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História A Irmã de Kurama - Capítulo 04


Escrita por: RenataFVC

Capítulo 4 - Capítulo 04


CAPÍTULO 04

Pov. Kurama

Após conversa com Miyako, sinto o poder de Kurama Youko voltar. Mas eu não tinha cortado ligação com o mundo das trevas e perdido o poder do ladrão lendário? Depois irei na mestra Genkai conversar sobre isso.

Além do mais... Essa Miyako me parece familiar. E ela parece ter sentido o mesmo. E parece que tenho uma irmã sem saber. O que anda acontecendo?

No momento, estou indo para o santuário da mestra Genkai. Sim, deixei de ir pra escola pra ir desvendar tudo isso. Chegando lá, ela já parece entender tudo.

Kurama: Olá, Genkai.

Genkai: Olá, Kurama. Acho que já sei por quê está aqui. É sobre Miyako, certo?

Kurama: Sim. Me encontrei com ela ontem. Sei que, há essa hora, ela deve estar na escola. O que sabe sobre ela?

Genkai: Ela é a portadora de Kyara Youko, que é irmã gêmea de Kurama Youko. Ela não me disse muita coisa. Mas, ao meu ponto de vista, é uma garota impulsiva e orgulhosa. Sem contar que não gosta de receber ordens e não sabe os bons modos. Ela é total oposto de você, Kurama. Mas é uma boa garota. Acho que terei muitos problemas com ela.

Kurama: Ela está por aqui? — falo, surpreso com a quantidade de informações obtidas.

Genkai: Sim. Ela me seguiu desde o casamento de Yusuke. Daqui há pouco ela estará aqui, de novo.

Kurama: Eu posso falar com ela? Embora eu ache que seja difícil tentar isso. — falo, coçando a cabeça.

Genkai: Ela está te procurando. Com certeza irá parar pra te ouvir.

Kurama: Assim espero. Ela é muito esperta. Só olhando para mim, descobriu que atendo por outro nome. E me disse que atende pelo nome de Kyara. Isso fez o meu lado Youko despertar. Por que você disse que irá ter grandes problemas com ela?

Genkai: Ela não sabe se controlar. Quando vi ela pela primeira vez, ela ficou animada ao ouvir falar de você e quase deixou o lado Youko dela assumir o controle.

Kurama: Como?

Genkai: Ela conversa com Kyara. É como se conversasse em pensamento. Me responde Kurama. Como você aceita dizer que ela é sua irmã?

Kurama: Meu lado Youko voltou. Isso já é um grande motivo de acreditar nela.

Genkai: Ela só chegará meio-dia. Se quiser esperar até lá... Sinta-se em casa.

Kyara: VELHAAA! CHEGUEI! ACHO QUE NEM DEU TEMPO DE VOCÊ SENTIR SAUDADES, NÉ MESMO? E... Ué? O que você faz aqui, Suíchi? — ela grita, entrando e para, quando me vê.

Genkai: Tenho que te contar uma coisa.

Ela se senta e encara a mestra.

Kyara: Pode dizer. Sou toda de ouvidos. Pode começar por... Hum... O que é tãããoo importante pra você estar assim, heim, Genkai?

Genkai: Kurama é seu irmão, certo?

Kyara: Claro!

Genkai: E Suíchi é Kurama.

Kyara: WTF?!! — ela berra e me encara.

Mesmo conhecendo ela há pouco tempo, vejo ela me encarar de modo alegre.

Kyara: Mano?! Kurama Youko?!

Kurama: Sim. Eu mesmo. — falo e sinto um corpo cair encima de mim.

Kyara: Até que enfim te encontrei! A maldita da Kyara só faltava me arruinar em te procurar!

Ela fala, me abraçando, totalmente animada. Devolvo o abraço à altura. Logo, vejo um par de orelhas agudas tocarem meu rosto e vejo o cabelo, antes azul, mudar para castanho. Entendi o que Genkai disse.

Kurama: Hum... — falo e aperto a orelha dela.

Kyara: Maldito! Miserável! Larga a minha orelha! Ela é sensível!

Kurama: Hahahaha! Cadê aquele carinho todo?!

Kyara: Evaporou! Enfim... Por que não me disse que era Kurama na escola?

Kurama: Será que é porque você não me disse quem era ele?

Kyara: Hum! Genkai me falou de um tal time Urameshi! Você participou desse time? — ela fala, se sentando à minha frente.

Genkai: Irei sair. Vocês precisam se conhecer.

Kyara: Até mais, velhota! Eu te ajudo com o almoço!

Genkai: Você me deve explicações, heim?

Kyara: Certo. — ela fala e Genkai sai. — Sobre o que ela está falando? — e olha na direção da porta.

Kurama: Acho que pelo fato de você ter chegado as 9:00 horas da manhã. Sabendo que devia ser ao meio dia.

Kyara: Oh-oh... Enfim, não muda de assunto!

Kurama: O time Urameshi era formado pelo Yusuke, Kuwabara, Hiei, Mascarada, que era a mestra Genkai, e eu. Nós lutamos juntos no primeiro torneio. Há, em média, uns... Dois anos, diria.

Kyara: Vai ter um novo torneio, certo? Você vai participar? Eu posso participar?

Kurama: Vai ter um novo torneio, sim. Provavelmente, eu vou participar. E não, acho que você não vai participar.

Kyara: Como assim?! — ela se levanta, com tudo.

Kurama: Já percebi que você é muito sem paciência. Acho que, se for ao torneio, vai acabar matando o primeiro que aparecer na sua frente. Mas, tem dois anos pela frente. Espero que amadureça nesse tempo. — falo, bagunçando os cabelos dela, que bate na minha mão.

Kyara: Agora, mudando de assunto... Tu tem namorada, Kurama? Quero conhecer minha cunha!

Kurama: Não. Não tenho.

Kyara: Como não?! Você é muito lindo pra ser solteiro! Como pode se desaproveitar assim?!

Kurama: Vai me dizer que você tem namorado?

Kyara: Não. Eu não tenho nenhum namorado. Tá amarrado em nome de Jesus!

Começo a rir da atitude dela. Ela é bem orgulhosa e impulsiva.

Kyara: Kurama, falando sério... Você combina com uma menina de cabelo azul que eu vi! Ela tem olhos roxos, e cabelo azul claro! Acho que você conhece! Eu estava falando com ela hoje! A Botan é super gente fina!

Quase engasgo com a própria saliva. Não sinto nada pela Botan. A não ser amizade e respeito. Mas, quem sabe mais pra frente, algo novo aconteça?

Kyara: Mano? Tudo bem?

Kurama: Sim. Me fala, Kyara. O que te fez me procurar?

Kyara: Não sei. O meu lado youkai me forçou a vir te encontrar. Custava o que custasse. Pelo o que Kyara falou, parece que ela vai me ajudar a encontrar aquele papo furado de “alma gêmea”! — ela fala, fazendo careta — Céus! Como alguém acredita em tantas bobagens?!

Kurama: Eu também quero saber!

Nós dois começamos a rir. Sim, eu sinto que ela é minha irmã e não tenho mais sombra de dúvidas.

Kyara: Ei, mano! Como você é na escola? Em que ano você tá?

Kurama: No terceiro grau. Pulei um ano e tenho 16 anos.

Kyara: Nossa! E eu corro risco de repetir! Sou aluna nota dez! Tirando o 1 da frente! Eu posso cabular na sua sala? Assim é dez vezes mais seguro do que ter que enfrentar uma par de gente idiota! Começando pelos tiozinhos da prova!

Kurama: Infelizmente... Não! Não posso deixar isso acontecer.

Kyara: Eu sabia que você iria me deixar na mão! Sabia!

Kurama: Enfim... Está meio tarde pra mim. Tenho que ir. Amanhã nos vemos na escola. Além do mais... O que aconteceu pra chegar tão cedo?

Kyara: Ah, nada de mais. Só mais uma suspensão.

Kurama: O que você fez?

Kyara: Chutei as bolas de um garoto, dei uma surra em outros dois e briguei com três garotas do terceiro! — fala, normalmente.

Kurama: E você fala assim, normalmente?

Kyara: Claro! Ninguém manda passar a mão na minha bunda, me chamar de gostosa invocada e me chamar de Maria-macho. Isso é briga na certa! Principalmente pra mim!

Kurama: Bem, já vou indo. Até mais, maninha!

Kyara: Até mais, mano!

Saio do santuário e vou para casa. Até lá, já deve ter dado o horário da escola. No caminho, penso em como será no próximo torneio e se Kyara deve ir comigo. Se ela não for, vão mandar assassiná-la. E isso não é nada bom.

Espero que Genkai saiba ajudar ainda mais aquele garota.

POV. KYARA

Kyara: Genkai! Cadê tu, velhota? — falo, entrando na cozinha do santuário.

Genkai: Por que voltou mais cedo?

Kyara: Arranjei briga. — falo, dando de ombros — Você é pior que minha mãe. — falo e recebo um puxão de orelha. — AAAAAIIII!!! AAAAAAAIIIIIIIII!!! MINHA OREBA, SUA VELHA! Tá querendo me matar?!

Genkai: Vaso ruim não quebra. Por incrível que pareça, você não morre tão cedo. Vem, vamos treinar.

Kyara: E EU VOU MORRER DE FOME?! — ela me encara e já sei a resposta — Não precisa responder. Onde a coelhinha mutante está?

Genkai: Yukina? — afirmo — Ela está com Kuwabara. Eles estão namorando. Mesmo ela não sabendo o significado de namoro.

Kyara: Eu também não sei. O que é namorar? — ela me olha tipo: “sério isso?”.

Genkai: Vamos treinar que você ganha mais.

E lá vamos nós, treinar, treinar, treinar, treinar e... Eu já falei/pensei treinar?

*****HORAS MAIS TARDE******

Kyara: Eu acho que vou morrer... Você não poderia pegar mais leve, velhota? Eu sou de carne e osso!

Genkai: E eu sou do que?

Kyara: De ferro. O que você acha? — falo e recebo um outro soco — Eu e minha grande boca...

Genkai: Você já tem 15 anos. Do que pretende trabalhar?

Kyara: Eu tenho cara de querer trabalhar de quê?

Genkai: Carcereira, investigadora, policial, assassina... Mas, esse último, vamos ter que descartar.

Kyara: Então, dentre carcereira, investigadora, policial... Eu prefiro ser... Hum... Defensora da Justiça! Vou ter até nome próprio! Vou ser uma Mulher-Maravilha da vida! Eu vou ser uma amazona! EU VOU SER A DEUSA DA GUERRA! VOU LUTAR E VENCER! VOU SER MAIS FORTE QUE O SUPERMAN! VOU SER... AI! POR QUE FEZ ISSO, GENKAI?! — falo, ao receber um soco da velhota.

Genkai: Você sonha muito alto. Você ficará quantos dias se ir pra escola?

Kyara: Dois dias. Não! Três! Vamos dizer, o resto da semana! Hehehe...

Genkai: Vamos começar a treinar. A partir das cinco da manhã.

Kyara: CUMÉQUIÉ?! CINCO DA MADRUGA?!! TÁ QUERENDO ME MATAR?!

Genkai: Se você continuar gritando, vou te jogar no lago.

Kyara: Você não ousaria...

Genkai: Sim. Enfim, boa noite.

Kyara: Eu vou para a casa da minha mãe! Manda um oi pra coelhinha mutante e pro rapazola do mundo espiritual! Tchau, velhota! Nos vemos amanhã e...

Genkai: Se você se atrasar, vou aumentar tudo de hoje em cinco vezes.

Santo Deus! Pai eterno de todas as coisas! Eu vou morrer na mão dessa velha! Não permita que isso aconteça! Sou muito nova pra morrer!

Kyara: Genkai, me responde uma coisa?

Genkai: Sim.

Kyara: Qual é o sentido verdadeiro de lutar? — pergunto, me sentando atrás dela.

Ela leva alguns minutos sem me responder. E, depois de quase 10 minutos...

Genkai: Qual é o sentido de viver?

Kyara: Nascer, viver e morrer?

Genkai: E qual é o sentido da vida?

Kyara: Eu não sei.

Genkai: Você escolhe o sentido de viver. Você escolhe o sentido da sua vida. E você escolhe o sentido de lutar. O verdadeiro sentido de lutar é quando se tem um objetivo. Você se lembra da primeira vez que manifestou sua força para combater o mal?

Kyara: Hum...

Eu paro pra pensar. Só aconteceu algo assim quando eu vi uma mulher quase ser estrupada na minha frente, só que eu a ajudei. Será que é isso mesmo?

Kyara: Aham. Eu me lembro.

Genkai: E o que você pensou nessa hora?

Kyara: Matar, matar, matar, matar, matar, matar, matar, matar, matar, matar, matar, matar, matar, matar, matar, ma...

Genkai: Eu já entendi que você queria matar, cabeçona! Então, esse era o seu objetivo! Acabar com tudo e todos! E agora, quando você luta ou briga o que sente ou pensa?

Kyara: Eu fico animada! É a maior loucura do mundo! Meter porrada em todos que aparecem na sua frente! Cara, cê não sabe a sensação que isso trás!

A velhota se vira e me encara. Meus cabelos devem estar castanhos.

Genkai: E por que você se meteu em briga hoje?

Kyara: Porque alguns idiotas estavam me assediando verbalmente e fisicamente. E umas patricinhas resolveram tirar com a minha cara. E deu tudo em briga. E dessa eu fui pra diretoria. E aí eu...

Genkai: E eu já entendi. Você briga por algo. Lutar não será diferente.

Kyara: E qual a diferença de briga pra luta?

Genkai: Na briga, só um sabe bater mais que o outro. Quem bate mais, chora menos. Na luta, os dois, ou mais, que estiver envolvido, sabe alguma coisa sobre como lutar.

Kyara: Não vejo diferença. No final, tudo se resolve na pancadaria. Bem, eu vou indo. Amanhã eu apareço aqui. Até as cinco!

Genkai: Até, pirralha!

Hur, velhota... Saio de lá e vou pra casa da minha mãe. No meio do caminho, vejo uma doceria. Vou aproveitar que recebi minha mesada ontem e vou gastar metade com chocolate.

Entro na loja e vou diretamente pras fileiras de puro açúcar! Meus olhos só faltam saltar da cara! Compro algumas caixas de bombons Garoto, Lacta, Nestlé e etc., barras de chocolate, pirulitos, balas, brigadeiro, barras de chocolate, pirulito, balas, brigadeiro e... Eu já falei barras de chocolate, pirulito, balas, e brigadeiro?

Depois da minha imensa compra, vou ao caixa pagar.

Caixa: Deu R$xx, xx.

Kyara: Toma. — entrego a ela uma quantia em dinheiro e ela me dá o troco.

Caixa: Obrigada. Tenha uma ótima festa de aniversário.

Kyara: Moça, isso tudo é pra mim.

Pego as sacolas (que não são poucas) e saio de lá, deixando uma mulher com a boca aberta.

Vou andando até em casa. Chego e está tudo fechado. O jeito é pular o muro e a janela do meu quarto.

Jogo as sacolas para o outro lado do muro e olho ao redor. Puxo meu boné pra frente do rosto me jogo para cima do muro. Me sento no mesmo e, com cuidado para não machucar meus queridos doces, pulo.

Pego as sacolas e alguns doces que caíram pra fora das mesma. Olho pra janela do meu quarto. Ela está fechada. Espero que não tenha ninguém me olhando.

Kyara: Não tem jeito... Vou fazer um nevoeiro. — levanto as mãos pra cima e...

????: QUERIDA?! HIC! QUÉ QUI VOCÊ TÁ FAZENDO? TÁ TUDO BEM? QUER AJUDAR PRA COÇAR SUAS COSTAS?! — minha mãe aparece.

Kyara: Mãe, você bebeu de novo?

Mãe: Ah, filha... Foi só um pouquinho... Não precisa brigar comigo, não! — e ela começa a chorar — Por que eu tô chorando? Sou tão burra a ponto de não saber por quê estou chorando?

Kyara: Eu também tô querendo saber.

Mãe: Ah, muleke! Eu não sou a única a não saber por quê eu to chorando! — ela fala e para de chorar. Essa mulher é bipolar. Ou deve ser o álcool fazendo efeito.

Kyara: Cadê a chave, mãe? — falo e ela tira as chaves do bolso.

Mãe: Tá aqui! Vem, pegar, bebê! Vem! — corro até ela e pego as chaves com a boca.

Kyara: Até mais, mamãe. — pego a chave na mão e abro a porta.

Subo diretamente pro meu quarto, junto com minhas sacolas. Preparo um filme e pipoca.

Desço pra cozinha, pego um chocolate e deixo derretendo para, depois, colocar nos morangos que vou fazer agora.

Mãe: Minha filha... Vem aqui, minha filha querida... Eu quero ver meus netinhos... Meus netos já nasceram? Tá tudo bem com vocês? E o seu namorado? Tá tudo bem com ele? Abre essa porta, querida... Eu quero ver meus netos! Não tome de mim meus netos! Oh, que vida cruel! Meus netos! Meus netos! Meus netos! — ela fala, do outro lado da porta da cozinha.

Kyara: Mãe, eu não tenho namorado! — falo, suspirando.

Mãe: Tem sim! Eu tô vendo! É seu namorado sim! Não mente pra mim! Olha que eu taco a chinela na sua cara!

Ela fala isso e arromba a porta com uma colher de pau na mão.

Kyara: MÃE?!! A SENHORA VAI ME AGREDIIIIIR?!! — falo e coloco as mãos no peito como se fosse atingida no coração — SÉRIO ISSO, JAPÃO?!! Ou seria produção? — e faço uma cara de pensativa.

Minha mãe taca a colher em mim. Me desvio e vejo que essa noite será cheeeia...


Notas Finais


Ehh, Kyara...

Sua mãe quase te pega com a boca na botija...

Enfim, até o próximo capítulo.


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