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História A história continua com Mia Colucci e Miguel Arango - Dame una oportunidad


Escrita por: miacolucciarang

Capítulo 29 - Dame una oportunidad


MIGUEL ARANGO:

Cheguei na Cafeteria Central às 14h30 e a Sabrina já estava lá sentada me esperando. Cumprimentamos-nos de forma mais cordial. Desde o que tinha acontecido no passado não me sentia a vontade com ela.

- Miguel que bom que você veio! – disse Sabrina vindo em minha direção para me abraçar, mas eu estendi a mão para cumprimentá-la. Não estava me sentindo bem com toda aquela situação. Vendo a minha mão estendida, ela recuou e me cumprimentou com um comprimento de mãos.

- Como você está Sabrina? – eu perguntei.

- Ahh Miguel tem sido tão difícil desde que o meu pai morreu... Tudo me lembra ele. E como a minha mãe também já morreu, me sinto tão sozinha e perdida... – disse Sabrina com os olhos cheios de lágrimas.

- Eu sei como é perder o pai, ainda mais se você for muito próximo dele. Mas os amigos ajudam um pouco a aliviar essa dor. Tenho certeza que você tem amigos, certo? – eu disse.

- Não, Miguel. Não tenho muitos amigos. Na verdade nem sei se tenho um amigo de verdade. – disse Sabrina limpando uma lágrima que escorria em sua bochecha.

- Tenho certeza que você está errada. – eu disse apesar de ter as minhas dúvidas. - Além disso, o seu pai tinha muitos amigos e tenho certeza que eles gostariam de ajudar a filha do falecido amigo deles. – eu disse.

- Sim, mas muitos dos amigos do meu pai vivem viajando ou moram fora. Não vão ter tempo para mim. Ainda mais depois de tudo... – disse Sabrina.

- Como assim depois de tudo? – eu perguntei. Será que ela também tinha mentido ou enganado essas pessoas, como fez comigo e a Mia? Perguntei-me.

- Eu tinha o gênio muito difícil. E me arrependo de tantas coisas que fiz no passado, Miguel. De tantas! Às vezes gostaria de poder voltar no tempo e corrigir algumas. – disse Sabrina.

- Por que você não começa pedindo desculpas sinceras para quem você magoou? E então você vai ver como as coisas irão melhorar. – eu disse.

- Eu acho que vou tentar... – disse Sabrina.

- Bom, você disse no telefone que também havia uma banda que queria que nós elaborássemos o figurino deles. Isso é certo? – eu disse mudando de assunto e tentando terminar com aquela reunião o mais rápido possível.

- Sim, é verdade. É uma banda nova, mas eles dizem ser muito fãs dos produtos que vocês vendem. Por isso eu disse que tentaria conversar com você para que elaborassem um figurino para eles – disse Sabrina.

- Bom, a parte de elaboração é a Mia ou o Franco que desenham e que trabalham com isso. Eu trabalho mais na parte da elaboração contratual e com os nossos fornecedores. Então eu vou conversar com a Mia ou o Franco para marcarmos uma reunião com a banda para entendermos o conceito deles. – eu estava dizendo quando vi que o olhar de Sabrina desviou para alguma coisa atrás de mim.

Olhei para trás e a Mia estava ali, tinha acabado de esbarrar no garçom. Precipitei-me em levantar da cadeira e ir até ela. Mas ela saiu correndo em direção a saída.

Gritei várias e várias vezes por ela, mas ela conseguiu entrar no carro e saiu correndo cantando pneu.

Estava desesperado! E se alguma coisa acontecesse com ela e nosso filho? E se ela perdesse o controle do carro? Não podia nem pensar nisso!

Entrei no meu carro o mais rápido que pude e sai correndo atrás dela.

Consegui chegar em casa. Vi ela descer correndo do carro e fiz o mesmo. Ao entrar em casa, vi que ela foi direto para o nosso quarto e bateu a porta. Provavelmente um sinal de que eu não seria bem vindo lá.

Mas de qualquer forma fui até lá. Tínhamos que conversar e esclarecer isso.

- Mia, amor! Por favor, abre a porta. Precisamos conversar. – eu disse com a cabeça encostada na porta.

- Não temos nada para conversar! – gritou Mia do outro lado da porta.

- Eu juro! Não é o que você está pensando! A Sabrina ligou hoje na empresa para ver se produzíamos uns figurinos para uma banda que ela está produzindo. Ela assumiu os negócios do pai. – eu disse omitindo a parte em que ela me pediu consolo pela morte do pai.

- Não importa! Você não tinha nada que encontrá-la! Poderia ter enviado outro funcionário! – disse Mia gritando e percebi que ela estava chorando.

- Mia, você sabe que era ou eu ou o seu pai que teríamos que fazer isso. E ele estava ocupado hoje... – eu Miguel suspirando. Queria tanto que ela abrisse a porta e pudesse abraçá-la e afirmar que não tinha acontecido nada. Como de fato não aconteceu! – Por favor, amor abre a porta! – insisti.

Mas ela ficou em silencio. Encostei o meu ouvido na porta, mas não conseguia escutar muita coisa. Será que agora ela iria me castigar com o silêncio? Ah não, isso não! Então insisti novamente:

- MIA! MIA! POR FAVOR, ABRE A PORTA! – gritei – Tudo bem, se você não quiser conversar agora. Mas teremos que conversar. – eu disse, pois tudo o que eu mais queria era estar com ela, perto dela, vê-la e ver que ela estava bem.

Depois de mais um tempo em silêncio, escuto-a gemendo de dor e gritando o meu nome. Algo definitivamente não estava bem!

Pedi para que ela destrancasse a porta para mim, mas ela seguia gritando de dor. Acho que não tinha entendido ou não estava com forças para isso. E aquilo foi me deixando cada vez mais preocupado. Eram gritos atrás de gritos! Eu tinha que fazer algo. As empregadas estavam procurando a chave reserva do quarto, mas que chave reserva que nada! Eu iria derrubar essa porta!

- MIA EU VOU DERRUBAR A PORTA! VOCÊ ESTÁ NA FRENTE DELA? – eu gritei para ela e ela conseguiu responder que não estava perto da porta.

E depois de três tentativas, por fim consegui derrubar a porta.

E nada poderia me preparar para o que eu estava vendo: A Mia estava na parede oposta da porta sentada com as pernas um pouco abertas se contraindo de dor. E o pior havia um pouco de sangue no chão. O que definitivamente não era bom!

Aproximei-me dela e ajoelhei-me na sua frente tentando pegá-la em meus braços e levá-la para o nosso carro ou para a cama que seria mais confortável para ela. Mas ela gritava de dor todas as vezes que eu simplesmente tentava tocar nela. E aquilo estava me dando a sensação de impotência ao ver o meu bem mais precioso daquele jeito, sofrendo.

Liguei para a ambulância e disseram que em menos de 10 minutos estariam ali. E eu não sei se ela iria aguentar todo esse tempo, apenas orava para que sim.

Tentei novamente pegá-la para colocá-la na cama, mas ela seguia gritando de dor e tinha medo de machucá-la mais. Aquilo tudo era uma agonia!

Por fim, acabei pegando um travesseiro da nossa cama e colocando atrás das costas dela, separando a parede das costas. Tentando dar o mínimo de conforto que poderia diante daquela situação em que nos encontrávamos.

- Calma, Mia a ambulância já está a caminho. Acredito que em menos de cinco minutos eles estarão aqui. – eu disse tentando tranquiliza-la e orando silenciosamente para que a maldita ambulância chegasse logo ali!

- Minha...bolsa...estourou. Não sei se vamos ter muito tempo. – disse Mia entre uma respiração e outra.

Eu levantei o seu vestido para confirmar que a bolsa havia estourado. O que realmente aconteceu, pois havia uma poça de água no chão, mas também havia sangue. Será que o nosso filho estaria bem? Cada vez eu orava mais silenciosamente para que tudo ocorresse bem!

Tinha que disfarçar a minha preocupação, pois não podia preocupar a Mia, principalmente naquele momento.

Podia ver pelo seu semblante como as dores estavam intensificadas, até que por fim escutamos a sirene da ambulância. Graças a Deus!

Em alguns minutos os paramédicos estavam no nosso quarto: um homem e uma mulher.

Eles foram analisar como se encontrava a Mia em relação ao parto, se já estava dilatada e pronta para empurrar. E tudo mais.

Por isso, me sentei ao lado da Mia e a segurava como podia, dizendo no seu ouvido baixinho que eu estava ali e que em breve seríamos três. Seríamos a família que nós sempre havíamos sonhado juntos.

A paramédica falou que eu poderia me sentar atrás de da Mia para ajudá-la a empurrar. Enquanto isso a paramédica levantou o vestido da Mia e retirou a sua calcinha, e a examinou. E disse que não daria tempo de irmos para o hospital, pois ela já estava com 10 cm de dilatação. E que na próxima contração a Mia tinha que empurrar.

A Mia empurrou uma, duas, três vezes e já não tinha mais forças. Começou a reclamar que estava sentindo muita queimação por dentro. A paramédica disse que isso era normal, ainda mais porque a Mia não tinha tomado nenhuma anestesia. E podia ver pelo seu semblante e apoiando o seu corpo como ela estava se sentindo mole de tanto fazer força.

Mas, continuei incentivando ela. Era o meu papel no momento: encorajá-la.

- Você consegue, amor! Eu sei que você consegue! – eu ficava falando no seu ouvido.

- Vamos lá, mais duas vezes só e você vai poder conhecer o seu filho. – disse a paramédica.

E a minha guerreira empurrou mais duas vezes e por fim escutamos um choro. O choro do nosso filho! Senti seu corpo relaxar em meus braços e a abracei, a beijei. A elogiei. Como ela era incrível!

- Isso! Parabéns, Mamãe! Você conseguiu! Você tem um menininho! – disse a paramédica colocando ele no peito da Mia. Por cima do seu vestido.

Ele era tão pequeno! Tinha pouco cabelo, mas quando abriu os olhos tinha aqueles olhos encantadores da mãe! Como era lindo!

Mia chorava de emoção e eu estava emocionado com tudo o que eu tinha nos meus braços. A beijava incessantemente e não cansava de olhar para os dois, para o meu tesouro.

A paramédica me perguntou se eu queria cortar o cordão umbilical. Como não queria sair daquela posição, eu perguntei se poderia cortar dali e ela disse que sim. Assim, conseguiu cortar o cordão umbilical.

Estava tão feliz com tudo que mal percebi quando a Mia começou a tremer nos meus braços e me disse com a voz trêmula:

- Miguel, você pode me ajudar a segurá-lo. Não estou me sentindo muito bem... – disse Mia com um fio de voz.

Com isso é como se soasse um alarme na minha mente. O que estava acontecendo?

O paramédico disse:

- Temos que levar a senhora e o bebê para o hospital agora. A senhora perdeu um pouco de sangue e precisam verificar se está tudo bem internamente. Além disso, a senhora está com a pressão alterada para uma pessoa que acaba de ter um bebê. – disse.

A paramédica pegou o nosso filho nos braços uns segundos antes de a Mia desmaiar nos meus braços. Não podia acreditar que aquilo estava acontecendo!

O nosso bebê chorando provavelmente querendo a mãe e ela inconsciente nos meus braços.

- Façam alguma coisa! – eu disse desesperado para os paramédicos.

 O paramédico tinha saído e retornou com uma maca para colocar a Mia. Eles me entregaram o nosso filho nos meus braços. Era tão pequeno e tão indefeso! E tudo que eu queria fazer era protegê-lo do mundo.

Depois que eles colocaram a Mia na maca, fomos todos em direção da ambulância. Pedi para que as empregadas ligassem para o Franco e a Alma e contassem tudo e que nos encontrassem no hospital.

Estávamos dentro da ambulância, enquanto o paramédico dirigia a outra estava sentada comigo na traseira da ambulância checando a Mia.

Ela disse que não havia motivos para eu me preocupar, mas eu me preocupava com elas cada vez mais. Ela ainda disse que ainda bem que o nosso bebê é calmo, pois não estava chorando para mamar, estava tranquilo dormindo.

Por fim chegamos ao hospital e eles rapidamente levaram a Mia e me impediram de acompanhá-la. Enquanto isso, colocaram uma pulseira no nosso filho e uma em mim para que apenas nós pudéssemos sair com ele do hospital. O etiquetaram com o seu nome escolhido: Miguel Colucci Arango Júnior. O nosso pequeno Júnior. E também o levaram para exames, mas pude acompanhá-lo, apesar de uma parte da minha mente seguir pensando em como a Mia estaria.

 

FRANCO COLUCCI:

Tinha terminado uma ligação para Milão quando a Alma entrou no meu escritório com o rosto pálido. E antes de poder pronunciar alguma palavra ela disse:

- Franco, temos que ir para o hospital. A Mia acabou de dar a luz ao nosso neto. – disse Alma (ela insistia que era neto dela também, pois tinha a Mia como uma filha para a minha felicidade).

- O quê? – disse me levantando rapidamente com a informação. – Já nasceu? Como assim? – não podia acreditar! Tinha conversado com o Miguel hoje de manhã e ele tinha dito que a Mia estava descansando.

- Sim, temos que ir logo. As empregadas da casa que ligaram. Parece que a Mia teve o nosso neto em casa e uma ambulância os levou para o hospital não faz muito tempo. – disse Alma.

- Que maravilha! Somos avós! Pode acreditar? – eu disse estupefato. – Mas e a Mia como está? Elas disseram? – eu perguntei, pois a Alma seguia com o rosto pálido.

- Não sei, Franco. Elas disseram que ela desmaiou depois do parto, mas não souberam dizer o motivo. Por isso temos que ir logo para o hospital para vermos como eles estão. – disse Alma impaciente com a minha demora. Está certo que às vezes sou um pouco lento, mas tem horas também que ela é muito impaciente.

Mas concordava com ela, precisava saber como estava a Mia.

- Bom, vamos. Não percamos mais tempo. – eu disse e fomos até o jardim para que o motorista nos levasse o mais breve possível para o hospital.

(...)

Chegamos ao hospital e não conseguíamos obter informações precisas. Disseram que a Mia estava na sala de recuperação e que o Miguel estava com o nosso neto enquanto o examinavam e pesavam.

Até que finalmente veio um médico conversar conosco. Ele disse que a Mia teve alguns sangramentos durante o parto, provavelmente rompeu algum vaso sanguíneo, o que não era raro. E devido à perda de sangue, ela havia também perdido ferro, razão pela qual ela ainda estava na sala de recuperação para repor o ferro e também estava em observação. Mas o médico nos assegurou que ela já havia recobrado os sentidos e que em poucos minutos seria transferida para o quarto e finalmente poderíamos ver a ela e o nosso neto.

Eu e Alma ficamos felizes por ouvirmos isso. Estávamos aflitos com a possibilidade de recebermos notícias negativas.

Alma aproveitou para ligar para a Roberta e a Josy para contar as novidades. E eu liguei para a Elena, mãe do Miguel. Queria ligar para a Marina, mas ela ainda estava na clínica de reabilitação. Por isso, liguei para a clínica e pedi que contassem para ela.

Estávamos contando os minutos para conhecermos o mais novo integrante da família. Até que finalmente nos autorizaram a irmos para o quarto em que a Mia estava já com o nosso neto.


Notas Finais


Me contem o que estão achando! Amo os comentários de vocês!
Semana que vem tem mais!

Um bom final de semana!


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