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História .murphy's Law - Reddie au! - Epílogo


Escrita por: loveftbrave

Notas do Autor


Olá pessoas.
Parece que chegamos finalmente aqui, não é?
"Mas parte da jornada é o fim. É isso que faz um herói."
Não me considero um herói, mas foco feliz por ter escrito isso. Me deixou mais relaxada.
Assim como o poetas, todos temos que sonhar.

Capítulo 10 - Epílogo


Fanfic / Fanfiction .murphy's Law - Reddie au! - Epílogo

 

 

 

Algo real.

Algum dia eu me perguntei se eu poderia ser mais do que um dia eu fui. Acho que eu nunca realmente fui eu mesmo. De alguma forma, eu sempre fingi ser esse cara.

Esse cara divertido, pegador e sincero. Mas, quem eu estava tentando enganar? Eu deixei uma imagem de mim. Uma imagem para o que as pessoas esperassem de mim. O que eu esperar de mim mesmo.

Mas a questão é que tem muitas questões.

Tem o Eddie, que agora vem a minha casa todo o santo dia e me deixa como se eu fosse o cara mais feliz do mundo.
Tem a Bevelry, que me obrigou a fazer as pazes com o Bill e também me obriga a ouvir The Smithis toca vez que ela vem em casa.
E tem...
Tem o pintassilgo.

Sei que é estranho, mas ele ainda está naquele galho. Me encarando. Observando tudo o que eu faço. Questionando se estou fazendo a coisa certa. Mas, agora, eu não ligo mais.

Não ligo se estou fazendo a coisa errada. Eu quero fazer isso. Quero tentar, pelo menos. Quero fazer uma coisa que nunca fiz.
Quero tentar viver.

Não apenas viver tentando ser o que as pessoas querem que eu seja.

Sabe, eu passei a vida inteira tentando dar as pessoas o que elas queriam. Se meu pai quisesse que eu fosse um filho admirável e bem educado, não teria me largado aqui.

Mas acho que é por isso que estou escrevendo isso. Nesse bloco de notas no meu celular. Para provar que fiz isso. Para provar que eu tentei. E, se eu conseguir, não vou dar o crédito para quem quer que seja. Vou ser eu o herói da minha própria história agora.

Não vai ser preciso um palhaço assasino para me fazer descobrir que gosto de alguém.
Não vou deixar que uma overdose me matar para parar de fumar drogas. Não que eu fume drogas, mas...
Não preciso de ninguém para apontar meus erros.
Preciso de alguém que me ajude a concerta-los.

Não que algumas pessoas não me ajudaram. Mas elas me ajudaram apenas para dar um motivo para mim mesmo mudar.
Elas foram o meu empurrão.

Mas tem um alguém que sempre está me ajudando.

E esse alguém é aquele pintassilgo.
Que observa e fica em silêncio.
Quando eu erro, ele não me critica.
Quando eu acerto, ele canta.
Quando eu preciso de espaço, ele me dá.
E... quando eu não estou perto dele,
eu ainda o sinto comigo.
Como se aquelas asas estivessem batendo dentro de mim também.

Sabe, tinha várias vozes na minha cabeça antes. Dizendo o que eu tinha e o que eu não tinha que fazer. Dizendo e apontando tudo o que eu fazia que, para eles, parecia errado. Mas agora, eu não os ouço mais.

De todas as vozes na minha cabeça, agora
a minha é a mais alta.

Estou diante de um prédio abandonado. Tem um parapeito largo. E a frente está toda pixada.

Antigamente, essas vozes diriam para subir pela escada que tem ao lado do prédio, subir até em cima até o parapeito, e pular. Porque não havia ninguém ali para me impedir. E agora também não tem.

Mas a outra questão é que agora eu tenho um motivo para ficar. Tenho um namorado, que tem cheirinho de bolo de aniversário e me dá revistas dos X-Men toda semana, tenho uma melhor amiga que tem um crush enorme no Roberto, da novela das sete. E eu tenho um carteiro, que me trás as correspondências do meu pai.

Ele me envia cartões postais as vezes de onde para, contando o que anda fazendo. Da última vez que ele esteve aqui, fizemos uma noite de pai e filho. Ele, com as suas garrafas de cerveja e eu, com minhas latinhas de refrigerante. Acho que gostei.

Mas agora, eu não quero pular desse parapeito. Eu quero olhar essa vista e ver o meu ar saindo da minha boca, porque está frio e eu estou com um moleton preto do Joy Divison. E meu cabelo está uma bagunça de nos e glitter ( Beverly não sabe como fazer cartão de dia dos namorados ).
E estou com o gosto de remédios na boca (o que não me surpreende muito ).
Mas, pela primeira vez, eu me sinto bonito.

Tipo, não bonito no estilo Tony Stark, mas no estilo eu mesmo.
Gosto do que vejo.

Não sinto vergonha de ter um anel de madeira e que está com um "E" nele. Não sinto vergonha de ter uma bandeira gay no meu pulso. Não sinto vergonha de ter um pedacinho de brócolis no dente. Não sinto vergonha de não sorrir para tudo. Não sinto vergonha quando me perguntam "o que aconteceu com o antigo Richie?"

Porque aquele não era eu. Era uma parte de mim. É claro, tenho um ótimo senso de humor. Mas isso não me define. Isso não mostra quem eu sou. Isso não sou eu por completo.

Sei ser engraçado, mas também sei ser sincero. Sei ser empenhado, mas também ser sei meio preguiçoso. Sei ser bruto, mas também sei ser carinhoso.
Sou mais do que a soma das minhas partes.
E, agora percebo isso.

Nem sei se tenho ego, mas se eu tiver ele deve ser bem pequeno.
As vezes, acho que sou meio problemático. Mas eu sei que tem pessoas que realmente tem problemas, e isso meio que me acalma. Isso me deixa tranquilo, mas ao mesmo tempo preocupado.
Eu só queria fazer alguma coisa para ajudar essas pessoas também.

Eu acho que algum dia essas pessoas vão encontrar os Eddies e Beverlys deles também. Eles vão ter pessoas que os vão ajudar.

Não Quero dizer que a minha historia acaba aqui, porque não acaba. Tenho muito para viver e muito para descobrir.

Tenho um mundo que é meu, e você todas essas pessoas vivem nele. Tenho pessoas que me amam. E tenho aqueles que me odeiam. E vão ter muitos mais...

Porque é a vida.

E não tem nada o que eu possa fazer para impedir. Talvez eu não quero. Talvez eu tenha que... deixar acontecer. Confiar no julgamento do universo. Algumas vezes, eu vou cair. Em algumas, eu vou ser o único em pé. Porque... é isso. É a vida.
E eu não quero que ela seja diferente por minha causa.

Não quero interferir no meu futuro se eu gosto do meu presente. Talvez eu não pareça o Richie que todos conhecem. Talvez eu seja mesmo diferente das outras pessoas. Talvez em alguns momentos, eu me encaixe.

Mas, de alguma forma, eu não sinto que vai dar errado. Porque eu não quero que dê errado. Eu quero que tudo ocorra bem.

Eu quero voltar a escola e passar de ano. E quero que o Eddie me espere. Quero que ele aceite o meu pedido de casamento. Quero ter um filho, ou uma filha, e quero que ele me chame de pai. E quero que ele chame o Eddie de pai também. E quero que ele me ame, como eu o amo. E quero que a Beverly me chame para o casamento dela com o Ben ( ela ainda namora o Bill, mas eu não confio que ele seja um cara para casar ). Quero ser o padrinho de casamento e o padrinho do filho deles. Quero ter um pintassilgo de estimação e quero que ele cante todos os dias para me acordar, e quero que a primeira pessoa que meus olhos verão sejam o rosto do


Alguns, talvez desistam. Alguns, talvez, continuem.

Talvez, algum dia, outra pessoa pare aqui, olhe para esse parapeito, se sinta sozinho e se pergunte se talvez o mundo pareça diferente do alto. Melhor.

Talvez suba, e continue subindo, mesmo quando não tiver mais onde se apoiar. Como se tudo disesse para ele desistir. Talvez, dessa vez, ele não desista.

Quando se esconder e ficar só olhando e ficar só olhando não é mais possível.
Nunca foi, na verdade.

Estamos todos andando por entre pedras e Leis de Murphy, em uma missão. Não queremos problemas. Há tantos com nós, almas perdidas. Todos nós, que construímos esse lugar. Aqueles que vão ver o mundo crescer. Aqueles que perdemos. Seguimos em frente, juntos.

Subindo, caindo, alçando voo. Tentando nos aproximar do centro de tudo.

Mais perto de nós mesmos.

Mais perto um do outro.

Mais perto de algo real.


Notas Finais


Foi isso.
Esperto mesmo que tenham gostado.
Eu tô com uma sensação no peito de que eu deveria ter feito um final melhor. Mas enfim, eu achei que ficou razoável.
A vida de Richie fica a critério de cada um.
Por que, uma história não tem finais,
apenas novos começos.
Xoxo, Elisabeth1.


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