1. Spirit Fanfics >
  2. A Jornada >
  3. Capítulo IV - Guia

História A Jornada - Capítulo IV - Guia


Escrita por: AzusaKim

Notas do Autor


Olá!

Estou passando rapidinho para deixar este capítulo! Semana corrida, visita em casa resultado: atraso e capítulo menorzinho. Desculpe por isso, mas garanto que o próximo compenso <3
Gostaria de expressar minha gratidão imensa, por cada um dos favoritos em A Jornada, me enche de felicidade e me da disposição isso e claro, os comentários e feedbacks. Nas notas finais terá link de imagens que retratam alguns cenários citados e objetos, não deixem de olhar!

Boa leitura amorecos <3

Capítulo 4 - Capítulo IV - Guia


Capitulo IV - Guia

 

Monte luz era de todas, a cidade mais pacífica que Chanyeol já esteve, suas ruas embora lotadas de gente, não passavam o clima afobado que as demais grandes capitais tinham por característica. Além do mar que a rodeava, possuía também duas quedas d’água que nasciam dentro dos rochedos, esses que caiam entre os templos e escoavam por toda a cidade até encontrarem o mar. Possuia uma única vila de casas separadas dos dormitórios do templo, estas logo no início da cidade as quais serviam para habitar viajantes e algumas famílias abrigadas pelo Templo devido á falta de condições financeiras para seu sustento. Todos os demais prédios eram interligados entre si, através de pequenas pontes ou jardins internos, uma característica única de Monte Luz é que, exceto a vila residencial, todas as demais construções foram construídas sob pilastras, de modo a ficarem suspensas sempre bem acima do nível das ruas, dando mais espaço para que a natureza florescesse entre eles.


Logo que chegaram deixaram a carroça aos cuidados de uma família criadora de ovelhas, que lhes garantiram que cuidariam dos cavalos e zelariam pela segurança de seus pertences. Caminhavam pela cidade sempre sendo recebidos com sorrisos e sussurros de bom dia, era uma bela manhã de primavera e o odor dos jardins internos do Templo espalhava-se com a brisa. O primeiro jardim interno que entraram possuia o chão esculpido em rocha, todo trabalhado com imagens dos deuses antigos e novos, no centro uma pilastra erguia-se e por dentro dela o tronco de uma arvore crescia, sua copa era grande e majestosa fazia sombra sobre todo o jardim, as folhas de um tom amarelado natural, algumas espalhadas entre a grama baixa. Kyungsoo guiava os outros rapazes, logo que cruzaram o jardim encontraram as grandes portas de carvalho do Templo de Argardh, espírito antigo dado como deus das florestas, talvez conseguissem encontrar o escrivão ali.


O lugar parecia pouco visitado, podia-se contar o número de velas acessas aos pés da grande estátua do deus, o templo tinha suas colunas e adornos trabalhados e pedra e madeira e pouco via-se de pedras preciosas ou luxos de metais como prata e ouro, era simples, comparado a tantos outros que a cidade guardava. Já estavam no centro do templo quando alguém finalmente apareceu, vindo dos fundos do local, um rapaz de magrelo e de rosto fino surgiu, ele vestia uma calça fofa branca, estava descalço, um manto branco lhe cobria o tronco, ao avistar os visitantes sorriu indo ao encontro.


“Bem vindos.” Cumprimentou sereno, curvando-se. “Em que posso ser útil aos nobres cavalheiros?”


“Viemos de Trebbia a mando do Alto Sumo Sacerdote e procuramos pelo escrivão do templo dos deuses antigos.” Kyungsoo respondeu.


“Ah, claro! Os enviados do superior, um corvo nos chegou ainda ontem no fim tarde falando de sua visita.” Pontuou. “Sou Zhang Yixing, auxiliar do escrivão, ele encontra-se em meditação no momento mas poso leva-lo até sua sala particular para que aguarde.”


“Isso seria ótimo.” Kyungsoo sorriu. “Sou Do Kyungsoo apren-”


“Sei quem você é.” Interrompeu. “E estou ansioso para recebe-lo futuramente quando for tomar a Torre, tens um bom espírito e acredito que será um bom mestre.” Sorriu, encarou o restante dos rapazes. “Infelizmente, apenas um oficial do templo pode ter em particular com o escrivão, terão que esperar aqui.”


“Sem problemas, detestamos essa tolice diplomática.” Baekhyun sorriu respondendo.


O auxiliar riu, indicando para Kyungsoo o caminho saindo logo em seguida deixando os demais sozinhos no templo. Decidiram que esperariam do lado de fora, no jardim, era mais ventilado e agradável, Jongin deitou-se na grama aproveitando a sombra para tirar um cochilo, visto que não dormira nada na última noite ajudando Joonmyeon com a vigia. Jongdae, Chanyeol e Joonmyeon decidiram voltar ao pequeno centro comercial da cidade e Baekhyun decidiu visitar os templos, na esperança de encontrar o templo do deus ancestral Solaris. O trio de consumistas partiu em direção as barraquinhas de comidas e lembrancinhas oferecidas pelo povo, haviam todos os tipos de miniaturas dos deuses, livros de orações para carregar no bolso, crucifixos para proteção, conjunto de pedras da sorte e também de purificação. Chanyeol comprava algumas fatias de bolo de goiaba para os companheiros enquanto Jongdae e Joonmyeon continuavam a ver os bibelôs nas barraquinhas, até que uma em específico chamou a atenção do cientista, uma velha senhora com suas bijuterias trabalhas em prata e pedras coloridas, seus olhos brilharam.


“Joonmyeon!” Chamou o capitão que estava entretido com alguns livros na barraca ao lado.


“O que você quer?” Aproximou-se do outro suspirando.


“Olhe para esses colares, precisa me emprestar umas moedas para comprar um deles!” Disse animado estendendo as mãos pro Kim.


“Não vou gastar meu dinheiro com você.”  


“São só duas moedas de prata no máximo Joonmyeon, te devolvo assim que sairmos daqui.” Seu tom era quase suplicante.


Jongdae assim como Baekhyun tinha o costume de usar gargantilhas e colares, os colecionava e quanto mais tinha mais queria ter, era um pequeno traço de sua personalidade criado em Jakar, o luxo e o estilo dos moradores ainda era enraizado em seu ser. Joonmyeon analisou o balcão em que as peças estavam expostas, entre elas avistou uma que lhe chamou a atenção, uma pedra azul em formato oval presa em uma base de prata, das laterais um par de asas esculpido deitavam-se sobre a pedraria, era belo e lhe passava uma imagem de proteção, tomou-o nas mãos vendo que o colar também chamava a tenção de Jongdae.


“É uma Tanzanita, é raríssima, mas do que qualquer diamante existente na coroa do rei.” A idosa informou aos rapazes. “E o colar é único no mundo, eu mesma o fabriquei.”


“Joonmyeon por favor, prometo não fazer piadinhas com você pelo restante da viagem.” Jongdae segurou as mãos do capitão, o colar pendia entre seus dedos.


“Faço ele por uma moeda de ouro, não vai negar ao seu namorado algo tão singular como isto não é?” A idosa sorriu.


“Perdoe-me senhora, mas ele não é meu namorado.” Joonmyeon soltou as mãos de Jongdae recuando alguns passos. “Vou levar o colar, mas certamente será para uma dama, inclua um saquinho de camurça para guarda-la, por favor.”


“Claro! Tudo para sua amada noiva que não vê a não sei quanto anos!” Jongdae ergueu os braços para cima bufando. “Deveria ser menos egoísta sabia?”


“Eu vi primeiro e eu possuo o dinheiro para compra-lo.” Sorriu de canto, arrogante.


“Espero que ela lhe de um belo pé na bunda.” Lhe fez uma carta saindo do lugar para encontrar Chanyeol.


Jongdae estava ressentido, para não dizer triste, poucas coisas lhe deixavam felizes verdadeiramente e comprar coisas novas por mais inúteis que fossem era uma delas, o colar era magnífico e por sua raridade ele o desejou muito, mais do que a noiva de Joonmyeon um dia poderia deseja-lo. O capitão havia sido egoísta, mesquinho, poderia simplesmente ter escolhido outra peça, mas fez questão de escolher aquela porque sabia que tinha um grau de importância para Jongdae, era quase infantil o modo como ele agia, mas no fim Jongdae não conseguia odia-lo, nem um pouquinho, nem por um segundo.

 

(!)

 

Baekhyun perdeu as contas de quantos templos entrou e quantos deuses reverenciou em seu percurso, mas nenhum deles era Solaris, seu corpo ainda doía devido ao ataque da noite anterior e em sua cabeça as palavras do traficante ainda sondavam como um fantasma. Os pontos que levou não incomodavam, mas sentia-se fraco, e a sensação de medo ainda lhe assombrava, naquele momento estava em uma parte quase subterrânea, havia ultrapassado as barreiras dos templos comuns entrando por um túnel feito nas rocha através do monte que se erguia em torno da cidade. Ao fim dele conseguiu avistar a luz do sol que refletia na água para de uma fonte que parecia estar desativada a muito tempo, em seu centro havia a escultura de três ninfas, elas estavam de mãos dadas como se estivessem dançando. A brisa lhe tocou o rosto com maior intensidade do que o normal, levantando algumas folhas no ar que dançaram até adentrarem uma fresta na enorme porta feita de pedra que indicava uma passagem, Baekhyun seguiu até a fresta, olhou sorrateiro porém estava escuro demais, pensou em entrar mas recuou, tinha medo de ser pego por algum maluco de novo.


“Estamos em Monte Luz Baekhyun, não vai ter problema algum.” Pensou consigo mesmo.


Respirou fundo, apoiando as costas em um dos lados da porta para que pudesse empurrar o outro lado com os pés,  com um rangido um dos lados se abriu por completo, revelando seu interior, se tratava de um templo,  o templo do deus Solaris. Baekhyun abriu a boca formando um perfeito O com os lábios, levou os dedos até o pingente que carregava, e aos poucos se permitiu sorrir, aquele era o seu templo, afinal. Em passos vagarosos caminhou para dentro do templo observando as gravuras na parede e no teto do lugar, estavam empoeiradas mas ainda assim eram belas, retratavam cenas de comunhão do seu povo com o deus e suas ninfas, essas que possuíam seus rostos estampados nas oito pilastras que circulavam o salão. Ninfas eram seres companheiras de Solaris que tinham sobre si o poder de conceder bênçãos aos seres humanos, desde a beleza extrema até o dom de ser um prodígio musical, cada uma delas possuia em seu coração a luz de um talento. Vagamente, Baekhyun teve a mente possuía por uma lembrança que não tinha certeza ser sua, mas algo lhe dizia que alguém já havia lhe dito que as Ninfas o abençoaram quando nasceu com a beleza de todas elas e principalmente, com uma grandeza de coração e destreza para liderar, sorriu com o pensamento.


Olhou ao redor pousando os olhos na estátua reluzente de Solaris, era dourada provavelmente feita de ouro, a face do deus era esguia, seu corpo estava semi desnudo, um lenço com detalhes em cristais contornava lhe o corpo tapando as partes íntimas mas deixando o restante de sua forma física a mostra. Tinha cabelo sob os ombros, e em sua cabeça uma coroa de rubis esculpida, de todos os deuses que já havia contemplado, Baekhyun tinha certeza de que aquele era a personificação de uma obra prima. Estava tão deslumbrado com a beleza do deus, que não reparou nos seres que lhe circundavam, eram como fantasmas mas não estavam ali para aterroriza-lo, não eram almas perdidas, apesar de também se assemelharem a uma, eram teofanias, teofanias carregadas de memórias.


Teofanias são criaturas divinas que possuem aparência fantasmagórica, elas são a essência de um deus ou de um povo, são a manifestação dos deuses nas pessoas ou em seus servos, como as ninfas. E naquele caso, eram teofanias das ninfas dos talentos.


“Baekhyun” Um sussurro, o garoto se assustou, dando um pequeno pulando olhando em volta.


“Quem esta ai?” Gritou para o vazio do lugar.


“Baekhyun, não conte o segredo.”  Um novo sussurro.


O local se iluminou de tal forma que não conseguia mais enxergar, sentiu os joelhos cederem, e logo esta caído no chão, uma enxurrada de imagens em sequencia como se lhe contassem uma história, passavam em sua mente enquanto o clarão de luz lhe rodeava. Estava no segundo andar de  uma mansão, era feita de mármore branco e ele quase conseguia sentir a brisa marítima que entrava pelas janelas dançando entre as cortinas brancas, ouviu o choro de uma mulher e logo em seguida a atmosfera antes calma tomou um clima caótico. Pela sacada a mulher observava todo um vilarejo em chamas e um exército inteiro que marchava nas ruas carregando uma bandeira com duas rosas e uma cobra ao centro como símbolo, Baekhyun conhecia aquela mulher, lembrava-se dela, mas não sabia de onde, ela possuía os cabelos longos e castanhos, a pele era branca como porcelana os olhos pequenos e delineados. Era bela, a mais bela mulher que Baekhyun já havia visto, mas sua beleza não era capaz de esconder o quão aterrorizada ela estava, correu da sacada para dentro da casa avançando pelos corredores, encontrou uma serva que também corria pelo corredor.


“Onde ele está?” Perguntou aflita.


“Esta no quarto senhora, a guarda real garantiu que estará seguro lá.”


“Não, não não! Ele não estará! É o primeiro lugar que irão procura-lo.”


Deixou a serva continuando a correr até o cômodo no fim do corredor, este que possuia guardas em suas portas e janelas, ao redor da cama onde uma criança estava sentada assustada, sendo acalmada por uma Ama de leite. Seus cabelos eram lisos e castanhos como os da mulher, os olhos e pele também eram idênticos a recém chegada, abriu um pequeno sorriso quando a viu.


“Baekhyun!” A mulher exclamou, indo até a criança e o tomando no colo. “Baekhyun, meu garoto, meu pequeno garoto.” O apertou contra o peito, lágrimas estavam em seus olhos. “Não posso mais ficar com você Baekhyun, eu preciso que seja forte, preciso que sobreviva por mim, pode ser forte por mim?”


“Sim, mama.” Sua voz era angelical e enrolada, não deveria possuir mais de quatro ou cinco anos. “Mama!” As mãozinhas estavam no rosto da mulher onde lágrimas ainda caiam.


“Precisa leva-lo para Jakar, procure pela parteira, ele não pode ser encontrado.” Se direcionou a Ama de leite que estava de pé ao lado da cama, a mesma assentiu.


E as demais cenas foram como fleches, em um momento estava nos braços dela e no outro, a criança estava com Ama, chorando e gritando pela mama, em seu pescoço o colar com o simbolo do sol de duas faces junto com o rubi vermelho esculpido, este que antes adornava a mulher de cabelos castanhos. E então, as ultimas memórias fora de um menininho correndo entre as cinzas e chamas restantes de uma casa e cidade destruídas enquanto Ama tentava alcança-lo. Ouvia seu nome ser chamado e seu corpo tremia, não era mais uma lembrança.


“Baekhyun!” A voz grave de Chanyeol se fez presente, estava com seu tronco sendo acolhido pelos braços do Park que o encarava preocupado. “Seu nariz esta sangrando, estava chorando?” Franziu o cenho limpando algumas lágrimas do canto dos olhos do garoto.


“Eu…” Parou para pensar no que acontecera, não conseguia entender. “Eu não sei eu só...eu desmaiei.”


“Percebemos.” Kyungsoo também estava ali, assim como o restante deles., seu tom era carrancudo. “Já anoiteceu, estamos desde a tarde procurando por você, pela Deusa que me me iluminou e me fez lembrar dessa lugar.”


“Não sabia que Byun’s adoravam Solaris, ele não é um deus profano segundo a nova Ordem da religião? Quer dizer, não é proibido adora-lo?” Jongin indagou.


“Exatamente! Por isso o templo esta escondido e desativado, precisamos sair daqui antes que nos confundam com profanadores.” Kyungsoo respondeu começando a caminhar para a saída.


“Você não sabe nada sobre Solaris ou sobre minha família, sacerdote.” Baekhyun havia se levantado, seu tom era sério e carregado de ódio. “Você não sabe sobre a dor de ser queimado.”


“Como sabe que foram queimados Baekhyun?” Jongdae indagou, franzindo o cenho. “Nenhum livro diz isso, só dizem que foram dizimados pelo exército do imperador e que a cidade ruiu, por conta da profanação do deus que adoravam.”


“Logo você Jongdae, acreditar em livros que dizem sobre a religião?” Riu soprado. “Vocês não sabem da metade das coisas do que aconteceu lá, vocês…” Fechou os olhos brevemente, o choro daquela mulher em sua mente. “Eu preciso descansar.”


“Certamente, não esta falando coisa com coisa.” Kyungsoo concordou, arqueando a sobrancelha.


Caminharam de volta aos demais templos e logo foram levados por Yixing as acomodações dos visitantes, Kyungsoo informou que conversariam amanhã sobre as próximas instruções e sobre o tal guia que havia conseguido, por hora, deveriam descansar o máximo que conseguissem, tinham uma viagem muito longa a frente.

 

(!)

 

Jongdae foi o primeiro a levantar, saiu acordando os demais nos quartos ao lado, visto que dividiram-se em duplas, ele dividiu o aposento com Baekhyun que não trocou uma palavra com o Kim desde que voltaram do templo, não entendia a reação do rapaz mas sabia que ele estava magoado por algum motivo. Tomaram café da manhã juntos com os demais estudantes do templo em um grande salão, foram observados durante todo o processo tanto pelas roupas tanto pelo comportamento nada silencioso, visto que conversaram por toda a refeição. Em seguida seguirão Kyungsoo a uma sala de estudos reservada, onde ele explicaria os próximos passos, trouxeram junto os mapas e o aprendiz uma bolsa de couro marrom que não estava com ele antes de chegarem a cidade.


“Bem, “ Iniciou Kyungsoo, expondo o mapa principal sobre a mesa. “O escrivão nos disse que existem muitas fronteiras que estão fechadas ou bloqueadas para estrangeiros, e que só conseguiremos passar por elas com o veredito do imperador, ou seja, precisamos de um documento com seu selo e assinatura escrito a punho.”


“Vamos a Jakar?” Joonmyeon perguntou com um meio sorriso.


“Sim, vamos a Jakar.” Kyungsoo respondeu não parecendo animado. “E não, você não vai ficar embolado com a sua mulherzinha, vamos a Jakar a trabalho, vamos ficar no palácio como convidados e não podemos faltar com reverencia, ouviu Jongdae?” Kyungsoo olhou para o Kim acusatoriamente.


“Não vou colocar fogo no lugar, acalme-se.” Ergueu as mãos como se fosse rendido. “Mas, não vai me segurar dentro daquelas paredes de mármore, enquanto você medita no silencio luxuoso do palácio de seu amado cunhado, eu me divirto com tudo que a noite de Jakar tem para oferecer” Sorriu travesso vendo Kyungsoo revirar os olhos. “Jongin vem comigo, não vem?” Soou provocador.


“Não.” Kyungsoo respondeu pelo moreno, olhando-o cortante. “Jongin vai ficar comigo e realizar orações para a mãe dele, não é Jongin?”


“Bem, eu não sei.” Mexeu nos cabelos sorrindo sem graça. “Pensei que poderia conhecer a cidade.” Deu de ombros.


“Não estou acreditando que irá deixar a pureza das orações para se misturar com aqueles seres humanos pecaminosos da capital!” Kyungsoo disse, parecendo ofendido.


“Para de ser babaca Kyungsoo e deixe o garoto viver a vida dele, ele não é um sacerdote como você” Baekhyun interviu. “Garanto que vai ganhar mais com as putas do que com as meditações, vai por mim.” Sorriu sacana, vendo Jongdae rir e Kyungsoo bufar.


“Podemos voltar ao assunto central da reunião antes que Kyungsoo garanta sua vaga no exílio por estrangular Baekhyun?” Chanyeol pronunciou, o sorriso divertido brincava nos lábios.


“Podemos, é claro que podemos!” Kyungsoo bufava, seus olhos expressavam a tamanha raiva que sentia, porque Baekhyun tinha que ser tão intrometido? “O escrivão também disse que depois que sairmos de Jakar não poderemos mais contar com muito apoio da capital ou de Trebbia, as demais cidades são muito independentes e tem suas próprias leis então precisaremos ter cuidado redobrado com cada passo que dermos.”


“E onde esta o tal guia que viemos encontrar?” Chanyeol indagou.


“Não é exatamente um guia é algo mais..científico?” Arqueou a sobrancelha, estava confuso quanto ao guia. Tirou da bolsa marrom que carregava um artefato de bronze em forma de hexágono, abriu a tampa que o cobria exibindo quatro ponteiros e alguns simbolos ao seu redor.


“Uma bússola?” Indagaram em uníssono


“Sim, uma bússola.” Kyungsoo confirmou. “Estou tão confuso quanto vocês, o pior é que os ponteiros estão soltos e não apontam nem para o norte, achei que estivesse com defeito mas o escrivão disse que só irá funcionar na hora certa.”


“Maravilha, mais um enigma para a nossa expedição que já um enigma por si só.” Joonmyeon exclamou passando as mãos pelos cabelos.


“Precisamos nos manter juntos, não podemos nos separar mesmo que seja insuportável olhar para cara de alguns.” Kyungsoo informou. “O escrivão disse que as forças negras do submundo  estarão conspirando contra nós e se conseguirem nos desunir, estaremos perdidos e fracassados.”


“Precisamos ser como uma família.” Chanyeol começou. “Eu sei que não somos parecidos, aliás alguns de nós são bem opostos.” Riu ao olhar de Kyungsoo para Baekhyun e Jongdae. “Mas se pensarmos como uma família, podemos esquecer essas coisas pequenas e sobreviver.”


“Eu não serei a mãe.” Jongdae ergueu a mão, informando, fazendo os demais rirem.


Passaram boa parte do dia ali, discutindo sobre as possibilidades de caminhos e como fariam depois de Jakar, como lidariam com os possíveis inimigos e com os problemas pessoas, afetivos e também com os externos, se acaso fossem roubados ou barrados mesmo com o decreto do imperador. As horas voam quando estamos no meio daqueles que amamos, quando estamos com a nossa familia, e de certo modo, eles estavam aos poucos se encaixando como uma, desde o momento em que curaram as feridas de Baekhyun na estrada, e depois passaram horas procurando pelo garoto entre os templos fazendo Kyungsoo, o mesmo que brigara com ele a pouco, quase arrancar os cabelos de preocupação. Eram seis garotos com um pedaço de suas vidas roubadas mesmo que inconscientemente em algum momento, mas que naquela longa jornada teriam a oportunidade de se reconstruírem e se completarem.


Notas Finais


Com todo carinho eu escrevi esse capítulo, temos um enfoque maior no Baekhyun, alguns mistérios de seu passado. Aguardo por vocês nos comentários ou é só chamar no twitter /@milksebun !

Links:
- Monte Luz
http://data.whicdn.com/images/146624003/large.jpg
https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/564x/07/3a/4c/073a4cdd933109e1795779b656f0f80e.jpg

- Colar que Joonmyeon compra
http://data.whicdn.com/images/86892437/large.jpg

- Trebbia
http://data.whicdn.com/images/238027947/large.jpg

Todos os créditos ao W Heart It e Pinterest.

Nos vemos em breve, XOXO!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...