_Suga_
Achei um alarme de incêndio e disparei o mesmo. Depois que as campainha do prédio acionaram, a s/n com o profebosta saíram da sala desesperados. E eu também deixei aquele lugar sem que a garota me visse.
No meio do caminho senti passos barulhentos me seguirem e, virando para trás encontrei aquela garota insuportável.
— O que você quer?
Falei em amargor.
— Agradecer! Obrigado por ter me salvado!
Ela falou com um sorriso estampado em seu rosto.
Como pode ser tão feliz depois de quase ser estuprada? É por isso que ela me dá nos nervos.
— Não me agradeça! Eu faria por qualquer um!
Falei, seco
Eu nunca faria algo igual a ninguém, entretanto, preciso ser bom stalker. A s/n realmente me faz ser bondoso. Eu acho que é pena! Essa garota sofre tanto, e como a pessoa que mais lhe odeia nesse mundo eu preciso ser o único a fazer isso.
— Mesmo assim obrigado!
Ela agradeceu novamente, porém eu nem lhe direcionei o olhar.
— Eu vou indo.
Ela me acenou e seguiu o caminho de sua casa.
_S/n_
Resisti um pouco na entrada da minha casa, porém sem escapatória tive que entar.
A primeira visão que o ambiente me apresentou foi a dos meus criadores me esperando sentados no sofá. Senti um breve mal estar, a nota que tirei na prova de matemática era péssima, pelo menos para os meus progenitores.
— S/n! Cadê a sua prova ?
Ele me perguntou em tom ameaçador.
Aquelas pessoas simplesmente sabiam de tudo da minha vida, eu estava completamente na palma de suas mãos.
— Ande s/n! Mostre essa prova!
Ele gritou, impaciente.
Um pouco receosa e já tremula peguei o papel de dentro da mochila e lhe entreguei. Depois de poucos segundos avaliando a minha prova o Jason se pronunciou.
— Você tirou 9,8 .. Isso daqui é o 10,0 que queríamos? Responde!
Falou, autoritário.
— Não é o 10,0 que vocês queriam.
Eu repeti sem lhe direcionar o olhar.
O homem se direcionou até mim e esfregou a prova na minha cara.
— Isso se parece com um 10,0... Eu não quero uma burra pisando nessa casa!
Ele disse, raivoso.
— Eu vou te mostrar o que você precisa fazer para recuperar os 0,2 pontos. Vamos para o escritório.
Ele saiu na frente.
Da última vez que eu fui para o escritório, apanhei tanto que quase morri. O meu coração doía, deixar aquela casa para sempre era o meu único desejo, mas para onde iria? O jeito era guardar o choro e a dor no meu interior. Talvez, estas pessoas estejam certas que a culpa é realmente minha. Eu só lhes dou desgosto.
_Suga_
Mais uma vez fui trabalhar bem cedo. Só que não cheguei atrasado e o homem chato nem estava lá. Sentei na cadeira, pois com o movimento fraco me permitia ter o luxo de um relaxamento.
A s/n me surpreendeu quando entrou ao local.
Ele caminhou até mim e retirou o seu capuz e expôs o seu rosto totalmente inchado e marcado por agressões. Dessa vez essas pessoas passaram dos limites! Poderiam ter matado a menina. Se fizessem isso não haveria mais ninguém a quem odiar.
— Por favor! Ajude-me!
Ela disse, chorosa.
Nunca vi a s/n chorar daquele jeito. Na verdade, nunca vi sequer derramar uma lágrima. Achei que fosse resistente a qualquer maldade que fizessem a ela.
— Vamos à delegacia!
Falei, decido.
— Não!
A menina berrou e chorou ainda mais.
— Eles são ricos e podem manipular facilmente os delegados e policiais. Ao final serei apenas a adolescente mentirosa.
Essa garota realmente pensa, achei que fosse totalmente idiota. Se essas pessoas descobrirem que a s/n quer fazer uma denúncia contra eles, com certeza a matariam de vez.
— Eu vou te sequestrar!
Falei a olhando no fundo de seus olhos.
Foi uma proposta sem princípios, apenas uma brincadeira. Porém, a garota abriu um sorriso esperançoso após o meu comentário.
— Eu aceito!
Ela disse, feliz.
— Nem pensar! Foi apenas um comentário desnecessário.
Falei sem a olhar.
— Eu já considerei a sua resposta. Serei a sua refém.
Disse, decidida.
— Não vai para escola?
Perguntei olhando para o relógio.
— Não! Reféns não vão à escola.
Aquele sorriso doce permanecia em seus lábios.
Não movi um dedo para convencer a menina de ir à escola. Deixe fazer o quê deseja. Não sou seu responsável para decidir nada. Se quiser perder o ano, nada disso me importa.
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