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História De Andrômeda Black e Teddy Tonks - Beijo de amor verdadeiro


Escrita por: amoraweasley

Notas do Autor


Oiiii meus amores,
mais um cáp para você. Talvez um dos mais esperado.
Eu na minha mais humilde opinião, daria o conselho de vocês relerem o Capitulo 9 - O esbarrão. Para comparar as cenas
uma boa leitura queridos.

Capítulo 69 - Beijo de amor verdadeiro


Fanfic / Fanfiction De Andrômeda Black e Teddy Tonks - Beijo de amor verdadeiro

P.O.V TEDDY

- Então é você que beija a minha prima...

- Ham... olha, colocando assim é... – nunca fiquei tão sem graça na minha vida

Aquele garoto devia ter uns 13, talvez 14 anos... mas mesmo assim me deixava em pânico. Ele estava sentado na poltrona como se fosse um magnata, prestes a me dar um tiro. Parecia que eu estava falando com o Pai de Andie, mesmo que isso nunca fosse acontecer... eu estava na presença de um Black. Os olhos daquele menino eram muito claros, cinza... estranhos.

- Certo... me diga. Você por acaso namora a minha prima? Quer casar com ela?Já encostou no bumbum dela? Já ficou com outras garotas enquanto ficava com ela? Já a traiu? Realmente ama muito ela?

- Não... – eu estava tentando organizar as perguntas, mas não deu muito certo

- NÃO A AMA?

- Sim...  quer dizer, sim para a pergunta um, dois e seis. Não para quatro e cinco...

- E sobre encostar no bumbum dela?

Droga... eu pensei que conseguiria confundi-lo...

- Ham.... talvez...

- Era o que eu imaginava... – ele me encarava de cima a baixo, me analisando – Bem... o que te traz aqui?

- Bem... sei que mal no conhecemos, mas... vim aqui pedir sua ajuda.

- Te ajudar em que?

- Me ajudar a reconquistar a sua prima...

- E porque você acha que eu ajudaria o cara que destruiu o coração da minha prima? – ele elevou a voz, nervoso.

- Então você soube...

- Sim, ela mesma me contou enquanto tentava não se engasgar com as próprias lágrimas! Então responda a minha pergunta, porque você acha que eu te ajudaria?

- Porque nós já nos resolvemos na última festa que a Grifinória deu! Mas...– ele pareceu confuso... aposto que pensou no mesmo que eu. Vamos Teddy ele precisa saber a verdade. -  Olha, eu sei que vai ser difícil para você, mas acho que é um direto seu saber que... Depois que nós nos acertamos, Lucius nos encontrou. Ele me apagou e saiu com a Andie para algum lugar vazio e... a enfeitiçou.

Ele entrou em estado de choque, ficou parado com os olhos arregalados por um minuto ou dois. Depois relaxou os ombros e se jogo de vez na poltrona. Ainda sem dizer uma palavra.

- Eu sei que é difícil de acreditar, mas...

- Não... – ele me respondeu ainda em choque – Pelo contrário,isso explica muita coisa... Eu vou agora matar o desgraçado do Malfoy!!!!

Um vaso que estava perto se partiu em mil pedaços... Ele se levantou e foi até o quadro, mas consegui me colocar na frente dele antes que saísse.

- ME DEIXE PASSAR, LUFANO! – ele tentava se esquivar e algumas vezes quase conseguiu abrir o quadro. Ágil e rápido de mais para um muleque... mas eu ainda dava para o gasto.

Segurei ele pelos ombros, enquanto ele tentava me socar.

- Sirius, escute! – nós dois estranhamos quando eu disse o chamei pelo nome, mas pelo menos deu uma acalmada nele – Eu sei que você está com raiva, mas nesse momento temos que manter a calma e pensar!

- Pensar? Você acha que eu estou com cabeça para pensar?- ele deu um golpe brusco e largou as minhas mãos de seus ombros -  Aquele babaca enfeitiçou a minha prima, a única pessoa naquele maldita casa que gosta de mim e você quer que eu mantenha a calma?

- Sim. Posso imaginar o quanto é difícil para você porque se alguém fizesse isso com a minha irmã eu com certeza, iria no mínimo querer mata-lo, mas faça um esforço e pense comigo. Malfoy foi muito mais esperto do que eu achei que fosse, afinal ele usou um tipo de encantamento ilegal, muito poderoso e quase impossível de detectar. Se você fosse lá lutar com ele e feri-lo, acusa-lo de tal crime e não conseguir provar imagina no escândalo que irá causar ou até pior, no estado de paixão avassaladora que sua prima sente por Malfoy... e se a Andie escolher ficar do lado dele? Se ela não acreditar em você? Resolver seguir o casamento e te excluir de vez da vida dela? Precisamos ser mais espertos que ele.

Ele tentou debater, mas sabia eu estava certo. Respirou, se acalmou pelo menos um pouco, tentando conter a raiva.

- Está certo... – falou relutante. – O que você quer que eu faça?

- Apenas que você mande uma carta para ela no café da manhã, dizendo que precisa encontra-la no terceiro andar perto da sala de aritimância.

- Só isso?

- Sim. Minha irmã e meu amigo vão ajeitar as coisas, só preciso de algo que a atraia até lá... o resto é comigo. – não consegui esconder o meu nervosismo.

- E como pretende fazer isso? – ele me olhou desconfiado  

- Não vou enfeitiça-la se é o que está pensando – ele ainda estava desconfiado – Não sei muito bem como são os contos de fada no mundo dos bruxos, porque nos meus os bruxos também eram apenas historinhas para dar medo em crianças...  – ele me olhou um pouco ofendido. Ótimo Teddy, bom começo... – Você já ouviu aquele ditado de “Nada é mais forte do que um beijo de amor verdadeiro”?

- Tem certeza que isso vai funcionar?

- Você tem certeza absoluta de tudo o que faz?

Ele me lançou aquele olhar irônico...

- Você é louco.

- Louco pela Andie... Olha, eu a amo muito e prometo que vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para que dê tudo certo...

- E se der certo?

- Como assim?

- Digamos que você quebrou encantamento que Lucius lançou na Andie, vai mesmo insistir nela?

- Garoto, você estava me ouvindo ou ficou só com essa cara de paisagem? – agora eu que estava irritado.

- Um pouco dos dois. Mas não é isso, quero dizer, se der certo e ela largar Lucius para viver esse amor que vocês sentem um pelo outro. Quanto tempo acha que isso vai durar? Não que eu esteja dizendo que não acredito no que você diz, até porque eu sei que ela te ama... deu para perceber quando ela me contou de vocês. Assim como dá para perceber que ela não tem total certeza do que sente por Lucius pela conversa que eu tive com ela a poucos dias... – eu o olhei feliz e pude sentir um sorriso de canto dele – Isso não anula o fato de você ser um nascido trouxa...

- Escuta aqui...

- Ei, não precisa se exaltar. Não sou preconceituoso se é o que está pensando, mas a minha família é, e muito cara. Posso te dizer que eles são muito difíceis, desalmados, frios, tenebrosos, sangue de cobra, poderosos, cruéis...

- Merlin...

-Olha que estou só começando. Provavelmente você não vai chegar nem a sobremesa , quer dizer isso se passar pela soleira da porta vivo. – ele me olhou par ver se achava algum sinal de medo – Sem tirar que no momento que Andie cancelar o noivado, vocês estarão em perigo mortal não só da nossa, mas também da família do Malfoy. Serão descriminados, caçados, torturados e mor...

- Escute aqui, se está fazendo isso para me fazer desistir...

- Não é por isso. – ele me olhou sério – Só estou te alertando para que saiba bem onde está se metendo. Eu não sei você, mas a Andie vai abrir mão de tudo o que ela tem por você. Honra, dinheiro, família... e eu não quero que algum dia você se arrependa porque a barra começou a pesar e a abandone sem mais nem menos.

- Quer dizer que você prefere que ela se case com o Malfoy? – cuspi aquelas palavras em cima dele.

- Não. Garoto, você está me escutando ou só está ai com essa cara de paisagem? – olhei tão irônico quanto ele – Eu só quero que minha prima seja feliz. Longe de mim querer que ela continue com o estilo de vida que os Blacks estão propondo para nós. Sempre soubemos que não nos encaixávamos naquela família, mas... depois que a tapeçaria for queimada, não há mais volta e eu preciso saber que ela terá alguém para ajuda-la com o prejuízo e protege-la do que quer que seja.  

Eu me levantei e fiquei de frente para Sirius, que acompanhou o meu gesto.

- Sirius Black, eu, Teddy Tonks dou a minha palavra que amarei a Andrômeda para sempre e em qualquer circunstância. Farei que cada dia juntos ela seja feliz e prometo dar a minha vida pela dela se preciso.

 Eu estendi minha mão para ele. Sirius me analisou mais rigoroso que da última vez, mas depois pegou na minha mão com firmeza.

- Boa sorte por entrar a família.

- Não seria bem vindo?

- Bem vindo aos Black? Kkk Eu não desejaria isso nem ao meu pior inimigo, cara.

Não demorou muito para encerrarmos a conversa. Ele prometeu nos ajudar, conversamos um pouco sobre a Andie e a família deles, então eu tive que ir, afinal falei para Amus que iríamos naquela festa na floresta.

- Ei Teddy. – Sirius me chamou antes que eu saísse pelo quadro. – Ela não ama o Malfoy... deu para ver nos olhos dela. Está mais confusa do que apaixonada.

- Obrigada Sirius. – e sai pelo quadro.

...

Entrar na floresta proibida de madrugada foi... aterrorizante. As instruções que recebi eram tão detalhadas que no inicio achei exagerado, mas agora estando dentro da floresta acho que são insuficientes.

Andar vinte passos até a árvore retorcida com visgo amarelado, seguir a trilha de aranhas por dois minutos e meio, depois virar a esquerda na poça azulada com formato de coruja até chegar a um barranco. Desça, vire a esquerda e depois corra por cinco minutos. Siga a música.

Depois da segunda ordem eu já nem sabia mais se tinha ou não passado por uma poça com formato de coruja porque eu andei e andei, mas não tinha barranco nenhum.

- Droga...

Comecei a ouvir passos vindo em minha direção.

“Lummus Maxima”

- Quem está ai? – levei a minha varinha na direção do ruído. – ESTUPEF...

- Espere! Vá com calma, sou uma bruxa como você – ela saiu das sombras, linda como sempre – Você...

Ela me olhou surpresa e tentou correr. Será que eu a beijei tão mal aquele dia?

- Não, não. Por favor, espere.  - Eu a segurei pelo punho, com cuidado. Ela me olhou com medo, mas mesmo assim parou. Já era alguma coisa. – Me desculpe por ter te beijado aquela noite, eu tinha bebido um pouco de mais sabe...

- Isso não é desculpa para sair beijando a primeira pessoa que vê pela frente!

- Eu sei... e te peço os meus mais sinceros perdões. – ela revirou os olhos e tentou se soltar de mim. – Ei, por favor, eu sei que você não gosta de mim, mas acho que poderíamos nos ajudar.

- Como assim? – ela virou sem paciência.

Se era isso que o Malfoy vivia, entendo porque o apelo. Ela sabia como desprezar alguém.

- Bem... eu estou perdido e pelo que parece você também... Então nós odiamos tentar sair dessa juntos. O que acha?

Ela tentou dar uma desculpa, mas não conseguiu pensar em nada.

- Se você tentar alguma coisa...

- Te dou minha palavra que não farei nada – ela ergueu a sobrancelha com o seu jeito desconfiado – E se por algum acaso eu tentar, te dou minha permissão para usar qualquer feitiço, até mesmo as maldições.

Acho que aquilo foi o suficiente para que ela acreditasse na minha palavra. Só de citar as três maldições, fez com que a desconfiança dela virasse surpresa.

- Está certo...

- Agradeço muito... Andie, não é mesmo? – vamos de vagar Teddy...

- Ué, pensei que soubesse meu nome. Você o disse tantas vezes, com tanta convicção naquela noite.

- Tem razão, eu só não queria parecer presunçoso...

- Presunçoso não, mas bobo sim. E para você é Andrômeda.

Aquele ar de dureza era muito estranho. Nem parecia a Andie que eu conhecia... mas mesmo assim ficava linda quando estava brava e me doía não poder dizer aquilo.

Calma Teddy... em algumas horas você quebrara o encanto...

- Está bem, Andrômeda. Tem alguma idéia para sairmos desse abismo?

- Na verdade eu tenho sim. Pensei em nos guiarmos pelas estrelas. – ela estendeu a mão, para o céu tentando o achar alguma coisa que eu não conseguia ver.

Não me agüentei e comecei a rir daquela baixinha correndo de lado a lado tentando “medir” o céu.

- Do que você está rindo? – ela estava mais com vergonha do que com raiva.

- kk É que ficar vendo você correr de lá para cá vasculhando o céu, atrás de alguma coisa nessa imensidão com a mão esticada para o alto kkk é loucura, porque dá uma olhada, o céu está cheio de estrelas. Assim nós não vamos nos perder mais?

- Eu sei que parece loucura, mas eu conheço as estrelas. Meu pai nos ensinou a nos guiar por elas para nunca nos perdemos... li tantos livros sobre constelações que sou capaz de citar todas que orbitam sobre a Inglaterra e...  – Ela olhava sonhadora para o céu, mas de repente parou. – Por favor ,não me atrapalhe... Achei, vamos para o Norte.

- kk tudo bem. – caminhamos por um bom tempo calados, ela ia a frente cada hora mudando a mão de direção diversas vezes – kk Isso é muito complexo...  devia saber que você entendia de estrelas e constelações.

- Como assim “devia” saber? Você mal me conhece... – pelo tom de voz, pude sentir que atrás daquela figura de marrenta, havia aquela confusão que Sirius me alertou.

- Intuição... você tem jeito de quem gosta de passar as tardes lendo muitos livros de diversos assuntos, sem se importar com o tamanho. Deitar sobre a grama e deixar a hora passar. 

Acabei tropeçando em uma raiz gigante. Pude ouvir um riso abafado.

- E o que mais a sua intuição diz? – ela me desafiou, ainda confusa

Senti que o farol estava indo de amarelo, para verde...

- Bem... minha intuição diz que você adora ler em dias ensolarados, estender a sua toalha de piquenique e esquecer que o mundo existe. Ter uma bela paisagem para olhar quando se distrair ou refletir sobre o livro, como a imagem do Lago Negro... a final que pintura melhor do que o castelo por trás e o lago refletindo o Sol?

- É, isso mesmo! – ela sorriu para mim como antigamente e disfarçou. – Você gosta de ler?

- kk Eu? Não muito, mas uma garota que eu gosto muito me ensinou a apreciar mais os livros... Eu adorava observar ela lendo quando saíamos.

- kk Ser observada enquanto lê... isso deve ser estranho. Do jeito que sou tímida... acho que eu ficaria corada o tempo todo... – eu peguei ela olhando para mim pelo canto do olho, toda discreta.

 - kk No começo era assim mesmo que ela ficava. Mas eu acho que acabava atrapalhando ela porque toda hora ela me olhava pelo canto do olho, achando que eu não fosse perceber e eu fingia mesmo não perceber porque... eu gostava de saber que eu tinha sua atenção. – Percebi que ela se corrigiu quando aquilo lhe parecia uma indireta.

Ficamos um tempo em silêncio.

- Você parece gostar muito dela... – ela tomou a dianteira, provavelmente não queria que eu visse alguma expressão dela.

- Gostar? Não... eu a amava. Ainda amo – a alcancei e fiquei de frente para ela – e muito...

Não me atrevi dar nenhum passo para mais perto. Não podia arriscar perde-la de novo, não sei se aguentaria outra rejeição por parte dela se eu tentasse alguma coisa. Então ficamos ali... ela me olhava intensamente e confusa, aquilo estava bem nítido.

Por um momento achei que ela poderia se lembrar, me contentei ao máximo para não fazer nada... por mais que eu quisesse beija-la ali. Andie estendeu a mão para encostar no meu rosto como se recordasse de algo, mas não o fez. Nos seus olhos eu pude ver um breve brilho rosa... o feitiço ainda estava ali, mas algo me dizia que ela estava tentado resistir.

- Vamos... eu... eu acho que estamos perto. – ela continuou o caminho me deixando para trás. – Mas me diga... o... que você gosta de ler?

Ela quer me conhecer...

- KK Assim, eu ainda não sei. Acho até que não gosto muito de ler por não ter achado o meu estilo literário...O que é irônico porque nessas últimas semanas eu venho passado todo o meu tempo revirando aquela biblioteca de cabeça para baixo. Acho até que li uns quatrocentos livros, chutando por baixo

- KK que loucura alguém que “não gosta” de ler falar isso. – ela me olhou com seu jeito brincalhão - Quer dizer eu venho tentando ler todos os livros daquela biblioteca desde que cheguei, mas isso desde que cheguei kk E não sei se conseguiria ler quatrocentos livros sem pelo menos três meses ou talvez... uma década kkk

- kk É... mas isso depende muito pelo que te motiva.

- kk Ahhh me desculpe... mas o que mais te motiva? Deixa eu ver... os exames?

- kk Não – Ai Merlin... me ajude a ficar de boca fechada...

- Busca pelo conhecimento? – Ela riu irônica.

- HÁ HÁ HÁ!

- Então... pela garota que você gosta? – pude sentir um mínimo toque de ciúmes em sua voz.

- Sim... – Merlin... – Para ajuda-la.

Se concentre Teddy, foco no plano... Foco no plano... foco na Andie... PLANO.

 NO PLANO.

- Ela está bem?

- Não... – eu não consegui mais andar. Andie veio com sua cara de preocupação e encostou levemente no meu ombro... olhou para mim. Eu não agüentei – Ela foi enfeitiçada, pelo babaca do noivo dela para que me esquecesse e faze-la pensar que gosta dele... desde então eu tenho passado noites em claro para quebrar esse encanto e te-la de volta...

Não me contive. Dei um passo a frente, podia quase toca-la, daria tudo por isso.

- Essa ga... garota que vo... você confundiu comigo naquela noite? – ela tremia.

Andie me olhou como se nada de ruim tivesse acontecido conosco. Me olhava curiosa acima de sua confusão... me olhava como se quisesse me conhecer.

- Eu não me confundi... – arrumei a mexa dela e em seguida acariciei seu rosto.

Ela fechou os olhos quando eu a toquei... eu podia beija-la. Valia o risco... A menos de um palmo de distância uma voz surgiu.

- Andie? – A voz de Lucius era alta e clara.

- O babaca chegou...

Ela abriu os olhos assustada e pude sentir que decepcionada... ela não estava feliz. Não quis deixa-la ali... mas foi preciso. Sabe-se lá o que ele seria capaz de fazer a mim, ou pior a ela.

Me escondi em uma árvore nem tão perto ou distante. Era grossa, mas não pude deixar de observar a cena.

- Eu já estava preocupado com você, Andie. – ele a abraçou e em seguida deu o beijo que eu estava a ponto de conquistar – Nunca mais te deixo sair do meu lado... você está bem?

- Oi?

- Andie... perguntei se está bem. Parece pálida... está procurando algo?- ele se virou para a minha árvore e me escondi.

- NÃO – ela virou o rosto dele em sua direção. – Eu estou bem... só me perdi no começo e fiquei com um pouco de medo.

- kk Meu amor, não precisa ter medo. Comigo aqui, nada irá te acontecer.

Tentei não rir pela hipocrisia.

Ele a beijou novamente e a levou para dentro da festa... Esperei uns vinte minutos para poder ir a festa. Não demorou muito para ouvir musica e me guiar por ela. Logo fui vendo o movimento do ultimo ano de todas as casas.

- EI TEDDY!!! – Amus acenou para mim de longe. Ele deixou uma garota que estava abraçada com ele para vir em minha direção – Você demorou... Teddy, você está bem?

- Sim... – eu encontrei Andie, abraçada com Lucius – Mas daqui a algumas horas estarei muito melhor.

...

P.O.V ANDRÔMEDA.

“Andie...

Aquela voz doce perseguiu meu sonho a noite toda.

- Eu a amava... Eu a amo... e muito.

Andie...

O borrão passava de lá para cá... ficava tudo escuro. Depois ele aparecia.

Ainda sentia sua pele queimar contra a minha... senti seu beijo arder na minha boca.

Andie...”

- Andie... Andie acorde! – Narcisa me sacudia. – Vamos Andie, você não vai querer perder o trem, não é?

- Me deixe Narcisa... – peguei meu travesseiro e tentei acerta-la.

Me enfiei de baixo das cobertas... minha cabeça latejava de dor.  

Não devia ter bebido.

- Não posso, temos uma viagem muito longa para fazer e não pense que vai de barriga vazia! – ela puxou a coberta. Aquela luz queimava.

- Eu te odeio!

- Eu sei, agora levanta. Anda que eu também estou com fome.

- Também do pouco que você come, deve estar passando fome a anos.

- Vou fingir que nem ouvi! – ela jogou o meu uniforme – Cinco minutos.

...

O café estava uma bagunça, quer dizer, pior que de costume. Todo final de ano letivo era assim. Merlin... meu último dia em Hogwarts.

Nem consegui comer direito, queria absorver o máximo de detalhes do salão.

- Andie, não vai tocar no seu bolinho? – Rox me tirou do transe.

- Desculpe, estava aqui pensando que hoje é meu último dia de Hogwarts...

- Graças a Merlin! – Lucius entrou na conversa. – Longos anos de estudo, teoria, chatisse, sermões e Blá, blá, blá. Me despeço daqui já me sentindo cheio.

- Eu vou morrer de saudades... – falei determinada - Será que eu posso pegar uma gárgula de cobra? Talvez uma vela flutuante? Merlin, não podem me mandar embora... e se eu me esconder aqui enquanto o trem partir? Ninguém vai notar.

- kkk e Vai fazer o que aqui sozinha, Andie? – Angela, a namorada de Zabinni se meteu na conversa.

- Ficarei aqui com Dumbleodore tomando chá e falando sobre minhas confusões... bater um papo com os fantasmas!!! Até mesmo cozinhar com os elfos na cozinha e ...

- KK Que loucura você disse? Elfos? Kkk – Luicus se engasgou de tanto rir. – Está delirando querida?

- Você por acaso sabe onde fica a cozinha? – Rox ria.

- Eu... não...

Nem eu mesmo acreditei no que falei... mas ao mesmo tempo, não me parecia tanta loucura assim.

- CORREIO!!! – alguém gritou ao fundo.

Nesse dia todos ganhavam cartas. Naquele momento três cartas caíram no meu colo.

Uma para mim e para Lucius.

Querida Andrômeda e Lucius.

Nós queríamos dizer que o casamento de vocês está todo organizado. O casamento acontecerá no final dessa semana, a noiva só precisará escolher o seu vestido e das madrinhas. Feito isso rumaremos para o Lago dos Black para realizar a cerimônia como na tradição de nossa família.

Segue um exemplar do convite, que já fora enviado para todos os familiares e amigos mais próximos.  

Abraços,

Walburga Black”

- Fria e direta... que amor de tia – Lucius Riu enquanto tirava o convite.

Era lindo... até de mais.

Quando Lucius abriu o envelope duas borboletas verdes saíram.

Ao pegar o convite flores em prata surgiram no papel cor marfim. Letras verdes cristal se desenhavam, revelando as informações.

“ Lucius Malfoy e Andrômeda Black

Tem o prazer de te convidar ao ato de mais puro amor e lealdade,

Seu casamento.

O evento acontecerá no dia

Sete de julho, ás 17 horas.

Com o lago espelhando o por do Sol e as estrelas.

 

Esperamos por vocês”

 

Ato mais puro de amor e lealdade... comovente, mas não me parecia verdadeiro. Apenas o certo a se fazer.

A segunda era do Tio Alphard.

“ Querida sobrinha,

Você enlouqueceu?

Seu primo vem me dizendo umas coisas que me sangram aos ouvidos! Tentei atrasar o seu casamento, mas essas mulheres parecem que ficam mais neuróticas e prestativas quando o assunto é casório. Quer dizer, vocês dois conseguiram fazer algo que eu achava impossível.... Druella B. e Anastácia Malfoy superando o seu ódio mortal para trabalharem juntas? Achei que nunca veria isso, seu pai então... está andando na ponta dos pés kkk

Mas mudando de assunto. O que te deu para “querer” se casar com Malfoy? Mas o nosso plano era acabar com isso? Afinal cadê o nascido trouxa que você tanto amava? Se por acaso vocês terminaram, não faça disso uma desculpa para fazer a pior escolha da sua vida! Corra atrás de sua felicidade minha querida filha postiça.

Venha logo, que resolveremos aqui.

Grande beijo,

Seu favorito e muito amado,

Alphard Black. “

Ah querido Tio... até você?

Olhei para Lucius que sorria para o convite.  Alguma coisa de muito errada estava acontecendo...

“Ela foi enfeitiçada, pelo babaca do noivo dela para que me esquecesse e a fizesse pensar que gosta dele...”

  - Está tudo bem, querida? – ele colocou a mão na minha coxa.

- Sim... tudo bem... – eu tirei a mão dele sem deixar muito na cara e abri outra carta.

“ Querida Andrômeda Black,

A sua nota de poções foi um pouco abaixo do esperado e eu não gostaria que uma das minha melhores alunas não saísse com menos de que Excepcional em seu boletim.

Te aguardo na minha sala até as 8:00 horas.

Professor Slughorn. “

- Merlin... Rox, que horas são?

- Hammm.... sete e vinte e quatro, porque?

- Socorro... Eu preciso ir pegar meu livro de Poções... – Saí correndo como m raio, para que não me perguntassem nada.

...

Livro... livro... livro... cadê você?

Abri minha mala e achei o meu livro de poções todo compactado.

- Certo, agora são... 07:35. Tenho quinze minutos para correr até a sala de poções e ...

Um aviãozinho pousou no meu cabelo, leve como uma pluma. Abri as pressas e quase o rasguei... “quase!

“ Andiiiie!!!

Eu estava voando pelo castelo com Tiago... resolvemos apostar corrida e eu acabei me distraindo e batendo em uma pilastra. Sei que agora você deve estar querendo me dar o maior sermão, mas eu preciso da sua ajuda. Tiago continuou reto e me deixou aqui, acho que quebrei a minha perna na queda e não tenho ninguém para me ajudar!

Estou no terceiro andar, no corredor que leva a sala de Aritimância...

Preciso de você, urgente.

Sirius. “

- Merlin... eu vou matar aquele pirralho!!!

Olhei para o meu livro, depois para a carta. Eu não conseguiria fazer os dois... Claro que Sirius era a minha primeira opção, mas a minha nota em poções... Se eu pedisse com jeitinho tenho certeza que o professor vai tolerar dez ou quinze minutos de atraso. No caminho eu posso passar lá.

Peguei a minha bolsa. Coloquei a minha varinha, uma poção para amenizar a dor e o meu livro.

...

Corri como se minha vida dependesse disso, pelo menos uma parte muito importante dependia.

Ahhh senhor Sirius, depois que a sua perna sarar eu vou te matar e Potter... hahaha me espere.

Quando cheguei ao terceiro andar, pareceu que a temperatura tinha caído pelo menos uns dez graus...estranho para o ápice do verão. Logo as coisas ficaram piores, vento com floquinhos de neve estavam aparecendo...

Fiquei tão abismada com aquilo que nem notei uma garota em que acabei esbarrando. Me virei para me desculpar... mas eu estava muito atrasada!!!Só que chegando perto do pátio, ao me virar para frente ... bati em algo tão duro que pensei ser uma armadura.

Tombei para trás como uma pedra.

- Me desculpa, é que eu não estava prestando muita atenção. Me desculpa.. – eu estava desorientada. Só conseguia ver borrões, que não pareciam ser uma armadura... aos poucos eles foram virando um rosto familiar – Me esculpe mesmo...

Ele me ajudou a levantar e só quando ficamos cara a cara que eu consegui reconhecer... era o garoto da noite passada. Não tive reação se não olhar em seu olhos... de tantas pessoas para trombar .... Isso era loucura. Eu só queria sair dali correndo.

Não consegui dizer nada, apenas me abaixei para pegar minhas coisas, torcendo para que a poção não tivesse quebrado. Ele também deve ter ficado sem reação embora eu tivesse visto um sorriso em seu rosto. Então aquele garoto se abaixou para pegar as coisas dele e me ajudar, mas recuei.

- Calma, eu não queira te machucar. Estav...

- Não, tudo bem. Não tem problema nenhum. – eu juntei as coisas em meio segundo. Evitando olhar para ele, assim tudo seria mais fácil e me pouparia tempo ... espero que ele não tenha percebido que eu corei – Eu que estava distraída. Não precisa me ajudar...

Peguei a minha bolsa e ajeitei no corpo sem pensar muito.

- Você está mesmo bem? Porque se quiser eu posso te levar a enfermaria... é o mínimo que posso fazer.

- Não, muito obrigada, mas estou bem. – Eu só queria sair dali...

Eu acenei com a cabeça e quando pensei em sair correndo ele me segurou. Me olhou com um sorriso de lado, esperançoso.

Aquele toque... aquele dia frio... o esbarrão...

- Espera, você está esquecendo isso... – ele mostrou o meu livro de poções

O livro...

Olhei em volta e depois para ele...

Os borrões eram ....

- Ted...

Não consegui nem terminar de dizer. Ele me puxou para o beijo mais inesperado da minha vida. No começo eu quis desistir...  mas isso não durou nem dois segundos.

Senti o calor percorrer todo o meu corpo. Uma sensação maravilhosa encher o meu peito, em seguida a minha cabeça virou uma confusão. Memórias, beijos, brigas, gritos, conflitos, lembranças, cartas, cheiros, sabores, dias, semanas, meses... Era como se uma fumaça rosa fosse desaparecendo e trazendo tudo de volta. Logo os borrões tomaram forma, preenchendo todo o vazio que eu estava sentindo.

Afastei Teddy, como algo involuntário... Queria gritar e chorar, tanto de felicidade quanto de raiva. Foquei meu olhar e me equilibrei na parede, deixando tudo se organizar. Não sei quanto tempo isso levou, mas logo notei movimento.

- Andie? – pude ver ele se aproximando com cuidado.

Estava confuso e com medo... Eu olhei para ele e sorri

- Teddy !!!!

Eu pulei nele e o beijei como se minha vida dependesse disso... como pude respirar sem aquele beijo? Como pude estar vazia e ter me sentido bem com tal morte de espírito?

Merlin... Teddy tinha virado parte da minha sobrevivência. Isso era fato e eu não queria passar mais um dia sem ele.

Todo aquele desejo acumulado parecia não passar. Teddy me agarrava com tanta necessidade... eu o queria por inteiro. Mas não ali, não nesse momento. Paramos um pouco para respirar, mas mesmo assim depois do beijo nos olhamos e sorrimos.

- Eu disse que não ia desistir de você Andrômeda.

- Ah Teddy – eu sorri encostando nossos narizes – Eu te amo.

- Eu te amo Andie e muito. – ele sorria de orelha a orelha.

Parei um tempo para observa-lo. Como eu senti a falta dele, mesmo não sabendo. Passei a mão pelo seu cabelo loiro e desci até seu peito.

- Eu te tratei tão mal... – me afastei.

- Não faz mal Andie...

- Eu te xinguei, te empurrei... me... me desculpe Teddy.

- Ei, não chore... Não foi culpa sua. – ele me trouxe para mais perto.

- Tem razão... foi de Lucius!!! AQUELA COBRA...- eu parei ainda me lembrando das coisas -  Minha varinha... cadê minha varinha? EU VOU MATA-LO! Eu vou tortura-lo e depois mata-lo.

Peguei novamente minha bolsa e saquei a minha varinha, mas Teddy tentou arranca-la.

- SAI TEDDY. – ele fazia de tudo para arrancar ela de mim, até cócegas. – VOCÊ NÃO PODE ME IMPEDIR! Eu quero mata-lo!!!

- Não! – ele conseguiu tirar ela de mim.

- Teddy, ele me enfeitiçou!

- Eu sei! Sei muito mais do que você. Mas Andie, pare e pense. Não é assim que você sempre faz? – odeio quando ele tem razão – Sei que você está com raiva...

- E nojo....

- Certo. Raiva e nojo, mas do jeito que está vai acabar fazendo besteira... Olha para mim – ele parecia minha mãe me dando bronca – O maior castigo que você pode dar a ele é cancelar o casamento.

- Mas Teddy...

- Andie, por favor! Não haja pela raiva... eu também quis arrebentar a cara do Malfoy, mas poxa... para e pensa. Você acha que vale a pena ir para Azkaban por ele? E até se você não usar uma das maldições, acha mesmo que vale a pena comprar briga com os Malfoy’s? Terá valido de que tudo o que passamos até agora?

Ele colocou a mão nos meus ombros... eu podia estar queimando de raiva, prestes a explodir. Mas ele tinha razão de novo. Eu tive que me acalmar por hora... Respirei fundo e senti o peso do olhar dele.

- Está bem... e o que a gente faz?

- Ainda não pensei direito, mas por enquanto temos que continuar como estava. Ele não pode perceber que você saiu do encanto.

- Mas e se ele tentar tocar em mim? Me beijar... – quase vomitei meu café.

- Eu sei que vai ser difícil... mas você tem que fingir que ainda o ama.  – Dessa vez eu não consegui agüentar, chorei ali mesmo. – Meu amor...

- Eu não agüento mais... – ele me abraçou e fez carinho no meu cabelo.

- Está acabando... nós só não podemos nos dar ao luxo dele perceber e te enfeitiçar de novo. Justo hoje que é o nosso último dia aqui. Mas eu prometo Andie, vou dar um jeito nisso. Só preciso pensar em um plano no caminho... mas será rápido. Eu juro! Podemos fugir ainda esse mês... talvez em duas semanas para nos organizarmos melhor.

- Teddy... nós não temos tempo. Eu... eu me caso em uma semana. – ele me soltou por um breve momento.

Estava aflito, com os olhos arregalados. Não consegui segurar o choro, nem mesmo os soluços

- Não tem problema, querida. Daremos um jeito.

Teddy secou minhas lágrimas e me deu um beijo cuidadoso para me acalmar.

- Deu certo!!! – Lia veio correndo nos abraçar.

Amus logo apareceu para se reunir.

- Ahhh que saudade da minha amiguinha. – Amus me girou no ar, arrancando uma encarada ciumenta de Teddy kkk – Nunca mais se esqueça de mim Black! Quase me matou do coração.

- kk Eu prometo Diggory! -  Meu coração se encheu de alegria por estarmos juntos... só faltava Sirius para ficar completo - Merlin, meu primo precisa de mim!!!

- KKK Fica calma Andie, isso foi parte do plano. Ele está bem. – Teddy brincou como se fosse óbviu.- E ainda bem neh, porque se fosse verdade a essa hora ele já estaria morto kkk

Joguei minha bolsa nele kk mas isso só o fez rir mais.  

- Finalmente acabou – Amus se jogou contra a parede exausto, enquanto arrumava o pátio.

- Isso é só o começo... – Teddy falou sério.

- É... mas o importante é que estão juntos. – Lia me abraçou, como a muito tempo não abraçava minhas irmãs.

- E não vamos mais nos separar – Sorri para Teddy.

- Nunca mais!

- Olha, me desculpem atrapalhar o momento romântico, mas... daqui a pouco teremos que embarcar, sabe... – Amus tentou ser discreto.

- Você só está falando isso por estar preocupado em perder o Trem ou porque ainda não tomou café? – Lia o provocou.

- Os dois... – todos olhamos para ele – Está bem... é pelo café, mas poxa, acordei muito cedo para mudar todo o clima dessa parte do castelo e não comi nada! Mereço isso vai.

- kk Tudo bem, Amus. – dei um beijo na sua bochecha, o que o fez corar intensamente – Muito obrigada por tudo. Prometo comprar quantos sapos de chocolate quiser, você também Lia.

Depois da comemoração de Diggory, fomos todos para o salão principal. O discurso de Dumbleodore iria começar...

Mas antes de atravessarmos a porta, Respiramos fundo... soltamos nossas mãos e fomos para lados opostos do salão... 


Notas Finais


Então queridos?! Espero que tenha ficado do jeito que vocês queriam.
Agora depois dessa montanha russa, as coisas só visam melhorar... talvez com mais alguns problemas. Mas Deus só da o frio conforme o cobertor neh? Ou nesse caso Merlin.

Obrigada por lerem

Um grande beijo

Até o próximo capitulo.


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