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História A História Do Melhor De Todos - Vida dos Valhein


Escrita por: Space_Mr

Notas do Autor


Espero que gostem do novo capítulo, desculpe pela pequena demora a postar. Boa leitura!

Capítulo 9 - Vida dos Valhein


Fanfic / Fanfiction A História Do Melhor De Todos - Vida dos Valhein

 Me sento ao lado de Alfred, ele fica um bom tempo calado, me encarando fixamente, com uma cara bem séria. Ele me olha de cima a baixo, bastante concentrado, me analisando completamente.

— Você… gosta de chá, Tokame? — Alfred pergunta, com uma expressão alegre, de sua forma recaída, como sempre, quebrando totalmente o clima pesado de antes.

— G-Gosto. Gosto bastante de chá… — Respondo, um pouco aliviado da pressão desfeita, e tento imaginar o que ele pretendia com isso. Ele é bastante imprevisível, e bem estranho.

— Perfeito. Entre por favor! — Ele aumenta seu tom de voz enquanto bate as mãos rapidamente, chamando por alguém.

— Com licença! — Uma garota de cabelos castanhos escuros curtos, usando óculos, bem parecida com a de antes, porém com uma personalidade bastante oposta, entra na sala. — Aceitam um pouco de chá? — Ela pergunta com entusiasmo, enquanto se aproxima de nós, trazendo um carrinho com um bule e duas xícaras.

— Obrigado, você é mesmo uma boa ajuda, Antonella. — Alfred depois de falar, acaricia a cabeça de Antonella, suavemente.

— É mesmo, eu não me apresentei adequadamente! — Ela fala, enquanto endireita suas roupas. — Meu nome é Antonella Lutherin, empregada da mansão dos Valhein, ao seu dispor! — Ela fala, séria e com empolgação, fazendo uma reverência sofisticada.

—Muito bem… você realmente ficou mais responsável. — Alfred fala, enquanto acena com a cabeça e as mãos juntas.

— Mesmo?! — Ela volta rapidamente à sua personalidade normal e comemora. — Obrigada senhor Valhein, você é muito gentil! — Ela fala, enquanto o abraça bruscamente.

— S-Sim, Antonella… e já lhe disse que pode me chamar de Alfred. — Ele termina sua fala com uma risada calma, enquanto é agarrado por Antonella.

— Me desculpe, senhor Alfred… eu te machuquei? — Antonella fala, preocupada, enquanto endireita a gola da camisa de Alfred, após o soltar.

— Você sabe que um abraço não machuca ninguém… muito menos eu. Haha… — Ele ri e logo para, ficando com um pouco de tristeza no rosto.

— Eu não quis… Perdoe-me senhor Alfred… — Antonella fala, cabisbaixa e envergonhada pelo acontecimento.

— Tudo bem, você não é culpada de nada… — Ele se levanta rapidamente e a abraça, para a confortar. — Eu acho que não há mais o que fazer, não é? — Alfred fala, olhando para mim enquanto abraça Antonella.

Ele a solta, e se senta novamente. Alfred pega uma das xícaras de chá e começa a tomar calmamente.

— Um ótimo chá, não é mesmo? Pegue um pouco, Tokame. — Ele me entrega uma das xícaras, e eu começo a tomar o chá, que estava realmente delicioso.

— É um ótimo chá, muito obrigado… — Falo um pouco sem jeito, pela situação anterior.

— Será que você poderia guardar dois segredos para mim, Tokame? — Alfred me pergunta calmamente.

— Claro, o que seria? — Eu aguardo sua resposta, acreditando que poderia ser algo importante.

— É que eu tenho uma plantação de Sakila, gosto de usá-la fermentada em chás. Não que seja ilegal, é apenas meio estranho… alguém plantar isso em casa

— Mas Sakila não é a planta usada para fazer poções de cura? — Falo, aliviado e intrigado com o simples gosto dele.

— Sim, exatamente, ela apenas dá um pouco de sonolência quando fermentada, porém não é nada… — Ele fala, enquanto bebe rapidamente restante do chá em sua xícara.

— E qual seria o outro segredo? — Calmo, espero por alguma coisa normal ou boba, novamente.

— O meu outro segredo é… que eu não posso morrer… simplesmente não consigo morrer. — Ele me fala algo totalmente impactante, como se não fosse nada, e eu fico totalmente sem reação. — Desde os meus quarenta anos não envelheço e não fico machucado.

Fico sem conseguir acreditar nas palavras dele, pensando que seria uma brincadeira, pergunto à Antonella:

— Ele está brincando, não é? — Pergunto um pouco espantado e desacreditado do que ele estava me confessando.

— É a verdade… Minha mãe e minha avó trabalharam nesta casa, para a família Valhein, e depois de todo este tempo, o senhor Alfred nunca sequer ficou doente ou envelheceu… — Ela diz, seriamente, enquanto pega as nossas xícaras e as coloca de volta em cima do carrinho.

— M-Mas então, o senhor... Como você viveu todo esse tempo? Nem sequer sente dor? — Fico bastante empolgado, pois estava com um exemplo de guerreiro perfeito em minha frente, alguém que não teme a morte.

— Eu consegui me acostumar… Já fiz várias coisas neste mundo, nem consigo listar. — Ele fala, ficando empolgado por seus feitos. — E presenciei muitas coisas ruins também… mas não é bom ficarmos tristes agora! — A expressão de Alfred se escurece por um momento, mas logo depois ele fica até mais feliz e empolgado que o normal. — Você é meu convidado para passar a noite, seu quarto já deve estar pronto… — Ele fala, enquanto se levanta rapidamente, me levando com ele até a porta.

— Ei! Calma ai! — Falo, tentando sair de sua poderosa agarrada.

— Perdão haha… eu só quero que me siga! — Ele fala, enquanto oscila entre calmo e alegre, e me solta.

— Então ele já está voltando ao normal? Tão rápido desta vez… — Antonella fala para si mesma, enquanto começa a levar o carrinho de chá até a porta, e nos acompanha pelo corredor, até a escadaria principal.

— Agora eu o deixo nos cuidados de Antonella e Beatrice. Se me dá licença, irei partir para os meu aposentos. — Ele fala, enquanto sobe as escadas.

— Ei, espere! Eu... não posso aceitar. — Falo, me lembrando de que Harris ficará preocupado de não me encontrar lá amanhã de manhã.

— Não tem com o que se preocupar… você é bem vindo! Eu não vou te sequestrar ou algo do tipo. Hahaha. — Ele ri com a própria piada e logo me olha do topo das escadas — Uma boa noite a todos! — Alfred vira e entra em um corredor, em direção ao seu quarto.

Eu subo as escadas na companhia de Antonella, e no topo da escada vejo Beatrice nos olhando, com sua expressão neutra de sempre.

— Olá Beatrice! — Antonella a cumprimenta, e ela começa a nos seguir.

— Seu quarto é aqui, senhor convidado, espero que esteja de seu agrado. — Beatrice abre a porta e me deixa entrar.

— Vocês podem me chamar apenas de Tokame, acho que devemos ter a mesma idade, não é?

— Tudo bem… Tokame. Espero que você se sinta à vontade. — Beatrice se vira rapidamente e vai até o outro corredor.

— Então… Tokame, poderia conversar com você por um minuto a sós? — Antonella me pergunta, um pouco envergonhada.

— Tudo bem, pode me falar.

— Mas não aqui… Posso entrar no quarto?

Eu a deixo entrar em meu quarto. Ele era bem grande, duas vezes maior do que o da pousada, bastante refinado e com uma cama bem macia.

Me sento na cama, esperando o que Antonella tem a dizer.

— É sobre o Senhor Alfred, acredito que você não entende muito bem o que viver mais do que deveria pode causar… — Antonella fala, um pouco triste, de cabeça baixa.

Ela me explica, sobre a condição mental de Alfred, de como ele havia ficado com o passar dos anos. Há dias que ele estava bem, mas em outros dias ele até esquecia brevemente quem ela e Beatrice eram.

Uma coisa que fazia Alfred se manter são era a música. Ao tocar seus instrumentos, ele consegue de alguma forma meditar, e assim ficar são por um dia inteiro. Pelo menos foi isso o que compreendi.

— Ele pode ser um pouco imprevisível, mas a sua maneira de ser é bem previsível para nós. Hahaha. — Antonella, sentada do meu lado na cama, ri um pouco, em meio a tristeza em seu rosto. — Por isso nossa família sempre trabalhou para ele, por ser de grande confiança a ele. O senhor Alfred é como um pai para mim e minha irmã…

— Então a Beatrice é sua irmã? Realmente vocês são parecidas hahaha. — Tento acalmar o clima, com um assunto mais tranquilo.

— Sim, Beatrice não fala muito, mas é bem parecida comigo. Haha, mesmo com aquele cabelo lindo… loiro, tão claro. As vezes tenho inveja dela. — Ela fala, aos poucos voltando à sua personalidade animada. — Muito obrigada por me deixar conversar com você, Tokame. Espero que tenha uma boa convivência com o senhor Alfred…— Antonella se levanta e vai até a porta.

— Eu que lhe agradeço, tenha uma boa noite! — Depois de falar, dou um sorriso para acalmar mais o clima.

— Boa noite… até amanhã!— Ela sai do quarto rapidamente, fechando a porta.

Amanhã promete ser um grande dia, depois de todos estes acontecimentos. A única coisa que me resta agora é dormir.

Eu troco de roupa, usando algumas que estavam em cima da cama. As roupas estavam um pouco grandes, mas para dormir estava perfeito.

Estou deitado na cama, ela era bastante macia e confortável. Tento meditar, como aquele dia no navio. Juntando minhas mãos e fechando meus olhos, começo a me concentrar. Quando percebo, estava com meus olhos abertos, e o que via era totalmente impressionante…


Notas Finais


O Alfed é realmente bastante peculiar.
Tomara que o Tokame consiga lidar com ele kkkkk.
E o que será que ele viu nesse final??? Parece algo bom.

Espero que tenham gostado, e fiquem no aguardo de mais capítulos!


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