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História A História de Bulma e Vegeta - Capítulo 19


Escrita por: dmfreitas

Capítulo 19 - Capítulo 19


Fanfic / Fanfiction A História de Bulma e Vegeta - Capítulo 19

CAPÍTULO 19


Bulma não se demorava na rua. Tudo que pôde transferir para fazer de casa, o fez. Ela não sabia quando Vegeta voltaria. Ou se voltaria. Claro que ela não admitia para ninguém.
- Estou bem. Vegeta viajou para treinar. - era o que respondia a todos. 
O primeiro mês se passou arrastado,  pesado, agonizante. Bulma chorava quase toda noite. Precisou usar remédios para dormir. Mas na manhã seguinte seu sorriso era impecável. 
No segundo mês, Bulma conseguiu se focar melhor do trabalho mas ela continuava encarando os céus se perguntando se o veria novamente. 
Vegeta rasgava os céus à toda velocidade. Parou acima da Corporação Cápsula. Tudo parecia estar como há 2 meses atrás. Pousou na varanda do quarto de Bulma. Ela dormia profundamente enrolada em um grande e macio edredom. Vegeta abriu a porta de vidro que dava acesso ao quarto. Bulma sempre a deixava destrancada, aguardando por ele. Vegeta se esgueirou para debaixo das cobertas e deslizou a mão pela cintura de Bulma que, inconsciente, se aconchegou a ele. Vegeta sorriu e não demorou a cair no sono ao lado dela. 
Bulma abriu os olhos e sentiu alguém com ela. “Peraí, ninguém dormiu comigo ontem.” Bulma, instintivamente, empurrou a pessoa e gritou, se afastando com pressa, a fazendo cair da cama. O grito fez Vegeta acordar assustado. 
- Para que isso tudo, mulher? Sou eu. - Vegeta agora estava de pé também.
- Vegeta? O que está fazendo aqui? - Bulma o encarava incrédula. Vegeta desviou os olhos e cruzou os braços. 
- BULMA? QUERIDA? ESTÁ TUDO BEM? - Sra. Briefs batia na porta preocupada. 
Bulma bufou e foi até a porta. Abriu uma pequena fresta, apenas para mostrar à mãe que estava bem. 
- Bulminha, você me assustou! Achei que tivesse acontecido alguma coisa. 
- Não mamãe, está tudo bem. Foi só um bicho que entrou pela varanda. - Bulma sorriu para tranquilizar sua mãe. - Já já te encontro na mesa do café, ok? 
- Tá bem!  Mas não demore! Encomendei doces de uma confeitaria nova e se demorar, não restará nenhum para você! 
Bulma assentiu com a cabeça e fechou a porta novamente. Ela encarou Vegeta com os olhos semicerrados, braços cruzados e uma veia ameaçava pulsar em sua testa. 
- Você voltou? - Bulma perguntou secamente.  Vegeta assentiu com a cabeça, sem olhá-la. - E achou que pudesse só chegar aqui como se nada tivesse acontecido e deitar na minha cama? - Bulma mantinha-se firme e Vegeta não respondeu. Ela o encarou em silêncio por alguns minutos até que Vegeta resolveu fazer o primeiro movimento e deu um passo em sua direção. Ela continuou, sua voz sem emoção. - Por que foi embora? - Vegeta parou, com os punhos cerrados ao seu lado, a cabeça baixa e os olhos fitavam o chão. A veia na testa de Bulma pulsava. - POR QUE FOI EMBORA? - gritou, fazendo Vegeta recuar um passo novamente. 
- Eu estou de volta. É isso que importa. - Vegeta respondeu entre os dentes. 
- Não é só isso que importa, Vegeta. Eu não posso confiar em você. Você acha que eu vou ficar aqui, esperando você resolver o que quer? O que acha que eu sou? Você pode ser o príncipe do universo, não me importa, não vou aceitar ser tratada como step. Você está me ouvindo? - Bulma disparou a falar e Vegeta nunca a tinha visto naquele nível de irritação. Ele apenas se mantinha calado e ouvia a bronca sem reclamar. Bulma respirou fundo e sentou-se na cama, levando aos mãos ao rosto. Pensativa, ela passava as mãos pelos cabelos, sem saber exatamente o que fazer sobre aquilo. Tinha ficado tantas noites em claro imaginando o que fazer se ele voltasse que agora, com ele ali de novo na sua frente, mal sabia como reagir. 
- Você realmente partiu meu coração. Doeu demais quando acordei aquele dia e vi que tinha partido. Ainda mais da forma que foi. Sem nenhum bilhete, um recado, sem um adeus. Nunca me senti tão só na vida. - Lágrimas se formam nos olhos de Bulma e sua voz estava embargada.
Vegeta se lembrou de uma vez, quando tinha por volta dos 8 anos, estava em um planeta desconhecido com Nappa. Mais um sendo conquistado para Freeza. Nappa se aproximou e informou  a Vegeta que o planeta Vegeta não existia mais e não havia mais para onde voltar. A casa deles agora era o espaço. Vegeta passou a noite em claro, tentando fazer sua inocente mente se acostumar com a ideia de não ter mais casa. Todo o seu esforço, tudo que fazia era sempre com um único objetivo: retornar ao seu planeta. Tudo que ele queria era voltar para casa. Mas ele não existia mais. Naquele momento começava a se formar a personalidade de Vegeta. Não queria sentir aquilo nunca mais. Aquele vazio, aquela tristeza, então se fechou e nunca mais deixou ninguém entrar. 
Bulma era a única pessoa que conseguia se aproximar de Vegeta com tanta naturalidade. Ele aceitava seus toques, sua proximidade e seu carinho sem nenhum receio.  E agora ele havia feito com ela exatamente o que fizeram com ele. Pela primeira vez sentia a dor do remorso. 
- Eu.. eu estava confuso e perdi a cabeça. - a voz de Vegeta saiu quase inaudível. Era uma luta muito grande deixar elas saírem.
- Mas meu coração sofreu mais pela dúvida de não saber se um dia voltaria a te ver. - Bulma não podia virar para encará-lo. Não queria que ele a visse chorar.
Vegeta não tinha coragem de ver as lágrimas que se formavam por culpa dele. Seu instinto era de sair dali, fugir de novo, ele não sabia lidar com sentimentos. Mas não fugiria dessa vez. Vegeta deu a volta na cama e sentou-se ao lado de Bulma que mantinha o rosto nas mãos. Ela limpou as lágrimas e olhava para frente, sua respiração fraca tentava fazer as lágrimas pararem de descer. Alguns minutos se passaram com eles em silêncio. 
- Você vai embora de novo? - Bulma encarava o chão. 
- Não. - Vegeta respondeu prontamente.
- Por quanto tempo pretende ficar dessa vez? 
Vegeta se ajoelhou na frente de Bulma e segurou o queixo dela para que pudesse olhá-la nos olhos. 
- Pelo tempo que você deixar. - Vegeta avançou para um beijo mas Bulma recuou. 
- Preciso pensar… - Bulma se levantou, deixando Vegeta no chão, e parou de braços cruzados encarando os céus pela porta da varanda.
Vegeta sabia o que ela estava sentindo. Quando aconteceu com ele, ele se fechou por anos. Vegeta se levantou e a abraçou por trás. O cheiro do cabelo dela o inebriou. Bulma sentiu os braços dele ao seu redor e não saiu mas também não reagiu. Ela fechou os olhos, sentindo aquele abraço que tanto sentiu falta e outra lágrima desceu pela sua bochecha. 
- Desc… - Vegeta hesitou. Congelou. Aquelas palavras eram difíceis demais para ele. O restante ficou preso na garganta. 
- Queria que você entendesse que você é livre para fazer o que quiser, mas se quiser ficar comigo de verdade, preciso me sentir segura. Não posso acordar um dia e não saber se você está comigo ou não. É isso que quer? Quer ficar comigo? - Bulma se virou sem sair dos braços de Vegeta e olhou diretamente nos olhos dele, pousando as mãos em seu peito. Vegeta sustentou o olhar e em um movimento firme, fez que sim com a cabeça. Ela segurou o rosto dele em suas mãos e completou. - Se me fizer passar por isso de novo, não precisa nem voltar. 
Vegeta apenas se inclinou e depositou um beijo em seus lábios. Bulma permitiu mas não se demorou. 
- Agora saia daqui. Tenho que me arrumar para o aniversário do Haruki. - Bulma disse com firmeza. Tudo em Vegeta indicava que ele não queria partir. - Não vou mudar meus planos só porque você resolveu aparecer. À noite eu volto e a gente conversa melhor. - Bulma se desvencilhou dos braços de Vegeta e seguiu para o closet. 
Vegeta não saiu. Sentou-se na cama, com os braços cruzados e a aguardou. Cerca de vinte minutos depois ela apareceu arrumada e mandava mensagem para alguém no celular. 
- Você tá aqui ainda? - perguntou enquanto arrumava a bolsa para levar.
- Que horas você volta? 
- Não sei.. Por volta das 20h eu acho. Por que? 
- Me espere na varanda às 22h. Tenho uma coisa para lhe mostrar. - disse se levantando. 
- Para que? 
- Só me espere, mulher. - Vegeta já saindo pela varanda.
Bulma ficou encucada com aquilo mas seguiu seu dia como o planejado. 
A festa de Haruki seria um churrasco no clube e Bulma pediu que Yuna fosse com ela, pois não conhecia quase nenhum dos convidados. 
- ELE VOLTOU???? - Yuna não sabia controlar o volume de sua voz quando ouvia uma novidade.
- Shiii! Para de gritar! Garota, é sério, você precisa se controlar! Sim, ele voltou hoje de manhã. - Bulma só tinha contato a Yuna e Riko sobre o que realmente tinha acontecido. 
- Tá, mas e você? Depois de tudo que você chorou, você só aceitou ele de braços abertos? 
- Não né.. até parece que nao me conhece. - Bulma explicou toda a conversa daquela manhã. - E vim para cá para ele ver que minha vida continua com ou sem ele. Acho que ele tá em casa agora. Mas eu realmente não sei o que ele quer comigo especificamente às 22h. 
Vegeta sentou-se à mesa de café da manhã pouco antes dela ser desmontada. Tinha sentido falta de café. O gole quente desceu pela sua garganta e ele suspirou fundo agradecido por aquela bebida existir. Sr. e Sra. Briefs adentraram à sala com uma festa de flores recém colhidas da estufa. Vegeta se levantou imediatamente e se curvou em sinal de respeito ao casal dono da casa. 
- Olá Vegeta! Quanto tempo! Como foi sua viagem? - cumprimentou Sr. Briefs.
- Vegetazinho! Que saudade! Você ficou muito tempo fora dessa vez. Seja bem vindo de volta. - completou Sra. Briefs.
- Ob.. obrigado. - Disse Vegeta ainda em reverência. 
Sr. Briefs sentou-se próximo à janela para acender seu cigarro. E Sra. Briefs sentou-se à mesa junto à Vegeta para separar as flores de sua cesta. Vegeta sentou-se novamente e continuou seu café enquanto anotava um lista das coisas que precisava providenciar para aquela noite. 
- Bulma já viu que voltou? - perguntou Sra. Briefs tentando espiar de canto de olho o que o saiyajin escrevia. 
- Hai. - respondeu sem tirar os olhos de sua tarefa. 
- Ela gosta de champanhe rosé ou vinho tinto e essas são as flores preferidas dela. - disse Sra Briefs entregando uma tulipa a Vegeta.
O saiyajin pegou a flor e encarou Sra. Briefs com estranheza.
- Ela é uma pessoa de gostos simples. Não precisa de muito para fazê-la sorrir. Sempre foi assim, desde pequena. Uma boa conversa em um lugar bonito deve ser suficiente. - completou Sr. Briefs 
Vegeta os ouvia e tomava notas. 
- Vou deixar pronto o balde de gelo, as taças e alguns lanches na cozinha. É só pegar antes de sair. - disse Sra. Briefs se levantando para sair com suas flores. 
- H..hai! - Vegeta levantou-se, fez outro sinal de reverência em agradecimento e seguiu para conseguir o primeiro item da sua lista. 
Bulma chegou, como havia dito, por volta das 20h30. Foi direto para seu quarto, à procura de um banho. A casa estava estranhamente calma. Encarou seu closet completamente perdida sobre o que vestir. 
“Não sei o que aquele saiyajin maluco planejou. Como vou saber o que usar?” 
Optou por algo simples e confortável. Vindo de Vegeta, deveria ser algo que envolve voar. “Jeans e tênis deve servir. Vou levar um casaquinho também porque ele provavelmente vai me levar voando. Se ele aparecer arrumado, eu corro aqui e troco.”  Ficou pronta e já eram 21h42. Deixou a porta da varanda aberta, se jogou na cama e zapeou pela TV. Por fora, parecia calma e despreocupada. Por dentro, seu coração entalava em sua garganta de tanta ansiedade. 
21h45
21h50
21h52
“aaaaargh! Esse tempo não passa!” 
21h55 Bulma desliga a TV e segue para a varanda e acende um cigarro mas esse escapa de seus dedos quando ela é surpreendida ao ser pega no colo por Vegeta e seguir pelos céus. 
- Meu Kami Sama! Quase me mata do coração. Onde estamos indo? - Bulma se encaixava no abraço de Vegeta. Não diria nada mas estava extremamente confortável. 
- Você já vai saber. Não seja curiosa.
- Essa é uma das técnicas de tortura que aprendeu pelo espaço? Susto com parada cardíaca seguido de uma curiosidade mortal?  - Bulma fez um biquinho e cruzou os braços. Vegeta deixou escapar uma risada. 
- Como é exagerada, mulher. - Vegeta mantinha os olhos no caminho à frente. 
- Pode me dizer, pelo menos, se esse lugar super secreto é muito longe daqui? 
- Nessa velocidade, fica a mais ou menos 1h30 daqui. 
- UMA HORA E MEIA? - surpreendeu-se
- Você é muito impaciente. - Vegeta riu. - Se eu for mais rápido, não vai ficar com medinho, ou vai? 
Bulma envolveu o pescoço do saiyajin com os braços e se prendeu mais a ele, mostrando que estava pronta para aquilo. Vegeta sorriu divertidamente, se transformou em super saiyajin e cortou os céus.  Bulma sorria e se divertia. Aos poucos, se afastavam da cidade e a paisagem se tornava mais selvagem. Vegeta sobrevoava uma cadeia de montanhas até que à frente uma grande montanha se ergueu. Vegeta não desviou. Bulma arregalou os olhos quando percebeu que o saiyajin não tinha intenção de desviar. 
- Ahn.. Vegeta…? - a montanha de aproximava. - Vegeta? - Ele não a respondia e não mudava o curso. Bulma fechou os olhos, se preparando para o impacto. No último segundo, Vegeta seguiu rente ao paredão de pedra, subindo até passar da linha das nuvens. Ele se divertia. “Essa mulher só pode ser maluca. Qualquer outro terráqueo teria entrado em desespero. Ela se preparou para colisão. Se ela tivesse nascido saiyajin, seria uma guerreira incrível.” O lugar que se abriu perante ele era deslumbrante.
O topo da montanha parecia ter sido cortado verticalmente e ¼ da pedra removida. Da parte alta, brotava uma linda queda d’água que formava um grande lago cercado por rochas no penhasco que ficou. O céu estrelado e a grande lua cheia acima iluminavam o mar de nuvens abaixo deles. 
Vegeta voltou à sua forma normal e pousou em uma rocha plana onde havia uma grande cesta de piquenique e uma toalha já estendida. Bulma mal podia falar. Aquele lugar era incrível. E Vegeta estava sendo incrível, que era o que mais a surpreendia. 
- Achei esse lugar há mais ou menos um ano. Normalmente venho aqui para fazer treinamento de imagem. 
- Vegeta… esse lugar é maravilhoso! - um sorriso radiante não saia do rosto de Bulma desde o momento que chegaram. 
Vegeta se ajoelhou perto da cesta e tirou um buquê de tulipas roxas e vermelhas. 
- Toma. - estendendo o buquê a Bulma sem qualquer cerimônia.
- Tulipas? Que lindo! São minhas preferidas! - Bulma aceitou o buquê e  cheirou as flores.
Vegeta seguiu retirando itens da cesta. Um balde de gelo, uma garrafa de champanhe, uma de vinho, as taças, doces e lanches, e os dispunha em cima da toalha. Bulma o olhava em choque. Se aproximou e sentou-se ao seu lado . 
- Quem é você e o que fez com o Vegeta? - brincou Bulma. Ele semicerrou os olhos para ela. 
- Você quer beber agora? - Vegeta parecia um pouco confuso. Nunca tinha feito isso na vida. Por toda a vida foi servido. 
- Que tal vinho? Está uma noite linda e essa vista combina perfeitamente com uma taça de vinho. - Bulma sorriu enquanto Vegeta já servia as taças e seguiram para sentar-se à beirada da montanha. 
- Espero que não se acostume com isso. Não pretendo fazer novamente. - Vegeta apenas sendo Vegeta. 
- Aaah tá aí o saiyajin resmungão que eu conheço.  - Bulma implicou e riu. Vegeta resmungou. - Mas esse lugar é incrível. Obrigada por me trazer aqui. Como esse lugar ainda não tem dono? 
- Claro que tem. - disse Vegeta apontando para uma rocha em que podia ler “Propriedade de Vegeta. Se não procura por uma morte lenta e dolorosa, saia imediatamente.” As letras estavam esculpidas na pedra.
- Não é bem assim que as coisas funcionam.. - Bulma riu da inocência do saiyajin. - Precisa comprar essa região, providenciar documentação de registro e outras coisas. Não é só colocar seu nome numa pedra. - Bulma ria. 
- Hum… quero ver alguém se aproximar com esse aviso. - Vegeta encarava o horizonte. 
- Vou providenciar isso. Deixa comigo. Não podemos correr o risco de perder esse lugar. - Bulma deitou-se onde estava e olhou as estrelas, pensativa. Um longo silêncio se estendeu.  Vegeta deitou-se ao lado de Bulma e a encarou com interrogações na expressão. - Onde esteve esse tempo todo? - perguntou por fim Bulma. 
- No espaço.  
- Você sente falta, não é? 
- Não… 
- Então por que sempre volta para lá? 
Vegeta pensou por um momento até responder. - Sempre vivi no espaço.  - As palavras saiam um tanto engasgadas. 
- Você não precisa mais viver assim. Você é livre para escolher agora. 
- Você não devia esperar nada de mim além de dor e sofrimento. 
- Aí que se engana. Fico muito feliz quando to com você. Toda vez que estou com você, sinto como se tivesse encontrado o meu lugar. É quando você é você mesmo, sem pressões, sem máscaras, sem escudos. - Vegeta manteve os olhos nas estrelas enquanto Bulma se apoiou no cotovelo e virou-se para Vegeta, sorrindo. O saiyajin, em um movimento rápido, levantou-se e com um beijo a fez deitar-se de novo. As mãos de Bulma seguravam o rosto dele, não permitindo que ele se afastasse, enquanto as mãos de Vegeta deslizavam pela cintura dela. O beijo se tornava mais urgente, mais quente. Vegeta se afastou alguns centímetros e encarou Bulma, que o fitou carinhosamente antes de puxá-lo novamente. 
Vegeta tinha sentido tanta falta dela. Aquele cheiro, aquele toque, aquele beijo. Vegeta desceu os lábios para o pescoço de Bulma enquanto suas mãos deslizavam pela barriga dela, invadindo por debaixo da blusa. Bulma sentia os toques de Vegeta e suas mãos urgentes já tiravam a blusa do saiyajin. Vegeta continuava o caminho. Tirou a blusa de Bulma e beijou os fartos seios, encaixando-os em sua boca. Bulma soltou um leve gemido e deslizou a mão pelo peito e barriga de Vegeta até sua calça massageando o volume que se formara embaixo dela. Bulma deixava Vegeta fora de controle.  O saiyajin arrancou a calça da terráquea o mais rápido que pode sem destruí-la e desceu com um caminho de beijos e carícias até que seu rosto estivesse entre as pernas dela. O hálito quente de Vegeta em suas partes íntimas fazia Bulma se molhar. Vegeta a olhou e um sorriso safado escapou pelo lado direito dos lábios antes que sua boca ficasse ocupada com outra função. Bulma gemeu sem medo. Ali ninguém os escutaria. A língua de Vegeta acariciava o clitóris de Bulma e ela se contorcia de prazer. Ela deslizava os dedos pelo cabelo de Vegeta enquanto ele agora juntava os dedos à brincadeira. “Ain.. Vegeta...” sussurrava Bulma entre os gemidos. Ele gostava de vê-la daquele jeito. Vulnerável à ele, descontrolada e sedenta por mais. Bulma não conseguia mais se controlar. Ela segurou o rosto de Vegeta em suas mãos e o puxou para cima, mas sem sucesso. O saiyajin continuou sua tarefa, agora com mais afinco, arrancando gemidos altos e fortes da cientista. Bulma explodiu de prazer e Vegeta aproveitava para sentir todos os sabores dela. Ainda com a respiração descontrolada, Bulma puxou Vegeta,  que a obedeceu dessa vez. Ela não se preocupou em tirar a calça dele apenas abaixou a parte da frente o suficiente para que ele ficasse exposto e o encaixou entre suas pernas. Não foi só ele que sentiu saudade. Vegeta entrou de uma vez só em Bulma, arrancando um grito de prazer. O saiyajin se certificou que não a havia machucado quando as pernas dela envolveram sua cintura e o puxaram, pedindo mais. Vegeta a abraçou mantendo os movimentos fortes e lentos. Bulma o beijava, sua língua dançava junto à dele e ao se afastar, seus olhares se cruzaram.  Olhos nos olhos. Bulma podia sentir que ele a amava mas sabia que não ouviria essas palavras saírem da boca dele. Vegeta sabia que ali era seu lugar e que não poderia mais imaginar um futuro em que essa terráquea escandalosa e mandona não estivesse.  Vegeta se afundou no pescoço de Bulma e colou mais seus corpos. As costas de Bulma não encostavam mais no chão.  Aos poucos, ganhavam certa altitude. Vegeta tinha Bulma segura em seus braços e a sentia por completo. Bulma não tinha medo do barulho que fazia. Os gemidos saiam livres de sua garganta chamando por Vegeta. Ela se colou ao saiyajin e cravou os dentes em seu ombro,para tentar controlar a respiração e o barulho. Vegeta queria mais, queria aquilo para sempre. Ele deslizou as mãos pelas costas de Bulma até sua nuca e seus dedos entrelaçaram nos cabelos azuis enquanto Bulma gemia para os céus. A única coisa que encostava neles, eram eles mesmos. Vegeta os sustentava no ar e seus corpos se completavam. Ela explodiu novamente, jogando a cabeça para trás e mordeu seu lábio inferior.“Vegeta…” a voz baixa e fraca de Bulma fez Vegeta se arrepiar e com um ranger de dentes, gozou junto com ela. Ele os desceu devagar até que as costas de Bulma encostasse suavemente no chão e caiu ao seu lado,  ofegante. Bulma estava de olhos fechados mas tinha um sorriso tranquilo no rosto. Ela se virou e abraçou Vegeta, deitando em seu peito. Os braços do saiyajin a envolveram assim que sentiu o primeiro toque dela. Ficaram ali por um tempo, apenas ouvindo a respiração um do outro e Vegeta passava os dedos pelo cabelo de Bulma. 
Bulma se apoiou nos cotovelos e encarou Vegeta. 
- Senti sua falta. - Bulma queria acostumar Vegeta a ouvir sobre sentimentos. Se inclinou e pousou um beijo nos lábios do saiyajin. - Vamos comer? To morrendo de fome. 
Vegeta ficou agradecido por ela tocar no assunto. Ele também estava com fome.
Se vestiram e sentaram-se para comer. Sra. Briefs era exagerada mas ambos agradeceram por isso dessa vez. A cesta era realmente grande e estava repleta de coisas deliciosas. 
- Ainda estou chocada como ninguém descobriu esse lugar antes de você.  Vou providenciar essa compra o mais rápido possível. - Bulma estava animada com a ideia de terem um lugar especial só para eles. - Você chegou a ver se tem espaços ocos dentro da montanha? 
- Não há. - respondeu Vegeta. 
- Porque eu tava pensando que podíamos construir uma estrutura por dentro para caso resolva ficar aqui por dias seguidos. - e ela começou a soltar ideias sobre onde instalar quarto, cozinha, banheiro e sobre decoração. Vegeta a ouvia em silêncio. Gostava desse espírito “Let’s do it” que ela tinha sempre. E por mais que sempre a chamasse de tagarela, gostava de ouvir suas ideias. - Hey,  porque não me mostra o lugar? - se levantaram e se aproximaram do grande lago. 
- A queda d’água tem aproximadamente uns 10 metros e o lago é fundo o suficiente para pular lá de cima sem bater no fundo. Não há animais terrestres ou aquáticos, somente aves por aqui. - Vegeta citava uma ficha técnica do lugar. Bulma o ouvia atentamente mas um sorriso brincalhão se escondia em sua expressão. Quando Vegeta parou na beirada do lago, Bulma correu para em sua direção e se chocou contra o saiyajin, que nem se moveu, apenas a encarou com muitas interrogações na testa. 
- Você… você pretendia me jogar no lago? - a expressão de Vegeta se tornou sombria. 
- Hehehe… não…?! - Bulma tentou se esquivar. Antes mesmo que ela tivesse tempo de fugir, Vegeta a envolveu em um abraço apertado e voou, ficando alguns metros acima do lago com Bulma presa em seus braços. - Não não não não não, por favor Vegeta, isso vai estar gelado demais. 
- A culpa é sua, mulher. Você invocou minha ira. - Vegeta se divertia. Bulma se agarrou a ele como um bicho preguiça se prende à um galho de árvore. Os braços estava presos pelo saiyajin mas as pernas se prenderam ao quadril de Vegeta para evitar a qualquer custo que caísse na água. Vegeta então se aproximou do lago e se colocou na horizontal. 
- Vamos ver quanto tempo aguenta. - e soltou os braços.  Bulma agiu rápido e envolveu o pescoço de Vegeta, se colando a ele, mas pela força que a posição exigia, realmente não aguentaria muito tempo. Só tinha uma saída. Puxou Vegeta para um beijo. Claro que o saiyajin não recusou mas não se demorou também.  - Vai ter que fazer melhor do que isso se quiser sair dessa situação. - Vegeta ria. 
Os braços de Bulma tremiam pela força que faziam e logo cederam.  Soltou as pernas e aceitou seu destino, indo de encontro à água. Quando emergiu, tudo que ouvia eram as risadas de Vegeta que corriam soltas pelo ar. Bulma nunca tinha visto Vegeta rir dessa forma tão descontraída. Ela jogou água na direção dele mas não chegou nem perto de acertá-lo. Vegeta então subiu até aonde ficava a queda d’água e saltou de lá,  caindo na água como um mergulhador profissional e ressurgindo já junto à Bulma, que o envolveu novamente em um beijo. 
- Vou colocar na minha lista um sistema de aquecimento de água. Tá um gelo! - disse Bulma se colando a Vegeta enquanto tentava controlar o queixo que tremia. 
- Já esteve pior. - Vegeta a segurou e levitou com ela nos braços para fora d’água. Foi até uma pedra próxima onde havia escondido uma mochila. Tirou dela duas toalhas, dois casacos de moletom da Corporação Cápsula e uma muda de roupa para cada. Ele tinha pensado em tudo. Se secaram, trocaram de roupa e se acomodaram novamente perto do penhasco para mais uma taça de vinho.
- Eu vou lembrar dessa noite para sempre. Obrigada,  Vegeta. - sorriu Bulma e se aproximou para um selinho.
- Ainda não. Espere pelo nascer do sol. Não vai demorar. - Vegeta completou.  
O céu começava a perder o ébano e assumia um tom roxo pelos primeiros vestígios da manhã. 
Bulma aguardou nos braços de Vegeta enquanto via o roxo se tornar rosa, o rosa virar laranja e o laranja transformar-se em azul.
- O céu aqui é sempre claro e limpo. - comentou Vegeta quando o sol apareceu por trás das nuvens. 
Bulma hesitou um momento mas precisava dizer. 
- Eu te amo, Vegeta. - Bulma soltou sem olhar para o saiyajin. Continuou com os olhos no céu que se abria à sua frente.
- Hum… Eu.. não podia me importar menos. - resmungou ele.
- Eu sei, Vegeta. - Bulma abriu um largo sorriso - Eu sei. 
Vegeta se inclinou sobre ela e a beijou carinhosamente. 
~~~~~~~~
 


Notas Finais


ROUPA da BULMA: http://pin.it/7dQNBE2


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