Cidade de Akiko¹ 2059. Terça-feira, 05h18 PM. Uma foice dupla cruzou na minha espada. Naquele instante senti os meus batimentos acelerados.
A adrenalina tomou conta do meu corpo podia sentir a energia do reiki fluindo de dentro para fora do meu corpo; enquanto treinava com a Yasumin na Floresta das Sombras que ficava bem próximo da academia Alpha².
Perto de sediar o 22º Festival das Rosas Brancas e Vermelhas a academia se preparava para a luta, um amistoso pela amanhã que classificaria o último participante para participar do grande evento.
Eu apesar de possuir... essa energia... me sinto bastante inferior se fosse comparado com a minha outra energia sombria.
“Kai Sato, 16 anos de idade.
———————————
¹Akiko: Significa brilhante ou temporada de Outono espumante.
²Alpha: Alfa.
Signo: Virgem.
Tipo sanguíneo: B.
Ofício: Estudante espadachim.”
Durante o treino — Hee — eu digo ao empurrar Yasumin para trás descruzando a foice dupla dela da minha espada.
Levantei a espada sobre a direção do meu queixo e depois disso, balancei a lâmina contra a direção da Yasumin, com esse movimento a energia saltou de meu corpo percorrendo como um raio em direção a uma árvore cortando ao meio.
Habilidades do Reiki: “Disparar raios elétricos.”
Com um movimento rápido, Yasumin conseguiu se esquivar do golpe, porém se o raio tivesse atingido, teria lhe causado sérios danos.
Mas a conhecendo como a conheço, seria difícil poder atingi-la usando um dos meus velhos truques na manga, já bastante conhecida pelas suas íris e cabelos das cores claras do mar calmo d’água azul.
Yasumin surgiu... apareceu nas minhas costas, balançando consigo a foice dupla.
— Peguei você.
— Acho que hoje não gata!
Assim repeli a foice dupla de encontro a os nossos corpos e girando a espada que carregava comigo. A Yasumin ocultou a sua presença desaparecendo a os meus olhos, fiquei atento caso ela desferisse outro ataque igual.
— Vamos lá... — suspirei. Eu comigo.
Pela tarde a sombra escura e cinzenta chegava a cobrir os tons do verde e marrom das enormes árvores que o vento assoprava.
— E então desisti Yasumin!
E provocando a chamando para o combate pude finalmente chamar a atenção da Yasumin.
Ela reapareceu novamente, caindo do céu de cabeça para baixo movendo consigo a foice dupla. Mesmo desviando da forte investida e me afastando da Yasumin, acabei recebendo um corte no rosto.
Feito isto a Yasumin... limpou o meu sangue com sua língua sobre a foice dupla. Vendo aquela cena, eu já estava acostumado com o seu jeito diferente de ser que chegava a fazer me atrair completamente por causa daquele olhar selvagem.
— Seu sangue aguça meus instintos — disse Yasumin.
“A forma como ela expôs-me fez soar estranho.”
“Mas afinal de contas, estou pensando nestas coisas, neste horário que deveria estar focado no treino ao invés disso fico imaginando besteiras.”
“Deveria por a cabeça no lugar, coloca a cabeça no lugar Kai...”
Após sacudir a cabeça dos dois lados.
Ficamos alguns minutos se encarando pelos olhares sérios, circulando pela mesma área trocando olhares, mesmo estando separados a uma média distância um do outro.
Quando andávamos em torno daquele eixo de forma circular Yasumin e eu paramos de andar estendendo nossas armas sob a direção do outro inspirei o ar para o pulmão e expirei soprando para fora umas 5 vezes tentando me acalmar, mantendo controle e o foco em direção a ela.
Após isto, ela veio até mim correndo ziguezagueando mostrando a sua postura de expressão calma; trajando consigo a foice dupla.
Nisto que flexionei os joelhos próximos do corpo eu esperei a Yasumin vir, segurando a espada comigo próximo da posição da cintura ao topo da cabeça.
Nesse momento realizei de forma ágil o movimento do meu braço direito acertando a foice dupla da Yasumin rapidamente.
A fazendo-a recuar para a trás afastando. Naquele exato segundo a Yasumin olhou pros meus olhos desmaterializando a foice dupla na sua mão.
Nisto dois fios dos seus cabelos azuis acabou caindo no chão chegando a emitir eletricidade.
— Ganhe o amistoso Kai.
O que? Como foi que levei estas três marcas de corte próximas no peito.
— Vamos embora daqui, pois já anoiteceu e eu preciso ver seus ferimentos.
— Ah, quanto isso não precisa se preocupar que estou bem.
— Idiota eu falei que cuidarei deles! — reclamou Yasumin.
A observando prestei atenção nas linhas do seu nervosismo no rosto curvado de formar o franzir da sobrancelha dela,
ganhando forças dos seus traços faciais do nariz ruborizando a sua face.
Ficando numa situação difícil apenas balancei a cabeça aceitando estar de acordo com a Yasumin.
Se retirando daquele local eu e a Yasumin voltamos a academia. Quando chegamos à entrada principal alguém acabou cruzando nosso caminho.
A pessoa seria nada mais nada menos do que o sensei¹.
Nós o encontramos porá caso passando por ali, tínhamos parado de caminhar.
— Gakuya-Sensei — acenou Yasumin.
— Ah... são vocês.
— Então quer dizer que você veio aproveitar fumar o seu cigarro aqui fora de novo — falou Yasumin.
— Sim. Pois eu precisava dar um tempo neste meu último maço.
Reparando, ele usava um óculos contendo o cabelo verde comprido, usava um blazer simples sobre o corpo magro.
— Desculpe ser sincera, mas acho que deveria parar com cigarros, estamos indo até mais.
———————————
¹Sensei: Palavra usada de título honroso com respeito um professor ou mestre. Tradução literal seria “aquele que nasceu antes” do kanji seria o mesmo de “sem” significa “antes” já do kanji “sei” significa ao “nascimento”. De alguém experiente no que faz e a outra pessoa o reconhece.
— Ei espera um instante o garoto… desejo-te uma boa sorte na sua classificação do amistoso.
Deixando Gakuya novamente a sós, seguimos para o nosso dormitório e lá peguei o pijama e a
toalha de dentro da mala cheio de utensílios que o arrumei trazendo comigo de casa antes de ter vindo até a academia.
Nisso resolvi me lavar no vestiário masculino, após o treinamento da tarde.
No chuveiro a água caia sobre as minhas costas ficava pensando a respeito da batalha amistosa que teria de
combater, caso quisesse me classificar igual à Yasumin.
E participar do Festival das Rosas Brancas e Vermelhas que ocorreria, daqui há 12 dias.
Esse evento chegará a convocar várias das outras academias, incluindo a nossa, e pode disputar contra eles em busca do título do Cálice Divino.
Muitos rumores contam que quem chegar a beber no cálice, será livrado de qualquer problema instantaneamente independente de qual situação a pessoa esteja.
Talvez ainda haja uma esperança nesse objeto de tirar aquela maldição que eu tenho.
Depois de tomar o banho acabei voltando ao dormitório que estava eu e Yasumin antes.
— Tire a camisa — expôs Yasumin.
— O que?! Ta falando mesmo sério o Yasumin ou está querendo tentar querer enganar eu fazendo acreditar nas suas brincadeiras.
— Ahn... mais estou sendo franca contigo dizendo agora que quero ver seus machucados e cuidar deles, pelo visto teve outro pensamento totalmente diferente...
— É que... aah.
— Tudo bem só você que deixo pensar assim heart¹.
Ela me puxou me abraçando fortemente levantando daquele beliche.
Ao abraçá-la pude sentir o calor agradável dela junto do meu corpo. Após o abraço retirei a roupa mostrando as três marcas de cortes no peito e um sobre o rosto causado pelo bastão da Yasumin.
Deitei-me acima do lençol do segundo colchão de Yasumin abaixo da minha cama, recebi dela o curativo vindo através da bandagem do esparadrapo e das folhas medicinais.
———————————
¹Heart: Do inglês para o português significa coração.
Quando a vi, ela não utilizava mais consigo o blazer acadêmico. Igual ao que usava hoje durante o treino.
Naquele segundo, Yasumin usava uma camiseta de manga curta sem estampa que chegava até o umbigo junto de um short.
Após os cuidados comemos os cookies da bandeja que Yasumin trouxe após o banho dela acompanhado do seu café da garrafa térmica que costumava trazer contigo.
E que por sinal era bom de degustar, pois ficava o ponto de nem estar forte ou de ficar tão fraco.
Depois de passar, aquele momento da noite conversando com Yasumin, eu apaguei sobre a cama do beliche de cima, acordando só então pela manhã seguinte.
^^^
Após levantar e ver ainda a Yasumin dormindo no beliche de baixo eu resolvi acordar ela para não ficar atrasada com horário da aula.
— Yasumin acorda.
— Mmmmm… é de manhã? — perguntou Yasumin.
— Sim — respondi.
Nisso a Yasumin esfregou os seus olhos espreguiçando toda.
Depois disso segui até o vestiário masculino fazer a higiene. Quando tinha terminado de cuspir a pasta de dente sem olhar no espelho de repente todas as luzes, começaram a piscar freneticamente. Naquela hora eu só era a única pessoa que permanecia nesse local, nisto comecei a suar frio e a respirar mais ofegante.
Sem saber o motivo do porque sentia este nervosismo, toda aquela sensação estranha chegava a causar a dar um certo mau desconforto. Neste instante eu refleti comigo mesmo si aquilo poderia ser alguma paranoia ou algo real que realmente senti então, ignorando isto tentei desviar atenção para o espelho.
Esse momento que encarei o meu reflexo revelou-se estar dessincronizado comigo. Assim que a minha própria imagem atravessou o espelho as suas mãos agarraram-me forte pelo pescoço estrangulando; nisto pude sentir um certo temor indescritível junto do coração acelerado.
Entretanto, ao reparar que essa figura mudou a sua face para algo muito familiar.
O sangue quente começou a querer a borbulhar através das minhas veias.
“Eu não tenho medo de você!”
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.