
Estamos entrando nos capítulos dessa história, sinceramente não pensei q eu fosse demorar tanto, porém a vida e as obrigações diárias acabam nos afastando daquilo que gostamos e sinceramente estou amando escrever essa Fic.
Mais uma vez obrigada a todos que acompanham essa história e boa leitura.
Atenciosamente, Tsunami Azul


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