História A Jornada Divina de Natsu Dragneel - Antes das Festividades (part. 02)

Natsu enrugou sua testa fortemente, encarando confuso, a garota de vestido belíssimo logo a sua frente.

Três simples palavras – “Viajante do Tempo” – mas ainda assim, profundas e sonoras. Claro, ele entendia uma coisa ou outra sobre o tempo, e o único, em toda história ou mitologia, em qualquer uma somente Cronos teve controle sobre o “Tempo”. Mas, mesmo controlando o tempo, o próprio Rei dos Titãs não podia “voltar” o tempo ou simplesmente controlá-lo ao seu bel prazer. Mas ainda assim, foi reconhecido por sua força por simplesmente conseguir “para-lo”.

Natsu – Como assim você é uma viajante do tempo? – estreitou seu olhar, focando seu olhar da garota a sua frente para suas filhas, tentando averiguar que elas estivessem bem – Poderia explicar, por favor?

A azulada soltou um riso baixo, olhando ternamente para o rosado.

Juvia – Claro, não se preocupe quanto a isso, eu explicarei prontamente para o Natsu-kun – riu – Como acabei de dizer, sou uma viajante no tempo. Atualmente, descendo de uma das Grandes Famílias, os Lockser’s. E também, em meu corpo, possuo o chamado de O Fragmento de Ylia...

Kitty arregalou seus olhos levemente, e sua expressão tornou-se fria e solene, e, mesmo antes de Juvia poder continuar, a vampira ficou a frente, encarando a garota.

Kitty – Você diz... O Lendário Fragmento de Ylia Guinldbster? – mesmo ela própria não conseguiu esconder o êxtase em sua voz, perguntando sem rodeios, querendo saber da verdade.

A azulada simplesmente franziu o cenho levemente, sorrindo gentilmente logo em seguida.

Juvia – Isso mesmo, Kitty-chan do passado – riu levemente, olhando para a pequenina a sua frente com um olhar cheio de sentimentos diferenciados.

Natsu franziu seu cenho, encarando, confuso, as garotas, pronto para perguntar do que falavam, mas antes mesmo que tivesse chance, fora interrompido pela garota ao seu lado.

Kitty – Então... Quer dizer que você possui um dos fragmentos, eh... – seu tom foi profundo e malicioso, enquanto seus olhos brilhavam vividamente em um vermelho profundo e ganancioso, enquanto levemente tremia – Então, dei-o a mim, agora!

Num só segundo, repentinamente, raios vermelhos-escuros brilharam nas mãos de Kitty, que repentinamente pulou na direção da azulada, mirando diretamente em seu coração.

Aquele repentino ataque deixou Natsu surpreso, não conseguindo acompanhar direito – mas assim que Kitty ia desferir seu ataque, repentinamente, a mesma bateu em algo invisível que ondulou durante seu ataque, percebendo ser uma barreira que ondulava como a água e transparente como tal, e quando não conseguiu destruir tão barreira invisível, o Evangelho jogou-se para trás, afastando-se da azulada; e estranhamente, seus olhos estavam tão arregalados como se tivesse visto um fantasma.

Kitty – Você... – vociferou em puro ódio, enquanto seu peito subia e descia, encarando a azulada com olhos vermelhos ferventes – Como?! Aquela barreira é... A minha barreira invencível que passei 700 anos para criar! Como outro alguém pode ter aprendido ela?!

A pura surpresa estava presa na face de Kitty, que encarava a azulada descrente do que tinha acabado de ver.

Kitty – Não... Pense com calma... – acalmou-se e friamente, encarou a azulada, que ainda estava calma e contida dentro da barreira invisível, que aos poucos parou de vibrar – Sim, é impossível alguém aprender minha magia, afinal, sou a única portadora da Lei de Vagstptor, portanto é impossível ela aprender, mesmo sendo dona de um dos fragmentos de Ylia, e da forma que ela me trata, me leva a acreditar que... – estalou sua língua, irada, gritando ferozmente – Apareça! Deixe de joguinhos...!

Os olhos do Grimório rapidamente tornaram-se vermelhos agressivos, encarando logo ao alto das costas de Juvia, que começaram a ondular após o grito de Kitty.

E, repentinamente, uma outra Kitty apareceu sobre a cabeça de Juvia, com um belo vestido negros que muito abaixo de seus pés estendia-se pelo seu pequeno corpo.

Nessa segunda Kitty nada mudou, era “unha e a carne” da Kitty que estava ao lado de Natsu. E esse, surpreso, não pode deixar de franzir o cenho fortemente, encarando ambas as Kitty’s – vendo a face cheia de irá na do seu lado, enquanto um olhar cheio de indiferença na outra que tinha acabado de aparecer pairando.

Natsu – O que...? O que está acontecendo... Aqui? – sua voz saiu meio falha por ainda estar imerso em confusão, não conseguindo parar de revezar seu olhar em ambas as Kitty’s.

Quando enfim a Kitty que tinha acabado de aparecer pousou no chão, parando de pairar no ar, o ruído assustador de sapatos se chocando com um chão grotesco e fino soou pelo cômodo, acordando Natsu de seu entorpecimento, ficando ainda mais desconfiado de tudo ao seu redor.

Não pode deixar de encarar o Evangelho ao seu lado, vendo pura indignação e ódio extremo na face da bela garotinha ao seu lado, com seus olhos, antes negros como a noite mais profunda, brilhavam em um vermelho sangue mais forte de qualquer outro que Natsu pudesse ter visto antes, liberando um intento assassino com uma forte camada de trevas.

Natsu – Pelo que posso ver, ela não gostou nada de ver uma sósia dela própria... Não, aquilo não é uma sósia... Aquela Kitty na minha frente é na verdade... A Kitty Ruri Darkblood do futuro! – seu olhar, de Juvia, foi para a Kitty ao lado dessa, e voltou para a azulada, conseguindo ligar alguns pontos – Então, por que meu Grimório, ao qual fiz um contrato a não muito tempo, está com você, Juvia?

Despreocupadamente fez uma pergunta, curvando seus braços em frente ao seu peito, cruzando-os e encarando calmamente a azulada.

Mas a verdade não era essa.

O rosado por dentro suava frio de tamanho modo que facilmente poderia encher um balde de suor, afinal, a “Kitty” a sua frente, certamente, estaria em seu ápice do poder, diferente da sua própria que menos de quinze por cento possuía no momento.

Mas antes mesmo de poder ter uma resposta, o rosado arregalou seus olhos ao perceber que seu corpo ficou paralisado, não conseguindo mover um único sentimento, e seus globos oculares eram as únicas coisas que ainda estavam em seus domínios, pois o restante nada movia-se.

Olhando para seu lado, viu Kitty do mesmo modo que ele, sem poder mover um musculo sequer, tendendo ao seu dispor somente seus olhos que tremiam encarando espantada a sua outra eu se aproximar vagarosamente.

A sósia calmamente caminhou em direção a Natsu, com um leve sorriso doce em lábios, mordendo levemente o canto desses, puramente em êxtase de felicidade, tendo suas bochechas coradas por conta disso.

Seu leve caminhar a fazia parecer um ser etéreo caminhando sobre o mundo, fazendo até mesmo ondulações no ar pelo qual caminhava vagarosamente.

Kitty/Kitty – Mestre!

Ambos os Grimórios, ao mesmo tempo, gritaram, porém visível pelo tom que por motivos diferentes. A primeira gritou com ódio puro e uma raiva implacável antes nunca vista pela tal, vendo sua sósia correr e jogar-se sobre o rosado, sorrindo e chamando-o em pura felicidade.

E nesse segundo, Natsu, ainda paralisado sem conseguir se mover, teve seu rosto puxado pela Kitty que flutuava logo a sua frente, que vagarosamente aproximava-se de seu rosto, com um intuito que ele reconheceu logo.

Ela ia beijá-lo!

Isso certamente o deixou surpreso, e quando ela realmente consumou seu ato previsto, foi ainda mais surpreendente, pois ela chegou nele com tamanha brutalidade, emendando seus braços pelo seu pescoço, adentrando com sua língua fervente sem dó alguma na boca do rosado, tomando um beijo profundo e áspero.

O beijo durou e durou muitos segundos, com uma profundidade inacreditável, tendo a única como matriarca a sósia de Kitty, já que o rosado permaneceu paralisado, com seus olhos arregalados de surpresa.

Pequena e confortável era como Natsu poderia explicar como Kitty era – apesar de sua personalidade extremamente arrogante. Mas como aquela vampira era extraordinariamente bonita ele não poderia negar de modo algum, e ninguém poderia refutar isso.

Quando a sósia se afastou de si, Natsu pode ver, logo a sua frente, o pequeno e bonito rosto de Kitty, e nele, pequenas gotículas de água saiam de seus olhos, molhando o chão logo abaixo deles.

O rosado arregalou seus olhos, surpreso pelas lágrimas que a vampira sangue frio que ele conviveu nos últimos dias, estar derramando lágrimas a sua frente, com um largo sorriso de pura felicidade.

Natsu – Kitty... – sussurrou, surpreso, por ver a pequenas lágrimas escorrendo tão charmosamente pelo rosto dela, contrastando ainda mais aquela pequena beleza que ela tinha.

Kitty – Fico tão feliz... tão feliz, Master... tão feliz por pode vê-lo novamente...

De modo algum, ela soltou o rosado, simplesmente tornou-o ainda mais próximo, abraçando-o ainda mais firmemente, podendo sentir aquele color e cheiro que tanto ela queria sentir.

A pequena vampira, sentindo aquele cheiro quente emanando de seu Master, não pode negar o êxtase que sentia.

O sentimento de ser abraçado pela vampira era algo misto e complexo: ele podia ver explicitamente que ela estava sendo sincera com ele, mas olhando para o rosto dela ele se lembrava de tudo que a outra Kitty (a do passado) tinha dito para ela, a não muitos minutos.

Vagarosamente e relutantemente, a vampira deixou de abraçar o rosado e foi para o lado de Juvia, e nesse segundo, Natsu e seu Grimório puderam novamente se movimentar.

O rosado soltou um leve suspiro, sua mente ainda encontrava-se não conseguindo entender muito o que acontecia ali.

Natsu – Juvia, certo? – viu o sorriso da azulada alarga-se um pouco mais, assentindo calmamente – O que significa tudo isso?

Juvia – “O que significa...”, você pergunta, hum... – levou o dedo ao queixo, fazendo um ar confusão com suas feições – É difícil explicar tudo, no fim das contas, mas bom, de grosso modo, eu sou uma viajante temporal que veio do futuro para lhe salvar.

Natsu – Me salvar? O que você quer dizer com isso? – seu cenho franzido juntou-se, querendo saber o que ocorria ali – Uma viajante temporal que diz que veio me salvar... do que? – olhou para a Kitty ao seu lado, ainda paralisada, com ódio vivo em sua face – Ela está bem irritada...

Um leve suspiro, quase inaudível, seguido de um riso de canto, foi mostrado por Juvia, que encarava o rosado fortemente, sem desviar seus lindos olhos.

Juvia – Bom, simplificando...

Sentado sobre uma das camas da enfermaria, Natsu olhava o céu estrelado pela janela a frente, pensando calmamente sobre tudo que vinha lhe acontecendo.

Natsu – Não consigo entender muito bem o que está acontecendo... – soltou um leve suspiro – Me salvar...? Como assim?

“Juvia – Natsu-kun, já deves ter percebido que es muito especial, posso ter dito viajante no tempo, mas para falar a verdade venho do futuro de um mundo paralelo a esse, eu venho do Rochedo dos Sonhos.

Os olhos do rosado se arregalaram, e quando ia fazer uma pergunta, fora impedido de imediato pela azulada:

Juvia – Nem mesmo adianta pergunta a mim o que aconteceu com Virgo-sama, porque eu não sei, um dos motivos de eu vim ao passado é para salvar Virgo Dragneel-sama, claro, mas meu principal ponto no passado, é você, Natsu-kun – seu olhar sério conseguiu prender a atenção do rosado naquele momento – No futuro do qual eu venho, Natsu-kun, você... está morto.”

Natsu – Morto... é? – riu amargurado, o cenho obscurecido que o seguiu por um segundo desapareceu quando seus olhos mostraram fervor e força – Até parece! Até parece que deixarei me matarem!

Kitty – O que foi, Master, finalmente ficou louco? – indagou calmamente, ainda balançando calmamente seus pés sobre a cama que estava sentada – Claro, se somente for possível ficar mais louco do que já é.

Natsu permaneceu calado, olhando para o céu, agora de pé, onde centrou seu olhar na lua cheia prateada que brilhava no céu.

Kitty – Master? – achou estranho o modo quieto do rosado, sem retrucá-la imediatamente.

Natsu – Estou decidido Kitty, vou ficar forte – falou sério, ainda de costas para a garota.

Kitty – Hora, achei que já tinha si decidido fazia tempo, Master, que iria tornar-se verdadeiramente forte – riu de canto, olhando para as costas do rosado.

Natsu – Acho que você não entendeu – ficou de frente para o Grimório – Me tornarei forte. Serei supremo. Nada será mais forte que eu. Sou um covarde, medroso que tem medo da morte, então me tornarei forte suficiente para espantar a morte a base do murro para longe de mim e não deixarei com que ela se aproxime de mim nunca, nem daqueles que me são importantes.

À primeira vista, podia não parecer, mas aquelas palavras, ditas daquele modo, por aquela pessoa, fizeram Kitty enxergar além de seu Master fraco e medroso; ela, por um milésimo de segundo, viu a imagem de algo... Irreconhecível as costas do rosado.

Algo que nunca antes visto.

O puro e nada além do verdadeiro poder.

Um arrepiou deixou os cabelos de Kitty eriçados e a fez arregalar grandemente seus olhos – Que... sensação foi essa?! – seus olhos tremiam fortemente, e um incomparável desejo de ajoelhar-se fluiu por sua existência – Então... esse é o majestoso poder da linhagem Imperial do Rochedo dos Sonhos que corre pelas veias do Master?

Um estranho sorriso de canto circulou os lábios de Kitty em um instante – Pois bem então – pulou para fora da cama ao qual estava sentada, ficando de frente para o rosado – Pela primeira vez que passei a existir, eu sinto um desejo de servir um Mestre e ver qual é seu potencial máximo – apontou seu dedo para a face do rosado – A partir de hoje em diante, eu ficarei ao seu lado Master, servirei você como meu verdadeiro Master e lhe guiarei ao seu máximo potencial – e completou em mente – Ou pelo menos até onde eu consiga guiá-lo.

Natsu sorriu, e voltou a encarar o luar erguido orgulhosamente no céu – Certamente, tornáreis-me verdadeiramente forte. Irei proteger aqueles que me são importantes e salvarei minha do Rochedo dos Sonhos a todo custo.