História A irmã de Bella Swan - Fogueira antes da guerra

P.O.V Autora

Horas se passaram e a noite chegou. Estava na hora de irem embora. Sunny não queria deixar o pai, sentia seu coração ficando cada vez mais apertado e se segurava para não chorar. Só o pensamento de que pode nunca mais ver seu pai ou então seus amigos a enlouquecia. Ao mesmo tempo, a mulher estava com ódio. Ódio de Irina. Ódio pela loira ao invés de ir falar com eles, ter tomado uma decisão precipitada e baseada apenas em achismo. Agora, por causa dessa precipitação e desse achismo, a família da mulher poderia ser desfeita. Todos os amigos da mulher poderiam morrer, inclusive ela mesma. Sunny nunca iria perdoar Irina por ter feito isso com eles. Nunca!

Após se despedirem de Charlie e de Sue, todos os outros se organizaram no carro de Edward. O casal foi na frente enquanto Jacob, Sunny e Bree foram sentados no banco de trás com Renesmee no colo da tia, enquanto os dois lobos foram para a casa dos Cullen em suas formas lupinas.

Durante todo o caminho, a morena tinha a cabeça nas nuvens e nem prestava atenção no que sua sobrinha falava, apenas voltou a realidade quando sentiu seu ex namorado segurar sua mão e apertar a mesma:

-Sim?

-Está escutando alguma coisa que Nessie está te falando?

-Ahm... Não! Perdão querida! O que estava falando?

-O tio Jake me deu essa pulseira. Olha que linda, tem até um lobo que ele mesmo fez. É igualzinho o do seu colar. Ele também fez pra você, tia?

-Oh! Sim, querida. O tio Jake fez esse colar para mim. Foi um presente de formatura.

-O que é formatura?

-Formatura é uma festa, uma comemoração para quando você termina a escola ou a faculdade ou então um curso. No meu caso, foi a formatura da escola.

-E o que acontece nessa formatura?

-Bem, primeiro os formando, como são chamados os alunos que acabaram a escola, ficam sentados enquanto o diretor da escola faz um discurso. Depois, um desses alunos vai fazer um discurso também, esse aluno é chamado de orador.

-E sobre o que é o discurso do orador?

-Sobre o futuro! O discurso do orador tem que ser inspirador e muitas vezes esses alunos acabam pirando para montar um discurso épico. -A mulher ri ao lembrar de sua amiga Jéssica surtando por causa do discurso dela- Depois do discurso do orador, o diretor chama por ordem alfabética cada um dos alunos que estão se formando. Eu fui quase a última a ser chamada enquanto seus pais foram praticamente os primeiros. Depois que te chamam, você se levanta e vai até o palco onde estão todos seus professores e o diretor da escola, um deles te entrega um tubinho onde deveria estar seu diploma. Você aperta a mão de todos, tira foto com eles e sozinha, e depois volta para o seu lugar para esperar o final da formatura. No final, o diretor dar os parabéns à todos, enquanto todo mundo bate palmas, e então acontece o momento mais épico e especial da formatura.

-Qual?

-A chuva de chapéus.

-Chuva de chapéus? Que isso?

-Todos os formandos precisam usar uma roupa específica. Uma beca com um chapéu. A beca é tipo um... Vestido longo e solto, e o chapéu é quadrado com um troço pendurado nele. Quando a formatura acaba, os formando tiram os chapéus e jogam eles para cima para simbolizar que finalmente estão livres, que finalmente acabaram aquela etapa de suas vidas.

-Aaaaa que legal! Eu quero ter uma formatura, mãe! -diz Nessie virando para sua mãe

-Você vai ter sua formatura, meu amor!

-Tia Sunny, o que tem dentro do tubinho?

-Como?

-O tubinho. Você disse que os alunos recebem um tubinho.

-Ah sim! No tubinho deveria ter seu diploma ali dentro mas como o diploma demora muito para ser feito, então eles colocam apenas alguns papéis picados ou uma folha. O que eles decidirem.

-O que é diploma?

-É um papel, um documento, que comprova que você terminou a escola e se formou. Algum dia vou te mostrar o meu.

Renesmee soltou um grande sorriso e voltou a falar e a falar do quanto queria ter uma formatura, que tudo o que a tia havia falado parecia lindo, e agora o sonho da criança era ter uma formatura e participar da famosa chuva de chapéus. Enquanto isso, Sunny volta a divagar em seus pensamentos. Ela estava preocupada e com medo. Medo do que estava por vir. A mulher queria do fundo do coração que houvesse algum jeito de evitar aquela guerra e aquelas mortes mas não sabia o que fazer.

Enquanto dirigia, Edward já havia reparado que a cunhada estava esquisita, que parecia nervosa e a ponto de chorar alguma hora. Ele tinha reparado que ela estava assim desde quando teve a visão, claro que ela disfarçava mas agora não tinha nem como disfarçar. O homem sabia que não era só nervosismo por conta da merda em que estavam metidos, havia algo a mais ali. Algo naquela visão que deixou Sunny em pânico. Mas se ela viu algo, por que não contou para todos o que viu?

Ele estava preocupado com a mulher, queria poder fazer algo para acalmá-la e por um momento pensou em algo muito errado para se fazer. Não, aquilo não poderia se repetir. Ele estava conseguindo conquistar a confiança de Bella novamente então não poderia quebrá-la por apenas um capricho. Por apenas um desejo. Ele amava sua esposa e vê Sunny apenas como irmã e melhor amiga. Mas Edward não podia negar que sentia sim uma atração diferente pela morena.

Desde o que aconteceu na floresta há 3 meses atrás, Edward vem sentiu isso pela mulher. Ele sabia que o que aconteceu foi apenas algo do momento e porque ambos estavam muito mal com os acontecimentos da época mas ainda sim ele começou a sentir uma atração pela morena, um desejo que as vezes sufocava ele. Além disso, o homem ainda guardava a calcinha que Sunny havia dado à ele naquele dia, claro que ele deixava escondido e ninguém sabia sobre aquilo. Além do desejo que Edward sentia por Sunny, ele ainda sentia um leve ciúmes da mesma. Começou com isso pouco tempo depois do que aconteceu, sempre que via a mulher com Jacob mas não entendia o que era, só passou a entender no dia em que Alistair chegou e Sunny deu em cima dele. Naquele momento ele soube que o que ele estava sentindo era ciúmes mas estava decidido a não deixar isso tudo que sente ir adiante pois ele amava Bella, pois Bella é sua companheira, pois sabia que Sunny não era sua companheira, sabia também que Sunny era companheira de outra pessoa... Infelizmente de um Volturi. E Edward não estava nada feliz com isso.

Com um suspiro, Edward tira seu olhar de Sunny pelo retrovisor e volta a olhar a estrada.

Os outros presente no carro estavam tão ocupados rindo e conversando que nem repararam. Cada um tinha sentimentos diferentes dentro de si.

Renesmee estava incrivelmente feliz pelo Natal que passou com seu avô e com sua família e amigos, claro que ela estava com medo pois sabia o perigo em que eles estavam mas ela era uma criança e precisava de um momento para se distrair.

Bree era outra que apesar de tudo estava feliz. Feliz por ter passado um Natal incrível com pessoas que a amam e que ela ama, feliz por ter sido incluída na família de Sunny, tanto que quase chamou Charlie de avô em um momento mas se corrigiu assim que reparou o que ia falar pois sabia que seria algo esquisito. Apesar disso, Bree estava feliz por ter achado uma família que a amava, muito diferente de sua antiga família. Antes ela nem mãe possuía já que a mesma havia ido embora e a deixado com o pai, pelo menos era isso que seu pai agressivo falava, mas agora ela tem duas mães. Esme e Sunny. As duas mulheres adotaram ela e a fizeram se sentir amada como nunca havia se sentindo antes. Então definitivamente Bree estava feliz, mesmo que estivesse morrendo de medo do destino que estavam traçando até essa guerra.

Já Isabella, essa tinha uma mistura de sentimentos dentro dela. Estava claramente com medo do que lhe aguardava nessa guerra contra os Volturi, triste por saber que infelizmente teria que deixar sua filha ir embora, teria que se separar de sua filha para protegê-la. Não sabia por quanto tempo, alguns dias, uma semana, dois meses ou até anos. Talvez nunca mais visse sua filha novamente e só de pensar nisso, seu coração se despedaçava.

Bella ainda tinha o fato de estar triste com seu marido por ter traído a mesma. Ela se sentia enojada sabendo do que houve entre ele e a irmã, mas também sabia que Edward guardava uma certa magoa desde seu primeiro beijo com Jacob lá em La Push. Ela se sentia culpada por isso. Também sabia que ele a amava e que ele era seu companheiro então por isso decidiu levantar a cabeça e passar por cima disso, por isso decidiu perdoá-lo. Claro que ainda não conseguiu totalmente e estava receosa de que algo acontecesse novamente mas ela tentava ao máximo voltar a confiar no homem que ama.

Já com sua irmã, as coisas estavam diferentes. Ela estava irritada com Sunny desde o beijo que a mesma deu em Edward na luta contra os recém criados. As coisas se acalmaram apenas em seu casamento e ela achou que havia esquecido tudo mas então surge essa traição e todo o sentimento volta. Ela sabia que não podia pedir nada de sua irmã já que havia ficado com o namorado dela duas vezes e tinha que admitir que se pudesse ficaria de novo, ela queria isso, pelo menos na época. Mas ainda sim sentia raiva pelo o que Sunny fez com ela. Estava tentando perdoar a irmã mas estava complicado. Porém com essa guerra vindo, Bella sabia que não podia entrar nessa ainda brigada com sua irmã, até porquê sabe exatamente o que os Volturi querem e sabe que se decidirem começar uma guerra, muitos irão morrer. Inclusive ela e Sunny. Então teria que fazer as pazes com sua irmã e seria hoje mesmo.

O tempo foi se passando e logo eles chegam na casa dos Cullen. Já estava escuro mas as luzes da casa estavam acessas. Os vampiros saem do carro junto do lobo e da criança, logo os outros dois lobos chegam na casa. Todos juntos entram na enorme casa dos Cullen e se deparam com vários vampiros arrumando suas coisas:

-Bem, eu vou tomar um banho para me arrumar. -diz Sunny que logo sai andando rapidamente escada acima

Enquanto a mulher ia para o banheiro tomar um banho, Bella e Edward vão até sua casa no meio da floresta, que foi presente de Alice, para se arrumarem.

Já no andar de cima, dentro do banheiro, estava Sunny de baixo do chuveiro com a água quente. A morena lavava seus cabelos e se ensaboava. Ela ainda estava presa em seus pensamentos, presa na visão que teve. Ela não queria que todos seus amigos morressem, não queria que sua filha morresse e não queria que Alec morresse. Mas o que ela poderia fazer para evitar essa futura tragédia? Ela não fazia ideia.

Perdida em seus pensamentos, a mulher só foi tirada deles com alguém batendo na porta do banheiro:

-Está morta aí, querida? -Sunny escuta uma voz rouca falando do outro lado da porta

-Ahm, não! Eu já estou acabando! -diz a mulher desligando o chuveiro e saindo do box enquanto se enxugava com sua toalha rosa

Sunny seca seus cabelos que, apesar de curtos, ainda ficavam super molhados e fazia ela demorar muito tempo para secar, mesmo com um secador. A morena coloca a roupa suja no cesto do banheiro e se enrola na toalha, como havia esquecido a roupa no quarto de Bree então teria que sair apenas de toalha pelo corredor até o quarto da mais nova. Assim, Sunny abre a porta do banheiro e não vê ninguém do lado de fora, dando os ombros ela sai do banheiro e fecha a porta porém quando vira para frente novamente é surpreendida por uma figura alta, loira e musculosa:

-Meu Deus, que susto! Se quer me matar pode falar, Alistair.

-Achei que soubesse que eu estava aqui encostado na parede. -diz o homem com um sorriso zombeteiro no rosto enquanto observava a mulher de cima a baixo

-E eu lá tenho bola de cristal pra saber de algo?

-Não mas pelo o que me falaram, você tem visões.

-Boa! -a mulher solta uma risada- Mas tenho visões apenas para coisas importantes e não é importante pra mim saber quem está do lado de fora do banheiro.

-Boa! -diz o loiro ainda olhando ela, o olhar do mais alto para logo no lugar mais visível, os seios médios da mulher

-Se me der licença, eu tenho que me arrumar. -diz Sunny afrouxando sua toalha em seu corpo- Temos uma fogueira para participar!

-Concordo! Bem, não irei ficar te prendendo, senhorita! -Alistair dá espaço para a mulher passar

Sunny solta um sorriso agradecido e vai andando para longe do loiro que observava a morena de costas, mais especificamente sua bunda. Já no meio do corredor, uma coisa inesperada acontece. Bem, inesperada para Alistair mas premeditada por Sunny. A toalha da mesma acaba escorregando de seu corpo e caindo aos seus pés no chão:

-Ops! -a mulher finge um leve susto quando vê que está nua na frente do vampiro loiro- Que toalha chata! Caindo no chão desse jeito. -diz enquanto se virava de frente para Alistair que encarava o corpo nu da mulher a sua frente- Opa! Ainda está aí, Alistair! -continua falando pouco se importando para sua nudez

O homem loiro apenas continua encarando a mulher que se divertia internamente com o olhar devorador e quente que o homem a sua frente estava lhe dando. Bem lentamente, a morena vai se abaixando para pegar a toalha, deixando em evidência sua bunda, colocando a mesma para cima. Assim que pega a toalha do chão, ela passa a mão no cabelo como se fosse uma modelo e logo abre a toalha novamente, colocando a mesma em seu corpo:

-Espero que não tenha se incomodado ou se constrangido com isso, Alistair! Sinto muito! -diz com um leve sorriso no rosto enquanto levava o olhar para a calça do homem, onde se podia notar uma leve elevação- Bem, até daqui a pouco!

A mulher se despede do vampiro e vai andando novamente para o quarto de Bree, onde estão suas coisas. Por dentro, Sunny pulava de alegria e cantava vitória mas por fora se mantinha séria e de cabeça erguida. Alistair por sua vez ficou encarando a mulher até a mesma entrar no quarto e fechar a porta.

Eu preciso ter essa mulher! Nem que seja uma vez.

Esse era o atual pensamento do homem e ele faria de tudo para alcançar esse objetivo. Com um balanço de cabeça, o mesmo entra no banheiro e logo o corredor fica vazio.

Ou quase!

O que ambos os vampiros não sabiam era que havia um terceiro vampiro escondido ali no corredor. Edward Cullen havia visto a cena inteira e queimava de raiva por dentro. Ele sabia que a mulher era livre pra fazer o que quiser e ficar com quem bem entender mas... Ele não podia evitar de sentir ciúmes vendo a cena. Não era certo mas ele sentia e ele sabia o motivo. Ele também desejava Sunny e ver outra pessoa também tendo a visão que ele teve há alguns meses atrás, lhe dava raiva. Sunny não podia ficar com Alistair mas não havia nada que Edward falasse ou fizesse que iria impedir.

Já dentro do quarto de Bree, estava Sunny se arrumando. Usando um secador, a morena seca seus cabelos e logo começa a se arrumar. Uma roupa totalmente preta com uma bota de salto. Em seguida, a mulher faz um babyliss no cabelo e passa um batom vermelho, passando um pouco de maquiagem. Ao terminar, escuta Bree entrando no quarto e logo a mais baixa começa a se arrumar também:

-Vai para um desfile ou uma batalha? -debocha Bree

-Uma batalha mas quem disse que não posso ir com estilo? -Sunny pisca para a garota e volta a se olhar no espelho- Pelo menos uma coisa boa tem que sair dessa merda.

Bree solta um suspiro enquanto se arrumava. Sunny olha para a garota que considera uma filha e se aproxima da mesma, logo a puxando para um abraço forte e beijando a testa da mesma:

-Eu acho que nunca te disse isso mas eu amo você, baixinha! -a garota olha surpresa para Sunny, ninguém nunca havia dito isso à ela- Que cara é essa?

-É que... Ninguém nunca... Deixa pra lá! -Bree solta um sorriso e engole as lágrimas presas em seus olhos, logo abraçando a mulher- Eu também te amo, Sunny!

***

Mais tarde...

Todos os vampiros e os três lobos já estavam na floresta, fazendo o acampamento no qual iam passar a noite. Algumas barracas já estavam montadas para os quatro que precisavam dormir e uma fogueira era feita por Jacob e Benjamin, que demonstrava seus poderes ao lobo:

-Isso aí! Agora sim estamos fazendo direito. Uma fogueira antes da batalha, contando histórias de guerra. -diz o lobo enquanto se sentava ao lado de Benjamin e Tia- Ou então ficando paradão como uma estátua. -diz rindo enquanto olhava Senna e Zafrina que se encontravam em pé, uma de frente para outra, paradas

-Pode dizer qualquer uma batalha americana. Estive em absolutamente todas elas. -Garrett se junta aos três na fogueira e logo Seth e Leah se sentam junto deles

-Little Bighorn? -pergunta Jake

-Estive bem pertinho de pegar o Custer mas os índios o pegaram primeiro.

-Se falam que guerra então falem da Guerra dos Onze Anos. Ninguém faz uma batalha como os irlandeses. -diz Liam, o patriarca do clã irlandês

-Perderam a Guerra dos Onze Anos. -diz Garrett olhando Liam

-Pode até ser mas foi uma baita rebelião.

-Se é assim então vamos contar nossa história. -os dois vampiros romenos se juntam a fogueira- Sabe, sempre fomos muito bem nas guerras. Vencíamos praticamente todas. -diz o loiro, Vladimir- Quando reinávamos tudo e todos vinham até nós. Caça, diplomatas, os que queriam favores. Para verem o tamanho do nosso poder. Mas nunca, nem por um minuto, usávamos chapéus brancos e nos chamávamos de Santos. Podem falar o que quiserem de nós mas agora mentirosos, nunca.

-Exatamente! Sempre fomos honestos sobre o que éramos e o que fazíamos. -o moreno, Stefan, começa a falar- O problema era que ficamos parados por um longo tempo, sem nenhum conflito, e não notamos que estávamos nos... Petrificando. Talvez os Volturi nos tenham feito um favor ao queimarem nossos castelos.

-Desde então estamos esperando e estamos esperando durante 1500 anos para... Retribuir este grande e incrível favor. -Vladimir solta um sorriso maníaco

-Espera, deixa eu ver se eu entendi. Quer dizer que vocês eram o Clã governante antes dos Volturi? E agora só sobrou vocês do Clã Romeno? -pergunta Sunny que estava apoiada em uma árvore escutando as histórias- Achei que eles sempre foram o clã governante.

-Pois é, infelizmente sim! Éramos o clã que governava e ditava todas as regras do nosso mundo. Mas os Volturi chegaram e conseguiram invadir e matar nossos guardas e todo nosso clã. -Vladimir explica

-Eles não estavam satisfeitos com nosso clã no comando, eles no caso Aro que sempre quer o poder para ele. Ele sempre quis governar o nosso mundo e por isso esperou até ter poder o suficiente para nos derrotar. Desde então estamos esperando para acabar com essa escória italiana. -Stefan explica- Aro só quer saber de poder, que o clã dele seja o mais forte. Por isso eu digo, garota, se ele não te matar e sobreviver a esta guerra, ele vai tentar te levar pro lado dele de qualquer jeito.

-Eu não vou me juntar a um homem doentio igual a ele, que quer matar minha família. Nunca!

Após isso, a conversa foi ficando mais amena. Os vampiros continuaram contando suas histórias até começarem de conversa fiada, fazendo Sunny se afastar da fogueira e começa a andar para longe de todos, andando pela floresta cheia de neve. A mulher fecha mais o casaco durante a caminhada e cruza os braços. Ela não sentia mais frio porém ainda se sentia confortável ao fazer isso.

Pouco tempo depois, a morena escuta passos atrás dela. Confusa, ela olha para trás e se depara com o vampiro loiro e musculoso. Alistair:

-Pois não?

-Como está?

-Ótima, Alistair! Por que não estaria?

-Devo numerar os motivos? -pergunta sarcástico fazendo a mulher solta ruma risada

-Tirando isso, estou bem! Acho que o clima da fogueira me deixou mais calma.

-Que bom! -o loiro dá os ombros e vai se aproximando da mulher- Eu andei pensando em umas coisas durante esse tempo e achei que deveria retribuir a amostra grátis do corredor.

-Amostra grátis? -Sunny solta uma risada- E como planeja retribuir? -ela se aproxima dele até estar frente a frente com o homem, ou quase já que ela ainda continuava mais baixa que ele mesmo de salto

-Talvez assim!

Dizendo isso, Alistair puxa Sunny com força pela cintura e tasca um beijo de tirar o fôlego na mulher. Sunny, que já esperava por isso e também que não é boba e nem nada, retribui o beijo com fervor. Colocando suas mãos na nuca do homem e puxando ele para mais perto dela, como se fosse possível. O homem leva as mãos até a bunda da mulher, que estava coberta pela calça preta, e aperta a mesma, fazendo Sunny soltar um gemido baixo entre o beijo.

Sem se importar, Alistair prende Sunny em uma árvore e assim o beijo vai ficando cada vez mais fogoso e mais desesperado. Logo os beijos de Alistair vão passando para o pescoço da mulher que retribuía aquilo com gemidos baixos enquanto passava a mão na ereção do homem.

Segundos depois, as calças e as peças íntimas de ambos os vampiros já estavam abaixadas e logo o homem começa a penetrar a mulher de modo rápido, fazendo a mesma delirar.

O fogo de ambos era enorme. Os gemidos que ambos soltavam devia ecoar pela floresta inteira porém eles tentavam ao máximo não chamar a atenção dos outros vampiros que estavam um pouco distantes deles dois. Os dois ficaram ali durante muito tempo, talvez uma hora ou até mais, matando o desejo enorme que sentiam um pelo o outro. E após muitas estocadas e gemidos, o homem chegou ao seu ápice, se desfazendo dentro da mulher que chega ao seu ápice alguns minutos após o loiro.

Ambos poderiam ficar naquela floresta fazendo sexo a noite inteira e quando acabassem não estariam cansados porém eles sabiam que precisavam parar pois podiam estar perturbando os vampiros e porquê tinham uma guerra para travar.

Após se vestirem novamente e se ajeitarem, os dois vampiros se olharam e soltaram um sorriso:

-E eu achando que você era antissocial. Que não gostava de pessoas. -Sunny solta uma risada- Sabia que iria conseguir fazer você mudar de ideia rapidinho.

-Ainda continuo não gostando de pessoas mas gostei de você. Foi uma transa muito boa.

-A melhor que já teve, pode admitir! -Sunny se gaba enquanto limpava o batom borrado- Porém foi apenas isso, uma transa.

-Digo o mesmo! Não se preocupe. Claro que se algum dia nos vermos de novo e ambos estivermos solteiros então não vejo problema algum em fazer de novo.

-Também não vejo problema algum!

Após ambos se ajeitarem, se despediram e Alistair voltou para o acampamento enquanto Sunny continuava na floresta observando a mesma e pensando. Logo a mulher decide subir em uma árvore e assim ela faz, indo até um galho voando e se sentando no mesmo. Ali, sentada no galho da árvore, a morena olhava a floresta coberta de neve e o céu escuro cheio de estrelas. Desejando poder ver essa cena outra vez após aquele dia, desejando sobreviver e pedindo a Deus para que tudo desse certo naquela batalha. Sorte era o que eles precisavam e um milagre também:

-Ei, baixinha! -Sunny toma um susto com a voz de Edward lhe chamando lá do chão- O que faz aí em cima?

-Ah, apenas olhando as estrelas. -diz a mulher se levantando e descendo da árvore- E o que você faz aqui? Não deveria estar com Bella e Nessie?

-Sim mas eu queria ver como você está.

-Estou ótima, Ed! Por que?

-Você anda estranha! Muito estranha!

-Impressão sua! Então foi só pra isso que veio? Pode voltar para sua esposa e para sua filha.

-Sunny, por favor! -o homem se aproxima da mulher que logo barra ele

-Pode parando aí. Olha, somos amigos e tal mas melhor ficarmos em uma distância segura por um tempo. Até toda essa tensão entre nós sobre o que aconteceu passar.

-Sobre isso...

-Nunca mais vai acontecer, Edward!

-Eu concordo e queria pedir desculpas por todos esses problemas que estão acontecendo entre você e Bella por causa do que houve.

-Sem desculpas! Nós dois fizemos e nós dois erramos. Ambos queríamos e fomos inconsequentes mas o que passou, passou. O importante é aprender com tudo isso e nunca mais acontecer o mesmo.

-Devo ser sincero que eu sinto sim uma atração por você, um desejo grande. -diz Edward soltando um suspiro por ter falado aquilo

-Não serei falsa a ponto de falar que não sinto. A verdade é que eu sinto também mas não acho que valha a pena colocar em risco tudo o que temos entre nós e com Bella por apenas um desejo. E sejamos francos, mesmo se jogássemos tudo para o alto e ficássemos juntos, não daríamos certo. Não somos apaixonados um pelo outro. Nos gostamos mas como amigos e irmãos, não como um casal.

-Torno suas palavras as minhas. -Edward sorri de leve- Tudo bem que eu ando sentindo um ciúme esquisito de você mas não acho que seja alguma coisa.

-Provavelmente apenas porquê ficamos mas com o tempo passa. O importante é que você ama a Bella e quer estar com ela, certo? -o homem confirma com a cabeça- Eu também amo Bella e amo a Nessie, amo você como meu melhor amigo e estou muito feliz de fazer parte dessa família mesmo que o único parentesco seja ser sua cunhada e irmã de Bella. Estou feliz com tudo isso! Não acho que valha a pena colocar tudo em risco por... desejo passageiro.

-Então vamos continuar sendo amigos, certo?

-Óbvio né, Cullen! Ou com quem eu iria zoar?

-Há! Há! Há! Hilária você. -os dois vampiros ficaram se encarando por um tempo até o homem voltar a falar- Mas Sunny, não queria falar com você sobre isso mas sim sobre você estar estranha.

-De novo isso? -a mulher revira os olhos- Já disse que estou bem! Achei que já tivéssemos passado disso.

-Fale o que quiser mas eu sei que tem algo acontecendo. Está esquisita desde o dia que teve a visão.

-Claro, olha a situação que estamos metidos. Uma guerra com os Volturi. Como eu estaria bem?

-Não é só isso, eu sei! Você viu mais alguma coisa nessa sua visão que te deixou desse jeito.

-De que jeito?

-Agoniada, nervosa, pensativa e triste.

-Está surtando!

-Me diga, o que você viu exatamente?

-Apenas eles declarando guerra com a gente.

-Sei que não foi apenas isso. Me diga! O que houve? O que você viu?

-NADA, EDWARD!

-Diga! Qual a dificuldade? É só falar!

-EU VI A NOSSA MORTE! -a mulher solta um grito alto e torce para não terem escutado- Vi pessoas importantes pra mim morrendo.

-Quem? Quais dos nossos que morrem?

-O Carlisle é o primeiro. -Edward prende a respiração e arregala os olhos, chocado- Depois Jasper. -seus olhos se abrem mais- Seth e depois Leah. -Edward abre a boca surpreso com o que a mulher falava- Minha pequena Bree. Por isso eu estou assim, não conseguir ver tudo e todos mas apenas essas mortes já me fizeram mal. Queria saber um jeito de mudar isso. -Edward continua quieto apenas olhando para a mulher a sua frente- Não vai falar nada, Cullen?

-Viu mais nada? Mais nenhuma morte?

-Apenas uma mas... Ahm... Não tem importância!

-Diga de quem.

-Não importa! -porém a mulher para ao ver a cara do homem lhe olhando- De um Volturi, apenas isso.

-Qual?

-Alec Volturi!

Edward Cullen ficou olhando a morena na frente dele e soltou um suspiro. Ele queria contar o que sabia sobre Alec e Sunny mas preferiu ficar quieto e apenas aceitar. Não era ele quem deveria contar a ela mas ela quem deveria descobrir o que Alec Volturi significava para ela mesma:

-E não sei porquê mas quando vi a morte dele, tudo dentro de mim começou a doer. Por que? Não entendo! Eu deveria ficar feliz com a morte dele.

-Olha, nós vamos conseguir passar por isso. Não se preocupe! Nenhum dos nossos vai morrer.

-Assim eu espero!

Ambos os vampiros ficaram calados durante um tempo, apenas olhando para um ponto qualquer da floresta. Perdidos nos próprios pensamentos até Edward se levantar e se despedir de Sunny, que decidiu continuar ali sozinha para ter um tempo apenas para ela. Assim que o homem saiu, a mulher se sentou no chão e ficou olhando o breu a sua frente, levantou suas pernas e colocou seu queixo em seus joelhos, e ali ela ficou. Sozinha. Pelo menos até outra pessoa chegar.

Será que não vou conseguir ficar sozinha durante um minuto?

Pensa a mulher cansada de ser interrompida e de ser tirada de seu momento particular. Porém ao escutar a voz da mulher que acabará de chegar, Sunny se alegrou:

-Oi! -diz Isabella se sentando ao lado da irmã

-Oi!

-Como está?

-É, estou levando né! Tentando ser forte para lutar. E você?

-O mesmo! -após isso, o silêncio reina entre elas- Eu escutei sua conversa com o Edward.

-Agora deu para escutar as conversas alheias? -zomba Sunny olhando de relance para sua irmã que solta um leve sorriso com o clima levemente descontraído

-O que posso fazer se sou curiosa? -Bella diz risonha e logo ambas soltam uma risada- Escutei que sentem atração um pelo outro.

-Bella, isso não é nada. Isso nunca vai ser alguma coisa. Pode confiar!

-Eu confio! Sei que ele me ama e você também me ama. Agora eu consigo entender. Também, como não poderia? Eu sentia o mesmo por Jacob e ele por mim.

-Acho que somos muito emboladas.

-Com certeza! A família confusão. -as irmãs soltam outra gargalhada- De qualquer forma, agora eu vejo que por mais que sintam essa atração um pelo outro, o amor que sentem por mim e a amizade de vocês é maior do que essa atração.

-Eu juro que nunca mais aquilo vai se repetir. Não vale a pena colocar tudo o que temos a perder por causa de uma atração física que nunca irá levar a algo.

-Eu sei!

As duas mulheres voltam a ficar em silêncio durante um tempo, apenas curtindo a presença uma da outra. Isabella coloca sua mão em cima da mão da irmã e logo as mãos estavam entrelaçadas. Tudo agora estava bem. Elas tinham noção das coisas que fizeram e sabiam que ambas erraram uma com a outra mas também sabiam que os erros não iriam se repetir. Sabiam também que agora não era hora de ficarem brigadas mas sim de se unirem:

-Eu não queria ir para essa guerra brigada com você. -diz Sunny

-Eu sei, eu também não queria. -Bella concorda com a irmã- Sunny, eu escutei o que disse ao Edward sobre sua visão.

-Não quero falar sobre isso.

-Tudo bem! Só quero que saiba que vai dar tudo certo. Assim eu espero! -Sunny concorda com Bella- Bem, vou te deixar sozinha agora. Deve estar querendo!

-Me conhece tão bem! -Sunny solta uma risada junto de Bella que se levantava e ia andando para longe da irmã

-Sunny... -a vampira para de andar e se vira- Eu te amo!

-Eu também te amo, sua tonta!

Com um último sorriso, Isabella se afasta de sua irmã e vai voltando para o acampamento. Agora, finalmente, Sunny ficaria sozinha sem nenhuma perturbação. Apenas ela, seus pensamentos e seus desejos. Desejando uma solução para acabar com essa guerra.

Continua...