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História A lenda da princesa e o feiticeiro - Capítulo 22


Escrita por: Lady_Rosalinda

Notas do Autor


Olá pessoal, tudo bem? Que saudades de vir aqui e escrever mais sobre a lenda da princesa e o feiticeiro. Tenho dois capítulos prontinhos e não desisti da história. Na verdade ela já tem o final esboçado e apenas estou desenvolvendo o meio dessa história, até chegar ao seu fim.
Então hoje, teremos dois capítulos e volto na semana que vem com mais um. Hoje vou focar mais na Irlanda, no nosso Damian que é principal nessa história, fora Lizzy. Sentiram a falta dele? Gostam desse personagem? Ele pode ter sido muito desequilibrado ao se apaixonar por Ivy, mas esta aprendendo sua lição. Confesso que adoro ele e quero um final feliz para esse personagem. Vocês também querem?
E vamos conhecer no próximo capítulo um pouco mais sobre Flavian e Liv. Já shippo demais esses dois juntos haushausaus. Enfim, chega de conversa, segue mais um capítulo. Uma boa leitura.

Capítulo 22 - Capítulo 22


Fanfic / Fanfiction A lenda da princesa e o feiticeiro - Capítulo 22

Lizzy passou os dias se sentindo estranha. Após o ritual de iniciação que havia feito, ela se sentia febril e enjoada. Não conseguia sair do quarto e isso preocupava Ivy. Ela ficava com sua filha e cuidava para que não faltasse nada para Lizzy. Elliot, que parecia mais ameno com filha, devido ao casamento entre ela e seu sobrinho, até mesmo a visitou e parecia preocupado.

Os dias passaram e Lizzy voltou a ficar mais corada e se sentia muito melhor. Ela não sabia se havia adquirido mais poderes, mas só saberia se testasse. E enquanto estava no jardim, conversando discretamente com Liv, ela foi visitada por Bash.

- Princesa - ele diz, aparecendo em sua frente, fazendo uma reverência - Está se sentindo melhor?

Ela assente. Liv olha com curiosidade o rapaz de cabelos coloridos. Hoje ele estava com os cabelos azuis e cacheados. Ele via Liv e fez uma reverência para ela também.

- É sua amiga? - perguntou a Lizzy, observando o fantasma.

- Sim, minha melhor amiga. Olivia - ela apresentou - Esse e Sebastien, meu novo amigo.

Ela disse isso com um sorriso. Ele ficou surpreso ao ouvir aquilo e um pouco emocionado, mas disfarçou com um sorriso maroto.

- Bem, eu vim, como prometi, Lizzy - ele disse - Vamos treinar sua magia hoje. Você já está bem para isso?

- Sim, estou esperando para ver o que posso fazer - ela responde, ansiosa para treinar.

Como não havia nada para ser feito aquela tarde, Lizzy poderia ficar "desaparecida" por algumas horas. Ela guiou Bash até os labirintos. Ele usou um feitiço de não detecção, para que ninguém pudesse vê-lo pelo palácio. Assim, seria somente Lizzy caminhando tranquilamente, sozinha. Eles chegaram ao centro do labirinto e Bash desfez o feitiço, ficando visível mais uma vez. Liv acompanhava tudo, com curiosidade e ficou sentada no ar, como se estivesse vendo um espetáculo.

- Agora princesa - Bash diz, em um tom didático - Eu quero ver como você está seus poderes com os elementais do fogo, terra, água e ar.

Ela assente.

- Vamos começar com isso - ele arranca uma folha verde da parede do labirinto - Pense em incendiar essa folha, somente a folha. Mas, por favor, concentre-se e não coloque fogo em mim.

Ela riu.

- Eu jamais faria isso - ela diz.

- Eu sei que não, mas já sei dos seus experimentos fracassados - ele provoca. Já havia visto várias vezes Lizzy se meter em apuros por tentar fazer magia sozinha.

Ela não dá atenção ao comentário, pois sabe que Bash na maioria das vezes tem um humor ácido. Ela se concentra na folha verde, no indicador e polegar de Bash e imagina ela entrar em combustão. Acontece em segundos. A folha pega fogo e Bash a solta. Ela cai no chão e o fogo se alastra. Ele franze o cenho.

- Princesa, imagina o vento apagando a chama - ele orienta - Rápido antes que o fogo se alastre mais.

Ela faz isso e um forte vento sopra, sacudindo as vestes e os cabelos deles. O fogo é apagado, mas uma boa parte da grama sob os pés deles estava queimada. Bash gargalhou daquela situação. Lizzy ficou vermelha de vergonha.

- Eu sinto muito - ele disse, sem folego, apertando sua barriga, de tanto rir - Eu acho que você está péssima em controlar sua magia. Mas, pelo visto - ele disse, se endireitando e secando uma lágrima dos olhos - está bem mais forte sua magia. Eu acho que com um pouco de empenho, vamos melhor sua magia.

Lizzy ficou vermelha pelo que Bash disse.

- Vamos princesa, quero agora que você revitalize a grama - ele pede - Vamos ver como está seu poder para cura.

Ela estende as mãos, perto da grama e uma energia verde sai das palmas, encontrando a parte que estava queimada. Ela faz como sempre Damian tentava ensina-la, imaginando os rufos de grama crescendo. O que acontece em seguida não era o esperado. A grama cresce, mas com ela brota flores amarelas. Bash dá de ombros.

- Ok, vamos trabalhar nisso - ele diz, com confiança.

Lizzy estava desanimada, mas assentiu. Liv, que estava entediada, desapareceu no ar. Lizzy e Bash treinaram a tarde toda e quando o sol estava se pondo, ela se despediu do feiticeiro. Bash havia prometido voltar em breve. Ela lhe agradeceu e saiu do labirinto. Estava feliz de ter um amigo que não fosse Antony ou Liv. Bash está engraçado e divertido e não esmorecia quando ela errava os feitiços. Quando ela encontrou o jardim, avistou Antony. Ele vinha até ela, com um sorriso no rosto.

- Soube que está melhor e vim visita-la - ele diz, tomando a mão dela e beijando seu dorso.

- Estou sim - ela confirma - Obrigada pelas tulipas que trouxe para mim.

Antony franziu o cenho.

- Eu não lhe trouxe flores, Lizzy - ele disse - Na verdade voltei de Oxford hoje. Estava resolvendo umas questões da faculdade.

Lizzy estava incrédula. Não havia qualquer bilhete indicado de quem era o remetente das flores. Apenas entregaram na entrada do palácio, informando que eram para ela as tulipas. Lizzy não conhecia ninguém, fora da família e apenas pensou que seu primo poderia lhe ter dado.

Enquanto isso, Damian discutia com Flavian, dentro do escritório.

- Eu já disse que isso é uma péssima ideia - Damian falou - Tudo bem ajudar alguns aldeões, mas aquela vila toda? Nós ficaremos conhecidos demais e isso não é bom. Precisamos manter a cautela.

Flavian não parecia convencido. Ele tinha dinheiro suficiente para ajudar aquela gente.

- Eu me dispus a ajudar a família do menino Brian, não todos - Damian insiste.

- Nós faremos isso sem ser descobertos, Damian. Fique tranquilo - Flavian tentou acalmar seu amigo - Será para um bem maior. Você verá.

Damian suspirou, quando Flavian colocava algo na cabeça, nada o demovia disso. Seu amigo saiu, dizendo que voltaria a noite para a mansão. Damian ficou sozinho com seus pensamentos. Pensava em Brian e em sua mãe.

Recordou-se que encontrou o garoto na estrada, no mesmo ponto entre sua vila e a mansão. Ele entregou as ervas ao menino, pedido para que ele fervesse água quente e deixasse as ervas para infusão. Depois era só dar de beber a senhora O’Connor e ela estaria bem. E se não melhorasse, procurasse por ele no fim da estrada, em uma mansão próxima ao rio. O menino não foi procura-lo. Fazia uma semana e Damian não teve noticias daquela família. Mas, também, não se incomodou tanto com isso. Estava dando suas aulas de magia e estudando sobre os artefatos que encontrou em uma expedição ao Egito. Ele pensou consigo mesmo que talvez Flavian tivesse razão, que ele era muito egoísta para enxergar a dor alheia. Mas, talvez, ele só não quisesse se incomodar tanto e não queria se meter nos problemas alheios. Isso lhe causava transtornos demais e a maioria das pessoas nunca o agradecia pelo que fazia. Ainda por cima, o culpava de tudo. Então, Damian queria ficar recluso da humanidade. Já bastava seus pesadelos constantes, com pessoas o perseguindo e Liv, para recordar as escolhas erradas que fez.

- Sonhando acordado? – Liv perguntou, aparecendo em sua frente.

Ele se sobressaltou e praguejou em francês. Fazia anos que não falava em sua língua materna.

- Droga, Liv – ele exclama – Se você queria me matar, por que não fez isso anos atrás? – ele massageou o peito, sentindo o coração pulsar acelerado.

Ela gargalhou, se afastando dele. Seus movimentos sempre eram fluídos. Nesses últimos anos, Damian notou que Liv não parecia mais tão acinzentada. Sua aura era mais brilhante e ela estava mais sorridente, o que deixava sua consciência menos pesada.

- Agora, pode me explicar por que apareceu aqui? – Damian exigiu, irritado – Sabe que não gosto de ser interrompido quando estou no meu escritório.

E lhe mostrou a língua, o que fez ele sorrir, involuntariamente.

- Só queria dizer que suas tulipas foram entregues com sucesso – ela diz, em tom de provocação.

Ele franziu o cenho.

- Do que está falando? – perguntou, em tom mais agudo.

- Não minta pra mim, senhor Damian – ela disse, zombeteira – Eu vi você retirar as tulipas do jardim e depois de um tempo aparecer na frente dos portões do palácio da princesa e entregar para um lacaio. Então, foi entregue com sucesso.

Ele suspirou. Nada passava despercebido por Liv. Ela era uma enxerida.

- Tudo, você venceu – ele diz, se rendendo – Eu entreguei as tulipas a Elizabeth.

Liv rodopiou pelo ar, em uma dancinha da vitória.

- Eu sabia, eu sabia – ela cantarola, irritando Damian – Não deixe esse semblante fazer seu rosto tão belo ficar feio. Vai lhe trazer rugas.

Damian gargalhou.

- Você é impossível, Liv, impossível – ele diz, passando a mão pelos cabelos castanhos – E agora, pode sair? Estou bem ocupado – ele mostrou a mesa cheia de objetos antigos.  Havia escaravelhos, anéis com pedras preciosas, um cajado com um rubi no centro.

- Que lindo, quero esse anel – ela apontou para o anel de pedra de topázio – Vai ficar lindo com meu vestido.

Damian a fitou, incrédulo.

- E diga-me, como vai por em seu dedo? – ele perguntou, irônico.

Ela fez uma careta.

- É, você sabe como me deixar irritada – ela diz, virando as costas para ele.

Damian engoliu seco.

- Era só uma brincadeira, Liv, desculpe-me – ele murmurou.

Ela se virou, com os olhos verdes um pouco avermelhados.

- Tudo bem, você é um tolo, mas é um bom amigo – ela diz, esvanecendo no ar.

O feiticeiro viu aquela cena, se sentindo péssimo. Passou as mãos pelos cabelos e tentou focar no papiro a sua frente, tentando decifrar os hieróglifos e entender aquele texto tão antigo. Levantou-se da sua cadeira e foi até as estantes, procurando um livro que falasse sobre isso. Era a única forma de se manter ocupado e são.



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