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História A irmã de Harry Potter - Noite de lua cheia


Escrita por: Mandyzinhah

Capítulo 62 - Noite de lua cheia


POV Harry

 

Saímos da casa dos gritos voltando para o salgueiro lutador carregando Ronald, ele estava debilitado por conta da mordida que o lobo, isto é, Sirius Black, deu em sua perna. Ele e eu sentamos meu amigo perto das raízes da árvore e Hermione começou a rasgar a perna da calça de Rony pra analisar a ferida, foi quando vi Sirius suspirar olhando pro céu, ele se afastava de nós, parecia estar aliviado de ter encontrado Pettigrew, foi quando Rony me disse:

- É melhor você ir.

- Não se preocupe, eu tô bem, vou ficar. - respondi voltando a cuidar da perna de Rony.

Foi quando escutamos passos ao longe e quando levantei a cabeça, vi Hannah se aproximando com o mapa do maroto em mãos, ao nos ver, ela gritou:

- Harry! Hermione! Rony! - ela correu em nossa direção, parecia aflita - Vocês estão bem?

- Não muito. - respondeu Rony.

Eu perguntei então:

- Como conseguiu o mapa? Ele estava com …

- O professor Lupin, - ela me interrompeu - é, eu sei. Eu queria tirar dúvidas com ele, foi então que vi o mapa aberto em cima da mesa dele e que vocês estavam na passagem pra casa dos gritos, além do mais eu os vi com Sirius Black, imaginei que precisassem de ajuda.

Eu respirei tentando buscar por fôlego para respondê-la:

- Hannah, Sirius Black, ele não é mal. - eu a via me olhar com indignação, como se eu fosse um cretino - É, Hannah, ele não queria me matar, ele queria matar Pedro Pettigrew.

- Mas Pettigrew está morto. - disse ela quase que imediatamente.

- Não, ele era um animago. - falou Hermione.

- E eu ainda não acredito, era o Perebas. - disse Rony indignado.

- O quê? Mas o que tá acontecendo? - perguntou Hannah confusa.

- Olha, é uma longa história, depois eu explico. - disse pra ela, foi quando Hannah virou pra beira da floresta e viu Sirius olhando o luar, ela levantou e começou a olhá-lo com espanto - Hannah, é importante que saiba mais uma coisa. - ela começou a me encarar - Sirius é uma boa pessoa, ele nunca fez nada a ninguém, você tem que confiar nele.

Ela me encarou por um tempo e por fim respondeu:

- Eu realmente espero que não esteja enganado.

Nós olhamos para Rony por uns instantes até que Hermione disse:

- Eu fico com ele, vão lá.

- Você está bem? - perguntei a Rony antes de me levantar.

- Eu estou ótimo, vai. - ele me respondeu.

Eu olhei pra Hannah e ela pareceu hesitar muito, mas acabou me acompanhando, nós nos aproximamos de Sirius, agora ele estava contemplando o castelo de Hogwarts e ao perceber que estávamos nos colocando ao seu lado, ele disse:

- Ah, olá, Hannah. - minha irmã o olhou e não disse nada, então Sirius apenas deu um risada curta e voltou a olhar Hogwarts - É lindo, não é? Nunca vou esquecer a primeira vez que entrei por aquela porta, vai ser bom entrar de novo como um homem livre. - ele deu uma entre-olhada pra mim e continuou - Foi uma atitude nobre a que você teve, ele não merecia.

No mesmo momento, eu o respondi:

- Achei que o meu pai não ia querer que os dois melhores amigos virassem assassinos. Morto iria levar a verdade com ele, vivo inocenta você.

Hannah ficou paralisada, como se estivesse ligando os pontos, o que eu acho que não seria complicado de se fazer já que ela é muito esperta, até que finalmente ouvimos o professor Lupin arrastando Pettigrew pra fora do salgueiro, ele estava gritando desesperado, até que caiu perto de Rony e disse:

- Rony, eu não fui um bom amigo? Um bom bichinho? Não deixem que me entregue pros dementadores, eu fui seu rato. - ele virou pra Hermione - Menina meiga, menina linda …

- Fique longe dela! - gritou Lupin o agarrando e tirando Pedro de perto deles.

Foi então que nos desconectamos daquela cena com a voz de Hannah perguntando a Sirius:

- Aquele é Pedro Pettigrew?

Sirius olhou pra ela e a respondeu:

- Sim, foi ele quem entregou seus pais ao Voldemort, eu nunca fiz nada. - ele suspirou - Assim que ele aparecer para os dementadores, meu pesadelo acaba.

Minha irmã parecia estar digerindo as informações, ela tinha um olhar distante em direção ao castelo, parecia perplexa e eu a entendia, afinal um homem que até então acreditávamos que estava atrás de nós para me matar, na verdade nunca me quis mal algum.

- Não sei se você sabe, Harry, - disse de repente Sirius - mas quando você nasceu Thiago e Lilian me convidaram pra ser seu padrinho.

Hannah olhou pra nós de boca aberta enquanto eu respondia:

- Eu sei.

Minha irmã corria o olhar entre eu e Sirius, que continuou a dizer:

- Eu vou entender se quiser continuar a morar com seus tios - ele virou pra Hannah - e você se quiser morar com seus pais adotivos, Hannah, mas se um dia quiserem uma casa diferente …

- O quê? - Hannah o interrompeu - Está nos chamando pra morar com você?

Ele virou pra ela hesitante mas a respondeu:

- Bom, foi só uma ideia, eu vou entender se nenhum de vocês quiser ir.

De repente fomos interrompidos por um grito de Hermione:

- HARRY! - assim que nos viramos, ela nos apontou o professor Lupin e a lua cheia no céu, na hora entendemos o motivo.

- Ai meu Deus, o professor Lupin. - disse Hannah enquanto começamos a correr em direção a ele.

- Como sabe? - perguntei.

- Você acha que Snape falaria de lobisomens assim do nada? Além do mais lembra do bicho papão dele? - respondeu ela e na hora lembrei que quando o professor Lupin interveio no meu bicho papão, ele se transformou num céu com lua cheia.

Sirius se aproximou do professor gritando:

- Remo, meu velho amigo. - ele por sua vez olhava fixamente pra lua começando a tremer - Você tomou sua poção esta noite? Você sabe o homem que realmente é, Remo, você sabe o ser que é neste coração que habita.

Enquanto Black gritava com o professor Lupin, Hermione e Hannah trataram de pegar Rony, enquanto observei o professor largar a varinha que segurava e Pettigrew pegá-la, tirei minha varinha do bolso e tratei de conjurar:

- Expelliarmus. - a varinha voou das mãos dele, que por sua vez se transformou em rato e fugiu.

Eu ia atrás dele, porém Hannah me puxou de volta e vimos o professor Lupin se transformar em lobisomem.

- CORRAM! CORRAM! - gritou Sirius desesperado.

Quando a transformação se tornou completa, ele arremessou Sirius e quando íamos começar a correr, Hermione disse:

- Espera! - ela começou a avançar devagar em direção ao Lupin - Professor? - ele começou a encará-la choramingando - Professor Lupin?

Ele soltou um uivo fazendo Hermione recuar e então começou a avançar devagar em nossa direção. Nervoso, Rony começou a falar:

- Ei, cachorrinho. Ei, cachorrinho.

Nós nos encolhemos olhando pro lobisomem, foi então que, de repente, Snape chegou e parou bem na nossa frente dizendo:

- Você está aqui, Potter!

- PROFESSOR SNAPE, CUIDADO! - gritou Hannah, foi então que o lobisomem soltou um tipo de berro ou rugido, fazendo o professor virar para ele.

Snape nos agrupou bem atrás dele, recuando, o lobo bateu sua pata nele nos jogando pro chão sob os gritos de Hermione e Hannah, ele levantou mais uma vez a pata para nos arranhar, foi quando Sirius, como animago, pulou em cima dele e os dois começaram a travar uma briga, então Sirius o atraiu, fazendo o lobisomem correr atrás dele e eu não podia deixar que ele matasse meu padrinho.

- Sirius. - eu comecei a correr na direção em que eles foram sob os gritos de Snape.

O lobisomem havia conseguido dominar Sirius, estava para dar o golpe de misericórdia, foi quando eu peguei uma pedra e lancei nele, fazendo ele vir em minha direção levantando a pata, foi quando escutamos da floresta um uivo que chamou a atenção dele e minha, então, correspondendo ao uivo, ele correu em direção a floresta.

- Harry! - Hannah chegou correndo ao meu lado e então vimos Sirius se desfazendo da forma de animago, cambaleando, ele caiu pela floresta adentro - Vamos!

Minha irmã e eu corremos atrás dele que rolou e parou perto de um pequeno lago, ao nos aproximarmos, nos abaixamos e eu virei seu rosto pra mim, Sirius estava com um grande arranhão em seu ombro esquerdo e sangrava muito, tudo que pude fazer foi falar desesperado:

- Sirius, não.

Eu o olhava com atenção para saber se estava tudo bem, foi então que Hannah disse:

- Harry, olha. - a água do lado começou a congelar gradativamente, porém o clima não era frio o suficiente pra isso, foi então que eu soube, os dementadores estavam ali.

De repente, Sirius que estava até então desacordado, abriu olhos e gritou com espanto olhando fixamente pro céu, foi então que Hannah e eu vimos vários dementadores nos cercando e então eu disse:

- Pense na sua lembrança mais feliz.

- Você tá brincando, né? Agora? - Hannah disse olhando pros dementadores com medo.

- Quando pensar, diga Expecto Patronum. - continuei sem dar atenção ao que ela havia dito antes.

- Como aprendeu a executar o patrono? - perguntou ela.

- Sério que quer conversar agora? - disse eu, foi então que um dos dementadores desceu em nossa direção e atacou Sirius, que gritou.

No mesmo instante me pus de pé, pegando minha varinha e conjurei:

- Expecto Patronum. - um raio luminoso saiu da ponta de minha varinha, porém não forte o suficiente, então quando vacilei, um dos dementadores me atacou e eu gritei de dor caindo no chão.

Os dementadores começaram a nos atacar incessantemente, foi então que, de repente, Hannah se levantou e conjurou:

- Expecto Patronum. - o raio luminoso saiu da ponta de sua varinha, porém com muito mais intensidade que o meu, com muito mais força.

Eu fiquei encantado com aquilo, ela havia conseguido fazer de primeira e com tanto poder, eu conseguia sentir que ela havia executado um patrono muito forte, porém nesse mesmo momento, tornando a olhar Sirius, vi uma bolinha luminosa sair de sua boca e subir até a altura de algo que me chamou atenção do outro lado do lago, uma corça luminosa, que emitiu uma grande luminosidade que varreu todos os dementadores do lago, fazendo minha irmã parar e prestar atenção também. Assim que tudo acabou, a bolinha luminosa voltou pra dentro da boca de Sirius, que tomou ar, mas não acordou, e então fui vendo a corça desaparecendo, porém tudo ficou borrado, aos poucos tudo foi escurecendo e a voz de Hannah, que me chamava, foi ficando cada vez mais distante, eu não conseguia ter forças mais para suportar os ataques dos dementadores, eu estava ficando fraco, foi então que não escutei mais nada, tudo se apagou e eu caí no chão.



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