1. Spirit Fanfics >
  2. A Leoa De Snape >
  3. Olivia

História A Leoa De Snape - Olivia


Escrita por: Claireloreraphael

Notas do Autor


Oiii meus amores ♥️ Se vocês estão aqui é porque não desistiram da minha Fic depois do último capítulo.

Quero muito agradecer a todos pelo carinho no dia do meu aniversário. Muito obrigada, de coração ♥️

Sem mais delongas, aproveitem a leitura!

Capítulo 28 - Olivia


Fanfic / Fanfiction A Leoa De Snape - Olivia

Severus Snape

 

 

-OLIVIA!

A chacoalhei.

-OLIVIA!

Hagrid segurou-me pelos braços, afastando-me de Olivia, morta na margem do lago.

Tentava desvencilhar-me do meio gigante que apertava meus braços que se movimentavam bruscamente.

Poppy estava inclinada, praticamente em cima de Olivia e atirava na mulher morta vários feitiços. Luzes espalhavam-se pelo seu corpo e nenhuma reação era obtida.

Minerva ajoelhou e soluçou ao lado da ex aluna.

-OLIVIAAAA! - Berrava desesperadamente até a voz sumir- OLIVIA, POR FAVOR...

Sentia uma dor que nunca havia sentido antes.

Quando Lilly morreu, estávamos há muito tempo sem nos falar, o meu amor por ela não mudara, mas a intensidade da convivência e a realidade que sucedia-se, era tênue. 

A dor da perda de Lilly acarretava mágoa, pesar, arrependimento e muitas outras coisas.

Perder Olivia era diferente... 

Olivia era a luz que iluminava meus caminhos depois da escuridão em qual a guerra me deixara. Olivia era o último fio de esperança para o cuidado e ternura em minha mais soturna solidão.

-OLIVIAAAA!

Poppy enxugava as próprias lágrimas entre os movimentos coordenados da varinha.

Respirei fundo e puxei meu braço com o máximo de força que obtive. 

Desvencilhei-me de Hagrid e aproximei-me de Poppy.

-Não da mais, Severus... Fizemos tudo o que podíamos...- Pomfrey disse tentando acalmar-me. 

-NÃO!!!!!

Empurrei a medibruxa, ajoelhei-me ao lado da professora de poções, apoiei as duas mãos em cima do osso de seu peito.

A mão esquerda posicionei sobre a direita e enlacei os próprios dedos uns aos outros.

Estiquei os braços por completo e comecei a massagem cardíaca.

Os fios molhados pendiam, cobrindo meu rosto amedrontado. As vestes encharcadas faziam o vento parecer ainda mais gélido e cortante. 

A vida nunca ficara tão sombria e assustadora. 

-1, 2, 3,4,5...- Com as compressões, as gotas de água que gotejavam de meus cabelos molhavam o rosto azulado e sem vida de Olivia. -6, 7, 8, 9...

-Meu querido...- Minerva tentou se aproximar- Ela já se foi...

-13, 14, 15... VAMOS OLIVIA!!!!!!! 16, 17, 18... VOLTA PRA MIM!!!! 19, 20...

-Deixa ele, diretora!- Sussurrou Hagrid.

-27, 28, 29, 30. 

Soltei seu peito, levei a mão direita ao seu nariz e o tapei, com dois dedos da mão esquerda, elevei seu queixo quadrado e extremamente frio. Coloquei meus lábios em torno de sua boca, inspirei o ar pelo nariz e assoprei o ar para dentro dela por um segundo, fazendo seu peito elevar.

Voltei em seguida com as compressões. 

-1, 2, 3, 4, VAMOOS!!! 5, 6...

-Chega Severus...- Poppy sussurrou ao tentar segurar-me pelo braço.

-NÃO!!!!!!!! 18, 19 , 20...

-Não adianta mais, meu querido...

-27, 28, 29, 30.- Fiz mais uma vez a respiração boca a boca e voltei à massagem cardíaca.- 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7...

Subitamente o tronco de Olivia levantou-se. Seu rosto inclinou para um dos lado e de sua boca saiu toda a água que estava dentro de seu corpo.

Olivia tossiu enquanto a cor de seu rosto voltava.

Minerva, Poppy e Hagrid gritaram aliviados e levantaram-se para acudi-la. 

-Poppy, minha capa!

A medibruxa estendeu minha capa preta, a única peça, além de meus sapatos, a não ter sido molhada, e cobriu a professora com a mesma.

Peguei Olivia cuidadosamente no colo e junto dos outros, corremos até a enfermaria.

Seu corpo pesava com as roupas molhadas. Os pés descalços, vermelhos pelo frio. O longo cabelo pendia de meu braços. 

Ela continuava desacordada e sua respiração apontava perigo. 

-SAIAM DA FRENTE!- Não sabia como conseguia falar, pois lágrimas escorriam pelo meu rosto e eu podia ouvir meus próprios soluços.

Os alunos olhavam aterrorizados, os monitores das casas tiveram que se impor para conter a histeria.

O professor que fora projetado para não ter sentimentos, chorava sem controle e a doce professora de poções parecia morta em seus braços. Ou seja, mais uma visão para suas aterrorizantes pilhas de lembranças.

A enfermaria parecia nublada pelas lágrimas que deixava-me a visão turva. 

Mãos e pés dormentes presenciavam a falta de sensibilidade e tato.

Coloquei Olivia na maca mais próxima e aproximei-me de seu rosto. 

Passei a mão em sua testa e beijei a mesma. Segurei sua mão na minha e rezei de olhos fechados para que qualquer entidade a trouxesse de volta para mim.

Meus músculos doíam pelos espasmos dos  soluços e eu só pensava em como viveria sem ela.

-Por favor, por favor...- Sussurrava.

Poppy cortou sua blusa e Hagrid agarrou-me pelo braço, tirando-me de lá.

A curtininha foi fechada para que Poppy e Olivia tivessem privacidade.

-Oliviaaaa... 

Minerva empurrou-me até a maca as minhas costas, fechou a cortina verde-água e tirou minhas vestes. 

O desconsolo era de tamanha intensidade que eu não tinha condições de reagir. 

Com vários feitiços, secou meu corpo e cabelo. 

Foi quando percebi que também tremia violentamente por causa do frio. Alguns espasmos musculares e calafrios também acompanhavam-me. 

A diretora deitou-me na maca e vestiu-me com vestes secas. Cobriu-me com vários cobertores. 

Uma xícara de chá morno apareceu no pequeno móvel branco que ficava ao lado da cama. 

Pingou no mesmo algumas gotas de poções e levou a bebida até minha boca.

-Beba!

-Não, eu preciso ficar acordado!

-Vamos Severus... 

Ela empurrou a xícara contra meus lábios e senti o líquido escorrer pela minha garganta. 

O teto da ala hospitalar ficou cada vez mais escuro e eu adormeci.

 

 

__.__

 

Olivia White 

 

Com um grito abafado e o corpo tenso por causa dos habituais pesadelos, acordei e vi-me sentada na maca da enfermaria. 

Minha cabeça parecia querer explodir, sentia minhas pernas enfraquecidas e o peito extremamente dolorido, até mesmo respirar era penoso. 

Olhei para minha mão e vi uma outra a segurando. 

Snape estava sentado na cadeira ao lado de onde eu estava, segurando minha mão com extrema gentileza e cuidado e fitando-me com afeição. 

Com seu zelo pude perceber a profundidade do carinho que aquele homem poderia ter. 

Seu rosto era iluminado pela cor amarelada da lâmpada do abajur no criado-mudo.

O céu lá fora estava escuro e sem nenhuma estrela. A enfermaria estava quieta e vazia. 

-Bem-vinda de volta! - Sua voz grave saudou-me. 

Naquele momento, as imagens dos últimos acontecimentos atingiram-me com ímpeto. 

Umbridge, as memórias da guerra, a aluna Faye, Lilith, Snape, Bicuço, o Lago Negro, a revelação da criança em ser uma alucinação e então as algas prendendo-me embaixo d’água. 

Soltei a mão de Snape para colocá-la a frente da boca, na tentativa de conter o choro e o desespero.

-Não! Não! Não!- O professor levantou e se sentou na maca- Eu não estou louca! Eu não posso voltar para St Mungus. Por favor, me ajuda!

Severus abraçou-me imediatamente, acariciando meus cabelos com seus dedos.

-Você não está louca e não vai voltar para a Ala Psiquiátrica... Calma. Shhh... Shhh...

Em seus braços senti-me segura, o medo parecia ser esmagado pela sua brandura. 

Ele esperou pacientemente até as lágrimas sessarem, embalando-me em seu peito.

Quando o silêncio nos envolveu, afastou-me de seu corpo para olhar-me.

-Como sabe que eu não estou louca?- Perguntei, recompondo-me.

-Seus exames apontaram que na última semana sua dose de antidepressivo triplicou...

-Mas eu...

-Não. Terminei. De. Falar.

Sorri levemente com sua seriedade.

-e encontramos resquícios de beladona em seu organismo.

-O QUE?

-As mudanças de comportamento e humor foram justificadas pela discrepância de dosagem. A Beladona é responsável pelas alucinações.

-Snape, eu não mudei a dosagem do meu antidepressivo e nem usei Beladona, você tem que acreditar em mim!

-Eu acredito!

Soltei o ar aliviada, fazendo uma careta com a dor que senti no peito.

-Por que Meu corpo está tão dolorido?

-Eu te explico mais tarde, mas primeiro devo lhe contar uma coisa. 

-O que?

-Depois de um dia de interrogatórios e pesquisas, descobrimos que a dosagem de seu medicamento fora trocada ainda na enfermaria e a Beladona fora colocada no suco de abóbora que você toma toda a manhã.

-Mas...

-Os Elfos são muito atentos... Apenas uma pessoa aparecia regularmente na cozinha toda a manhã, no mesmo horário...

-Quem?

-Dolores Umbridge! 

 


Notas Finais


😉


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...