-Ele precisa dormir bastante, o remédio vai ajudar a diminuir a dor, mas nada de movimentos bruscos, não o deixe se levantar, a não ser que seja essencial, ele tem ferimentos internos, e os cortes estão ainda muito abertos, troque as ataduras a cada vez que ele tomar banho. Explicou calmamente Luca, colocando um frasquinho de remédio ao lado da cama.
-Vou ficar mimado...Reclamou Sasuke, fazendo bico.
-Prefiro te mimar e te ver recuperado, agora escute o que nosso curandeiro disse, nada de se levantar, deixa que eu cuido de você, tá bom? Respondeu Naruto rindo, e dando um beijo na testa do namorado.
-Vem, vamos embora, hoje vai trabalhar comigo no hospital.
-Tem certeza, Ritsuka? Perguntou Luca, olhando para o homem mais velho a sua frente, ainda meio inseguro.
-Tenho, claro que tenho, vamos? Ofereceu a mão a ele, e sorriu ao ver como ele corava.
Naruto e Sasuke nada disseram, mas estava felizes, era bom ver o pequeno Luca voltando a viver, trabalhando com aquilo que mais gosta e sendo amado de verdade, ele com certeza merece ser feliz.
Os dois saíram do quarto, deixando Sasuke com Naruto, que o ajudava a tomar uma sopa, tendo o encostado a dois travesseiros macios.
-Meu pai acabou chamando o seu, e contou todo o ocorrido, sinto muito, mas ele disse que depois do que ouve seria terrível não contar tudo e explicar que está bem, também quer pedir desculpas por não ter conseguido te proteger como o prometido
-Hum, vai ser difícil...Meu pai vai ficar uma fera, nem quero ver...
-Bom, eles que se entendam, apesar que sou culpado nisso também, vou levar uma bronca merecida meu amor.
Sasuke sorriu fraquinho, estava sonolento, o remédio tinha um efeito rápido, e ele acabou fechando os olhos e dormindo antes de terminar a sopa, o loiro abaixou os travesseiros e saiu fechando a porta e deixando um guarda na entrada, não tinha contado ao outro que Kakashi tinha sumido, achou melhor não preocupa-lo, mas tinha certeza que ali o moreno estava muito seguro, é claro que ele estava redondamente enganado.
-Cuide dessa porta, ninguém entra, me ouviu?
-Sim, senhor!
Naruto deixou o guerreiro ninja a postos, ele usava uma máscara tradicional e mantinha uma postura rígida, era o guarda perfeito para cuidar de seu amado, e enquanto isso ele foi para seu treino matinal, mas saiu o homem abriu a porta e entrou sorrateiro no quarto, indo se sentar ao lado do menino adormecido, tirou a máscara e deixou seu rosto bonito a mostra.
-Então pequeno ômega, agora você é meu, prometo que vou te esconder bem debaixo do nariz de seu amado Naruto, mas mesmo assim ele não vai acha-lo, e eu vou me divertir com você.
A risada baixa e sombria acabou acordando Sasuke, que se assustou ao abrir os olhos e ver Kakashi sensei o observando e mexendo em suas mãos.
-C-como entrou aqui?
O homem riu enquanto amarrava os pulsos do garoto e prendia bem apertado a fina corda, para depois seguir aos tornozelos que também prendeu com segurança, sempre olhando os olhos do pequeno, antes de mostrar um tecido qualquer a ele e amordaça-lo firmemente.
-Sei que está fraco e dificilmente alguém poderia ouvi-lo se gritasse, é só uma precaução pequeno, quando sairmos daqui eu tiro, agora relaxe, temos um bom caminho pela frente, não é longe, mas tenho que desviar de muitos guardas até lá, poupe as energias.
E dizendo isso o pegou no colo e saiu pela porta calmamente, levando Sasuke com ele, passou sorrateiro pela cozinha, e saiu por uma porta quase escondida na adega de vinhos, dando em um beco de onde pulou um muro alto e começou seu caminho, eliminando os obstáculos a frente, com saltos, o que fazia o pequeno ômega gemer de dor.
Sasuke sentia dor a cada salto, seu corpo ferido sofria com isso, e ele acabou deixando lágrimas desceram pela face, mesmo sem querer, suas mãos pressas se agarraram ao tecido da roupa de seu sequestrador, e ele o olhou desesperado, o homem percebeu e soltou sua mordaça por um instante, ainda sorrindo.
-P-por favor, pare, está doendo...
-Feche os olhos e se segure em mim, ainda irei saltar por um bom tempo, tente aguentar pequeno, mas vejo que está mais dócil agora, isso será interessante.
E novamente o amordaçou, indiferente a dor que causava e as lágrimas que via.
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